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Brasil Abaixo de Zero

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Showing content with the highest reputation on 02/25/23 in all areas

  1. O primeiro evento de bloqueio atmosférico "raiz" em Minas -e no leste do SE de forma geral- está consolidado. A falta de chuvas e nuvens serão fatores que vão maltratar a gente. Não tanto pela situação das represas, que é muito tranquila neste momento, mas pela constância do calor. Espero que não tenhamos um novo Março de 2022, pois aquele mês do ano passado foi uma nojeira total. E eu fico, a cada dia que passa, com mais e mais vontade do verão acabar logo. Já cheguei na saturação de calor, estou cansado.
    12 points
  2. Variações de hoje: Bandeirantes: 18,2C / 30,6C Ibitipoca: 16,2C / 28,5C Atuação consistente da ASAS. Ventos predominantes do quadrante Nordeste, bem condizente com bloqueio. Não houve nenhuma formação convectiva no céu , nem qualquer traço de precipitação nas estações da região. Predomínio do sol entre nuvens do tipo Cumulus, mal desenvolvidas.
    10 points
  3. Eu tb não aguento mais calor, ainda mais sem chuva. Pelo menos faltam um pouco mais de 3 semanas pra começar o outono o que dá um pouco de esperança. No momento faz 27°C na area urbana.
    8 points
  4. O batido aqui tá meio chato, bem repetitivo. Os últimos dias tiveram sol com poucas nuvens, uma ou outra chuva isolada, desde anteontem nem a chuva isolada tá aparecendo mais. Mínimas em torno de 19 graus e máximas entre 27°/28°. Nesse resto de fevereiro, pelo visto, não vem mais chuva. Parece que as torneiras do céu são abertas com vontade em novembro, despeja toda água das comportas do céu em dezembro e janeiro, sobra um restinho de gotas da torneira pro começo de fevereiro mas vai chegando essa época já não tem mais água pra cair. Ano passado foi assim, com um março muito seco e ruim, foi o mês mais quente do ano passado. Por enquanto não tenho reclamado do calor das tardes pois mesmo nos próximos dias que deve esquentar mais, com máximas de 29°/30°, ao menos moro num local com bastante vento que aliado ao ar mais seco, não deixa uma sensação tão ruim de desconforto nas tardes. O pior pra mim tem sido as madrugadas mornas. Hoje por exemplo tive mínima de 19,5° e a falta de uma pancada de verão no fim de tarde/início de noite pra ajudar a trazer a temperatura pra casa dos 20 graus logo no começo da noite, trás uma sensação muito ruim de desconforto pra dormir. Se deixo a janela aberta à noite pra entrar o vento, entra também todo o barulho de carretas a noite toda aqui em frente na BR040, então o jeito é fechar a janela ainda com 25 graus dentro do quarto. É nesse ponto aí que o bicho pega pra mim. Agora, por exemplo, 11:15, tenho 27 graus e um vento ameno, durante o dia, eu que moro numa cidade onde raramente passa dos 30 graus, onde trinta e tantos graus são eventos extremos, desfrutando da altitude de 1000m, vou reclamar de quê? Só queria mesmo uma pancadinha de chuva no fim do dia pra deixar a noite mais digna...Comparando com a maior parte do território brasileiro, me considero morador de um lugar privilegiado! Para o resto de fevereiro não devo postar mais nada aqui, creio que não terei motivos. Até março e fiquem com o céu de Lafaiete nesse momento.
    8 points
  5. Aqui em BH e nas regiões norte e leste de MG já completamos 1 semana sem chuvas de um modo geral. Por aqui o bloqueio ainda não era clássico mas já começou a muito tempo, inclusive tem algumas cidades em que praticamente não choveu em fevereiro. Se eu pudesse escolher, gostaria de um retorno breve das chuvas em Março por umas 2 semanas, seguido de uma MP para mudar o padrão e inaugurar o outono de uma vez.
    8 points
  6. Faltam 4 dias pra começar o outono meteorológico (que engloba todo o mês de março, abril e maio). Porém, o calor ainda invade março, pois as latitudes brasileiras são muito baixas. O que salva o mês de março em alguns locais do Brasil é a ALTITUDE.
    7 points
  7. Esperamos que seja passageiro. Quanto aos modelos de previsão extendida, os principais concordam com chuvas acima da média no leste do país e abaixo da média no RS, Uruguai e Argentina. Basicamente o mesmo padrão das últimas semanas, isso até o fim de março. Ex: O modelo da noaa até sugere chuvas abaixo da média no litoral de SP e RJ, o que seria uma boa notícia para recuperar a estabilidade do solo na região. Mas se tratando de litoral, é muito imprevisível.
    7 points
  8. Fevereiro atípico como a anos não se via tanto em relação a chuva como temperaturas. Devido ao tempo mais fechado e chuvoso deve ser um dos fevereiros mais amenos em meus registros. Falando em chuva temos até o momento 383 mm acumulados, o maior desde 2011 (395 mm), ocupando o 3° lugar no momento, atrás também de 2009 (416 mm), mas com previsão ainda de chuva até o fim do mês, o volume pode subir. É algo estranho já que estamos a 2 anos tendo fevereiro bem secos, com 2022 ( 81 mm) e 2021 ( 91 mm), alias ficaram entre os mais secos já registrados.
    7 points
  9. Ivan, nesse distrito de Carlos Euler, choveu muito mais do que na cidade de Passa Vinte, estação Passa Vinte/Cemaden 626 mm em janeiro 475 mm em fevereiro. Essa estação em Carlos Euler, é PWS, pluviométrica da ANA ou estação da Cemig! Aqui em Laje do Muriaé, o verão estabeleceu no dia 30 de janeiro e parece que não vai refrescar tão cedo, vi no site do Meteored, que vamos passar os 4 últimos dias de fevereiro e toda 1 semana de março sem chuva.
    7 points
  10. Como as chuvas hoje não foram significativas e, além disso, não tivemos a entrada da brisa marítima, São Paulo vem tendo uma noite abafada em locais bastante urbanizados. Já em áreas mais afastadas do centro, as temperaturas estão agradáveis. Nota-se a presença de cúmulos em direção a oeste.
    7 points
  11. Boa Noite. Hoje a variação na Uerj (próxima ao Centro) foi de 18°C a 29°C. Aqui em casa (distrito de Conselheiro Paulino) a mínima pela manhã foi de 20,2°C, quase a mesma do bairro Alto das Braunes (20,1°C). Em Salinas (Inmet) variou entre 16°C e 26°C.
    7 points
  12. Supressão da convecção em boa parte do Sudeste. Interessante esta fina faixa de trovoadas que vai desde Goiás até o vale do Paraíba paulista:
    6 points
  13. Mais um dia típico de fevereiro no Rio de Janeiro, temos 37 graus, realmente o mês de fevereiro é tenebroso aqui no subúrbio carioca.
    6 points
  14. São Paulo vem tendo nesse momento sol entre algumas nuvens e temperaturas em elevação. Nas estações do CGE, temos 27/28 graus e umidade na casa dos 70/80%. Os ventos voltaram a soprar forte de continente e, segundo dados do aeroporto de Congonhas das 10 horas, a velocidade média chegou aos 27 km/h.
    6 points
  15. Ontem São Paulo finalmente teve um dia de tempo mais estável depois de muitos dias consecutivos de chuva(quase todos eles eram chuva forte). Pequeno mas importante trégua na chuva no Mirante, que registrou o segundo dia sem chuva no mês.
    6 points
  16. É um pouco fora do tópico então se a moderação achar por bem remover, tudo bem. Sempre achei os radares do IPMET mereciam melhora. Hoje saiu essa notícia https://www2.unesp.br/portal#!/noticia/37197/parceria-com-governo-de-sp-vai-modernizar-radares-meteorologicos/ Espero que se concretize sem demora, ainda que nos padrões do serviço público, para que tenhamos, quem sabe, maior alcance e acurácia no monitoramento no interior de SP. Hoje o radar de Prudente estava inoperante novamente, mas parece que já voltou.
    6 points
  17. Sentindo saudades do frio, então começo a ficar nostálgico. Deixo aqui os dados da bela primeira quinzena de Junho-2010 que tivemos no INMET-JF: Belíssimo período de frio constante, ainda mais para nossos padrões (nosso inverno não é grandes coisas). Isso só pode ter sido fruto de entradas constantes de ar polar marítimo.
    5 points
  18. A quarta-feira (22/02) foi um dia bem instável no sertão da PB. Pombal teve poucas horas de Sol pela manhã, mesmo assim sempre entre muitas nuvens, já na hora do almoço o céu ficou encoberto e a partir daí foram ocorrendo pancadas de chuva até o horário da noite. Tivemos trovoadas em alguns poucos momentos. Aqui em casa foram 20,8 mm ao todo. Rafael Santos Já quinta, ontem, foi um dia de pouca chuva (praticamente nada na verdade já que só tive 0,3 mm num sereno que molhou o chão e apenas), mas tivemos muitos trovões porque os sistemas de chuva passaram a poucos km pelo sul. Rafael Santos Tenho neste mês 170,9 mm 👇, provavelmente vou conseguir alcançar a marca dos 200 mm já que tem chance de chuva todo dia até o fim do mês.
    5 points
  19. 2022 foi um ano frio para o Brasil, até para o Nordeste, certamente por causa das chuvas, também foi um ano frio para a Austrália, com isso os dois maiores países do Hemisfério Sul fugiram à regra mundial, já para a Europa foi um ano muito quente, na Europa Ocidental o mais quente já registrado: https://metsul.com/como-o-brasil-fugiu-a-tendencia-mundial-do-clima-em-2022/
    4 points
  20. E AS PANCADAS VEM ACONTECENDO TODOS OS DIAS POR AQUI, COM QUEDAS DE RAIOS. EM CASA SEGUE APENAS 1 DIA DO MÊS SEM CHUVA. NO INMET AGORA SÃO 2 DIAS SEM CHUVA, SENDO QUE AS CHUVAS DE ONTEM E ANTES DE ONTEM QUASE NÃO CHEGARAM LÁ NO INMET, QUE REGISTROU APENAS CHUVA FRACA/CHUVISCOS. E DEVE VIR MAIS HOJE ATÉ SEGUNDA-FEIRA, CONFORME PROJEÇÕES DO EUROPEU.
    4 points
  21. LIMEIRA-SP VID-20230223-WA0038.mp4 OBS: informações adicionais via WhatsApp. "Em nota, a assessoria do clube informou que caiu muita chuva na cidade e que as galerias de água que passam debaixo do estádio entupiram. Com isso, dois buracos grandes se abriram próximos ao gramado, mas eles não estão relacionados ao raio."
    4 points
  22. 3 points
  23. Aqui mais um dia igual os outros, esquenta a tarde, chove, a noite fica mais fresca nos ambientes externos, típico verão do interior de sp. Ontem 21,1/32,8°C Hoje o dia amanheceu com 19,5°C porém a tarde a temperatura disparou rápido e chegou em 31,6°C deve chover de novo mais tarde pois está bem abafado e úmido com 28,7°
    3 points
  24. Imagem do radar de São Roque de alguns minutos atrás mostra pancadas de chuva entre o leste da Grande SP e vale do Paraíba. Imagem da câmera de região central da cidade em direção a leste mostra as CBs que provocam essas pancadas.
    3 points
  25. Os últimos dois dias têm sido chuvosos aqui em Caicó (RN). O primeiro, ultima quarta-feira, foi de tempo nublado e varias pancadas de chuva a partir da tarde e noite. O acumulado, segundo o Cemaden foi de 30 mm. Ontem ficamos na borda dessa célula (imagem) e ainda choveu 13 mm. Estamos a cerca de 30 mm dos 200 mm mensais. Para hoje, e os próximos dias, a perspectiva é de mais chuvas, com a ZCIT em plena atuação. (Imagem de satélite das 14h de hoje). A cidade de Parazinho, que está no meio desse CB maior, registrou 150 mm nas ultimas 6h, segundo a EMPARN.
    3 points
  26. Infelizmente, um clássico bloqueio atmosférico em 500hpa configurado sobre o leste do Sudeste a partir de amanhã . Poderá durar alguns dias , mas a princípio nada de bloqueio anormal. As temperaturas, obviamente, vão disparar. Em Juiz de Fora, parcialmente nublado e 29,2C agora em casa e 26,6C Alphaville.
    3 points
  27. Colegas, estava observando uns dados pluviométricos de Passa Vinte-MG. Distrito de Carlos Euler. 1030m de Altitude, Sul de MG, divisa com RJ e vertente atlântica da Serra da Mantiqueira. Janeiro: 1146 mm Fevereiro até o momento: 871 mm São 2017 mm nesses dois meses incompletos de 2023. Impressionante!!
    3 points
  28. E os extremos nas minha estações ficaram assim, neste quente e ensolarado Sábado: Bairro Bandeirantes: 19,4C / 31,3C Ibitipoca: 17,6 / 29,1 Calor também nos topos. INMET teve máxima de 28,6C. Poucas nuvens no céu. Apenas algumas Cumulus pequeninas
    2 points
  29. Apesar das pancadas de chuva, São Paulo tem um final de tarde ainda com temperaturas altas. Nesse momento, o céu está bastante nublado. Nas estações do CGE, temos 24-26 graus e umidade na casa dos 70/80%. Pela imagem dos radares de alguns minutos atrás, chuva nesse momento se concentra no vale do Paraíba, litoral norte e extremo sul de MG.
    2 points
  30. Máxima na área urbana de Nova Friburgo de 30,6°C (segundo dados da UERJ na Vila Amélia). No Rio a máxima foi de 39,6°C em Irajá.
    2 points
  31. Desde anteontem há uma alta pressão atuando ao N do Reino Unido e mantendo vento N aqui. Hoje que caiu bem a temperatura. Tive mínima cravada em 0,0° aqui em Stratford. Máxima de 10,4° por um breve momento, mas toda a tarde em 8 °/9°. Agora tenho 4,4° com variação de nuvens em Stratford, no leste da cidade. Segue o vídeo que fiz sobre a London Bridge mais ao fim da tarde. Fazia 7,9° na área central. Agor
    2 points
  32. Lindíssima linha de instabilisade atravessou SC ontem, aqui provocou um bom volume de chuva sem transtornos!
    2 points
  33. Br280 (Serra de Corupá) mais uma vez interditada por deslizamento de terra. VID-20230223-WA0053.mp4 VID-20230223-WA0054.mp4
    2 points
  34. Te juro que não senti nada desse frio aí, fiquei em Holborn, bem perto do centro, onde as temperaturas devem ser bem maiores que as do aeroporto, único dia que me afastei um pouco da região central foi no Domingo que fui à Totteham, mas tava sol e tempo bem agradável.
    1 point
  35. Novo vídeo de Fátima, em Portugal, da quarta-feira passada. Novamente dia frio e úmido. Frente fria passou pela região no dia.
    1 point
  36. São Paulo vem tendo uma manhã com sol entre nuvens (em sua maioria, baixas) e temperaturas em elevação. No aeroporto de Congonhas (o CGE está com problemas ao reportar as temperaturas), temos 24 graus e umidade em 74% com os ventos soprando de norte na atualização das 10 horas.
    1 point
  37. Os dois primeiros vídeos na cidade de Fátima, gravados terça-feira, dia 21. Estava nublado e ventando de O, o que trazia sensação de frio.
    1 point
  38. Acumulado desta última madrugada na região de Londrina entre 35 e 50mm. Nada mal. Mais chuva é esperada. Clima bem agradável esta semana.
    1 point
  39. 1 point
  40. > Ontem, além da manhã amena, as máximas ficaram entre 27°C e 29°C no Vale do Itajaí, num dia nublado. Bom para a época. > Hoje foi outro dia ameno e mais instável. Choveu de madrugada/manhã e agora há pouco, tivemos algumas pancadas bem fortes com céu escuro e Mammatus. As máximas ficaram entre 25°C e 28°C. > Em SC, a mínima foi de 11,1°C em São Joaquim/Corujas e a menor máxima foi de 16,1°C no Morro da Igreja. No extremo oeste fez 34,1°C em Iporã do Oeste/Linha Taquarussu. > Itaiópolis/Santo Antônio tem 75,8 mm e é o maior acumulado do dia.
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  41. Renan, considerando dezembro passado inteiro (Esquecendo as datas astronômicas), as maiores marcas deste verão no Mirante até agora são: 33,5°C (09/12/2022) 33,3°C (10/12) 33,2°C (16/01) 32,4°C (15/01) 31,9°C (17/01) 31,6°C (02/12) 31,5°C (20/02) Por enquanto, em termos de temperaturas máximas, estamos tendo um verão a la 1961-1990. Já em termos de temperaturas médias, este verão estaria acima (Mas não muuuiito) da 61-90.
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  42. 1 point
  43. Boa noite a todos, enquanto o litoral de SP conviveu com enchentes e deslizamentos, a RMBH tem tido muito sol nos últimos dias. O carnaval teve fortes pancadas de verão até sábado mas, de domingo em diante, céu azul e calor, apenas com formações muito distantes e isoladas no fim das tardes: Depois de meses de muita chuva e raros intervalos de sol pleno (os acumulados mensais ficaram entre 300 e 500 mm na cidade entre novembro e janeiro), fevereiro se consolida como o mês mais ensolarado da temporada chuvosa 2022/23, até agora. O sol que faltou entre novembro e janeiro, sobrou agora e é justamente por isso que estamos no auge do nosso verão! A MP só serviu pra secar o tempo e manter o calor controlado. Felizmente, as tempestades de verão da semana passada trouxeram bons acumulados e o mês vai terminar com um acumulado minimamente digno. A estação convencional de BH acumula 116 mm até agora em 7 dias com precipitação, volume que representa apenas 65% da média, mas que já da pra considerar normal para um fevereiro em sua versão mais seca. Não tá tão ruim. Os próximos dias seguem nessa mesma tendência, mas já existe expectativa de março começar com padrão mais úmido: mais nuvens, menos calor e chuvas moderadas. Por enquanto, seguimos no alto verão: após máxima de 31ºC, faz 24,7C na Pampulha às 20h.
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  44. Volto a reforçar, a parte dos estragos que a chuva causa, nós merecíamos este alívio das chuvas, a pior coisa que pode ocorrer num verão é quando esquenta, fica úmido mas não chove, aí tudo vira um forno. Sigo torcendo para que os últimos 27 dias do verão astronômico sejam calmos no aspecto calor. Voltei de uma semana inteira de morosidade do clima londrino (tempo nublado, vento, temperaturas em torno de 9ºC/13ºC) e foi até bem-vindo o calorzinho de 25,9ºC que fez no Mirante de Santana hoje.
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  45. Regiões niño, monitoramento semanal NOAA (variação em relação a semana anterior) Niño 4: -0,6ºC (0,0) Niño 3.4: -0,5ºC (0,0) Niño 3: -0,1ºC (+0,1) Niño 1+2: 0,8ºC (+0,1)
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  46. Hoje a cidade de São Paulo faz 469 anos de idade, e apesar da estação meteorológica oficial, o Mirante de Santana, ter uma série que começa apenas em 1943, o que é curto frente a outras cidades como Porto Alegre (1913), Florianópolis (1921), Curitiba (1910), Belo Horizonte (1910) ou Rio de Janeiro (1917), pouca gente sabe que na verdade há uma série que começou há muito tempo atrás, ainda ao fim do reinado de Dom Pedro II. Aproveitando o aniversário da cidade hoje, irei abordar aqui a história de forma resumida neste tópico de forma cronológica: 1886: CRIAÇÃO DA COMISSÃO GEOGRÁFICA E GEOLÓGICA DE SÃO PAULO E O COMEÇO DE TUDO: Neste ano é criada a Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo, pelo Presidente da Província de São Paulo, em decorrência de necessidades de cafeicultores paulistas. A Comissão era presidida pelo geólogo norte americano Dr. Orville Adalbert Derby (1815-1915). Ele elencou o sueco Dr. Alberto Loefgren (1854-1918) como responsável pela seção de "Botânica e Meteorologia" desta Comissão. Esta seção é o “embrião” do que viria a ser o primeiro serviço meteorológico do estado paulista. Alberto Loefgren (azul) e Orville A. Derby (vermelho) em destaque LOEFGREN INICIA A PRIMEIRA SÉRIE REGULAR DE DADOS METEOROLÓGICOS EM SÃO PAULO: No mesmo ano de 1886, o Dr Loefgren, como responsável pela seção de Meteorologia, resolve dar início as primeiras medições meteorológicas regulares em São Paulo, ainda de forma improvisada em sua residência, na Rua da Consolação, altura do número 38. As observações iniciais constavam elementos como temperatura do ar, umidade do ar, nebulosidade, vento e pressão atmosférica. Em 1888, a estação de Loefgren, passou a contribuir os dados para o Serviço Internacional de dados meteorológicos organizado nos EUA. Primeira série meteorológica anual feita por Alberto Loefgren em sua estação na Rua da Consolação para a Comissão 1888: ESTAÇÃO METEOROLÓGICA MUDA PARA O ANTIGO JARDIM BOTÂNICO (ATUAL PARQUE DA LUZ): Neste ano, o Dr. Loefgren percebe que sua residência já não seria o local mais adequado para a continuidade das medições, e com isso, resolve transferir a estação para um local mais adequado, sendo escolhida a Torre da Luz no antigo Jardim Botânico da cidade, onde hoje é atualmente o Parque da Luz. Na época o local ficou conhecido como "Observatório Meteorológico do Jardim da Luz". Loefgren permaneceu no comando da estação meteorológica até 1892, quando decidiu se dedicar exclusivamente a botânica, no entanto antes, lançou o livro “Instruções práticas para Observações Meteorológicas”, o que viria ser o primeiro livro sobre meteorologia publicado no Brasil. Local onde ficava a estação meteorológica na Torre da Luz (Atual Parque da Luz) 1895: ESTAÇÃO METEOROLÓGICA TEM UM NOVO LOCAL - PRAÇA DA REPÚBLICA: Neste ano, novamente a estação meteorológica sofreu uma mudança de local, indo para o teto da Escola Normal da Praça da República, no centro da Capital Paulista. Atualmente, este prédio é a sede da Secretaria Estadual da Educação. A mudança do local da estação visava também, o ensino da Meteorologia (somente a homens), na Escola Normal, conforme orientação de Loefgren, o que posteriormente favoreceu a formação de observadores meteorológicos naquela época. A estação também ficaria conhecida como Estação Meteorológica do Observatório Central. Apesar de a estação meteorológica ter se mudado para a Praça da República, observações de chuva continuaram sendo feitas até 1949 ao menos no Parque da Luz, construindo, portanto uma importante série sobre as chuvas na cidade de São Paulo no começo do século passado. Estação Meteorológica no teto do prédio da Escola Normal na Praça da República Estação Meteorológica vista do teto da Escola Normal. RECORDE CALOR: Foi na Praça da República, que São Paulo teve o seu recorde de calor da sua série meteorológica antiga. No dia 29/12/1895, a estação registrou uma máxima de 38.5ºC. Este recorde se considerado todas as medições, seria a maior temperatura já registrada até hoje, entretanto, a forma como a estação meteorológica era instalada (em cima do teto de um prédio) e com uma estrutura diferente das convencionais atuais, abre margens para desconsideração. Registro da Comissão Geográfica e Geológica da temperatura máxima de 38.5ºC em 29/12/1895 na Praça da República 1897: CRIAÇÃO DO SERVIÇO METEOROLÓGICO DO ESTADO DE SÃO PAULO É reconhecido por meio de decreto o Serviço Meteorológico do Estado de São Paulo, uma espécie de INMET paulista, (note que ainda não existia um órgão nacional de meteorologia naquele ano, o que só viria a acontecer em 1909). Seu primeiro diretor é o maranhense Dr. José Nunes Belfort (1862-1926). A Estação da Praça da República passa a ser de responsabilidade do novo órgão. Naquele ano São Paulo era o único estado brasileiro que tinha uma rede meteorológica organizada, o que foi alvo de elogios de cientistas estrangeiros à época. Posto Meteorológico do Horto Florestal em 1902 1902: UM NOVO POSTO DE MEDIÇÕES METEOROLÓGICAS É CRIADO EM SÃO PAULO Neste ano, o então diretor do Serviço Meteorológico, José Belfort, passa a achar o local da Estação da Praça da República inapropriado devido ao crescente número de edifícios que vinham sido erguidos no centro de São Paulo, mas como não poderia mudar a estação de lugar, resolve criar com meios próprios, um segundo posto de medição, em sua residência, na Avenida Paulista (Atualmente do lado do MASP). As medições eram feitas por ele e por sua família que foi treinada por ele próprio para isso, o que permitia que as medições não tivessem “buracos”. Belfort ficaria conhecido mais tarde como o "pai" da meteorologia em São Paulo, em razão da construção de um importante Observatório em sua casa, modernizando na época os serviços meteorológicos, que além de observações diárias e ininterruptas, fazia previsões meteorológicas com 24h de antecedência, além de modernizar outras áreas como a astronomia e a sismologia. José Nunes Belfort 1910: CONSTRUÇÃO DE UM NOVO OBSERVATÓRIO NA CIDADE DE SÃO PAULO Dr Belfort decide que um Observatório seria construído em sua residência na Avenida Paulista. O Observatório abrigaria além das medições meteorológicas, as de astronomia e sismologia, além de ser o local que forneceria a Hora Oficial de São Paulo. O observatório seria inaugurado 2 anos depois. Na época, era considerado o local ideal para observações meteorológicas em São Paulo, por conta da altitude, tranquilidade e ausência de edifícios, algo que a Praça da República já não oferecia mais. Residência de José Nunes Belfort na Avenida Paulista Avenida Paulista em torno de 1910 1912: OBSERVATÓRIO DE SÃO PAULO É INAUGURADO. ESTAÇÃO METEOROLÓGICA SE MUDA PARA A AV. PAULISTA Em 30 de abril daquele ano é inaugurado o Observatório de São Paulo ou Observatório da Avenida, na residência do Dr. Belfort. Com isso a então estação meteorológica que ficava na Praça da República é transferida para o local na Avenida Paulista. Houve uma grande festa de inauguração na época, que contou com a presidência do Governador Paulista. Ainda sim, medições continuaram sendo feitas na Praça da República até 1921, quando daí em diante sem manutenção devida, os aparelhos foram se deteriorando até se tornarem inutilizáveis em 1927. Os dados anotados por Belfort a partir de 1902 são reaproveitados para compor a série juntamente com os dados da Estação do Observatório Central. Embora, a série regular de dados meteorológicos em São Paulo comecem em 1886, é somente em 1912, que as medições se assemelham ao que é feito hoje, com uma estação convencional similar a usada atualmente (ver imagens), diferentemente das estações usadas antes, além do que as estações de antes ficavam em lugares elevados (caso da Luz numa torre, e da Praça da República no alto do prédio da Escola Normal). Imagens do Observatório de São Paulo na Avenida Paulista Reprodução em 3D do local do Observatório de São Paulo 1918: A NEVE FAKE No dia 25/06/1918 muitos comentários da época relataram que nevou na Avenida Paulista, em meio a uma forte neblina. Neste dia, a temperatura chegou a -1,2ºC no Observatório da Avenida Paulista (há relatos de -3ºC em outros pontos). Mas segundo a caderneta de observações meteorológicas da então estação do Observatório, houve registro de Geada, e a nebulosidade era "0", o que tornaria impossível qualquer neve. Fato é que muitos relatos de jornais da época chamaram a atenção para a camada de gelo que chegou a 50cm na várzea do Rio Tietê. Registro da Observação Meteorológica na Av. Paulista em 25/06/1918 1926: MORTE DO DR. BELFORT Morreu aos 64 anos, o Dr José Nunes Belfort, então diretor ainda do Serviço Meteorológico de São Paulo e do Observatório de São Paulo. Ele fez observações meteorológicas na estação da Avenida Paulista até praticamente os seus últimos dias de vida. Na época causou grande comoção na cidade, o seu falecimento. Para o seu lugar, assumiu Alypio Leme de Oliveira (1886-1956) no ano seguinte. Alypio Leme de Oliveira (a esquerda em seu escritório em 1927, e a direita na entrada do Observatório de São Paulo em 1930) 1928: AVENIDA PAULISTA JÁ NÃO ERA MAIS APROPRIADA PARA AS OBSERVAÇÕES METEOROLÓGICAS A Avenida Paulista apresentava aumento significativo de trafego de veículos, bem como bondes, e também se observava o crescimento dos primeiros edifícios, além disso, a Prefeitura à época pretendia construir um túnel passando por debaixo do Belvedere (atual MASP), o que viria ser a Avenida 9 de Julho nos dias atuais. Com isso o então diretor do Observatório de São Paulo, Alypio Leme, já não via mais o local como ideal para a continuidade da Estação Meteorológica, bem como o Observatório. Diante disso, 7 locais foram avaliados por ele para a mudança do Observatório (e da então estação meteorológica de São Paulo), sendo eles: Pinheiros, Alto da Lapa, Alto de Santana, Alto de Vila Maria, Alto da Mooca, Morro do Jaraguá e Parque do Estado na Zona Sul da cidade, sendo escolhido o último. A construção só começaria em 1932. Avenida Paulista no começo da década de 1930 1930: CRESCE O MEDO DA ENCAMPAÇÃO DO SERVIÇO METEOROLÓGICO DE SÃO PAULO PELO GOVERNO FEDERAL As crescentes revoltas que cresciam sobre o Estado de São Paulo naquele ano (e que se intensificariam depois, sobretudo em 1932), contribuíam para a perda de poder do governo estadual, inclusive com intervenções do Governo Federal sobre o estado paulista. Nesse sentido, aumentava-se o medo da encampação (tomada de posse) do Serviço Meteorológico do Estado de São Paulo pelo Governo Federal. Naquela época São Paulo por ter o seu serviço próprio de meteorologia, não era vinculado ao INMET, e o então diretor do Observatório de São Paulo e do Serviço Meteorológico, Alypio Leme, tentou evitar isso ao máximo, vinculando o órgão a Instituições de Ensino como a Escola Politécnica e a USP durante a década, algo que surtiu efeito naquele momento. 1931: ACABA A COMISSÃO GEOGRÁFICA E NASCE O "EMBRIÃO" DO IAG Naquele ano, o então governo do Estado de São Paulo decide acabar com a Comissão Geográfica e Geológica. Chega ao fim o órgão que começou as primeiras medições meteorológicas em São Paulo. No lugar, entra o Instituto Astronômico e Geográfico, uma espécie de embrião do IAG atual. Entretanto o nome da antiga Comissão segue aparecendo nos boletins diários do Serviço Meteorológico. 1932: ESTAÇÃO DA AVENIDA PAULISTA É TRANSFERIDA PARA O PARQUE DO ESTADO No dia 22/11/1932, a então estação meteorológica do Observatório da Avenida Paulista, é transferida para o Parque do Estado. Porém as medições regulares só começariam em 01 de Janeiro de 1933, prosseguindo assim até os dias de hoje (conhecida com Estação do IAG), tornando esta estação meteorológica a mais antiga em operação até os dias atuais. Apesar da mudança, observações meteorológicas continuaram sendo feitas no antigo Observatório da Av. Paulista para fins de comparação, com o pensamento de que a então série de dados de lá não fosse perdida. Inauguração da atual Estação do IAG, com a presença do então diretor do Observatório de São Paulo Alypio Leme Estação no seus primeiros dias de operação em 1933 1935: CRIAÇÃO DO IAG O então Instituto Astronômico e Geográfico é extinto, e no lugar é criado o atual IAG (Instituto Astronômico e Geofísico), porém ainda não ligado a USP (Universidade de São Paulo). O então Serviço Meteorológico de São Paulo é incorporado ao IAG. 1936: ENCERRAMENTO DAS OBSERVAÇÕES NA AVENIDA PAULISTA Em abril daquele ano, o Serviço Meteorológico de São Paulo decide encerrar as observações na Avenida Paulista. Com isso todos os equipamentos são retirados, e o prédio do antigo Observatório, aonde residia o Dr. Belfort, é demolido. Última observação meteorológica da estação da Avenida Paulista (Jornal "O Estado de S. Paulo") 1941: GOVERNO FEDERAL ENCAMPA O SERVIÇO METEOROLÓGICO DE SÃO PAULO O então presidente Getúlio Vargas promulga o decreto-lei 3.742/41 que autoriza a unificação dos serviços meteorológicos do país, no sentido de centralizar os serviços e transferir os mesmos para a União. Com isso a rede de estações meteorológicas do Serviço Meteorológico de São Paulo passa a ser de posse do Governo Federal, o que levou a extinção do órgão paulista de meteorologia. Entretanto, a então estação meteorológica oficial de São Paulo, no Parque do Estado (IAG), não foi vinculada a rede do Governo Federal, ficando apenas como uma estação meteorológica isolada com finalidade de pesquisas desde então. Com o então decreto-lei de Getúlio Vargas, finalmente o INMET "entrou" em São Paulo. Como a então estação oficial no Parque do Estado foi desvinculada a rede, o INMET decidiu abrir uma nova estação na cidade de São Paulo, para ser o seu ponto oficial de observações meteorológicas. Esta estação foi aberta no final de 1941, na Rua das Palmeiras, no bairro de Santa Cecília, na área central de São Paulo. No mesmo ano a estação do Horto Florestal que havia sido aberta em 1902 pela Comissão Geográfica e Geológica passa a ser operada pelo INMET, entretanto a série antiga é descartada, e uma nova estação é aberta na Faculdade de Higiene na região central. Decreto-Lei 3.742/1941 1943: INMET MUDA A ESTAÇÃO METEOROLÓGICA PARA O MIRANTE DE SANTANA O INMET deixa de operar a estação na Rua das Palmeiras, provavelmente após verificar que o local é inadequado para observações meteorológicas, e resolve abrir um novo local para sua estação meteorológica oficial, que seria no Mirante de Santana, na Zona Norte. Apesar de instalada em 1943, a estação só se tornaria operacional no final de 1945. De acordo com o jornal "O Estado de S. Paulo", o local surgiu ‘por acaso’, uma vez que o Governo Federal não tinha na época nenhuma outra área disponível para abrir a estação meteorológica, e que havia aceitado a doação do terreno pela Prefeitura. Desde então é a estação oficial da Cidade de São Paulo nos dias atuais, e como podemos ver, só começou tardiamente na década de 1940, por conta do serviço meteorológico ter sido estadual até a publicação do decreto-lei do Governo Federal. Por isso a série de São Paulo do INMET é curta em relação a outras capitais brasileiras. Mirante de Santana em 01/12/1945 1946: IAG É VINCULADO A USP Somente nesse ano é que o Instituto Astronômico e Geofísico é vinculado a Universidade de São Paulo, o que segue até os dias atuais. Estação Meteorológica do IAG em 1947 com o Observatório Astronômico construído 1955: ALYPIO DEIXA COMANDO DO IAG Neste ano, Alypio Leme se aposenta e deixa o comando do IAG, no seu lugar assume o astrônomo Abrahão de Moraes, conhecido por ser o fundador da moderna astronomia brasileira. Ele fica no cargo até o seu falecimento em 1970. No mesmo ano, São Paulo é atingida por uma forte onda de frio no começo de agosto, tendo suas menores temperaturas desde o início nas medições na Avenida Paulista, chegando a -2,1ºC no Mirante de Santana e -1,2ºC no IAG (igualando ao valor da Avenida Paulista em 1918, e da própria estação em 1942). No Horto Florestal a mínima chegou a -3,9ºC, sendo a menor temperatura já registrada por uma estação oficial na cidade (superando -2,5ºC em 1898 na Praça da República). Matéria do jornal "O Estado de S. Paulo" de 03/08/1955 1956: INMET ABRE UMA NOVA ESTAÇÃO EM SÃO PAULO Neste ano o INMET abriu uma nova estação meteorológica na Zona Sul, no bairro de Santo Amaro. 1958: MIRANTE DE SANTANA DE CIMA E DE BAIXO Mirante de Santana em 1958 1965: INMET FECHA DUAS ESTAÇÕES Naquele ano o INMET decidiu encerrar as operações nas estações meteorológicas de Santo Amaro e Faculdade de Higiene. 1978: MARISE COMEÇA SEUS TRABALHOS NO MIRANTE DE SANTANA Naquele ano, com apenas 19 anos de idade, Marise Basílio, estreava como observadora meteorológica da estação do Mirante de Santana. Mirante de Santana em 1980 (Google) 1982: ESTAÇÃO DO HORTO FLORESTAL É FECHADA INMET decide encerrar as operações em outra estação meteorológica, agora sendo o Horto Florestal no mês de Julho. 1988: CHUVÃO EM SÃO PAULO Entre os dias 20 e 21 de Dezembro daquele ano uma chuva forte deixou São Paulo debaixo d’água, causando caos e mortes. A estação do Mirante de Santana registrou seu maior volume de chuva em 24 horas, desde a sua fundação, batendo os 151,8mm. Recorde que segue até os dias atuais. Mirante de Santana em 1988 (Youtube) 1994: RECORDE DE FRIO EM JULHO Naquele ano, o Mirante de Santana viria a registrar o que é a sua menor temperatura até hoje para o mês de Julho. Matéria do jornal "O Estado de S. Paulo". 1998-1999: SUPOSTO SOBREAQUECIMENTO NO MIRANTE DE SANTANA Entre Julho de 1998 e Agosto de 1999, um suposto sobreaquecimento afetou a estação meteorológica do Mirante de Santana, interferindo especialmente nas temperaturas máximas, que da qual ficaram muito destoadas. Na época um relatório IAG emitiu um estudo que apontava tal sobreaquecimento, o que sempre foi negado pelo INMET. 2001: SÃO PAULO NO SÉCULO XXI São Paulo começa o Século XXI com apenas duas estações meteorológicas em operação: Mirante de Santana (forma convencional) e o IAG-Parque do Estado. Além dessas duas, contava com boletins dos aeroportos do Campo de Marte e Congonhas. Na Grande São Paulo, o INMET operava outra estação meteorológica convencional em Guarulhos (aberta em 1983 e fechada em 2014), além de contar com boletins do Aeroporto Internacional. No mesmo ano é criado o Parque da Ciência e Tecnologia (CIENTEC), dentro do Parque do Estado, no local aonde fica a estação meteorológica do IAG. 2004: CETESB INICIA MEDIÇÕES METEOROLÓGICAS EM SÃO PAULO Em julho daquele ano, a CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), órgão vinculado ao Governo do Estado de São Paulo, instala uma estação medidora de Qualidade de ar em sua sede, no bairro de Pinheiros. Esta estação também fornecia dados de temperatura, umidade do ar e vento de forma automática. Estação medidora de Qualidade do Ar/Meteorologica da CETESB em 2011 2006: PRIMEIRA ESTAÇÃO AUTOMÁTICA DO INMET DE SÃO PAULO Em agosto, o INMET instala a sua primeira estação automática no Mirante de Santana, ao lado da estação convencional. Apesar de ser uma novidade na época, São Paulo recebeu sua primeira estação apenas 6 anos depois da primeira estação automática instalada no país, em Brasília. Estação Automática (a direita) no Mirante de Santana 2009: ESTAÇÃO AUTOMÁTICA INSTALADA NO IAG/PARQUE DO ESTADO Naquele ano o IAG-USP instala uma estação meteorológica automática, junto à estação convencional no Parque do Estado. 2011: CGE INSTALA PRIMEIRAS ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS AUTOMÁTICAS O Centro de Gerenciamento de Emergências, órgão vinculado a Prefeitura de São Paulo, e operado pelo FCTH (Fundação Centro Técnica Hidráulica), criado em 1999, instala suas primeiras estações meteorológicas automáticas em São Paulo. A rede é expandida gradualmente ao longo dos anos. Estação Meteorológica Sé-CGE localizada no topo do prédio da CET no bairro da Bela Vista 2012: PRIMEIRAS PWS EM SÃO PAULO Primeiras estações meteorológicas particulares (PWS) começam a operar na cidade de São Paulo. Sendo uma delas, no Hangar ABC (divisa com São Caetano do Sul), esta opera até os dias atuais. O número deste tipo de estações se expande a cada ano. Estação Meteorológica Particular (PWS) - Marca Davis - instalada no Hangar ABC 2013: UM DIA EXTREMAMENTE FRIO No dia 24 de julho daquele ano, uma tarde extremamente fria (e atípica) para os padrões atuais, fez São Paulo ter a sua menor temperatura máxima da história, chegando a apenas 8,5ºC na estação automática, batendo o antigo recorde (9,6ºC de 1979). Na estação do IAG a máxima de 8,6ºC só perdeu para 1942 (quando ainda não existia o Mirante de Santana), naquele ano fez 7,2ºC. Matérias dos jornais "O Estado de S. Paulo" e "Folha de S. Paulo". 2014: RECORDE DE CALOR EM SÃO PAULO Em 17 de Outubro daquele ano, São Paulo teve o seu dia mais quente já registrado desde o início das medições na Avenida Paulista, com a temperatura chegando aos 37.8ºC na estação convencional do Mirante de Santana, porém esse valor alcançou os 38.4ºC na estação automática. Matéria do jornal "O Estado de S. Paulo" 2015: UM ANO SEM MÍNIMAS SUB 10 Pela primeira vez na história do Mirante de Santana, um ano terminou sem nenhuma temperatura abaixo de 10 graus. Resumo das temperaturas minimas e máximas na estação do Mirante de Santana (Aut) em 2015. 2018: INMET INAUGURA UMA NOVA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA Em março daquele ano o INMET inaugura uma segunda estação meteorológica automática, no SESC Interlagos (Zona Sul). A inauguração da estação contou com uma cerimônia na época. Estação Meteorológica SESC Interlagos em 2018 2020: PANDEMIA SUSPENDE AS OPERAÇÕES DO MIRANTE DE SANTANA No começo do ano, o mundo enfrenta uma pandemia de Covid-19, obrigando os países a fazerem isolamento social. Com isso, pela primeira vez na história do Mirante de Santana, as observações da estação convencional são suspensas, o que fez o INMET passar a considerar os dados da estação automática como oficial, conforme comunicado divulgado abaixo. "INFORME SOBRE AS OBSERVAÇÕES DAS ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS DO MIRANTE DE SANTANA Devido às medidas de precaução relacionadas ao Coronavírus/COVID-19, informamos que, a partir do dia 24/mar/2020, a estação convencional 83781 – operada manualmente e que conta com observadores para ler, aferir, regular e manter os instrumentos, além de fazer observações meteorológicas visuais – tiveram de interromper por tempo indeterminado sua operação. Para suprir a falta dos dados, serão utilizados, sempre que possível, os dados correlatos das estações automáticas do mesmo local ou município. A estação que substituirá as observações ausentes é a de São Paulo - também no Mirante de Santana - A701/86910. Para fins de divulgação de pesquisas de histórico e de séries temporais, os dados disponíveis das estações automáticas substituirão os dados ausentes, porém, nos bancos de dados, as bases continuarão distintas até nova resolução." 2021: EXISTÊNCIA DO MIRANTE DE SANTANA É AMEAÇADA A construção de um prédio residencial de 23 andares nas proximidades do Mirante de Santana ameaça a continuidade da operação da estação meteorológica. Uma mobilização de moradores do bairro é realizada a fim de impedir a construção do edifício. INMET também emite um documento se declarando contra a construção do prédio. A Prefeitura de São Paulo afirmou à época que não iria conceder o alvará para a construção do prédio. Matéria do "G1" sobre a construção do edifício Posicionamento do INMET contrário a construção No mesmo ano, após 43 anos de trabalho, a observadora mais antiga do Mirante de Santana, Marise Basílio se aposenta. A Estação Convencional volta a operar parcialmente com apenas 1 observador (Nelson Miese) no mesmo ano, após diminuição da Covid-19. Marise Basílio que trabalhou por 43 anos nas leituras de estação Convencional do Mirante de Santana 2022: VOLTA DA OPERAÇÃO INTEGRAL DA ESTAÇÃO CONVENCIONAL DO MIRANTE DE SANTANA No final daquele ano, o INMET volta a operar a Estação Meteorológica Convencional de forma integral com observações interruptas, além de passar a exibir em seu site os dados da estação do IAG. E assim São Paulo chega ao começo de 2023 com uma grande rede de estações meteorológicas: - Mirante de Santana/INMET - Oficial da cidade (estações automática e convencional); - SESC Interlagos/INMET (Estação Automática); - IAG/Parque CIENTEC (Estação Convencional e Automática); - Aeroportos de Congonhas e Campo de Marte, além de Guarulhos na Grande São Paulo; Estação Automática Automática do Aeroporto Campo de Marte - Mais de 30 Estações Automáticas operadas pelo CGE, sendo algumas em pontos remotos da cidade como Marsilac, Perus e São Mateus, porém algumas delas com condições de instalação questionáveis; Estação Meteorológica Automática do CGE em São Mateus Rede de Estações Meteorológicas do CGE atualmente - Dezenas de estações particulares operam em diversas plataformas (Wunder, Ambient Weather, Weatherlink); Estação Meteorológica Particular (PWS) no bairro do Jaguaré - CETESB possui estações meteorológicas em pontos da cidade, como no Pico do Jaraguá; Estação de Qualidade do Ar/Meteorológica da CETESB no Pico do Jaraguá - Além disso há uma dezenas de pluviômetros operados pelo SAISP e Cemaden espalhados pela cidade. Pluviômetro Automático da rede SAISP no Parque da Aclimação Pluviômetro Automático do CEMADEN no Jabaquara Uma evolução inegável na história das medições meteorológicas em São Paulo que completa 469 anos hoje. Fontes: https://www.parquecientec.usp.br/historia-do-parque/historia-do-parque-completa http://www.estacao.iag.usp.br/historia.php Acervo "O Estado de S. Paulo" Marques dos Santos, Paulo. Instituto Astronômico e Geofísico da usp: Memória sobre sua Formação e Evolução/ Paulo Marques dos Santos. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005. SANT’ANNA NETO, João Lima. História da Climatologia no Brasil: gênese, paradigmas e a construção de uma Geografia do Clima. Tese de Livre-Docência. Presidente Prudente: FCT/UNESP, 2001. https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/06/25/predio-de-23-andares-em-obras-ao-lado-do-mirante-de-santana-pode-afetar-medicoes-da-principal-estacao-meteorologica-de-sp-diz-inmet.ghtml https://serieavenidapaulista.com.br/2020/09/12/o-observatorio-da-avenida/ http://antigaavenidapaulista.blogspot.com/2014/01/a-avenida-paulista-e-um-dos-logradouros.html
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