LeoP

O primeiro avanço da umidade no Brasil Central é muito rápido. Em poucos dias, a umidade pode percorrer dezenas de milhares de quilômetros e retornar quase ao mesmo tempo em uma área extensa e milhares de municípios brasileiros têm suas primeiras chuvas num intervalo pequeno de 2/3 dias. Pra cá, não há sinal de chuva nem no fim da grade, mas sou cauteloso com o 3º terço da grade (depois do dia 23). Como falei, costuma ser muito rápido. Há ainda o fator de que o modelo europeu tem problemas para prever chuvas tropicais (é quase padrão chover 3, 4x mais do que ele prevê pra cá) e que, muitas vezes, essas primeiras chuvas caem até sem previsão. Claro que isso depende de uma atmosfera minimamente mais favorável, e isso talvez esteja perto de começar a ocorrer. Para Porto Velho - RO, por exemplo, já há previsão de chuva na metade dos dias até o fim da grade pelo próprio europeu. E, se você reparar, várias capitais do norte do Brasil já têm previsão de quebra do calor forte e constante a partir do dia 20. É aguardar, mas eu acho que há essa possibilidade sim, por pura experiência. ------------------------------------ Um dia tranquilo por aqui, considerando já ser meados de setembro e a ausência de nuvens. A área central de BH teve máxima de 29,5ºC. O modelo europeu chegou a prever uma forte onda de calor pra cá e ficou estável nela por várias rodadas, mas a tirou completamente desde ontem e agora está estável numa grade amistosa, sem sustos. A completa ausência de resfriamento significativo é notável, mas confesso estar satisfeito só de mal passar dos 32/33 graus. Setembrinho. Torcer pra manter e durar. 22ºC agora.

Assim como em São Paulo, não temos tido dias muito quentes, exceto em 2 ou 3 no começo do mês, mas o predomínio é de calor nas tardes todos os dias, sem exceção. Com isso, as médias do mês estão lá no alto, ainda que sem extremos. Aliás, essa tem sido a tendência há meses aqui: poucos recordes são batidos, por vezes sequer beliscamos o top-5, mas ha uma impressionante escassez de resfriamento significativo. Hoje, por exemplo, variação média de 18 a 31 na cidade. Tranquilo, com noites amenas, mas não tem nenhum dia com 14/23 pra compensar... O céu tem estado mais limpo por aqui tambem, porém ainda com um pouco de fumaça: Agora, 21°C e tempo estrelado.

Eu não acompanho o Molion e nem sabia que ele tinha falado isso, mas eu percebo sim uma variação cíclica das chuvas, ao menos por aqui, da ordem de vários anos, que independe de fenômenos ENSO e variáveis de prazo mais curto, como oscilações MJO e outras. Também desconheço qualquer explicação, porém na história climática de Belo Horizonte é possível ver pulsos secos e chuvosos que duram 5-10 anos cada (com variações dentro deles por outras variáveis, mas que não mudam a tendência geral). Recentemente, tivemos um pulso chuvoso, entre 2008 e 2013, com mais de 2000 mm/ano e inundações, seguido de um período bem mais seco entre 2014 e 2019 (1000-1400 mm) e um nova onda de chuvas intensas (1700 - 2200 mm) que vem de 2020 pra cá. A década de 1970 foi particularmente marcada por anos secos, seja com El nino ou La Nina, vários recordes negativos de precipitação são daquele período. Pode fazer sentido isso daí. --------------------------------------- Como o Renan disse, a alta tem trazido vento mais fresco para parte de MG e, com isso, os últimos dias estão muito tranquilos. Hoje a mínima na Pampulha ficou em 18,2°C com vento, noites e manhãs sem desconforto. Mas as médias de setembro estão elevadas, o que não é novidade.

chama a atenção setembro, um mês ainda dentro do inverno astronômico ou começo de primavera, quase ter o recorde absoluto de maior mínima nessa latitude. --------------- Mínima hoje de 17,4°C, está tranquilo de manhã. A máxima deve seguir no mesmo patamar a semana toda, entre 29 e 31°C. Todas as previsões que olhei/li no começo do mês apontavam o retorno das precipitações ao Brasil de forma mais ampla na segunda quinzena de setembro, mas ainda isso não aparece na grade, nem no fim dela. Normalmente os modelos têm muita dificuldade de pegar essas chuvas, não raro acontecem sem previsão, mas precisam de pelo menos um sinal de espalhamento da umidade. Aguardando ansiosamente os primeiros.

Foi ótimo você divulgar esses números para a gente fazer uma consideração fundamental para o clima tropical. Apesar de amplamente divulgado na mídia, essa não é a melhor métrica pra caracterizar estiagem ou seca na nossa região. Chuva no inverno é basicamente 1 ou 2 episódios na estação toda, de 10/20 mm cada. É muito isolado, tipo uma ilha no meio do oceano. Não faz diferença nenhuma no nível dos rios e acredito que faz pouca diferença na umidade do solo e na hidratação das plantas. Deve ficar meio úmido por 1 semana, mas depois seca tudo de novo. Para a nossa região, seca de verdade é a escassez de chuva na primavera e, principalmente, no verão. Três exemplos: Em 2014 tivemos um outono e inverno muito "chuvosos", mas um verão excepcionalmente seco. O resultado vocês se lembram, foi uma das maiores secas já observadas. Em 2011, ao contrário, tivemos uma longa estiagem sazonal (5º lugar na sua lista), mas o ano terminou com uma das maiores enchentes do histórico recente da cidade (720 mm em dezembro, recorde histórico). Em 1963, a enorme estiagem de inverno veio após um verão também excepcionalmente seco, daí a bizarrice absoluta daquele ano, que não tem nenhum paralelo na história até hoje. 2024, faltando ainda outubro e o 1° e 3° meses mais chuvosos do ano (Dezembro e Novembro, respectivamente), já teve o dobro da chuva de 1963 todo, com 950 mm. O resultado é esse: bons níveis dos reservatórios (considerando setembro) pois choveu acima da média no verão 👇 Não há seca efetivamente. Há sim, uma estiagem sazonal mais prolongada que o usual (o que, na prática, significa que deixou de chover umas 3 ou 4 vezes), combinada com as temperaturas acima da média e a extrema falta de educação da população que coloca fogo na mata até por birra política, o que em conjunto tá causando todos esses incêndios. ----------------- Dia aceitável por aqui, com variação 17/30 graus em média, e um vento de vez em quando. A fumaça continua.

Eu viveria feliz aí em Natal, pois gosto de sol e calor moderado. Essas temperaturas, com vento, são um tanto agradáveis, embora ambientes mal ventilados fiquem um bem abafados com a umidade alta e as mínimas acima de 20. Já morei no litoral do NE e sentia conforto sob o vento, mas abafado em certas condições. ------------------------- Aqui em Belo Horizonte, vivemos um dos piores períodos climáticos da história de 1 ano pra cá também. Vários dos últimos meses foram os mais quentes da série, com o ápice em Novembro/23 e Maio/24, meses até então blindados da bagunça climática contemporânea e que resolveram "sair do armário" arrombando a porta. Os topos sempre mais prejudicados. A exceção foi o verão, que foi quente, mas normal, e com chuvas bem satisfatórias, que garantem uma normalidade nos reservatórios mesmo diante da prolongada estiagem de inverno atual. O acumulado anual está em 960 mm, valor dentro da normalidade, tendo em vista que chove muito no final do ano. Atualmente estamos com 62%, valor bom para setembro e sem risco a curto prazo. ------------------------------ Falando em chuvas... diferente do interior de São Paulo, por aqui existe uma tendência de aumento das médias pluviométricas anuais, e não é de hoje. Esse aumento está inserido em um contexto maior, que pega uma parte importante do centro-leste e sudeste mineiro. Não sei se já perceberam, mas as ZCAS há algum tempo tem tido uma atuação mais forte justamente nesse setor. O período pós-2000 protagoniza mais da metade dos recordes históricos mensais de chuva e 60% dos anos mais chuvosos já registrados. Vale considerar que tem havido maior variabilidade também, com estiagens intercalando com inundações.

Bom dia a todos, depois de três dias de forte calor, com mínimas próximas de 17ºC e máximas batendo os 33/35 graus na capital, as maiores do ano, Belo Horizonte e região metropolitana devem ter um alívio nos próximos vários dias devido à influência do ar fresco marítimo que vai atingir a cidade daqui pra frente. Não vai ficar fresco de fato, muito menos frio, mas teremos uma condição térmica aceitável considerando setembro, especialmente nos dias atuais. As tardes continuarão quentes (mas não muito), com 29 a 31ºC, e as mínimas devem baixar para os 15ºC. Como sempre acontece nesse tipo de situação, nebulosidade e vento devem marcar presença, o que ajuda a melhorar a sensação térmica. Será significativo por tratar-se de uma condição prolongada. Conforme a previsão, estará assim até, pelo menos, boa parte da semana que vem. Com tardes menos quentes e noites amenas, teremos ótimo conforto térmico noturno dentro de casa, o que é o mínimo para a dignidade. Setembrinho. Hoje já entramos nessa fase mais amistosa de setembro: as rajadas de vento estão próximas dos 50 km/h nos bairros elevados da capital.

Dia encoberto por FUMAÇA aqui em Belo Horizonte, com muito calor desde ontem. As mínimas na casa dos 17ºC têm garantido um relativo conforto durante a noite - eu mesmo não tenho usado nenhum artifício para me refrescar - mas as tardes estão muito quentes. A máxima de 35,4ºC ontem foi a maior temperatura registrada esse ano na Pampulha. Hoje, a cidade variou entre 33 e 35ºC novamente. A Lagoa da Pampulha, um dos cartões postais da cidade, estava sob densa névoa seca: Só foi possível ver algum azul no céu, em tom claro, quando se olhava para cima, na vertical, em que há menor espessura e a fumaça não impedia completamente a visualização. Um ponto interessante é que esses dias, por deixarem o sol fraco, são mais confortáveis do que os termômetros indicam. Sinceramente, eu não achei um dia desagradável, já que era sempre um sol fraquinho, que esquentava pouco. Por agora, 19h, termômetros ainda elevados, na casa dos 28ºC por aqui.

O dia começou ameno em Governador Valadares, até mesmo friozinho pra quem saiu ao amanhecer de casa, com mínima de 13,1ºC, mas a tarde foi de muito calor, com 33ºC pelo inmet da cidade. Completa ausência de nebulosidade e ar seco marcaram a jornada. A umidade relativa do ar baixou para 24%, valor baixo para a região, que está em plena Mata Atlântica. Apesar da prolongada estiagem de inverno, o Rio Doce, que corta a cidade, segue caudaloso, lindo de se ver. Deve estar baixo considerando a média, mas é um baixo caudaloso. Esse é um dos rios mais importantes de Minas Gerais, também responsável pelas maiores enchentes já observadas no estado: Em BH, voltou a fazer calor também, com máximas de 30/32 hoje.

Eu acho que você está certo (que o frio mais forte passou), mas é bom ter em mente que existe sim potencial de resfriamento plenamente invernal até parte de outubro. Na década passada, em 2 anos a menor temperatura do ano em BH ocorreu muito tardiamente, em 2012 no dia 27 de setembro e em 2014 no dia 05 de outubro, ambos com 9,9ºC na área central (topo urbanizado), este último caso foi recorde absoluto de frio na localidade para o mês. ---------------------------------- Sobre a discussão do calor seco, tenho uma impressão péssima dele. Eu concordo que a umidade baixa modera a sensação térmica, mas é justamente o ar seco e a consequente escassez de nuvens que fazem a temperatura disparar a um ponto que a presença da umidade/nuvens impediriam. A onda de calor de novembro de 2023, que considero a mais intensa da história do município, foi de calor seco (como todas aqui). A bizarra sequência de 1 semana inteira batendo os 37ºC fez os interiores ficarem insuportáveis, o vento do ventilador era quente, não tinha pra onde correr. Não adianta o ar seco se a temperatura é alta demais a ponto de transformar a casa num forno. No verão, sob calor mais úmido de 31/33 graus, sinto muito mais conforto. Calor seco abrasador não dá. ----------------------------------- Aqui em Governador Valadares, a temperatura caiu bastante essa noite, com mínima surpreendente de 13,5ºC no INMET, mas bastante calor à tarde, com 31,1ºC e muito sol (foto). Em BH, variação 14/29.

E eu vim hoje pra Governador Valadares e peguei um dia quente aqui, entre 19 e 30ºC, enquanto na capital variou entre 15 e 26/27. Aqui está mais a leste do estado que BH, então em tese sente de forma efetiva os efeitos da alta polar no oceano. Essa diferença entre as cidades é basicamente pela altitude: 900 m BH x 190 m Gov. Valadares. Toda a região dos Vales do Aço e Rio Doce são baixas (<300 m), mais quentes, úmidas e abafadas perto de partes mais elevadas do estado, como aquelas influenciadas pela Cadeia do Espinhaço, onde está localizada a região metropolitana. Pela manhã, saí de BH pela estação ferroviária com 15/16ºC, céu ainda limpo e um vento frio: O vento, inclusive, não cessa na capital já faz alguns dias. Nas últimas 48 h, os bairros altos da cidade chegaram a ter vento sustentado (não é rajada) de quase 50 km/h, uma loucura. Claro que essa não é a realidade do resto da cidade, mas mostra uma atmosfera muito movimentada nesse sentido, o que se reflete numa brisa constante com rajadas periódicas de 20/30 km/h até nos pontos mais afastados da serra do Curral. A temperatura (pelo termômetro do trem) aumentou subitamente assim que passei de Barão de Cocais, com a redução de altitude, e cheguei em Governador Valadares com 28/29 graus. Não foi um dia ruim aqui, foi tranquilo pelo ar seco e algum vento, mas tava (e continua) bem morno o ar. Agora (19 h), por exemplo, faz 25ºC aqui e 20/21 em BH, considerando os inmets.

O aspecto do céu melhorou bastante mesmo, está bem mais azul. Principalmente comparado com sábado, que foi o auge da poluição, quando o dia parecia nublado de tanta fumaça. Inclusive, acredito que o Sul do Brasil é mais impactado pela fumaça do norte que aqui no leste do Sudeste, por causa da maior frequência de vento de noroeste aí. Por aqui, a direção predominante do vento é leste, proveniente do oceano, então embora o céu fique com fumaça nessa época (por causa dos incêndios daqui mesmo), só em poucos dias de pré-frontais em setembro e outubro, associadas a calorão e vento de N-NO, que a fumaça fica realmente intensa (como foi no sábado). O céu hoje esteve bem aceitável: A temperatura já começou a subir hoje, com máxima de 27, porém o resfriamento noturno pode se acentuar também.

Belo Horizonte teve um dia muito bonito hoje, com sol, vento constante e apenas algumas poucas nuvens Cumulus humilis. As temperaturas variaram entre 14 e 25 graus na maior parte da cidade. Imagens da região central da cidade: Um padrão invernal deve predominar até quinta feira e a temperatura deve demorar um pouco a subir por aqui, efeito da MP no oceano. Temperaturas entre 17 e 13 graus nesse momento. A atmosfera segue ventosa, portanto não há estabilidade para afundar a temperatura.

Ainda bem. Essa piada já deu aqui no fórum, foi engraçado e tal nas primeiras vezes mas aí depois tornou-se um flood desnecessário de mensagens repetitivas que ocupava quase metade da página. Ademais, quanto menos isso for divulgado, melhor. Hoje, mais um dia com grande gradiente térmico no sentido noroeste-sudeste em Minas Gerais, com a capital no meio do caminho (circulado). 16 h Fonte: Sigma Meteorologia

Bom dia, que registros sensacionais de geadas, ein! Esse parque em Curitiba todo branco, acredito que seja a expressão clássica do inverno na cidade. Particularmente em São Paulo, essa mínima de 5ºC no mirante em pleno final de agosto é pra anotar e deixar destacado pra lembrar depois. Sendo em 2024, então, é quase um prêmio por tudo o que aconteceu no outono. Por aqui, agosto também marcou uma guinada no inverno e foi o melhor mês da estação, mas nem de longe com essa qualidade. Três sistemas chegaram à RMBH, com nebulosidade, vento e queda maior de temperatura do que o que tinha ocorrido até então, porém foram fracos ou, no máximo, fraco/moderado o segundo (meados do mês). Mínimas aqui hoje, com vento: 15,5ºC Pampulha (850 m) 14,8C Centro (915 m) 11,1ºC Buritis/S. Curral (1200 m) Mínimas menores tendem a ocorrer nos próximos dias na maior parte da cidade, com a diminuição do vento, entre 12 e 11ºC. São valores bons considerando já ser final de agosto, mas fica um gosto amargo... Hoje o tempo encontra-se bem mais aberto que ontem, apenas com alguma Cirrostratus e Cumulus humilis no céu azul.