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Brasil Abaixo de Zero

Mudanças Climáticas - Discussões Gerais


Carlos Dias
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Será que na época da invasão holandesa no Nordeste no século XVII, geadas seriam possíveis em áreas mais altas de Pernambuco? Ou mesmo em áreas mais altas da Paraíba, Ceará ou Rio Grande do Norte? O único estado do Nordeste que já registrou geadas foi a Bahia, mas, geadas seriam possíveis nesses estados tão perto do Equador em locais como Triunfo e Garanhuns na PEG, quando congelavam os canais de Amsterdam, o rio Sena em Paris e o rio Tâmisa em Londres? É possível que os holandeses tenham visto isso em pleno Nordeste setentrional? 

Edited by Leandro A M Leite
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  • 2 weeks later...
Em 24/09/2024 em 10:54, Leandro A M Leite disse:

Para Cuiabá o meu aplicativo do Weather Channel prevê normais 40ºC amanhã, e hoje 41ºC, melhorando na sexta com 34ºC, e a partir de quinta, possibilidades mais altas de chuva, não existem temperaturas acima dos 45ºC no Brasil, isso é coisa da Índia, Oriente Médio, norte da África ou sudoeste dos EUA, aqui no Hemisfério Sul são mais comuns na Austrália, mas acontecem nos nossos vizinhos como Argentina e Paraguai. 

Será mesmo, com o cerrado, Pantanal e metade sul da floresta amazônica a parte mais desmatada, são um dos sistemas mais sofreram degradação, as previsões indicam 45/46 graus por aí na década de 2030 e tem previsões para 2070 chegar a 50 graus.

Não duvido de mais nada vendo a mudança nos últimos 10 anos e que muito provavelmente isto não irá mudar para melhor, mas sim para pior, que o Centro Oeste e Brasil Central sofra um processo de desertificação.

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On 9/24/2024 at 9:23 AM, Edison Bocorny Jr said:

Será mesmo, com o cerrado, Pantanal e metade sul da floresta amazônica a parte mais desmatada, são um dos sistemas mais sofreram degradação, as previsões indicam 45/46 graus por aí na década de 2030 e tem previsões para 2070 chegar a 50 graus.

Não duvido de mais nada vendo a mudança nos últimos 10 anos e que muito provavelmente isto não irá mudar para melhor, mas sim para pior, que o Centro Oeste e Brasil Central sofra um processo de desertificação.

 

Pelo que li a expectativa é de um aumento em torno de 4 C nas médias se manter exatamente como está e esperar estabilizar

Edited by Samihr Hermes
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Em 24/09/2024 em 11:23, Edison Bocorny Jr disse:

Será mesmo, com o cerrado, Pantanal e metade sul da floresta amazônica a parte mais desmatada, são um dos sistemas mais sofreram degradação, as previsões indicam 45/46 graus por aí na década de 2030 e tem previsões para 2070 chegar a 50 graus.

Não duvido de mais nada vendo a mudança nos últimos 10 anos e que muito provavelmente isto não irá mudar para melhor, mas sim para pior, que o Centro Oeste e Brasil Central sofra um processo de desertificação.

A Europa já era 50% desmatada antes da revolução industrial, e mesmo assim continuou na PEG, o Brasil tem 66% de área preservada, na Amazônia a taxa é superior a 80%, interessante é que nos últimos 100 anos, mesmo com um grande reflorestamento, o clima da Europa esquentou muito, a resposta seria um Mediterrâneo mais quente, entre outros fatores, e no Brasil, só 12% do território do País foi desmatado nos últimos 40 anos, o que mais aquece o mundo, ou resfria, são os oceanos, que cobrem 70% da Terra, entre um El Niño e outro o mundo não esquenta, comentei aqui que Cuiabá se resfriou em mais de 1ºC entre 2020 e 2022 graças à LN. 

Edited by Leandro A M Leite
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Em 24/09/2024 em 11:23, Edison Bocorny Jr disse:

Será mesmo, com o cerrado, Pantanal e metade sul da floresta amazônica a parte mais desmatada, são um dos sistemas mais sofreram degradação, as previsões indicam 45/46 graus por aí na década de 2030 e tem previsões para 2070 chegar a 50 graus.

Não duvido de mais nada vendo a mudança nos últimos 10 anos e que muito provavelmente isto não irá mudar para melhor, mas sim para pior, que o Centro Oeste e Brasil Central sofra um processo de desertificação.

Regiões que passaram por secas no mundo, como Califórnia, Rio Grande do Sul e Vietnã, depois tiveram chuvas excessivas, o mesmo pode ocorrer no Brasil Central num futuro próximo, um dos fatores para o atraso das chuvas em 2024 se deve a uma ZICT mais ao norte, que provocou muita chuva no deserto do Saara, a principal fonte das chuvas vem dos oceanos, e ninguém pode seca-los. 

Edited by Leandro A M Leite
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On 9/24/2024 at 9:33 AM, Leandro A M Leite said:

A Europa já era 50% desmatada antes da revolução industrial, e mesmo assim continuou na PEG, o Brasil tem 66% de área preservada, na Amazônia a taxa é superior a 80%, interessante é que nos últimos 100 anos, mesmo com um grande reflorestamento, o clima da Europa esquentou muito, a resposta seria um Mediterrâneo mais quente, entre outros fatores, e no Brasil, só 12% do território do País foi desmatado nos últimos 40 anos, o que mais aquece o mundo, ou resfria, são os oceanos, que cobrem 70% da Terra, entre um El Niño e outro o mundo não esquenta, comentei aqui que Cuiabá se resfriou em mais de 1ºC entre 2020 e 2022 graças à LN. 

 

A resposta poderia ser um mediterrâneo mais quente, mas também pode ter a ver com o fato de que todos (literalmente todos, não é exagero) os países da europa possuem uma emissão de CO2 per capita superior à do Brasil. O país com menor emissão na europa ainda emite 20% a mais, per capita, do que o Brasil. Além disso, a europa possui 3.5x a população do Brasil. E, embora haja esforços lá de reflorestameto, não existe nem de perto um grande reflorestamento. Mas acho que nem vale falarmos muito de reflorestamento... estamos falando de sistemas complexos. Por exemplo, o chip dos nossos computadores é feito de silício. Se você quebrar seu processador no meio, colar as duas metades de volta pode recuperar o aspecto visual do mesmo, mas não recupera a funcionalidade.

Edited by Samihr Hermes
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Em 24/09/2024 em 11:43, Leandro A M Leite disse:

Regiões que passaram por secas no mundo, como Califórnia, Rio Grande do Sul e Vietnã, depois tiveram chuvas excessivas, o mesmo pode ocorrer no Brasil Central num futuro próximo, um dos fatores para o atraso das chuvas em 2024 se deve a uma ZICT mais ao norte, que provocou muita chuva no deserto do Saara, a principal fonte das chuvas vem dos oceanos, e ninguém pode seca-los. 

Não seria o oposto, quanto menos floresta, Amazônia, Pantanal e Cerrado, menos umidade....

 

Edited by Edison Bocorny Jr
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Aceita que dói menos Leandro A. M. Leite.

A tua região é a que mais vai aquecer até 2070 na América do Sul, com 4 graus e processo de desertificação.

Até aqui está previsto entre 0.5 e 1 grau, mas aí corre o risco de virar um semi deserto.

Entrou vento e baixou a temperatura de 28 para 26 graus aqui e encoberto.

Edited by Edison Bocorny Jr
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On 9/24/2024 at 11:05 AM, Leandro A M Leite said:

A nível de América do Sul, temos ainda 88% da Amazônia preservada, e a nível de Brasil, 80%, e o Pantanal é muito pequeno pra produzir umidade e seu índice de desmatamento também não é muito alto, inclusive, mais de 90% das espécies de animais estão em situação pouco preocupante, e se trata dum local pequeno, e todos esses locais que eu citei, Califórnia, RS e Vietnã, são até mais desmatados, e mesmo assim sofrem chuvas intensas, a origem das chuvas no Brasil Central está no Oceano Atlântico, que produz a umidade, que passa pela Amazônia, bate nos Andes, e vem para a região. 

 

É verdade sobre o pantanal, de fato é muito pequeno.

 

Quanto à origem do silício, ele se vem da fusão nuclear de estrelas. Quem dera a fusão já fizesse chips direto e a gente só os escavasse.

Edited by Samihr Hermes
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Em 24/09/2024 em 13:05, Leandro A M Leite disse:

A nível de América do Sul, temos ainda 88% da Amazônia preservada, e a nível de Brasil, 80%, e o Pantanal é muito pequeno pra produzir umidade e seu índice de desmatamento também não é muito alto, inclusive, mais de 90% das espécies de animais estão em situação pouco preocupante, e se trata dum local pequeno, e todos esses locais que eu citei, Califórnia, RS e Vietnã, são até mais desmatados, e mesmo assim sofrem chuvas intensas, a origem das chuvas no Brasil Central está no Oceano Atlântico, que produz a umidade, que passa pela Amazônia, bate nos Andes, e vem para a região. 

Aqui na metade norte do estado serra e planalto foi mais desmatada de araucárias mas não houve praticamente mudança na temperatura.

Em 1941 tivemos uma enchente do mesmo estilo desta de 2024, por um bloqueio atmosférico que sabe se lá qual foi a causa dele.

Edited by Edison Bocorny Jr
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Acho que há um pouco de viés na discussão, dos dois "lados", é verdade que a Amazônia passa por um processo de desmatamento preocupante e que isso afeta o regime de chuvas em outras regiões do país pela diminuição dos rios aéreos, além do problema da diminuição do albedo com a retirada da sombra das árvores e consequente aumento da temperatura média na região.

 

Por outro lado, também é verdade que a floresta em si se autorregenera porque o padrão de chuvas não nasceu da própria floresta, e sim a floresta que cresceu com o padrão de chuvas, ou seja, mesmo que derrubassem toda a Amazônia de uma vez não pararia de chover porque os Andes e a umidade vinda do oceano continuariam ali. Claro, haveria sim uma redução, mas a Amazônia nunca viraria um deserto.

 

Além disso, penso que essa extensão da bolha de calor do Brasil central, a cada ano que passa mais quente e se expandindo mais em direção ao Sul, pouco tem a ver com desmatamento, e sim com algo maior. Todo esse período bizarro de ondas de calor fora de época e Setembro irreconhecível em algumas regiões começou recentemente, entre 2012 e 2014, sendo que o desmatamento da região do Cerrado e sul da Amazônia data muito antes disso. Não tem como depois de décadas e décadas de desmatamento, só nos últimos 10 anos essa bolha tenha duplicado, triplicado de tamanho e esteja cada vez mais difícil de ser rompida. Na minha visão isso tem muito mais a ver com uma mudança na atmosfera derivada do aquecimento global do que variações no clima local.

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On 9/24/2024 at 10:57 AM, Edison Bocorny Jr said:

Aceita que dói menos Leandro A. M. Leite.

A tua região é a que mais vai aquecer até 2070 na América do Sul, com 4 graus e processo de desertificação.

Até aqui está previsto entre 0.5 e 1 grau, mas aí corre o risco de virar um semi deserto.

Entrou vento e baixou a temperatura de 28 para 26 graus aqui e encoberto.

 

Acho que não vai ser tão ruim, tem gente o suficiente ciente do problema e acho que haverá mitigação. Daí deve aumentar uns 2 graus e em 2100 vai ter gente falando que os cientistas tavam errados. 😅

Edited by Samihr Hermes
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On 9/24/2024 at 11:57 AM, DaviOlrb said:

Acho que há um pouco de viés na discussão, dos dois "lados", é verdade que a Amazônia passa por um processo de desmatamento preocupante e que isso afeta o regime de chuvas em outras regiões do país pela diminuição dos rios aéreos, além do problema da diminuição do albedo com a retirada da sombra das árvores e consequente aumento da temperatura média na região.

 

Por outro lado, também é verdade que a floresta em si se autorregenera porque o padrão de chuvas não nasceu da própria floresta, e sim a floresta que cresceu com o padrão de chuvas, ou seja, mesmo que derrubassem toda a Amazônia de uma vez não pararia de chover porque os Andes e a umidade vinda do oceano continuariam ali. Claro, haveria sim uma redução, mas a Amazônia nunca viraria um deserto.

 

Além disso, penso que essa extensão da bolha de calor do Brasil central, a cada ano que passa mais quente e se expandindo mais em direção ao Sul, pouco tem a ver com desmatamento, e sim com algo maior. Todo esse período bizarro de ondas de calor fora de época e Setembro irreconhecível em algumas regiões começou recentemente, entre 2012 e 2014, sendo que o desmatamento da região do Cerrado e sul da Amazônia data muito antes disso. Não tem como depois de décadas e décadas de desmatamento, só nos últimos 10 anos essa bolha tenha duplicado, triplicado de tamanho e esteja cada vez mais difícil de ser rompida. Na minha visão isso tem muito mais a ver com uma mudança na atmosfera derivada do aquecimento global do que variações no clima local.

 

Rio voador? Eu nunca vi rio com asa. Eu já morei em apartamento e nunca vi rio passando pela minha janela, também já andei de avião bastante e nunca vi nenhum hippie de dread abraçador de árvore andando de kayak nos rios voadores.

 

Não acho que a amazonia viraria um deserto tbm. Acho que se tornaria uma savana (?) isso tem que pesquisar direitinho.

 

Aquecimento bobal, só bobo acredita. Não há como medir o aquecimento da terra por motivos óbvios: ESFERAS NÃO TEM SOVACO.

 

Alerta de ironia. Esta pessoa está sendo ironica na internet calma gente

Edited by Samihr Hermes
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Em 24/09/2024 em 11:23, Edison Bocorny Jr disse:

Será mesmo, com o cerrado, Pantanal e metade sul da floresta amazônica a parte mais desmatada, são um dos sistemas mais sofreram degradação, as previsões indicam 45/46 graus por aí na década de 2030 e tem previsões para 2070 chegar a 50 graus.

Não duvido de mais nada vendo a mudança nos últimos 10 anos e que muito provavelmente isto não irá mudar para melhor, mas sim para pior, que o Centro Oeste e Brasil Central sofra um processo de desertificação.

 

Esse tipo de previsão às cegas costuma dar muito errado. Em 1980, havia reportagem prevendo que em 2010 a amazônia seria uma "imensidão de areia". Em 2014, diante da seca que viveu o Sudeste brasileiro, muita gente comentava, nesses fóruns de discussão como esse que estamos, que o clima semi-árido estava avançando até a região de BH e que a cidade estava se tornando um deserto.

 

Poucos anos depois, batemos recordes históricos de precipitação na cidade, tanto em volume quanto em quantidade de dias de chuva e fazem uns 4 anos que os reservatórios por aqui estão vertendo (passando dos 100%) em todas as estações chuvosas.

 

Há uma mudança climática em curso, especialmente entre os meses de setembro e outubro mas, para a região se tornar um deserto, seria necessário uma redução drástica e acentuada nos volumes de chuva ao longo do ano inteiro. Conforme as variações das últimas normais climatológicas, não há nada que indique isso no centro-oeste brasileiro e na maior parte do Brasil:

 

download.thumb.png.5393ba620b394a13786470135481e6bb.png

 

Especificamente sobre a região de Cuiabá, a região tem experimentado aumento de chuva entre a última e a atual normal. Boa parte do centro-oeste está neutro (com uma variação de 50 mm para mais ou para menos). Há uma clara redução de chuvas no nordeste e no oeste do Pará e um aumento de chuvas no sul, parte do sudeste (inclusive BH), na região de Cuiabá e em diferentes setores da Amazônia.

 

Caso um aquecimento acentuado nessa parte do ano, como tem sido registrado, seja seguido do restabelecimento pleno de chuvas não vejo potencial de causar desertificação. Deve manter uma vegetação de savana, como já é. Uma savana diferente, talvez. Chove regularmente na região por uns 7 meses no ano, isso teria que mudar completamente para desertificação.

 

Ah, vale lembrar que há 2-3 anos, naquele período de La Niña prolongada - oposto ao atual -  a Amazônia registrava sucessivas máximas históricas no nível dos rios.

 

Esse é o histórico entre as normais climatológicas, o fato registrado. Para essa previsão se cumprir, algo bem sinistro deveria acontecer.

 

Edited by LeoP
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Em 24/09/2024 em 14:17, LeoP disse:

 

Esse tipo de previsão às cegas costuma dar muito errado. Em 1980, havia reportagem prevendo que em 2010 a amazônia seria uma "imensidão de areia". Em 2014, diante da seca que viveu o Sudeste brasileiro, muita gente comentava, nesses fóruns de discussão como esse que estamos, que o clima semi-árido estava avançando até a região de BH e que a cidade estava se tornando um deserto.

 

Poucos anos depois, batemos recordes históricos de precipitação na cidade, tanto em volume quanto em quantidade de dias de chuva e fazem uns 4 anos que os reservatórios por aqui estão vertendo (passando dos 100%) em todas as estações chuvosas.

 

Há uma mudança climática em curso, especialmente entre os meses de setembro e outubro mas, para a região se tornar um deserto, seria necessário uma redução drástica e acentuada nos volumes de chuva ao longo do ano inteiro. Conforme as variações das últimas normais climatológicas, não há nada que indique isso no centro-oeste brasileiro e na maior parte do Brasil:

 

download.thumb.png.5393ba620b394a13786470135481e6bb.png

 

Especificamente sobre a região de Cuiabá, a região tem experimentado aumento de chuva entre a última e a atual normal. Boa parte do centro-oeste está neutro (com uma variação de 50 mm para mais ou para menos). Há uma clara redução de chuvas no nordeste e no oeste do Pará e um aumento de chuvas no sul, parte do sudeste (inclusive BH), na região de Cuiabá e em diferentes setores da Amazônia.

 

Caso um aquecimento acentuado nessa parte do ano, como tem sido registrado, seja seguido do restabelecimento pleno de chuvas não tem potencial de causar desertificação. Deve manter uma vegetação de savana, como já é. Chove regularmente na região por uns 7 meses no ano, isso teria que mudar completamente para desertificação.

 

Esse é o histórico entre as normais climatológicas, o fato registrado. Para essa previsão se cumprir, algo bem sinistro deveria acontecer.

 

Interessante mas veremos nas próximas décadas.

Realmente o sertão do nordeste foi a região mais afetada pela falta de água, aqui no RS não existe secas, mas sim estiagens que ocorrem esporadicamente na campanha, oeste e noroeste do estado.

Chama a atenção as estiagens na metade norte da Anazônia, incluindo Manaus com maior frequência desde aquela de 2005.

Aqui tivemos uma estiagem severa em 1990 na reserva do Taim, extremo sul do estado com incêndios.

Edited by Edison Bocorny Jr
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Também acho esse papo de deserto meio exagerado. Pelo menos tomando a classificação Köppen, deserto tem que receber menos de 300mm de chuva por ano. Cabaceiras, na paraíba, tem a menor precipitação do país (entre municípios) e chove 330 mm por ano. Petrolina que é uma das principais cidades do sertão chove 400 mm...

 

Obviamente tem que ter preservação, mitigação, e bla bla bla, mas também acho exagerado dizer que vai a amazonia ou o centro-oeste virariam desertos mesmo que a gente deletasse a amazonia do mapa. Mesmo o nordeste, com bastante seca, ainda possui mais chuva do que qualquer região desértica. Pro NE virar um deserto ainda teria que secar muito.

Edited by Samihr Hermes
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Em 24/09/2024 em 13:57, DaviOlrb disse:

Acho que há um pouco de viés na discussão, dos dois "lados", é verdade que a Amazônia passa por um processo de desmatamento preocupante e que isso afeta o regime de chuvas em outras regiões do país pela diminuição dos rios aéreos, além do problema da diminuição do albedo com a retirada da sombra das árvores e consequente aumento da temperatura média na região.

 

Preocupante? Ano passado a área desmatada na Amazônia foi 9000 km2 equivale a 0,2% do bioma. Ou seja, 500 anos para desmatar 100% neste ritmo.

Não estou defendendo o uso inadequado dos recursos naturais, mas definitivamente a Amazônia é um dos biomas ainda mais intactos do mundo, com mais de 80% da área preservada.

Então a explicação de mudanças recentes não pode se basear na mudança de um bioma que ainda está bem preservado.

E isso também não elimina o efeito danoso de tanta queimada lá e em outros biomas e também em outros países da América do Sul que trouxe um sério problema ambiental este ano.

 

Tem uns dados bem interessantes aqui

https://brasil.mapbiomas.org/2024/08/21/em-2023-a-perda-de-areas-naturais-no-brasil-atinge-a-marca-historica-de-33-do-territorio/

Edited by sjmolive
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Em 24/09/2024 em 14:24, Edison Bocorny Jr disse:

Interessante mas veremos nas próximas décadas.

Realmente o sertão do nordeste foi a região mais afetada pela falta de água, aqui no RS não existe secas, mas sim estiagens que ocorrem esporadicamente na campanha, oeste e noroeste do estado.

Chama a atenção as estiagens na metade norte da Anazônia, incluindo Manaus com maior frequência desde aquela de 2005.

Aqui tivemos uma estiagem severa em 1990 na reserva do Taim, extremo sul do estado com incêndios.

 

Acredito que o que a gente chama de seca depende do contexto, de região pra região. Rio a 10 m é seca na amazônia, em outros locais é enchente.

 

Se você pesquisar bem, o RS teve muitos prejuízos com estiagens, algumas severas, nos últimos anos (antes de 2023), mas a seca aí não é 0mm de chuva, por causa do clima subtropical.  Mas se você passa muitos meses seguidos com chuva irregular/mal distribuída, numa região pouco resiliente como é o caso do RS, a escassez hídrica vem galopando.Aqui no Sudeste, as bacias hidrográficas "cresceram" num regime de chuva estacional, grosso modo são mais "brutas", então não minguam com a estiagem de inverno somente.

 

O RS passou o 1º semestre de 2023 inteiro sob seca moderada a extrema, de acordo com o Monitor de Secas da ANA, mais nas regiões que citou, mas também no leste. Uma pena que pra resolver o problema um muito maior foi criado.

 

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Pessoal, o desmatamento da Amazônia tem papel relevantíssimo na redução de umidade dentro do continente sul americano. 

Por exemplo, a floresta vem perdendo sua capacidade de manutenção do vapor d'agua nas sua fronteira sul, área desmatada mais recentemente.

Eis a água precipitável no JJA 2010-2024 em relação a normal 1971-2000:

era5-0p5deg_84.thumb.png.51715ba104e5056d85133441eff374a1.png

 

Agora na "primavera", ASO:

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E isso obviamente potencializa e muito os efeitos das mudanças climáticas no nosso continente como um todo, as temperaturas sobem com mais intensidade, os bloqueios ficam piores, acentua a umidade sendo direcionada pro sul e etc.

 

Enfim, eu não sou o único a dizer isso, e para querer refutar que uma área colossal de mata sendo substituída por pasto ou soja não tenha efeito nenhum no clima, precisa de argumentos MUITO poderosos, não é qualquer coisinha que vai servir. 

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Em 24/09/2024 em 23:01, Augusto Göelzer disse:

Pessoal, o desmatamento da Amazônia tem papel relevantíssimo na redução de umidade dentro do continente sul americano. 

Por exemplo, a floresta vem perdendo sua capacidade de manutenção do vapor d'agua nas sua fronteira sul, área desmatada mais recentemente.

Eis a água precipitável no JJA 2010-2024 em relação a normal 1971-2000:

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Agora na "primavera", ASO:

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E isso obviamente potencializa e muito os efeitos das mudanças climáticas no nosso continente como um todo, as temperaturas sobem com mais intensidade, os bloqueios ficam piores, acentua a umidade sendo direcionada pro sul e etc.

 

Enfim, eu não sou o único a dizer isso, e para querer refutar que uma área colossal de mata sendo substituída por pasto ou soja não tenha efeito nenhum no clima, precisa de argumentos MUITO poderosos, não é qualquer coisinha que vai servir. 

Muito bom esses mapas, Augusto. A floresta é sim uma peça fundamental do ciclo hídrico no interior da américa do sul e essa área desmatada interferindo na água precipitável é irrefutável.

 

Lembrando que num planeta aquecido a tendência seria o ar suportar mais vapor.

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Quando eu era criança, nos anos 90, o máximo que devia dar em Primavera era algo como 35ºC ou 36ºC entre os meses da agosto e outubro, a exceção foi 1997 com máxima de 38ºC numa estação da prefeitura, que já era automática, segundo um texto que eu li uma vez, era ano de Super El Niño, e compramos o ar-condicionado com ar quente que usaríamos 3 anos depois na onda de frio de 2000, no mesmo texto dizia que a mínima de 1997 foi 9ºC, deve ter sido no evento de frio de junho com céu claro, e os 38ºC devem ter sido em outubro, 23 anos depois Primavera ultrapassou os 40ºC. 

Edited by Leandro A M Leite
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Em 28/09/2024 em 10:42, Leandro A M Leite disse:

a questão é, desmatar determinados biomas é mais grave que outros biomas, como as florestas temperadas do mundo desenvolvido?

Obviamente que o aquecimento do globo contribui bastante, mas gostaria de educadamente apontar uma coisa pra ti porque vejo esse teu comentário se repetindo: Sim, desmatar áreas tropicais e equatoriais é muito mais grave para o aquecimento e retenção de umidade. Não há comparação em desmatamento de florestas boreais ou temperadas em latitudes de 40-60 graus, em relação ao que ocorreu no Brasil. Nós desmatamos por décadas o equivalente a área da Bélgica em florestas tropicais, todo ano.

 

Não vamos envolver política, economia, agro, fronteira agrícola ou opiniões se a gente "deve" desmatar a floresta ou não porque os europeus e americanos também fizeram, porque esse não é o ambiente para isso, e porque estamos falando da consequência do desmatamento, não a motivação dele. Vamos pensar apenas na física.

 

Isso não é sobre ganhar um argumento. Apenas pense em algo:

 

A Sibéria atua como o verdadeiro motor do frio na Eurásia. Isso não é por acaso. A gigante massa continental em alta latitude literalmente cria o frio. O mesmo acontece em áreas tropicais, mas ao invés do frio, é calor. A grande área continental brasileira, desmatada, sem poder de reter umidade, em áreas tropicais no Brasil contribui muito para a formação de uma bolha de calor, que não conseguia se formar com a presença das florestas. Na Austrália o outback faz a mesma coisa, no norte da áfrica o Saara, os desertos do oeste dos EUA, etc. 

 

Essa teoria da falta das florestas criar essa bolha de calor e mexer completamente com o albedo e retenção de umidade é especialmente evidenciada e comprovada com as médias mínimas se mantendo próximas da normal ou até abaixo da normal em áreas do centro-oeste, mas com as máximas MUITO acima do normal, em níveis sem precedentes todos os anos. Isso é caractrístico de um ambiente que está muito mais seco, e a gente sabe que com a secura uma coisa é facilitada: o aquecimento do ar.

 

Com ou sem floresta, áreas continentais de alta latitude "criam" frio, apesar de também conseguirem aquecer mais do que áreas marítimas no verão.

 

Nos trópicos a coisa muda, porque você pode ter uma área tropical úmida ou uma área tropical desértica/árida. No Brasil estamos vendo uma clara transição de uma área principalmente úmida se transformando em uma área consideravelmente mais seca, portanto com maior potencial para criar uma massa de ar quente seca.

 

Espero que eu tenha sido claro e espero ter ajudado. 

 

Distribution of the source areas of the main air masses today (modified...  | Download Scientific Diagram

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https://edition.cnn.com/2024/05/08/climate/direct-air-capture-plant-iceland-climate-intl/index.html

 

Engenharia começando a evoluir nas plantas de captura de carbono, as metas de remoção de carbono por ano até 2050 me parecem bem ambiciosas. 

 

Mas isso é só o começo, a meta real do momento, segue sendo abaixar o uso dos combustíveis fósseis. Se seguimos nesse ritmo de nem cheira nem fede, o planeta deve sair de +1,5°C (hoje) para 2,5 a 3,0°C no auge do GW... ainda iremos monitorar muita desgraça por aqui.

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Em 28/09/2024 em 13:14, Leandro A M Leite disse:

Na realidade se não tiver El Niño parece que o mundo não esquenta, uma La Niña até o esfria, como entre 2020 e 2022, ou anteriormente entre 2007 e 2013, provavelmente o mundo passará por um leve resfriamento em 2025 com a chegada da La Niña, só voltará a esquentar quando vier outro El Niño forte. 

 

Completamente falso. Mesmo 2020, 2021 e 2022 fecharam acima até mesmo da média já bem aquecida 1991-2020.

 

Linhas cinzas são 2020, 2021 e 2022 e a preta a média 91-20.

 

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Em 28/09/2024 em 13:29, Leandro A M Leite disse:

O mundo resfriou entre 2020 e 2022, e não esquentou entre 2016 e a primeira metade de 2023, conforme gráfico que eu postei acima, mas ficou acima da média 1991-2020, no entanto, em alguns meses esteve em cima da média ou um pouquinho mais frio.

 

"Resfriamento" com muitas aspas, baixou a temperatura global em relação ao período de El Niño e mesmo assim ficou níveis acima da média de uma normal já muito aquecida. Quando mesmo com La Niña intensa e duradoura o planeta arde. Tem como piorar? ☠️

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Em 28/09/2024 em 13:33, Leandro A M Leite disse:

https://brasil61.com/n/brasil-lidera-com-a-maior-parcela-do-territorio-coberto-por-florestas-entre-os-competidores-internacionais-do-agronegocio-diz-ipea-pind223366

Será por isso que faz tanto calor na Índia? Pois desmatou quase 80% de seu território, mas isso foi há quanto tempo? A China também desmatou quase 80%. 

 

Mas países como China, EUA e Argentina, por exemplo, originalmente já tinham porcentagem de áreas florestais inferiores ao Brasil.

 

No caso da China. as áreas menos povoadas são as altitudes do Tibet e desertos (Taklamakan, Gobi, etc) que não eram florestadas (Pelo menos em tempos históricos).

CHINA_Densidade_Populacional.JPG

 

Idem os EUA a oeste do meridiano 90°W.Densidade pop EUA.jpg

 

A Argentina também já tinha pouca porcentagem de florestas antes dos europeus chegarem.

 

Além disso, vários países da lista são povoados desde a antigüidade (Como a Índia, que tem população cerca de 7 vezes a nossa), o desmatamento não começou em época recente e com tanta rapidez como no Brasil.

 

Edited by Aldo Santos
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Vejo que muitas vezes no nosso país tem-se a propaganda de que somos super limpos na energia, mas não é bem assim.

Nossa maior fonte de energia ainda é o petróleo, sendo a segunda maior fonte de emissão de co2, o primeiro é pelo uso da terra (queimadas).

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image.thumb.png.15d3b288ea0fe9ce78e2cc276e949429.png

 

Mas claro, isso não retira nosso destaque na nossa geração de eletricidade, essa sim bem limpa.

 

Mas é possível ser otimista com o futuro nessa área: terá muita pesquisa e desenvolvimento em veículos híbridos entre elétricos e etanol, será a chave para a descarbonização da nossa matriz energética nas próximas décadas.

 

Aí vem o grande calcanhar de aquiles: o desmatamento/uso da terra. 2003 por exemplo conseguimos ter um pico de emissão de co2, equivalente a metade do co2 emitido pelos EUA. E seguimos muito alto nesse sentido ano após ano, infelizmente.

 

 

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Caro@Leandro A M Leite. Não importa o que você argumente, as florestas desempenham papel no clima e estamos tentando mostrar isso pra você, já é comprovado cientificamente.

Sim, todos nós sabemos que o planeta está aquecendo e que ondas de calor aumentam em grande parte por conta desse aquecimento, também não é novidade. 

 

Se você continuar apenas vindo aqui sem acrescentar nada ao debate, suas mensagens serão desaprovadas. Lembrando que há um nível de grandeza diferente para afirmar algo sem sentido, e para refutar esse algo sem sentido.

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Eu não vou tentar mensurar a participação das florestas (no caso, da derrubada delas) nas recentes ondas de calor, até por não ter conhecimento técnico pra isso, mas há um fato bem conhecido e muito fácil de perceber analisando as tabelas de registros de temperatura: houve uma data-chave, o ano de 2012, em que as ondas de calor de primavera ganharam força e abrangência no Brasil. Houve um incremento na frequência, duração e intensidade de calor nesse ano em particular em diante.

 

Alguma coisa mudou além da cobertura florestal, até porque não há diferença significativa no pré e pós-2012 que justifique uma mudança abrupta do comportamento térmico na primavera.

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Abaixo, um desenho esquemático da MP de julho de 1928 que, entre vários lugares, produziu neve em Campos do Jordão e Curitiba.

Cobriu uns 75/80% do território brasileiro, algo quase inimaginável hoje em dia.

Tenho a impressão que (Salvo engano) a última que chegou perto daquela extensão foi a MP de 16 a 20/07/1975.

MP1928a.jpg

 

Edited by Aldo Santos
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Em 01/10/2024 em 16:36, Aldo Santos disse:

Abaixo, um desenho esquemático da MP de julho de 1928 que, entre vários lugares, produziu neve em Campos do Jordão e Curitiba.

Cobriu uns 75/80% do território brasileiro, algo quase inimaginável hoje em dia.

Tenho a impressão que (Salvo engano) a última que chegou perto daquela extensão foi a MP de 16 a 20/07/1975.

MP1928a.jpg

 

Quase 100 anos, o mundo ainda vivia sob os últimos resquícios da PEG. 

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Em 30/09/2024 em 11:19, Leandro A M Leite disse:

Agora a questão, as ondas de calor não têm se limitado ao Mato Grosso, cujo desmatamento é mais recente, o Paraná já era desmatado em 1990, no entanto, não fazia tamanho calor naquela época, o estado de São Paulo também já era e não fazia tanto calor, e ultimamente tem feito, as ondas de calor só ficaram mais intensas de 2014 pra cá, e têm se intensificado mesmo em regiões do mundo onde há aumento das florestas, como Europa, pense bem, os oceanos são mais de duas vezes maiores que os continentes, então, são eles que influenciam os continentes, não o contrário, e se eles esquentam, atuam como aquecedores dos continentes, e é isso que tem acontecido nos últimos anos, tudo rodeado por enormes piscinas de águas quentes. 

Na sua forma de falar me parece que se o oceano regula as condições atmosféricas então nada que acontece no continente pode afetar o clima. Se for isso mesmo é uma afirmação falsa. As condições atmosféricas são resultado da soma de todas as influências e se o ar sopra do interior do continente para algum local esse local naturalmente será influenciado pelo que acontece no continente, ainda mais uma zona continental colossal como é a do coração da américa do sul.

 

É claro que as ondas de calor atuais são as mais fortes, o clima global está aquecendo consideravelmente. O que argumentamos é que a retirada da cobertura vegetal amplifica ainda mais os recordes, não à toa Cuiabá bateu o antigo recorde por 2ºC, o que não vem acontecendo no Paraná.

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Em 28/09/2024 em 13:43, jean10lj disse:

Alertas de incêndios detectados por satélite no Brasil entre 2021 e 2024

 

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Bolívia completamente insana, decidiram acabar com o país. Alertas de incêndio por satélite:

 

Recorde de incêndios era 27 mil incêndios na semana do dia 27/09/2021

2024 conseguiu 123 mil incêndios na semana do dia 02/09/2021

 

🤡🤡 🤡🤡 🤡🤡 🤡🤡

 

image.png.15f341392443b8291f7971ae33ebd9d9.png

 

2021-2024

 

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Mas um período mais frio pode acontecer, mesmo atualmente.

Por exemplo, setembro/2022 teve médias abaixo da normal 1961-1990 na cidade de São Paulo.

Ou seja, beeeemmm abaixo da 1991-2020.

 

Mas de forma alguma significa uma tendência de resfriamento em Sampa.

Muito pelo contrário, a evolução nesses últimos anos indica aquecimento.

 

Setembro/2008 também esteve na média da 61-90.

E... continuamos aquecendo depois disso.

Vários anos entre 1991 e 2020 tiveram médias abaixo da normal do período no Mirante.

Mas foi apenas uma oscilação natural.

 

Afinal, se todos os meses da normal fossem acima da média, a média não era a média. :D

 

Edited by Aldo Santos
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Em 02/10/2024 em 11:34, Leandro A M Leite disse:

Já falei, vou repetir, o primeiro semestre de 2023 foi entre 0ºC e 0,5ºC mais frio que a normal climatológica 1991-2020 no Mato Grosso:

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Ta, mas e daí? Qual o seu ponto exatamente?

 

Último aviso antes de começar a desaprovar todas essas mensagens.

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Em 02/10/2024 em 12:10, Leandro A M Leite disse:

Simplesmente estou mostrando os fatos, e não minha opinião, o primeiro semestre de 2023 foi levemente mais frio que a média no Mato Grosso, pra se ter uma ideia, janeiro e abril sequer completaram 35ºC no aeroporto de Cuiabá. 

 

Eu entendi o que quer dizer. O padrão atual não é eterno e estava diferente antes do el niño, certo. Mas você tem o costume de fazer recortes muito curtos de tempo pra mostrar um resfriamento. Esse comportamento indica aquecimento.

 

Com as médias subindo, será necessário analisar períodos cada vez mais curtos para observar padrões abaixo da média. Nos últimos meses, se eu analisar uma janela maior do que uma semana, acredito que não sobra um único exemplo de temperatura abaixo da média aqui.

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Em 02/10/2024 em 12:19, LeoP disse:

 

Eu entendi o que quer dizer. O padrão atual não é eterno e estava diferente antes do el niño, certo. Mas você tem o costume de fazer recortes muito curtos de tempo pra mostrar um resfriamento. Esse comportamento indica aquecimento.

 

Com as médias subindo, será necessário analisar períodos cada vez mais curtos para observar padrões abaixo da média. Nos últimos meses, se eu analisar uma janela maior do que uma semana, acredito que não sobra um único exemplo de temperatura abaixo da média aqui.

 

 

exatamente, é tipo pegar a última semana de fevereiro do verão 2013-2014 que teve aquela FF que cessou o bloqueio e dizer que o período foi frio, sendo que em boa parte do mês e quase janeiro inteiro torramos aqui com uma sequência brutal acima de 37 por vários dias seguidos

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Em 02/10/2024 em 12:10, Leandro A M Leite disse:

Simplesmente estou mostrando os fatos, e não minha opinião, o primeiro semestre de 2023 foi levemente mais frio que a média no Mato Grosso, pra se ter uma ideia, janeiro e abril sequer completaram 35ºC no aeroporto de Cuiabá. 

Mas está parecendo que está tentando indicar que esse período levemente abaixo da média (que no desvio padrão nem é abaixo da média) nega o aquecimento, os recordes de valores absolutos e os recordes de médias mensais.

 

Um período entre 0,0 e -0,5 numa normal aquecida é uma lástima. Se você colocar a média 91-20 e olhar a década de 60 irá ver anomalias anuais de -3 a -2.

Isso pra mim mostra algo muito preocupante. Se o melhor período que tivemos é esse, o que esperar? Salve-se quem puder. Aqui no sul 2022 foi muito bom, e isso é normal, ter período abaixos da média. Mas os períodos abaixo da média foram atenuados. Padrões que trariam algo que poderia ser super frio virou apenas frio ou até algo na média. É importante deixar isso claro.

 

Se o teu objetivo é só mostrar então tudo bem, não tem nada de errado. Mas pra mim faltou clareza. Especialmente na fala dos oceanos, ficou parecendo que está querendo afirmar que é o único motor do aquecimento. Quando na verdade há 0 dúvida de que o desmatamento potencializa a bolha de calor no Brasil central.

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Em 02/10/2024 em 13:11, Leandro A M Leite disse:

pode ser que se tivesse desmatando o calor ainda aumentaria mis do que já aumentou nesses lugares

Se você voltar eu expliquei a mecânica em altas latitudes. Não funciona da mesma forma. De qualquer forma, a Espanha está sofrendo e é o país europeu que mais sofre com a desertificação e ondas de calor, não apenas por padrões atmoféricos, mas pela falta de vegetação propiciar os extremos de temperatura e a aridez.

 

Em 02/10/2024 em 13:11, Leandro A M Leite disse:

mas os países europeus têm 30% de cobertura nativa, e o Mato Grosso ainda tem 60%, o município e Cuiabá, 67%. 

Novamente, latitudes tropicais sofrem infinitamente mais com a falta de cobertura vegetal do que altas latitudes. E você parece ignorar que não existe mais mata alguma no Mato Grosso do Sul, São Paulo, norte do Paraná, Goiás? 

 

Você fala de oceanos mas ignora completamente as coisas ao seu redor na sua fala. Como pode a área que mais sofreu com o aquecimento - potencializado pela falta de cobertura vegetal, ser justamente a área que foi completamente desmatada? Que coincidência.

 

60% de cobertura vegetal no Mato Grosso....ou 40% de perda em matas nativas úmidas em um estado que cabem quase 4 Alemanhas? Imagina o impacto disso. Você fala como se ainda fosse pouco.

 

 

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Mostrando grosseiramente, porque a área original de mata nativa úmida se estende além em MG, SP e no sul.

 

Temos aqui uma área superior a 5 milhões de km2 que virou um outback. Uma área completamente sem vegetação na estação seca, em latitudes tropicais e que tem na maior parte lavouras em pousio ou pastagem degradada.

 

Imagina se isso não implica em um aquecimento abismal justamente nessa época. Cabem 14 Alemanhas alí dentro (e eles tem altas latitudes, sofreriam muito menos).

 

 

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Em 02/10/2024 em 13:02, jean10lj disse:

Mas está parecendo que está tentando indicar que esse período levemente abaixo da média (que no desvio padrão nem é abaixo da média) nega o aquecimento, os recordes de valores absolutos e os recordes de médias mensais.

 

Um período entre 0,0 e -0,5 numa normal aquecida é uma lástima. Se você colocar a média 91-20 e olhar a década de 60 irá ver anomalias anuais de -3 a -2.

Isso pra mim mostra algo muito preocupante. Se o melhor período que tivemos é esse, o que esperar? Salve-se quem puder. Aqui no sul 2022 foi muito bom, e isso é normal, ter período abaixos da média. Mas os períodos abaixo da média foram atenuados. Padrões que trariam algo que poderia ser super frio virou apenas frio ou até algo na média. É importante deixar isso claro.

 

Se o teu objetivo é só mostrar então tudo bem, não tem nada de errado. Mas pra mim faltou clareza. Especialmente na fala dos oceanos, ficou parecendo que está querendo afirmar que é o único motor do aquecimento. Quando na verdade há 0 dúvida de que o desmatamento potencializa a bolha de calor no Brasil central.

 

No início eu tava pensando isso tb, que era uma busca de argumentos para negar o aquecimento.

Mas depois do post do @LeoP eu vi que pode ser uma questão de interpretação de dados mesmo, escolhendo no caso amostras erradas (por serem pequenas demais frente às escalas de tempo inerentes a esses fenômenos).

Acho que se o @Leandro A M Leite ler com carinho e atenção os teus posts e os do Leo nessa página, ele conseguirá entender melhor e rever os argumentos que ele apresentou.

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Mensagens desaprovadas. Várias afirmando que o desmatamento não gera impacto no aquecimento. Irei aplicar advertência se continuar.

 

Sugiro ler mais sobre o assunto e prestar atenção no que foi postado em vez de querer apenas ganhar um argumento sobre o desflorestamento.

 

Entendemos com tuas 500 postagens insistindo que o aquecimento mais severo é pós-2013 e o desmatamento (em grande parte) foi anterior a isso. Todos sabemos disso. Temos um mundo mais quente, com uma área gigantesca sem cobertura vegetal;

 

Ideias de que está tudo bem com La Niña são falsas. Pois as anomalias negativas que ocorreram não fazem cócegas nas anomalias positivas que foram exorbitantes. Teorizar sobre mudanças de padrão é uma coisa, afirmar que a falta das matas não contribui é bem outra. Não será permitido. Sinta-se livre para pensar assim, mas não em divulgar isso como certo e muito menos sem base concreta alguma. Afirmações como essas - além de não estarem sendo provadas com dados nas suas postagens, geram desinformação. @Leandro A M Leite

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Em 07/09/2024 em 14:27, Leandro A M Leite disse:

Será que na época da invasão holandesa no Nordeste no século XVII, geadas seriam possíveis em áreas mais altas de Pernambuco? Ou mesmo em áreas mais altas da Paraíba, Ceará ou Rio Grande do Norte? O único estado do Nordeste que já registrou geadas foi a Bahia, mas, geadas seriam possíveis nesses estados tão perto do Equador em locais como Triunfo e Garanhuns na PEG, quando congelavam os canais de Amsterdam, o rio Sena em Paris e o rio Tâmisa em Londres? É possível que os holandeses tenham visto isso em pleno Nordeste setentrional? 

Pensando bem, não podemos descartar que geadas, ao menos fracas, pudessem ocorrer no interior de Pernambuco durante a PEG, como durante a invasão holandesa, se, com tamanho aquecimento, na tabela nos resumos climatológicos mostra frio vampiro de 10ºC na Serra do Cariri em setembro, que dirá naquela época. 

Edited by Leandro A M Leite
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Em 02/10/2024 em 13:56, jean10lj disse:

Mensagens desaprovadas. Várias afirmando que o desmatamento não gera impacto no aquecimento. Irei aplicar advertência se continuar.

 

Sugiro ler mais sobre o assunto e prestar atenção no que foi postado em vez de querer apenas ganhar um argumento sobre o desflorestamento.

 

Entendemos com tuas 500 postagens insistindo que o aquecimento mais severo é pós-2013 e o desmatamento (em grande parte) foi anterior a isso. Todos sabemos disso. Temos um mundo mais quente, com uma área gigantesca sem cobertura vegetal;

 

Ideias de que está tudo bem com La Niña são falsas. Pois as anomalias negativas que ocorreram não fazem cócegas nas anomalias positivas que foram exorbitantes. Teorizar sobre mudanças de padrão é uma coisa, afirmar que a falta das matas não contribui é bem outra. Não será permitido. Sinta-se livre para pensar assim, mas não em divulgar isso como certo e muito menos sem base concreta alguma. Afirmações como essas - além de não estarem sendo provadas com dados nas suas postagens, geram desinformação. @Leandro A M Leite

Tudo depende com la nina, muito relativo.

Depende em qual local e o gosto da pessoa.

Ela é vista como benéfica nas temperaturas menores no centro sul do Brasil e chuvas no norte nordeste.

No verão traz estiagem no RS, Uruguai e centro norte da Argentina e assim vai em outros locais do planeta.

La nina não irá nos salvar do aumento da temperatura do planeta.

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