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Brasil Abaixo de Zero

Previsão - Junho de 2007


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Concordo com o PH na questão de que jamais saberemos se são apenas ciclos ou não. Nossa vida na terra é uma formiguinha perto do todo. Também concordo com o Rodrigo: não sabemos se vai piorar ou não.

 

Até hoje, em termos de temperatura, RS e SC não foram afetados. Porém, a mesma dinâmica que fez o PR e Curitiba ter meses com + 3,4oC de anomalia (como é o caso de junho) faz com que SJ e RS tenham menos neve. Ou seja, nesta época de vacas magras, o RS e SC têm menos neve e o PR menos frio. Ë lógico que Ctba tem suas temperaturas afetadas por ser uma cidade mais próxima do trópico. O mesmo vale para SP. Também é óbvio que acima do RJ ninguëm esquentou, porque tropical é tropical mesmo.

 

O que discordo é dos argumentos tentando mostrar que Não há aquecimento em Ctba. Pegue as normais e as médias e verás que é verdade. É INCONTESTÁVEL E NÃO PODE SER SÓ URBANIZAÇÃO. Cidades na mesma latitude também sofreram o mesmo efeito, mesmo sem terem crescido tanto. E Ctba aqueceu muito mais no inverno do que no verão. Se fosse só urbanização seria uniforme.É um argumento que mesmo aqueles que defendem a tese dos ciclos pura devem seguir: ora, mudanças macro devem afetar mais a região de transição.

 

Para mim a mudança de macro-escala responsável por isso é o posicionamento, a força e o timing dos ciclones extras, que mudaram significativamente nos últimos anos. Por que isso ocorre deve ter a ver com maior quantidade de calor na região tropical, em virtude dos ciclos do sol e etc.. A oclusão das frentes se dá antes do que antigamente. De qualquer forma, a mesma causa que, superposta a urbanização, fez Curitiba esquentar fez SJ ficar quase sem neve.

 

Daí a agonia: vamos continuar esquentando ou estamos no auge do periodo quente? O mínimo solar passou, e nada aconteceu. Desde 2001 (no PR desde 1995) nossos invernos são mais alternados e sem neve em todo o sul e mais quentes no PR e SP.

 

Estudos mostram que a terra já esteve mais quente que agora. Vamos voltar a ferver? Se sim, RS e SC não vão escapar também em termos de temperatura.

 

Veja que eu não estou defendendo a tese da ação do homem, e sim a tese dos ciclos. Simplesmente não sabemos se estamos na subida ou na descida de um ciclo.

 

Vlw

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C

 

O que discordo é dos argumentos tentando mostrar que Não há aquecimento em Ctba. Pegue as normais e as médias e verás que é verdade. É INCONTESTÁVEL E NÃO PODE SER SÓ URBANIZAÇÃO.

 

Vlw

 

COM CERTEZA NÃO PODE SER APENAS CULPA DA URBANIZAÇÃO O QUE OCORRE EM CURITIBA! Se fosse assim, porquê há meses como junho, que esquentaram em torno de 3,5C, ao passo que maio e setembro não esquentaram mais do que meio grau. E por que razão Curitiba só ferve quando há bloqueios e mais bloqueios, como agora, e, quando não há bloqueios, o clima da cidade praticamente volta para os valores pré 1990, ou pouca coisa a mais?

Por exemplo, o verão de 2004, maio de, 2004, 2006 e de 2007, agosto de 2003, são exemplos de meses em que não houve bloqueios e que Curitiba ficou dentro da média histórica. ESTÁ BASTANTE CLARO que houve uma mudança importante na dinâmica climática no sul do Brasil nos últimos anos, que provocou um enorme aquecimento no leste do Paraná e diminuiu a neve das regiões propícias ao fenômeno em RS e SC.

Só diz que nada mudou quem não quer ver a realidade. Se é algo passageiro ou definitivo, só o tempo dirá.

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Estou de acordo quanto a isso, o aquecimento de Curitiba e do Paraná não é culpável apenas por fatores locais e regionais, mas também a alterações na dinâmica atmosférica a nível continental. Isto já foi contatado há bastante tempo pele geógrafo Reinhard Maack, que destacara o fato de a linha divisória entre os climas Tropical de Altitude, reinante no interior de São Paulo, estar descendo, invadindo o território paranaense, já na década de 50 e 60. Ele citou como culpada a devastação das matas que cobriam o estado, pelo menos quanto ao regime de chuvas. Precisaríamos descobrir qual influência este fato pode ter tido no deslocamento das massas de ar, bem como se modificações em outros locais importantes, como a Amazônia, não estariam causando mudanças em nosso quintal. Sem me preocupar com as causas, constato uma instabilização de nosso clima, ou melhor, uma instabilização da linha climática que divide o tipo climático Cw- e Cf-, com a intensificação da atuação dos bloqueios no estado, fenômeno típico do clima Cw-, mas não do Cf-. Maack constata esta mudança, classificando o clima do Norte do Paraná como Cfa periodicamente seco, mas ressaltando a redução nas precipitações, que cada vez mais se tornaram dependentes das frentes frias e menos de formações locais. Há uma conjunção de fatores responsáveis pela mudança que sentimos por aqui e acho simplista demais creditá-las todas a um aquecimento global. Considero mais justo observar a redução das áreas de mata, a substituição das florestas por campo e o aumento das cidades; esta troca de cobertura de solo causa fortes impactos na retenção de umidade, no comportamento térmico e nos ventos em superfície. Os impactos que isso causará em nosso clima serão bastante sensíveis caso a destruição continue, pois grande parte da umidade que nos supre advém dos LLJs, jatos de baixos níveis (Low Level Jet), o que já provoca preocupação em pesquisadores brasileiros e argentinos, conscientes da importância desta questão para a sobrevivência do conesul. Assim, não crucifiquem esta ou aquela idéia, mas tentem encontrar a relação que cada uma estabelece entre si, pois o mais plausível - dada a complexidade do sistema em questão - é termos não apenas um, mas vários fatores atuando em conjunto, compondo aquilo que conhecemos por clima. Há ciclos, há urbanização, há desmatamento, há gases estufa, enfim, muitos fatores podem ser listados. Difícil é estabelecer a devida relação entre eles e seu impacto na atmosfera.

 

Saudações,

PS.: Um outro ponto que ia me esquecendo de sublinhar: a relação dos ciclos com o clima. É possível sim estabelecermos relações entre os ciclos e o clima, afinal temos como reconstruir o clima com base em diversas fontes indiretas e mesmo diretas. Os ciclos, longe de constituírem fatores aparentemente naturais para nós, provocam mudanças que para os homens (dentro de sua janela de existência) seria considerado anormal, anômalo, pois implicam em mudança. Assim, se determinarmos a extensão e intensidade de cada ciclo em questão, vale muito a pena pesar seu papel conjuntamente às demais forçantes.

 

Luiz Carlos M. Filho

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Porto Alegre, em termos de dinâmica e frio, acho que não sofreu grandes alterações. A única diferença está na neve na serra mesmo. Nevava com mais frequência 15 anos atrás.

 

 

Brunão, o próprio Alexandre já disse aqui algumas vezes, q o número de geadas por ai era maior nos anos 50, 60 e 70, e relacionou isso ao ciclo da PDO, atividade solar menor, e número maior de eventos de La Niña nesse período do que hoje!!! Aliás, já vi muitos artigos no site da Metsul, referindo-se a história climática do RS, e ressaltando que os invernos eram muito rigorosos nas décadas de 50 e 60, devidos ao ciclo frio da PDO!!!

 

Acho meio difícil acreditar que em 55, quando a PDO chegou a bater -3, mantinha-se negativa desde 1947, tínhamos o 2º La Niña mais forte do século, e uma atividade solar sensivelmente menor do que hoje, não fizesse menos frio em Porto alegre do que faz hoje!!!

 

Se não me engano tb, o Inmet de POA está no Jardim botânico, não é isso, um lugar com vegetação ao seu redor, e mais fresco que o centrão da cidade!!! Já tinha visto alguém do RS comentar isso aqui no site!!!

 

Sds.

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Concordo com o PH na questão de que jamais saberemos se são apenas ciclos ou não. Nossa vida na terra é uma formiguinha perto do todo. Também concordo com o Rodrigo: não sabemos se vai piorar ou não.

 

O clima sempre se estabeleceu em ciclos. Basta ver a paleoclimatologia. Ciclos longos, médios e curtos. A única constante na natureza é a mudança.

 

Até hoje, em termos de temperatura, RS e SC não foram afetados.

 

Foram afetados sim. O frio na média foi menos rigoroso nos últimos anos no RS. Ver o gráfico abaixo com as anomalias de maio, junho e julho de 1950 a 2006 em POA. Observem a senóide no gráfico e o que ela projeta. Se a curva se mantiver subindo ou estabilizar definitivamente por muitos e muitos anos Al Gore e todos os catastrofistas estarão certos.

http://www.metsul.com/__editor/filemanager/files/2007a/invernospoa1950_2007.JPG

 

Porém, a mesma dinâmica que fez o PR e Curitiba ter meses com + 3,4oC de anomalia (como é o caso de junho) faz com que SJ e RS tenham menos neve.

 

O ano de 1941 foi quente no RS, mais quente que alguns desta década, mas teve uma nevada enorme. Neve não é só temperatura. Depende de condição sinótica. Não deveríamos estar nos perguntando sobre o posicionamento da ciclogênese. Se há mais ou menos ciclogênese. Se a umidade tem sido maior ou menor ?

 

Ou seja, nesta época de vacas magras, o RS e SC têm menos neve e o PR menos frio. Ë lógico que Ctba tem suas temperaturas afetadas por ser uma cidade mais próxima do trópico. O mesmo vale para SP. Também é óbvio que acima do RJ ninguëm esquentou, porque tropical é tropical mesmo.

 

Não tenho dúvidas que os últimos anos mais quentes em Curitiba estão relacionados a um padrão de aquecimento em escala global, mas o efeito da urbanização não pode ser ignorado.

 

O que discordo é dos argumentos tentando mostrar que Não há aquecimento em Ctba. Pegue as normais e as médias e verás que é verdade. É INCONTESTÁVEL E NÃO PODE SER SÓ URBANIZAÇÃO. Cidades na mesma latitude também sofreram o mesmo efeito, mesmo sem terem crescido tanto. E Ctba aqueceu muito mais no inverno do que no verão. Se fosse só urbanização seria uniforme.É um argumento que mesmo aqueles que defendem a tese dos ciclos pura devem seguir: ora, mudanças macro devem afetar mais a região de transição.

 

O efeito das ilhas de calor urbano é mais pronunciado na temperatura noturna no inverno.

 

Para mim a mudança de macro-escala responsável por isso é o posicionamento, a força e o timing dos ciclones extras, que mudaram significativamente nos últimos anos. Por que isso ocorre deve ter a ver com maior quantidade de calor na região tropical, em virtude dos ciclos do sol e etc.. A oclusão das frentes se dá antes do que antigamente. De qualquer forma, a mesma causa que, superposta a urbanização, fez Curitiba esquentar fez SJ ficar quase sem neve.

 

Isso vai de encontro às teses catastrofistas brasileiras do aquecimento global. Segundo elas, o aquecimento do planeta determinaria mais ciclones extratropicais e que seriam mais intensos.

 

Daí a agonia: vamos continuar esquentando ou estamos no auge do periodo quente? O mínimo solar passou, e nada aconteceu. Desde 2001 (no PR desde 1995) nossos invernos são mais alternados e sem neve em todo o sul e mais quentes no PR e SP.

 

Seria fascinante ver um gráfico de anomalias mensais, como o acima de Porto Alegre, referente a Curitiba. Há quem sustente que o aquecimento global se estabilizou nos últimos cinco anos. Medições por satélite, mais confiáveis que as feitas pela rede observacional terrestre confirmam. O gráfico abaixo mostra a evolução da temperatura no planeta medida por satélite desde a baixa atmosfera até a estratosfera. Observe no primeiro gráfico, de cima, como próximo à superfície o aquecimento está estabilizado.

 

ipccmicroondas.JPG

 

Estudos mostram que a terra já esteve mais quente que agora.

 

Já, nos anos 30 !! Teve mais furacão que agora, mais extremos de clima, a maior seca da história dos EUA, os recordes de calor no RS, etc.

 

Vamos voltar a ferver? Se sim, RS e SC não vão escapar também em termos de temperatura.

 

Se a Terra ferver, a vaca planta bananeira.

 

Veja que eu não estou defendendo a tese da ação do homem, e sim a tese dos ciclos. Simplesmente não sabemos se estamos na subida ou na descida de um ciclo.

 

Para quem é grafista em mercado financeiro, os suportes e resistências. O gráfico abaixo foi apresentado neste ano na conferência anual da Sociedade de Meteorologia dos Estados Unidos pelo meteorologista Joseph D'Aleo, primeiro diretor do Weather Channel, ex-presidente da Intellicast/WSI e atual diretor da ICECAP, ao qual a MetSul está filiada.

 

399cicloaquecimentogs9.jpg

 

Alexandre

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Eu também acho que o Luiz não respondeu a nenhuma de minhas colocações, respondendo apenas ao significado literal dos termos como se os argumentos fossem elementos isolados entre si. Também acho que é a lógica intelectualista que opera por trás destas respostas, que consiste em um jogo de palavras com o intuito de demonstrar a erudição do gênio criador. Uma das formas de não assassinar o sentido real do texto, aquele produzido pela síntese de todos os seus elementos, é não responder a seus fragmentos, já que, como nos ensina o manual de filosofia básica, "o todo não é a mera soma das partes".

 

A maneira mais clara e explícita de se fazer entender é explicitar o sentido do que se quer dizer através de enunciados lógicos. (Não que eu seja um grande lógico, muito pelo contrário, nunca me arrisquei e não pretendo me arriscar visitando o núcleo de lógica do departamento de matemática).

 

O que quero dizer é muito simples.

 

Um: O clima de Curitiba aqueceu.

Isso é uma premissa. Porém, é uma premissa baseada em experiência concreta, isto é, não se trata de postulado filosófico. Na verdade, seria até mesmo lícito afirmar que, muito mais do que mera premissa, trata-se de uma evidência, um axioma, um fato inexorável e indiscutível baseado pela observação e pela estatística.

Escólio: Essa premissa pode ser observada em qualquer registro climatológico da cidade, seja qual for o referencial (estação).

Escólio 2: Esta premissa não trata do que ocorre "abaixo" de Curitiba. Isso pois este discursante não se interessa tanto pelo que ocorre "abaixo" de Curitiba.

Escólio 3: Poderíamos, com base nas observações, ampliar a primeira premissa para uma certa região em torno de ctba, até mesmo todo o leste do Paraná ou várias regiões do Paraná - como têm observado o grande César Duquiniano e o falecido (no BAZ, claro) Alex, que observaram o mesmo padrão de aquecimento nas estações do SIMEPAR.

 

Dois: Isto não se deve exclusivamente à urbanização.

Também é uma premissa baseada em experiência concreta. Alguém com um grande conhecimento técnico sobre urbanização, de preferência um meteorologista, poderia fazer um estudo sistemático e rigoroso sobre o aquecimento de Curitiba, confirmando ou refutando esta premissa, e de preferência explicando o fenômeno do aquecimento, enunciado em "Um" (Mas talvez seria pedir demais para a invejável ciência tupiniquim.)

 

Três. Não se pode explicar, ainda, este fenômeno com base em nenhuma teoria de macroescala.

Escólio: Como não tenho conhecimento técnico em meteorologia, poderia fazer uma definição amadora de "macroescala" a partir de uma definição exclusivamente empírica (insuficiente), e até mesmo subjetiva (perceptível): teoria de macroescala seriam as teorias de alcance global que buscam (ou pretendem) produzir previsões de alcance global.

 

A partir desta terceira premissa e de seu escólio, define-se estas teorias como ciclos ou aquecimento global, que, aliás, mais me parecem mitologias ou verdadeiros sistemas de valores feitos ideologia política.

 

Minha total descrença para com as "grandes teorias", sobretudo quando se baseiam mais em modelos teóricos do que em observação empírica, se dá pelo tal "caos", que eu preferiria dizer "princípio da incerteza" que torna bastante discutível qualquer teoria que pretenda explicar tudo o que ocorre num sistema com alguns trilhoes de trilhoes... de partículas. Como não sou físico ou meteorologista, preciso entender tal tentativa através de uma analogia para meu campo de especialidade, as ciências sociais: nenhuma teoria, por mais sofisticada que seja, é capaz de explicar a razão das interações de 6.8 bilhão de seres humanos. Para tanto, é melhor produzir recortes analíticos e explicar partes delimitadas deste imenso sistema. As "grandes teorias" sempre tem lacunas significativas que as impedem de explicar com rigor e acuidade os fenômenos particulares, isolados, "microscópicos", isto em qualquer campo do conhecimento.

 

abraços anti-intelectualistas

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Um outro avanço significativo ao entendimento do assunto, e não somente o confronto de egos transfigurado em confronto de idéias, seria começarmos a explicar os dados, gráficos, equações, argumentos etc. que expomos. (Tenho o leve pressentimento que, pelo menos às vezes, sequer se sabe realmente o que está se postando). Assim talvez finalmente possamos nos libertar da tirania dos ciclos, que acometam até mesmo o humor e as discussões bazistas.

 

abs

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Seria fascinante ver um gráfico de anomalias mensais, como o acima de Porto Alegre, referente a Curitiba.

 

Alexandre

 

Fiz o grafico, mas tenho os dados de poucos anos de Curitiba, falta de toda decada de 80 e 90...

 

mas da pra ver bem no grafico o elevado aquecimento nos ultimos anos, mesmo se comparado ao periodo quente do final da decada de 60.

 

AnomaliaCtba2.jpg

 

Acho que ganhamos 1 mes a mais de verao de brinde aqui em Curitiba hehe...

nesse final de semana por exemplo, vi bastante gente indo pra praia, parques cheios, no fim de tarde os butecos cheios com o pessoal na rua tomando chopp...cenas de verao mesmo!!

Edited by Guest
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Porto Alegre, em termos de dinâmica e frio, acho que não sofreu grandes alterações. A única diferença está na neve na serra mesmo. Nevava com mais frequência 15 anos atrás.

 

 

Brunão, o próprio Alexandre já disse aqui algumas vezes, q o número de geadas por ai era maior nos anos 50, 60 e 70, e relacionou isso ao ciclo da PDO, atividade solar menor, e número maior de eventos de La Niña nesse período do que hoje!!! Aliás, já vi muitos artigos no site da Metsul, referindo-se a história climática do RS, e ressaltando que os invernos eram muito rigorosos nas décadas de 50 e 60, devidos ao ciclo frio da PDO!!!

 

 

 

Sds.

 

Estava me referindo ao período ao qual presenciei, isto é, desde que nasci.

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Eu também acho que o Luiz não respondeu a nenhuma de minhas colocações, respondendo apenas ao significado literal dos termos como se os argumentos fossem elementos isolados entre si. Também acho que é a lógica intelectualista que opera por trás destas respostas, que consiste em um jogo de palavras com o intuito de demonstrar a erudição do gênio criador.

 

Zeocit, muito embora admire sua aparente erudição, sou obrigado a confessar que não fostes feliz nesta colocação. Diga-me, em poucas palavras, objetivamente, o que é que não respondi!

 

Disse que Curitiba aqueceu. Disse que a dinâmica atmosférica mudou. Disse que concordo com o Zé Vicente. O que mais devo dizer? Prever o número da próxima megasena? É óbvio que não!

 

Uma das formas de não assassinar o sentido real do texto, aquele produzido pela síntese de todos os seus elementos, é não responder a seus fragmentos, já que, como nos ensina o manual de filosofia básica, "o todo não é a mera soma das partes". A maneira mais clara e explícita de se fazer entender é explicitar o sentido do que se quer dizer através de enunciados lógicos. (Não que eu seja um grande lógico, muito pelo contrário, nunca me arrisquei e não pretendo me arriscar visitando o núcleo de lógica do departamento de matemática).

 

Primeiro me acusas de estar dizendo nada, ou pelo menos nada que se aproveite. Depois discorres sobre o "método" que eu presumivelmente teria utilizado.

 

Vejamos:

 

 

O que quero dizer é muito simples.

 

Um: O clima de Curitiba aqueceu.

Isso é uma premissa. Porém, é uma premissa baseada em experiência concreta, isto é, não se trata de postulado filosófico. Na verdade, seria até mesmo lícito afirmar que, muito mais do que mera premissa, trata-se de uma evidência, um axioma, um fato inexorável e indiscutível baseado pela observação e pela estatística.

 

Trata-se de um fato observado e procedente de material experimental. Considerando as possíveis causas de erro, assume-se uma forçante local, que está relacionada à urbanização, e outra regional ou global, que é dificilmente mensurável.

 

Escólio: Essa premissa pode ser observada em qualquer registro climatológico da cidade, seja qual for o referencial (estação).

 

Em estações rurais as variações podem ser contraditórias. Mesmo assim concluo que houve modificação na dinâmica atmosférica, pois o clima não se compõe apenas de temperatura, mas também de muitas outras variáveis, que na prática, são interligadas.

 

Escólio 2: Esta premissa não trata do que ocorre "abaixo" de Curitiba. Isso pois este discursante não se interessa tanto pelo que ocorre "abaixo" de Curitiba.

Escólio 3: Poderíamos, com base nas observações, ampliar a primeira premissa para uma certa região em torno de ctba, até mesmo todo o leste do Paraná ou várias regiões do Paraná - como têm observado o grande César Duquiniano e o falecido (no BAZ, claro) Alex, que observaram o mesmo padrão de aquecimento nas estações do SIMEPAR.

 

Sim, foi o que constatei acima e repetes aqui.

 

Dois: Isto não se deve exclusivamente à urbanização.

Também é uma premissa baseada em experiência concreta. Alguém com um grande conhecimento técnico sobre urbanização, de preferência um meteorologista, poderia fazer um estudo sistemático e rigoroso sobre o aquecimento de Curitiba, confirmando ou refutando esta premissa, e de preferência explicando o fenômeno do aquecimento, enunciado em "Um" (Mas talvez seria pedir demais para a invejável ciência tupiniquim.)

 

Há estudos sobre urbanização no Brasil, mas não conheço nada a respeito de Curitiba. Há ilha de calor em Londrina e Maringá e estudos relacionados. Certamente a mudança não se deve apenas à urbanização. Mais uma vez repetes o que eu disse acima.

 

Três. Não se pode explicar, ainda, este fenômeno com base em nenhuma teoria de macroescala.

Escólio: Como não tenho conhecimento técnico em meteorologia, poderia fazer uma definição amadora de "macroescala" a partir de uma definição exclusivamente empírica (insuficiente), e até mesmo subjetiva (perceptível): teoria de macroescala seriam as teorias de alcance global que buscam (ou pretendem) produzir previsões de alcance global.

 

De fato, macroescala quando citada se referia à escala gobal, em oposição à microescala, que está atada a fatores locais, a nível de bairro ou cidade.

 

A partir desta terceira premissa e de seu escólio, define-se estas teorias como ciclos ou aquecimento global, que, aliás, mais me parecem mitologias ou verdadeiros sistemas de valores feitos ideologia política.

 

Nunca ouvi tamanha besteira em se tratando de ciência. Os ciclos são algo comprovado experimentalmente e há farta literatura a seu respeito.

 

Minha total descrença para com as "grandes teorias", sobretudo quando se baseiam mais em modelos teóricos do que em observação empírica, se dá pelo tal "caos", que eu preferiria dizer "princípio da incerteza" que torna bastante discutível qualquer teoria que pretenda explicar tudo o que ocorre num sistema com alguns trilhoes de trilhoes... de partículas. Como não sou físico ou meteorologista, preciso entender tal tentativa através de uma analogia para meu campo de especialidade, as ciências sociais: nenhuma teoria, por mais sofisticada que seja, é capaz de explicar a razão das interações de 6.8 bilhão de seres humanos. Para tanto, é melhor produzir recortes analíticos e explicar partes delimitadas deste imenso sistema. As "grandes teorias" sempre tem lacunas significativas que as impedem de explicar com rigor e acuidade os fenômenos particulares, isolados, "microscópicos", isto em qualquer campo do conhecimento.

 

O caos existe, mas não anula as tentativas análise e modelagem do sistema. Isso se torna mais verdade à medida que novos métodos tornam mais eficiente estas previsões.

 

Sds.,

Edited by Guest
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Grande Ale!

 

Gostei de tua mensagem, pois percebo que pensamos muito parecido...

 

Quando disse que RS e SC não esquentaram, referia-me ãs médias de periodos maiores nos meses de inverno... Pelo menos SJ não esquentou sensivelmente na última meia normal, enquanto Ctba ferveu, he he he.

 

Sei que a neve não é só frio... Mas a neve precisa da ciclogênese próxima a costa do RS e forte, além de sincronizada com a entrada do ar frio...

 

Este tipo de situação tornou-se muito rara ultimamente, o que me faz cogitar a relação entre o aquecimento de Curitiba e a falta de neve. A excassez de neve em SJ têm coincidido com o superaquecimento daqui, ou seja, a partir de 2001. Assim, o ar frio ainda influencia mais RS e SC em muitas ocasiões, mesmo que muitas vezes seja uma frente estacionária ou um frio "tangencial". Mas sem ciclones extra potentes ele não tem como chegar aqui "de jeito".

 

É apenas uma hipótese, que eu acho que pode ser plausível pela coincidência das datas nas quais os dois fenômenos se verificam e pela sabida relação existente entre eles. Na minha opinião, mereceria um estudo.

 

Além disso...acho que o Bruno devia torcer para que o Grêmio jogue que nem a tua resposta, he he he!!!!

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Uma bela onda de frio entrando entre domingo e segunda-feira da semana q vem. Valores de até -3ºC em 850hpa para Porto Alegre

 

Eu vi! A 12Z e a 18Z do GFS confirmam. Restan-nos torcer. Até lá , veranico total!

 

A propósito, o Acoplado mantém a aparente quebra do bloqueio para o dia 7 de julho, apenas.

 

GFS x Acoplado, quem leva? Uma coisa é certa: Pela insistência e o acerto em outras ondas fortes, entre o frio agora dia 25 ou não, o final de semana do dia 7 está bastante propício ao frio!

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Sobre ciclogêneses e avanço de ar frio, minha mãe comentou comigo que atualmente, o ar polar avança por aqui provocando menos vento que antigamente. Me lembro que a última vez que congelei até os ossos após o meio-dia mesmo tendo céu esplendidamente azul, foi em 25 de junho de 94. Claro, teve vários pós meio-dia com céu azul em que senti necessidade de duas calças e duas blusas, mas de maneira profunda como aquela vez... nunca mais.

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Zé, um palpite. Aquela onipresente mancha de águas quentes (acima da média) na costa da América do Sul...

 

E A MANCHA DE ÁGUA QUENTE, JÁ QUASE PERMANENTE, NO PACÍFICO SUL, PARA MIM ESTAS DUAS MUDARAM O PADRÃO DE ESCOAMENTO DA ATMOSFERA POR AQUI. DESDE 2001/2002 QUE ESTÃO LÁ.

 

O ÍNDICO ANDA COM RESFRIADO A MUITOS ANOS NA PARTE SUL, OUTRO FATOR FORA DO PADRÃO.

 

TEM ALGUMA ESTÇÃO QUE FIQUE A +-50 KM EM LINHA RETA DE CTBA, EM ÁREA TOTALMENTE DE VEGETAÇÃO E SEM NADA DE CONSTRUÇÕES???

 

FPOLIS ATÉ 1960/1970, REGISTRAVA GEADA EM QUASE TODOS OS INVERNOS NO CENTRO DA CIDADE, HOJE, QUASE NEM PENSAR..., MUDOU O CLIMA DA CIDADE. AGORA VÁ A RATONES E VERÁS GEADA EM TODOS OS INVERNOS, OU QUASE TODOS.....A CIDADE, ESPECIALMENTE A PARTE CENTRAL, ESTIMO, DEVE ESTAR DE 1 A 2ºC MAIS QUENTE, NA MÉDIA, QUE O INTERIOR DA ILHA.

 

LAGES TEM MENOS GEADAS NO CENTRO QUE A 20/30 ANOS ATRÁS, MENOS DIAS COM MÍNIMAS NEG., MENOS OCORRÊNCIA DE NEVE E MAIS DIAS QUENTES, MAIS NOITES QUENTES, E A ESTAÇÃO LOGO VAI ACUSAR UM GRANDE AQUECIMENTO, POIS ESTÁ SENDO ENVOLVIDA PELA CIDADE.

 

MUDOU, SIM, POR VÁRIOS MOTIVOS JÁ EXPOSTOS E QUE FAZEM PARTE DE CÍCLOS....

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Zé, um palpite. Aquela onipresente mancha de águas quentes (acima da média) na costa da América do Sul...

 

E A MANCHA DE ÁGUA QUENTE, JÁ QUASE PERMANENTE, NO PACÍFICO SUL, PARA MIM ESTAS DUAS MUDARAM O PADRÃO DE ESCOAMENTO DA ATMOSFERA POR AQUI. DESDE 2001/2002 QUE ESTÃO LÁ.

 

O ÍNDICO ANDA COM RESFRIADO A MUITOS ANOS NA PARTE SUL, OUTRO FATOR FORA DO PADRÃO.

 

TEM ALGUMA ESTÇÃO QUE FIQUE A +-50 KM EM LINHA RETA DE CTBA, EM ÁREA TOTALMENTE DE VEGETAÇÃO E SEM NADA DE CONSTRUÇÕES???

 

FPOLIS ATÉ 1960/1970, REGISTRAVA GEADA EM QUASE TODOS OS INVERNOS NO CENTRO DA CIDADE, HOJE, QUASE NEM PENSAR..., MUDOU O CLIMA DA CIDADE. AGORA VÁ A RATONES E VERÁS GEADA EM TODOS OS INVERNOS, OU QUASE TODOS.....A CIDADE, ESPECIALMENTE A PARTE CENTRAL, ESTIMO, DEVE ESTAR DE 1 A 2ºC MAIS QUENTE, NA MÉDIA, QUE O INTERIOR DA ILHA.

 

LAGES TEM MENOS GEADAS NO CENTRO QUE A 20/30 ANOS ATRÁS, MENOS DIAS COM MÍNIMAS NEG., MENOS OCORRÊNCIA DE NEVE E MAIS DIAS QUENTES, MAIS NOITES QUENTES, E A ESTAÇÃO LOGO VAI ACUSAR UM GRANDE AQUECIMENTO, POIS ESTÁ SENDO ENVOLVIDA PELA CIDADE.

 

MUDOU, SIM, POR VÁRIOS MOTIVOS JÁ EXPOSTOS E QUE FAZEM PARTE DE CÍCLOS....

 

Vejam como a semântica atrapalha...

 

Várias discussões e todos pensam no fundo a mesma coisa. ou seja, eu, Ronaldo, Alexandre, Luiz, Zeo, Luciano, Rodrigo e vários outros que viviam saindo no pau, concordamos que o padrão de escoamento atmosférico está alterado desde 2001, e por isso os invernos em Ctba são uma m... e a neve em SJ idem. É lógico que existem efeitos da urbanização, mas não é só ela... Estas duas manchas de água quente realmente devemser a origem do problema. A questão agora é: por que elas estão lá? Vão ficar? Vão piorar?

Interessante notar pelo post do Ronaldo: como a Austrália recebe efeitos opostos aos nossos em relação a SOI e o ìndico anda resfriado na parte sul, talvez isso explique os invernos rigorosos na Austrália nos últimos anos. Ou seja: quem sabe estas manchas quentes no AtlÂntico e no Pacífico e e esta mancha fria no Índico não são/eram alimentadas pelos bloqueios do El niño e das SOI negativas e, em virtude de sua prevalência recorrente nos últimos anos, agora são elas que impedem a consolidação de uma menina?

 

MUito bem, acredito que encontramos nosso inimigo número 1, mas ainda não achamos a sua causa...

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Voltando ao tópico e atualizando:

 

0Z desanimadora com relação ao frio visto na 12Z e 18Z, mas curiosa sobre um aspecto: se ela estiver correta, teremos um breve avanço de ar mais frio pelo leste da Região Sul ainda hoje, o que trará alguma precipitação para Curitiba e uma noite de segunda e dia de terça bem ameno.

 

Em relação a 25/06, o que era um bom frio continental agora virou um frio maritimizado (a alta de 1024 hpa sai na altura do RS para o mar).

 

A boa notícia é que, apesar de maritimizado, o frio parece empurrar o bloqueio bem para cima. Depois da passagem desta alta, o modelo sugere uma semana típica de inverno meia boca (friozinho) para então ocorrer um aquecimento pré-frontal para a entrada da primeira MP de julho (depois do dia 03). Nesta MP, já típica de inverno pelo seu potencial, aparecem áreas de até -12oC em 850 hpa na latitude de Bahia Blanca. Por enquanto o GFS sugere uma trajetória mais maritima, com o ciclone lá embaixo (para variar, a razão do nosso stress). Mas o coice que o Acoplado aponta já a algum tempo sugere uma trajetória mais continental. Se a baixa se formar mais em cima, podemos ter algo como -4oC/-5oC em 850 hpa no RS.

 

Esperemos e torçamos, pois.

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Atenção gente, existem dois aspectos na questão, clima:

1º Existe o fator físico e o químico

2º Não contesto que os ciclos naturais, sem influência humana sempre ocorreram, mas nunca houve um quadro semelhante ao atual no que refere-se ao aspecto químico.

3º Vc têm idéia do quanto a poluição alterou a composição química da água dos rios e oceanos?

4º A camada de ozônio foi parcialmente destruída pela ação química do homem, resultante da emissão dos gases que vcs já conhecem.

5º A urbanização afeta diretamente os micro-climas, queiram ou não.

6º Na minha opinião o degelo do Ártico deve-se não só ao aquecimento das águas, mas tmbm à mudança na composição química da água, observem a morte de algas, mutações de seres vivos.E não só El Niño e La Niña, observem em pesquisas que a água de todos os mares não estão normais.

7º O que faz o sol manter-se aceso é a composição química do mesmo.

Conclusão:

Qualquer ciclo que ocorra ,sofrerá a influência destas mudanças químicas, portanto não será jamais igual ao que já foi no resultado prático :wink:

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Voltando ao tópico e atualizando:

 

0Z desanimadora com relação ao frio visto na 12Z e 18Z, mas curiosa sobre um aspecto: se ela estiver correta, teremos um breve avanço de ar mais frio pelo leste da Região Sul ainda hoje, o que trará alguma precipitação para Curitiba e uma noite de segunda e dia de terça bem ameno.

 

Em relação a 25/06, o que era um bom frio continental agora virou um frio maritimizado (a alta de 1024 hpa sai na altura do RS para o mar).

 

A boa notícia é que, apesar de maritimizado, o frio parece empurrar o bloqueio bem para cima. Depois da passagem desta alta, o modelo sugere uma semana típica de inverno meia boca (friozinho) para então ocorrer um aquecimento pré-frontal para a entrada da primeira MP de julho (depois do dia 03). Nesta MP, já típica de inverno pelo seu potencial, aparecem áreas de até -12oC em 850 hpa na latitude de Bahia Blanca. Por enquanto o GFS sugere uma trajetória mais maritima, com o ciclone lá embaixo (para variar, a razão do nosso stress). Mas o coice que o Acoplado aponta já a algum tempo sugere uma trajetória mais continental. Se a baixa se formar mais em cima, podemos ter algo como -4oC/-5oC em 850 hpa no RS.

 

Esperemos e torçamos, pois.

 

Não precisa desanimar. A rodada das 12Z opta pela tendência de uma erupção de ar frio por volta do dia 27. Nesta rodada, por exemplo, ela traz boas esperanças para os bazianos. Contudo só teremos uma clara noção da intensidade deste pulso mais do meio para o final desta semana. Mas que ele vem não resta mais dúvida.

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A tendência está mantida e ampliada na rodada das 18Z. Eu particurlamente gosto quando o modelo antecipa a entrada do ar frio como está sendo no caso das 18Z onde ele coloca o sistema entrando com força no Sul do Brasil já no dia 25. Isso é um bom sinal visto que ele capta um patrolamento e uma facilidade de penetração do bolsão frio.

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Numa coisa o GFS acertou. O vento virou para SE em Ctba e a tempertura caiu rápidamente para 15oC e ficou fresquinho. O GFS cantou a bola da infiltração de SE pelo leste e de NW pelo oeste da Região entre hoje e amanhã. Ficaremos por alguns momentos mais frescos que POA e o RS, que tem escapado dos efeitos nefastos do mega-hiper-super bloqueio. Lógico que é alegria de pobre, pois na quarta feira todo o sul é tomado pelo ar tropical! Na quinta SJ vai apanhar de Vitória da Conquista, he he he.

 

A 12 Z indica um final de semana com a frente no RS e SC e pré-frontal em Curita, tendo tudo para ser desagradável. Na segunda, a massa maritimizada avança pelo litoral e o inverno climático volta a Ctba. A dúvida é até quando e de que maneira. Não vi a 18 Z, mas como o Caio disse, parece vir continental. De qualquer forma, estou achando que massa polar forte mesmo, só em julho, mas acho que não será na segunda quinzena. Estou reforçando minhas apostas para o final de semana do dia 07 e 08.

 

Seguimos acompanhando.

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O bloqueio tá muito forte.

 

Mês de junho até agora:

 

POA

Média Mínima: 11,54ºC

Média Máxima: 18,22ºC

Média Simples: 14,88ºC

 

CTBA

Média Mínima: 10,34ºC

Média Máxima: 23,45ºC

Média Simples: 16,9ºC

 

Olhando as previsoes atuais para as proximas semanas, tudo indica que a média de Ctba deve continuar igual, se nao piorar...

 

Sera que bate a barreira dos 17°C?? seria inedito...

 

com 16,9"C até agora, anomalia de 4,7°C.

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O bloqueio tá muito forte.

 

Mês de junho até agora:

 

POA

Média Mínima: 11,54ºC

Média Máxima: 18,22ºC

Média Simples: 14,88ºC

 

CTBA

Média Mínima: 10,34ºC

Média Máxima: 23,45ºC

Média Simples: 16,9ºC

 

Olhando as previsoes atuais para as proximas semanas, tudo indica que a média de Ctba deve continuar igual, se nao piorar...

 

Sera que bate a barreira dos 17°C?? seria inedito...

 

com 16,9"C até agora, anomalia de 4,7°C.

 

 

Seria o mês de junho mais quente desde 1885!!! O único, em 122 anos de medições!!! :twisted:

talvez agora o Ronaldo entenda o que ele chama de "Ladainha"!!!

 

Sds.

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O bloqueio tá muito forte.

 

Mês de junho até agora:

 

POA

Média Mínima: 11,54ºC

Média Máxima: 18,22ºC

Média Simples: 14,88ºC

 

CTBA

Média Mínima: 10,34ºC

Média Máxima: 23,45ºC

Média Simples: 16,9ºC

 

Olhando as previsoes atuais para as proximas semanas, tudo indica que a média de Ctba deve continuar igual, se nao piorar...

 

Sera que bate a barreira dos 17°C?? seria inedito...

 

com 16,9"C até agora, anomalia de 4,7°C.

 

Lembrando que isto é média aritmética. Minha média ponderada está em 15,8. O pior junho conhecido na climatologia de Curitiba é o de 2005 com 16,5 no Inmet.

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Se há uma tirania de ciclos, como explicaria o amigo os períodos de aquecimento e resfriamento ao longo do último MILÊNIO.

 

Particularmente, por regularidades climatológicas. Ciclos. Só que, ao contrário do que sugere o falso relativismo que os "ciclistas" conjuram sob o pretexto de demonstrar que "é normal mudar", não se excede, ao preço de acabar com o efeito lucrativo de um ponto de vista "mais amplo", tal relativismo para níveis planetários: expanda o "ciclo" dos milênios para os milhões ou bilhões, e se verá os ciclos imediatamente desaparecerem, a não ser que alguém muito pretencioso (e charlatão) apareça com uma teoria dos ciclos galácticos. (O que seria um absurdo, já que nenhum físico sério considera a possibilidade de prever "ciclos de evolução galácticos" conciliando num só sistema teórico as interações mais microscópicas entre o frio de Porto Alegre, distúrbios na posição solar e micro-oscilações nas micro-ondas de Alfa Centauri. É o tal princípio da incerteza, mecânica quântica (não entendo muito dessas coisas, porém escolhi a sociologia.) Punk.)

Assim como "o normal é mudar", na verdade a perspectiva "ciclista" defendida no BAZ* esconde um conservadorismo climático acentuado por trás deste aparente dinamismo pois, implícito nisso há a uma repetição, um padrão cujo grau desafio o mecanicismo cartesiano. Em simples termos, está salvo o saudoso clima gaúcho-portenho, na apropriação "ciclista" deste microcosmo que é o BAZ.

 

Além disso, como nos ensinaram cientistas, filósofos, literatos, novelistas etc. etc. a partir de Pascal e até mesmo os escolásticos, o real é relacional, isto é, é impossível ou ilusório atribuir propriedades ou natureza às coisas sem um referencial. Se hoje esquentou em Curitiba, isso se dá em relação a um período anterior. Isso não é uma descoberta fantástica pelos iluminados "ciclistas", são princípios epistemológicos clássicos profundamente arraigados em qualquer campo de conhecimento científico. Essa questão não é sequer colocada. No entanto, isso não implica que nossos referenciais humanos sejam arbitrários: como eu disse, se se quiser, qualquer um, "expandir" a noção ou o referencial de tempo buscando atingir o "referencial da natureza", com vistas a ostentar o "monopólio do ponto de vista da Natureza", de antemão a empresa não tem futuro: tratam-se de diferenças de ordem de grandeza, que podem ser alargadas cada vez mais até simplesmente acabarem os tais ciclos - inclusive, alargadas até que o espaço de tempo não faça mais sentido, afinal, mesmo os "ciclistas" são humanos - possuindo exclusivamente sentido matemático**. Faça um histórico do clima terrestre desde os primórdios do sistema solar ou até mesmo antes que verás sistemas bastante complexos. Os ciclos de hoje são regularidades atuais, baseadas em estados relativamente estáveis do sistema global a que chamamos de "atmosfera". Por fim, como cita-se bastante o Sol, espere p/ ver suas influências daqui a 6 bilhões de anos. Nova ordem de grandeza, nova ordem de realidade, nova situação atmosférica. Ou melhor, não há mais situação atmosférica, e também não há mais homo sapiens para discutir se existem ou não ciclos ou se o aquecimento global é na verdade uma conspiração gramsciana para a dominação do globo. O passar do tempo é absolutamente uma bênção (da Física, é claro).

 

* A qual, creio, já seja uma versão bastante vulgar do que deve se anunciar por aí nos veículos técnicos, dada a falta de especialistas no assunto; além do mais, como em todo campo, o campo científico é um campo de lutas e devem haver várias "teorias dos ciclos", e até mesmo certa disputa pela teoria legítima).

 

**Creio, pelo menos, que não haja uma "teoria dos ciclos" desde o big bang ou que preveja ciclos até 10 elevado a 1 seguido de 100 zeros anos. Isso falando do "ponto de vista da natureza".

 

abraços

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Na verdade, Luiz, eu estava dizendo para abrires mão da fragmentação dos textos alheios em suas respostas. Além de descontextualizar as partes, trata-se ainda de uma estratégia para desautorizar o argumento alheio, através da descontextualização.

 

Além disso, eu, particularmente, sou niilista. Isso quer dizer que não dou a mínima, ou dou muito pouco, ao ritual intelectualista que consiste na forma particular de afirmação, que é demonstrar erudição. Trata-se de uma propriedade generalizada, que é evidentemente ostentada no BAZ ou em qualquer meio com pretensões eruditas (i.e.: em oposição ao "senso comum" ou "conhecimento vulgar" etc.). Por isso quis demonstrar, além dos rodeios, que meu argumento era simples, e, ao contrário dos seus, explicitamente colocado como falível, pelo menos em suas premissas mais discutíveis. As posições intelectualistas são sempre infalíveis, ou melhor, colocam-se como tais.

 

abraços

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Na verdade, Luiz, eu estava dizendo para abrires mão da fragmentação dos textos alheios em suas respostas. Além de descontextualizar as partes, trata-se ainda de uma estratégia para desautorizar o argumento alheio, através da descontextualização.

 

Além disso, eu, particularmente, sou niilista. Isso quer dizer que não dou a mínima, ou dou muito pouco, ao ritual intelectualista que consiste na forma particular de afirmação, que é demonstrar erudição. Trata-se de uma propriedade generalizada, que é evidentemente ostentada no BAZ ou em qualquer meio com pretensões eruditas (i.e.: em oposição ao "senso comum" ou "conhecimento vulgar" etc.). Por isso quis demonstrar, além dos rodeios, que meu argumento era simples, e, ao contrário dos seus, explicitamente colocado como falível, pelo menos em suas premissas mais discutíveis. As posições intelectualistas são sempre infalíveis, ou melhor, colocam-se como tais.

 

abraços

 

Tenho por hábito analisar as mensagens e responder em partes (muito embora reconheça que o texto é um todo, não uma torta em camadas... daí certa dificuldade em alguns casos de se utilizar o método). Longe de buscar fragmentar a mensagem alheia, apenas faço de uma forma mais cômoda para a redação da resposta. Quanto à minha forma de redação, não é a primeira vez que comentam a maneira pela qual escrevo. É hábito, tenho grande apreço pela arte da escrita e é por isso - e somente por isso - que talvez meus textos pareçam rebuscados, recheados de palavras pouco usuais ou mesmo em ordem incomum. Erudição não tenho alguma, tampouco conhecimento. Pouco conheço e ainda preciso de muito estudo para poder ser considerado como um "erudito", se é que um dia isso ocorrerá. Não faz diferença mesmo, não é este meu objetivo.

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O bloqueio tá muito forte.

 

Mês de junho até agora:

 

POA

Média Mínima: 11,54ºC

Média Máxima: 18,22ºC

Média Simples: 14,88ºC

 

CTBA

Média Mínima: 10,34ºC

Média Máxima: 23,45ºC

Média Simples: 16,9ºC

 

Olhando as previsoes atuais para as proximas semanas, tudo indica que a média de Ctba deve continuar igual, se nao piorar...

 

Sera que bate a barreira dos 17°C?? seria inedito...

 

com 16,9"C até agora, anomalia de 4,7°C.

 

 

Seria o mês de junho mais quente desde 1885!!! O único, em 122 anos de medições!!! :twisted:

talvez agora o Ronaldo entenda o que ele chama de "Ladainha"!!!

 

Sds.

 

NÃO VAI SER E CONTINUA SENDO LADAINHA. :lol: :lol:

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O problema é que o Zeo às vezes viaja na maionese, mistura sociologia, com psicologia, com física etc.

Amigo Zeo, contesto veementemente vc por sua convicção que só se aprende em banco de faculdade, quando isto não é verdade.

Exemplos:

-meu pai é prático-perfumista há mais de 40 anos, sabe fabricar os mesmos produtos assinados por grandes químicos (formados).Inclusive muitas vezes estes químicos, já vieram pedir soluções para ele.

- eu sou narrador de futebol e trovador(repentista), duas funções que não se aprendem em faculdade.

Sem querer te ensinar, saia um pouco da teoria sociológica e verifique a prática, os fatos, o que é, é, tu não podes negar.Se negares, é por pura rebeldia ou necessidade de contestar, de contrariar.

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O Caio já está atingindo o estágio de prever o que o modelo vai prever, he he he...

 

Não deu outra, GFS 0Z alentadora para quem gosta de frio. Um tirambasso continental com a linha de 0oC em 850 pegando praticamente todo o RS e a metade leste de SC. O bloqueio ainda dificulta a penetração da criança mais para cima, mas Ctba teria 4-6oC em 850hpa, o que pode garantir incialmente uma máxima baixa (segunda) e depois umas boas mínimas (terça e quarta). :D

 

Em virtude do ciclone aparecer posicionado lá embaixo em Bahia Blanca, logicamente o GFS só dá neve em SJ por 3 horas na madrugada de segunda feira. Mas pelo quadro, se der é paraguaia. Se essa baixa tivesse no Prata a janela de neve seria maior do que 12 horas, com muito mais umidade! :cry:

 

Quanto ao acoplado, parece que ele está se revelando pouco confiável mesmo no médio prazo. Acaba de seguir o GFS quanto ao frio da próxima semana (que ele insistiu em negar por dezenas de rodadas) e sumir com o frio do dia 07/07 antecipando-o mais fraco para a virada do mês e adiando um petardo polar para o dia 17/07! Este mais fraco na virada do mês também já é sentido pelo GFS.

 

Vlw

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Com os dados que entraram nesta tarde pode-se afirmar que há dois cenários bem distintos para o próximo pulso polar do dia 25.

 

- Com bloqueio. Frio seco e muito intenso.

 

- Sem bloqueio. Frio úmido e de raspão.

 

Aposto no cenário otimista. Penso que a linhas de baixa pressão devem se fortalecer no Atlântico Sul e induzir o avanço do ar frio a romper o ciclone sobre o cone-sul.

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O frio antecipado de maio aumentou as expectativas sobre o inverno que começa nesta quinta-feira, 21 de junho, às 15h06min. Todos sentiram na pele os efeitos do frio, pois já ocorreram geadas e neve nos Estados do sul. A pergunta é: como vai se comportar o inverno 2007 e o que de fato podemos esperar do clima?

 

 

 

 

Embora o inverno seja a estação do ano associada com o frio, não tem sido esta a característica predominante dos últimos anos. Se analisarmos os 15 anos anteriores, podemos perceber que tivemos invernos típicos (frios), somente nos anos de 1994, 2000 e 2004.

 

 

 

 

De acordo com o meteorologista Paulo Etchichury da SOMAR Meteorologia, o que provoca essas variações no inverno são os fenômenos climáticos muito conhecidos pela população - o El Niño e La Niña, que alteram o clima no globo inteiro e bloqueiam as frentes frias e as massas de ar frio sobre a região Sul, impedindo que avancem até o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil. O El Niño está associado com invernos quentes, enquanto na La Niña as temperaturas são amenas, porém sem frio extremo.

 

 

 

 

Segundo Etchichury, o que favorece ondas de frio mais intensas e freqüentes no inverno é uma condição de ano normal, ou seja, sem El Niño e nem La Niña. No entanto, o meteorologista chama a atenção para um novo episódio de La Niña que deve influenciar no comportamento do clima durante este inverno. A La Niña desvia as ondas de frio para o oceano ainda sobre o extremo sul do Brasil. As massas de ar polar conseguem avançar apenas por mar, vindo com menor intensidade e trazendo temperaturas baixas apenas para a faixa leste das Regiões Sul e Sudeste. "Por isso é que o inverno de 2007 pode frustrar expectativas, principalmente para aqueles que motivados pelo frio de maio esperavam que o frio continuasse e até se intensificassem durante julho e agosto" - diz Etchichury.

 

 

 

 

Com a La Niña, somente o Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina ainda podem ter a influência de algumas ondas de frio. Isso não chega a causar inverno rigoroso, mas pelo menos deve ser um pouco mais frio que o do ano passado. No Paraná, na Região Sudeste e principalmente no Centro-Oeste, a maior parte do inverno vai apresentar temperaturas mais elevadas. Mesmo assim, não se pode descartar totalmente a possibilidade da ocorrência de alguma onda de frio nestas regiões. Segundo Etchichury, estas ondas de frio devem ser raras e de fraca intensidade. Para o Norte do Brasil a principal conseqüência é a redução do risco do fenômeno de "friagem" na parte sul da Região. Já o sul da Bahia, especialmente nas regiões da Chapada Diamantina, as temperaturas são mais baixas, em função da altitude

 

 

 

 

Outra característica associada com a La Niña é a redução das chuvas. A previsão é de um inverno seco na maior parte do Brasil. Nesse período, as chuvas ficam restritas no extremo Norte do Brasil e na faixa leste da região Nordeste mas, mesmo assim, deve chover menos que nos anos anteriores. Com o tempo seco aumentam os problemas relacionados com as queimadas, como a dificuldade de dispersão de poluentes. Com isso, a qualidade do ar nas grandes cidades se agrava e causa um aumento das doenças respiratórias e alérgicas.

 

 

 

 

Por fim, Etchichury alerta para o comércio nesta estação: "A ausência de frio é uma preocupação a mais para o comércio de artigos de inverno. Produtos como aquecedores, cama, mesa e banho, calçados e roupas há tempos não têm um período de boas vendas. E, ao que tudo indica, não vai ser este ano que vão se livrar dos estoques.:cry: :oops: :cry: :oops:

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