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Brasil Abaixo de Zero

zeocit

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  1. DIA 2 DE SETEMBRO, PARA SER MAIS EXATO. MAS NÃO O FRIO FORTE, ESTE AINDA VIRÁ ALGUMAS VEZES. Ai em SC né!! No caso do Carlos, em SP, acabou em agosto mesmo!!! Realmente, é difícil considerar as experiências alheias quando a realidade local é só o que conta. É muito difícil definir o período de maio a setembro deste ano como "inverno". Há boas chances deste inverno fechar mais quente até mesmo que o de 2005 e 2006. E também há boas chances de 2007 fechar como o segundo ano mais quente da história - isso se a primavera não nos surpreender, batendo os 18,7ºC de 2002 e levando a "taça" tórrida de 120 anos. Até aqui, em set. estamos com uma anomalia mínima por volta de +2,5 e +6 nas máximas, INMET. O inverno deverá fechar entre +2,5 a +3 na média; e, aqui, o inverno acabou no início de agosto, e foi aí que o clima e a atmosfera de primavera se instalaram (e não porque fez muito frio; porque o calor chegou mais cedo, mesmo).
  2. Bem, Torales, você continua a colocar palavras em minha boca, ou melhor, em sua tela. Procure demonstrar onde eu afirmei - ou dei a entender - que o que eu faço no BAZ é ciência. Ora, quem lança explicações, ou melhor, especulações para o aquecimento curitiboca ou os fenômenos do tempo e do clima não sou eu, é você e mais alguns colegas. Ao contrário, meus escritos não passam de especulações amadoras e discussões dos argumentos (ou não-argumentos) alheios - e você encontrará inúmeros exemplos de expressões que procurem definir o caráter de vago e especulatório de minhas asserções. Em meu ramo de especialidade eu procuro fazer ciência, mas ainda não posso dizer que o faço. Aqui, o máximo possível é aplicar certos princípios de análise e de fazer especulações e críticas com a devida base empírica (i.e.: somente para ctba e, às vezes, bsb e sp, climas que tenho algum conhecimento). Como parto da suposição que você não faz ou procura fazê-lo, e poderia demonstrar múltiplas evidências que indiquem razões valorativas como motivações para os seus posicionamentos "teóricos", ao mesmo tempo em que produz proposições extremamente gerais e contundentes sobre coisas e fenômenos (como, por exemplo, a realidade climática/demográfica - ou econômica - de qualquer local, como ctba, neste caso) sem qualquer apoio empírico para tal (já que o IBGE e outras fontes "não são confiáveis" e etc., o que esconde tacitamente o seu bairrismo sempre reincidente ao tratar apenas os dados convenientes), concluo que você faz afirmações gerais e de alcance muito maiores do que o seu conhecimento permite ou permitiria fazer. Repare que não sou eu a conjeturar e a divagar sobre a falta de neve gauderiana ou qualquer fenômeno climático qualquer. (Prov. tratam-me como "aquecimentista", como o Michel, mas desafio encontrar uma mensagem que seja que atribue ao aquecimento global à causa da falta de neve sulina, por ex.) A sua prática, a meu ver, dificilmente consiste num debate lógico, já que raramente respondes ao argumento oposto ou busca refutá-lo, ao contrário, busca somente difamá-lo com diversas táticas de ironia - como precisamente na última ou duas últimas mensagens - e isso quer dizer que tomas suas premissas como verdade. Também percebo que te posicionas, seja qual for o tema, em função da pertença ou não ao "clube baziano" e dos valores aí cultivados - sempre reforçando-os. Nunca há discussão, mas reforço dos valores do grupo. Daí derivo que o que está em jogo são valores ou alguma espécie de defesa a algum "valor do grupo", uma espécie de "clube" que cultiva e defende certos valores, que é o BAZ, e como exemplo cito a violência simbólica que é aplicada, por vezes tacitamente, sobre qualquer membro que não cultive os valores "baz-gauderianos" hegemônicos. ("Ambos jogamos pimenta na cara do outro", como afirmou há algum tempo; talvez seja necessário vestir a camisa do time amado para ser aceito ao "grupo", e, antes que ironize, afirmo de antemão que não torço para times tupiniquins, por razões ideológicas). Assim sendo, buscando colocar ordem no caos, sobre o tema de "curitiba fria", que por alguma razão colou junto à mensagem. Como não procuras entender o argumento alheio (o "blá blá blá" tem algum sentido - embora talvez além do pragmatismo!), pela última vez (e esta já deve ser a quarta ou quinta) vou expor o que eu afirmo e o que acredito. Pelo menos, espero que passes a considerar ou se refiras a isto, daqui em diante, e não às suas premissas "pragmáticas" ou ao que você quer achar que eu pense ou ache. Se você não considerar essa mensagem, então não mais responda à qualquer mensagem minha, enquanto retribuirei fazendo o mesmo, já que a comunicação está fadada a nunca produzir frutos. Não pretendo continuar com a guerra regionalista ou com a disputa de egos, já que não tenho interesse em defender cidades X ou Y, apenas acusar o que acredito ser falsa cientificidade. As crenças e valores de zeocit de forma clara e pragmática, para que não se precise ler Bourdieu e filosofóides chatos para entender. (1) Zeocit, vulgo Fernando B., é uma pessoa, um homo sapiens, que odeia o Brasil e qualquer elemento cultural ou social relativo a ele, inclusive Curitiba. Ele está em Curitiba somente por razões econômicas, acadêmicas, familiares e climáticas. Ele odeia o calor, porque não foi agraciado com elevada renda e ar-condicionado, ao mesmo tempo em que morava em Blumenau. Ele também não tem nada contra Porto Alegre - só acha que o verão é quente demais. Seu sonho é viver na Europa, na Califórnia ou no Japão, porém, por razões sócio-econômicas, atualmente sonha em morar em qualquer país de IDH superior a 0.95 e acima de 40º, de preferência com mês mais quente inferior a 22 graus. Dados os constrangimentos sócio-econômicos de sua posição e de sua carreira, ele inclusive cogitou mudar-se para Caxias do Sul, mas infelizmente a cidade não oferece os atrativos culturais que precisa p/ sobreviver. Daí, cogita mudar-se ao Chile ou à Argentina, se algumas condições especiais forem supridas, já que é improvável que consiga mudar-se a seus países ideais. Ele também não gosta de Curitiba, embora considere-a a "menos pior", dentro de seus valores explicitamente perseguidos, dentro do território brasileiro. Ele também não nasceu em Curitiba, mudou-se 5 vezes em 18 anos e, logicamente, não cultiva qualquer valor nacionalista ou regionalista. Daí sua implicância com qualquer um que o faz, seja carioca, curitiboca, gaúcho etc. Ele também se considera um monte de ectoplasma podre e não tem problemas em explicitar a arbitrariedade de seus próprios valores. (2) Ele acredita que Curitiba aqueceu vertiginosamente. Num primeiro momento, a partir de meados da década de 80 a meados da década de 90, por causa do crescimento urbano. Ele acredita que isso seja provável dado que este crescimento concorda de forma contundente com o crescimento demográfico na mesma época. Porém, ele não fez qualquer análise sistemática, já que é amador e o seu "negócio" mesmo são outros quinhentos. (2.1) Acredita, porém, que o aquecimento "pós-2000", da ordem de 1 grau e meio na média anual em relação à normal de 61-90 e de meio a 1 grau em relação à década de 90, não pode ser atribuído exclusivamente à urbanização. Como suporte para sua proposição, ressalta o aquecimento abrupto e análogo das estações no centro e leste do Paraná - como pode ser conferido no acompanhamento mensal da NASA ou pelo SIMEPAR (o ALEX postou certos dados sobre - ignorados, como de praxe); a quase estabilização do crescimento demográfico no município de Curitiba após o ano 2000; a maior freqüência e duração de bloqueios ou veranicos em Curitiba e no leste e a combinação disso com os recordes de temperaturas médias e absolutas - 9 dos 12 meses do ano possuem recordes "de calor" após o ano 2000. (Já postei duas ou três vezes um acompanhamento dos recordes absolutos e de médias para todos os 12 meses do ano. Estes dados "objetivos" também sempre foram ignorados.) (2.2) Ele também não tenta explicar ou sequer especula sobre esse aquecimento. Ele não é "aquecimentista", porém, considera o "aquecimento global" como uma teoria científica assim como os ciclos, e inclusive acredita que ambas podem ser complementares. Porém, apenas crê, e sequer especula sobre as razões de qualquer mudança climática no Sul. (Ao contrário de meus "inimigos teóricos" - que parecem ter todas as respostas ou não parecem ter dúvidas das teses que têm em mãos, embora não tendo lançado mão de sequer um artigo acadêmico ou um desenvolvimento teórico e empírico para sustentar suas hipóteses. Último exemplo: bacia do atlântico. Faz-se nada mais do que explicações causais extremamente simples. Se isso pareceu blá blá blá, peço que por favor consulte algum manual de metodologia científica - pois estou reproduzindo o que os cientistas dizem.) (2.3) Ele não acha Curitiba fria. Acha-a tórrida. Acha amena a Curitiba pré-1990. Só seria relativamente feliz, climaticamente, dentro do Brasil, nas regiões acima de 800m no SC e RS, e lamenta profundamente de que não exista nenhuma cidade grande nesta região. (2.4) Acha que há muitos no BAZ, como você, que fazem afirmações que extrapolam o que seu conhecimento permite e que o fazem por causa de razões valorativas, culturais, ideológicas etc., absolutamente anti-científicas e que deveriam basear suas afirmações com mais dados e com mais parcimônia. Lembrando: não sou eu a especular teorias sobre X ou Y. Uma rápida análise em meus argumentos é suficiente para perceber o caráter explicitamente especulatório e crítico de minhas intervenções (como que se estivesse respondendo). (3) Eu já postei muitos dados "objetivos" no passado presente e distante, e nenhum destes dados foi considerado. Há pouco tempo, um tópico com todas as médias mensais de Curitiba foi deletado. Estes dados, por alguma razão, não são utilizados por aqueles que especulam sobre o aquecimento "urbanístico" de Curitiba. Também sequer discutem as médias normais ou as anomalias (tenho minhas dúvidas se as conhecem). Os dados demográficos, fotos da cidade, médias normais e anomalias são ignorados. Irônico, num evento próximo, ter-se dito que "Curitiba era uma Caxias do Sul em 70", com várias imagens da nevada de 75 e da cidade na década de 80 espalhadas pelo fórum, demonstrando traços de metrópole, logo a alguns poucos cliques de distância. Comentou-se várias vezes, nesta ocasião, que era uma diferença de "desenvolvimento", sequer acompanhadas de dados e, quando acompanhadas, de dados falaciosos de Wikipedia. Nunca foi lançado um contra-argumento que os considerasse; e eles são dados objetivos (embora não sejam produtos gaúchos). Atualmente, por exemplo, o que se faz são comparações pontuais de PoA x Ctba (proposta pelos gaúchos), logicamente convenientes dado que eu nunca vi - e talvez nunca tenha ocorrido - tanta diferença entre as duas cidades (ex.: anomalia negativa da ordem de -2 numa e positiva da ordem de +2/+3 noutra, como ocorreu até meados de junho). É curioso perceber que essas observações pontuais sempre vêm acompanhadas com justificativas "urbanísticas" para o aquecimento curitiboca e total desconsideração de qualquer outro dado, de modo a naturalizar o aquecimento. Não o acho porque pretendo "defender" Curitiba, certamente devo ser um de seus moradoras mais críticos (definitivamente muito mais do que os meus detratores que buscam produzir uma imagem de "zeocit bairrista" e "interessado".) Apenas acho (e acho haver evidências claras disso) que várias pessoas fazem afirmações sem o devido conhecimento sobre a cidade. (4) Ele fala em cientificidade não porque acredita fazer ciência (climatológica), mas porque acredita que os que o dizem ou aparentam que fazem não o fazem, ao mesmo tempo em que fazem afirmações com um alcance extra-científico e sem qualquer ressalva quanto a isso. E porque este é o objetivo do Luiz - a cientificidade - e ele vai ficar cada vez mais exigente e vai concordar cada vez mais comigo na medida em que seu curso proceder, já que faz um curso estritamente científico e tem libido sciendi ("tesão por ciência"). Por fim, não tenho problemas se PoA ficar "mais fria" que Curitiba; tenho problemas em Curitiba esquentar... pessoalmente, ainda é importante um verão ameno, embora considere irritante estes invernos à tropical de altitude, e se tivesse mais capital econômico (se alguém quiser fazer caridade, minha conta está aberta), juro que passaria o inverno em Caxias do Sul. O que tenho problemas, no entanto, é com o argumento "urbanístico" para o aquecimento curitiboca, o qual acredito ser motivado por razões ideológicas ("contra o aquecimento global" etc.) e regionalistas (distinguir-se do "resto do país", inclusive climaticamente). É impressionante como todos os argumentos da espécie que produzes impliquem numa naturalização deste aquecimento (sendo que o mesmo argumento, segnudo sua mesma lógica, implicaria que o mesmo ocorresse em praticamente todas as capitais do país - inclusive PoA.) E acho que o BAZ não será mais científico se esses princípios e motivações continuarem a persegui-lo. Seria interessante, daí, que mais físicos e meteorologistas fizessem parte deste domínio. (Aqueles que pudessem oferecer os seus "dados objetivos" - mas realmente objetivos - e garanto-lhe que o mundo baziano atual "desabaria", ninguém exceto eventualmente o Luiz iria entender alguma coisa e tudo iria parecer exotismo intelectualista.) Mas temo que seja conveniente à hegemonia do "clube" que as coisas mantenham-se como estão, isto é, com os mesmos especialistas, freqüentadores, os mesmos valores etc. P.S.: As edições desta mensagem, e da maioria, são feitas para corrigir erros ortográficos e gramaticais. Nunca apago os "xingamentos".
  3. Pô, Torales, seria um grande avanço se consultares um texto de iniciação em ciências, como essas séries de "Filosofia da Ciência". Daí, talvez, você comece e responder às proposições dos argumentos a que se opõe, ao contrário de apenas buscar difamá-los. Relembrando, a guerra entre bairristas porto-alegrenses e bairristas curitibocas é um tema, o Luiz tratou de outro tema ("epistemológico", instituir maior cientificidade ao BAZ etc.). Este tema poderia ser indiretamente relacionado ao tema da disputa bairrista caso analisemos a guerra bairrista como uma manifestação de uma disputa valorativa e ideológica, ao contrário de uma discussão de cunho objetivista (em que o frio gaúcho ou curitiboca se diluiria em referenciais matemáticos - desencantadores). Mas havia uma clara divisão de temas. E eu e o Luiz concordamos, ao contrário de sua resposta que colocava o argumento Luiziano aparentemente contra o meu - tática rasteira, diga-se de passagem. Por fim, apesar dessa divisão de temas, acho, de fato, que o seu objetivo aqui não seja científico (já que a ciência não é necessariamente gaúcha!), porque acho que a libido sciendi está totalmente submetida aos valores regionalistas. abs
  4. Bem, se os ciclos estivessem mais democráticos e se estivéssemos gozando de anomalias negativas da ordem de -2 no inverno, estaríamos tendo um inverno análogo ao de Lages, o que seria interessante para os amantes de frio tupiniquins.
  5. O normal era média máxima de 20 graus. Anomalia nas máximas de +2,4, aprox. +1,8 nas mínimas e aprox. +2 na média. Só que essas informações não contêm o dia de hoje, bastante quente e que vai aumentar em 1 ou 2 décimos as médias. Vamos ver como será até o fim do mês. Este agosto, até aqui, não está sendo historicamente quente, ou não está entre os mais quentes da história (que seria coisa acima de +3 e +4), mas está acima da média, está quente, a vegetação é de primavera (e "normalmente" isso não ocorria em agosto) e se setembro não for frio o inverno estará entre os 3 ou 4 invernos mais quentes da história.
  6. Na verdade, Torales, o Luiz está concordando comigo. Sugiro que revejas o estado do campo de forças e de suas oposições internas. Quanto ao outro assunto, o de Curitiba, que não tem nada a ver com o interlúdio epistemológico que decorreu entre Luiz-eu-Luiz; até onde eu sei quem está abrindo tópicos sobre o assunto são "não-curitibanos". "A gente" costuma responder às afirmações de que está tudo normal ou é tudo urbanização. (Pelo que eu saiba, os dois últimos foram o Bruno e o Caco.) Eu, particularmente, produzo as críticas e contra-críticas a partir de minha visão (ou crença) de que há razões culturais e ideológicas (no caso, "bairristas") por detrás de muitos elementos desse discurso. Se é que é o melhor termo, há "choradeira" normalmente quando ocorrem divergências quanto à qualificação do inverno. Daí, quer-se dizer: "aqui não está 'normal' ou 'mais frio que o normal'". Daí, se vocês querem o fim da "choradeira", nós podemos fazer um acordo que implique concessão de ambas as partes: não se afirma que está "tudo normal" na fazenda do Sr. X a 0.7 grau de latitude de Curitiba, que o clima de ctba está como sempre foi ou que o culpado de tudo é a urbanização (sem conhecer os dados demográficos/econômicos e as próprias normais e médias atuais da cidade - como decorre). Daí, também não se reclama que em ctba está um horror; posta-se apenas dados. Só matemática e argumento dedutivo-nomológico. Mas temo que vai haver pouca discussão desta forma, pois a ciência é inconveniente. abs
  7. Grande Luiz, em minha humilde (e arrogante) opinião, o próprio fato de o BAZ ter sido criado com a finalidade de acompanhar/cultivar o frio e a neve contribui para a valorização (e, portanto, mistificação) dos fenômenos meteorológicos e climatológicos. Seria muito interessante se físicos e pesquisadores passassem a fazer parte do BAZ, pelo menos para balancear o campo. No entanto, talvez, os adeptos da Rep. Sulina ficassem desconfortáveis com uma invasão "cientificista".
  8. Ia verdadeiramente terminar a indecorosa intervenção no post anterior, porém essa não pôde passar. Se essa idéia se tornasse realidade, estaria-se então deslocando o princípio e o foco do BAZ de um posicionamento ideológico e valorativo para um mais científico. Pois implica na autonomia da climatologia e da meteorologia, libertos das funções e razões culturais, valorativas e ideológicas que atualmente operam para suprir. Eu lembro de alguém que era estritamente assim, era um Paulo de Florianópolis. O objetivo ali era estritamente paixão pelo clima e meteorologia, sem quaisquer outras intermediações e finalidades. Só que fazer ciência ou seguir seus princípios é muito difícil, pois implica em objetivar-se, e isso não é nada legal. Implica em abandonar e reprimir as paixões, e não há nada mais humano do que produzir valores. abs
  9. Para terminar a minha indecorosa intervenção, alguém citou (desculpe a arrogância, mas foi rápido e estou com preguiça de retornar para verificar a autoria) que Curitiba ainda tem meses dentro da média. Está correto, e são tão poucos que eu lembro todos decor e salteado: desde o início de 2004, considerando com uma pequena margem de erro (digamos, até uns 0.3 grau) 2004 jan, fev, mar, mai (bem abaixo da média), jul, out, nov, dez (obs.: ago um pouco acima da média; set mais quente da história) 2005 jan, jul, set (obs.: primavera um pouco acima da média) 2006 abr, mai, set (obs.: primavera um pouco acima da média 2007 mai, jul Inclui os abaixo da média na lista, e são tão poucos: maio de 2004, e acho que setembro de 2005. abs
  10. Meu deus, comparar 2004 com este 2007, aqui, é simplesmente ridículo. Pô, precisa de um emoticon :lol: . Sério. Em qualquer referencial minimamente significativo (para os humanos) 2004 teve tudo a mais que 2007. Até um verão dentro da média. Fez máxima de 15 em janeiro... fez 0 grau em maio, -2 em junho, 0 em julho, 0 em agosto, 6 em outubro; 2 semanas consecutivas mal passando de 14 graus em julho; quatro eventos no ano com temperatura média na casa de 4 graus (mínima de 0, 3 graus às 9:00, 7 graus ao meio dia, 11 às 16:00, 7 às 19:00 e 4 às 21:00). Teve toda espécie de frio, e em abundância. Fechamos o ano com mais de 80 dias descendo de 10 graus e quase (ou uns) 20 igual/abaixo de 5. Entre janeiro e fevereiro só passamos de trinta graus umas três vezes. Se fosse religioso, faria minhas preces para que 2004 se tornasse o nosso novo padrão pós era 2000. Já estaria uma maravilha. Só que isso implicaria em ser a capital mais fria do país, o que pode não ser muito conveniente para a mitologia climatológica da Rep. Sulina.
  11. Certamente os referenciais e os critérios dele são diferentes dos nossos ou da maioria dos curitibanos. O senso comum é que o inverno foi e está quente. Repare que se setembro não fechar na média ou abaixo, este inverno já estará entre os cinco mais quentes da história (é que é difícil superar 2001, 2002, 2005 e 2006). Porém, parece ser mais legítimo uma representação alheia sobre uma realidade alheia do que as representações dos próprios habitantes desta realidade. E pior que os dados (temperaturas) corroboram a asserção de que este inverno foi mais quente que o normal - e quente - em Curitiba. Caso contrário, por favor, demonstrem seus argumentos com os dados, de preferência temperaturas (e de preferência significativas: médias e valores absolutos). Quanto ao referencial das plantas; esse é o referencial dos lucros. Não é bem o melhor referencial para se dizer se foi "quente" ou "frio", certo? Pois é uma forma de medir excessivamente indireta, que está submetida a uma outra ordem de eventos que é diferente do que está se afirmando: inverno mais quente do que o normal. (E mais quente para os humanos). Me leva a crer que aqueles que fazem estas afirmações não conhecem a realidade climática da cidade. Nem objetivamente (pois não conhecem e/ou não verificam os dados), nem subjetivamente. abs
  12. Bem, como vão as frutas eu não sei, mas sei que se setembro não for frio como os setembros últimos o inverno vai fechar muito semelhante aos piores (mais quentes) da história. Este inverno está seguindo rigorosamente a lógica pós-2000; e se setembro fechar com anomalia positiva poderemos ter um desenlace semelhante a 2005. Também não houve frio extremo ou fora do normal. O inverno está mais quente do que o normal, e isso demonstram as temperaturas. Tal é a melhor medição p/ se determinar se está mais quente ou mais frio, e não como estão as frutas.
  13. Cacella, se você posta a média das máximas para sustentar uma proposição do tipo "não faz calor", a última coisa que podes pretender é cientificidade. Se eu postar a média das máximas de Curitiba, poderei afirmar precisamente o mesmo; além da própria subjetividade inerente à asserção, o que imediatamente impossibilita qualquer generalização (o que não o impede de generalizar. Mas parece que nenhuma regra parece constranger o seu pensamento.) Mas se o seu critério é alguma espécie de "bom senso" ou pragmatismo (embora mesmo esse oscile de percepção para percepção - e evidentemente não são parte do método científico), vamos lá. Quanto às máximas absolutas no verão, Curitiba e Brasília são muito parecidas, apesar de o verão aqui ser mais frio - ou menos quente - o que omites. Tanto o verão "oficial" como o verão "real". Se compararmos o verão real de cada cidade - janeiro/fevereiro em Ctba contra set/out em Brasília - a disparidade já é um disparate. Como isso já foi debatido, não vou procurar novamente a fonte - para os atentos à época, eu postei gráficos do próprio INMET comparando as máximas absolutas e médias -. À época, eu quis demonstrar que você compara regiões sempre com critérios diferentes, escolhidos convenientemente. No caso, ficou claro que se apenas considerássemos as máximas absolutas, Brasília seria uma cidade mais quente do que muitas cidades litorâneas nordestinas, cuja máxima absoluta raramente passa dos 33 graus. Estas também seriam as capitais "mais frias" do país. (Fernando de Noronha seria uma das cidades mais frias: a máxima absoluta é de 32,x graus. Apenas 1 grau mais quente que São Joaquim!) Entretanto, chamá-las de "amenas" não é muito exato, pelo menos não para moradores de regiões com um clima relativamente civilizado. Esse é o tipo de raciocínio que nos impõe para justificar sua mudança do inferno ao purgatório - o que também não é ciência, é um evento particular de sua vida, embora aprazível. Analisando as médias - muito mais significativas que os extremos - verifica-se que a média de Curitiba de fevereiro é quase a média de Brasília em Julho (19,7 contra 19,1, respectivamente). A média das máximas de Curitiba em fevereiro é análoga à média das máximas de Brasília em julho. Tudo no INMET. A média de Brasília - normal 1961-1990 - para janeiro/fevereiro é algo como 21,7ºC, para 16 nas mínimas e 26 nas máximas, aproximadamente. As médias das máximas de Curitiba também são sensivelmente inferiores às de Brasília, mesmo no verão curitibano. (Relembrando, eu já postei todos os gráficos detalhadamente, mas me poupo do trabalho, já que os ouvintes são poucos, assim como os ganhos do trabalho, de modo que apenas exercito a redação). Já a média de janeiro de Curitiba é idêntica à de Brasília em julho, 19,1ºC. (1961-1990.) Podes argumentar que Curitiba aqueceu, mas também aqueceu Brasília. Evidente: a cidade apenas virou cidade após a década de 80... talvez um dos melhores lugares do mundo para se atestar os efeitos da urbanização, já que a cidade não existia antes de 1960. Atualmente, a média de Brasília oscila, sempre, de 19 a 23 graus. O IAG/USP faz acompanhamento mensal das médias desde 97 ou 98, acompanhe. Quanto aos valores pontuais, talvez você ignore as médias das máximas acima de 31 graus registradas pelo INMET em setembro de 2004, outubro de 2005, outubro de 2006 etc., tanto como os registros acima de 34 graus registrados pelo aeroporto inúmeras vezes nestas ocasiões. Outro indício da falácia de seu argumento, demonstrado à época, é que você se utiliza de estações climáticas de clima temperado para comparar coisas distintas, que obedecem a climato-lógicas distintas. Em Brasília não existe verão tal como em regiões temperadas ou subtropicais, já que os meses mais quentes da cidade não ocorrem no verão "oficial", mas em setembro e outubro, isto é, na "primavera oficial". Evidente, já que a cidade está a 15ºS. É quando o sol atinge o zênite nesta região: o "verão", poderíamos dizer, seria o seu "outono", "primavera" ou coisa do tipo. (Na verdade, seria nada: é apenas a estação chuvosa. A definição das 4 estações simplesmente não se aplica.) Cidades equatoriais, ou mais a norte, também seguem esta lógica, isto é, têm seus meses mais quentes quando o sol atinge o zênite; além da pouca amplitude anual. Daí, você deveria comparar os "meses mais quentes", e não o "verão". É sempre no interior de critérios vagos que se esconde toda obscuridade de pensamento. Você também, espertamente, toma como referência as mínimas do aeroporto (que são mais baixas que as do INMET), mas como referência das máximas toma as do INMET (que são mais baixas que as do aeroporto). Mas isso tudo já foi discutido há três anos. De todo modo, como já fica claro em todos os debates que entras, o seu objetivo oscila algo entre afirmar a todo custo a visão própria - tomada como verdadeira a priori -, numa espécie de teodicéia pessoal que faz se colocar como uma espécie de messias da Ciência que ilumina o misticismo de pobres mortais com uma cientificidade pra lá de obscura, a simples zombaria. Em ambos os casos, trata seus ouvintes e debatedores como idiotas. Por fim, se o seu argumento baseia-se em proposições do tipo "não faz calor", então isso é impossível de se refutar, já que isso é uma idéia subjetiva e que diz respeito à sua percepção subjetiva. O que apenas podemos inferir com alguma certeza é a razão de sua parcimônia para com o calor brasiliense: como carioca, o calor brasiliense de fato deve (quase) inexistir. O que é possível, no entanto, é indicar a maneira com que escolhes, manipulas, isolas certos aspectos da realidade para justificar suas pulsões subjetivas. abs P.S.: Traduza "CQD". Antes que pergunte: abs = abraços
  14. Na verdade, eu disse o seguinte: "Também acho que nenhum bazista leu um livro técnico sobre o assunto, e analisou os argumentos dos cientistas ali expostos...". Além dessa diferença semântica, a sentença referia-se a quê? Ao argumento "aquecimentista". O que o Rodrigo diz ler não é um argumento aquecimentista, e tampouco é uma análise e contra-análise de argumento algum. Há duas condições explícitas na minha mensagem, Luiz, e você deturpou seu significado para poder ironizar o argumento, após uma intervenção do Rodrigo, de modo a uni-las e deslegitimar o meu argumento. Também é uma técnica rasteira, pois baseia-se em "refutação por difamação": procura-se difamar o autor através de ironia, e assim, desautorizar seu argumento, ao invés de lançar mão de uma contra-argumentação lógica que, no mínimo, é muito mais dispendiosa (e, ao contrário da difamação, pode ser refutada). Desmascarada a tática, muito comum nos meios amadores (às vezes até mesmo nos meios pré-científicos como ciências sociais), isso nunca foi feito explicitamente aqui no BAZ. O que se faz são considerações vagas ou a chamada de um argumento de autoridade p/ se opor ao argumento "aquecimentista", como contrapor a um outro autor "anti-aquecimentista", como que dizendo "fulano aquecimentista é charlatão, eis o verdadeiro cientista". Conjurando novamente o argumento de autoridade, já que aqui ele faz-se necessário: os argumentos "aquecimentistas" a que me referi são argumentos dos "90% dos cientistas da comunidade científica" - já que, como consta na mensagem, são os representantes do argumento que, aqui no BAZ, é geralmente execrado. O Rodrigo, por exemplo, possui o arcabouço teórico-conceitual - além da titulação - necessários para produzir um contra-argumento? Ou melhor, alguém no BAZ o possui? Se vocês acreditam que estes argumentos são tão falaciosos, precisam demonstrar, cientificamente, que o são. Ao contrário, devem apenas produzir proposições bastante gerais e dotadas explicitamente do caráter de incerteza e até mesmo de intuição que baseiam os argumentos.
  15. Outro aspecto interessante no BAZ é ser sistêmico só quando é conveniente. Quando o aquecimento global justifica-se por eventos particulares, afirma-se que "o clima é um sistema caótico" etc., buscando dizer "não é possível fazer conjeturas a nível global", já que os eventos estão todos inter-relacionados, e portanto, "o aquecimento é uma farsa". Mas quando o próprio aquecimento global justifica-se sistemicamente, daí conjura-se eventos particulares e implica-se "esses eventos são particulares! Não são globais!". Eu não li quase nada de aquecimento global. Também acho que nenhum bazista leu um livro técnico sobre o assunto, e analisou os argumentos dos cientistas ali expostos; na verdade, a discussão restringe-se à camada ideológica e geralmente política (ou até mesmo religiosa) do problema. Porém, sei que o argumento dominante (já que há várias versões de aquecimento global) é precisamente o sistêmico, e não poderia ser diferente: é um conjunto de fatores inter-relacionados cujo denominador comum são temperaturas acima da média, entre outros eventos que se consideram anômalos. Evidente que poderemos encontrar, então, vários eventos particulares, como talvez o caso sulino. Todos os eventos climáticos estão associados, seria o moto. Há infinitas razões de se recusar o aquecimento (global), mas o interessante é que o argumento oposto ou "anti-aquecimentista", pelo menos no BAZ, oscila entre a recusa da existência do aquecimento global (o que tacitamente implica que 90% da comunidade científica mente ao dizer que a Terra aqueceu 0,XºC nos últimos anos; e prov. pois são enviados do diabo parte da conspiração gramsci-marxiana para destruir a civilização judaico-cristã) e a recusa do fator humano neste aquecimento global, assumindo-o tacitamente (pois se se diz: "não foi o homem!" quer dizer que já se assumiu que há algum aquecimento, porém de causas "naturais"). Reparei, por fim, que a primeira recusa possui maior diversidade de razões e motivações, desde religiosas, climatológicas e até valores culturais imputados no clima (especialmente sensível no caso gaúcho, em que se confunde o clima com a "qualidade" de ser gaúcho, como um aspecto distintivo em meio ao país tropical); já o segundo caso, recusar o fator humano, tende a ter motivações políticas pois enxergam no aquecimento global uma ameaça ao sistema capitalista de produção (o que é uma falácia, já que o aquecimento global atacaria todo sistema moderno de produção, industrial, seja ele comunista ou capitalista; daí a ideologia dos ecologistas ser uma espécie contemporânea da cultura hippie que defende uma "volta às origens", isto é, anti-industrialização). Particularmente, acredito que "algo mudou" no Sul, mas não afirmo nada além disso. Mas acho bem possível - e sei que é teoricamente possível - que estas alterações estejam relacionadas com alterações nas outras partes do globo. Quanto às razões, daí sim passo longe; apesar de, também, considerar a influência humana possível, e até mesmo provável, dado o histórico de influências e as muitas provas científicas das possibilidades de influência humana (como através do uso de energia nuclear, o colapso ecológico etc.). abraços
  16. Se a gente ainda estivesse com o padrão invernal de 1995-2000 já estaria maravilhoso, em relação ao padrão atual. O impressionante é que eu achava que 2002 era uma excessão. Acabou quase virando o padrão, já que já tivemos três anos do tipo, em seis. Parece até que invernos como o de 2003 são os razoáveis face o quadro atual. Para Curitiba, evidentemente.
  17. Percebe-se que o cacella sequer conhece as normais climatológicas de sua própria cidade! Cacella, a média das mínimas para Julho, em Brasília, 1961-1990, é de 12,9ºC. Inclusive, é difícil baixar de 10 graus pelo INMET... em 2002 e 2003 sequer ocorreu. Em 2004, naquele julho "histórico", fez 9,xºC. A média é de 19,1ºC, e a média das máximas é de 25ºC. Tal é o mês mais frio de Brasília. Quanto a setembro e outubro, são quentes, só não o são caso o padrão seja o verão carioca... eu conheço vários cariocas que passam(ram) muito calor por aí neste período. Desde 2002 - pelo menos, pois é a partir de quando venho acompanhando - houve vários meses com máximas superando os 30 graus quase todos os dias. Inclusive fez 35 graus no aeroporto. Creio que a última vez foi outubro passado, com média de 24,7ºC pelo INMET e m. máxima superando 31 graus. Isso sem contar com o sol agradabilíssimo e as noites de ar estático e temperatura interna teimando em não baixar. Por causa disso, já peguei 31 graus dentro de casa e tinha 29 graus às 22:00... não foi nada agradável. É passar de 19:00 e o ar pára. E a sensação dispara. abs
  18. Ronaldo, desculpe-me mas isso é muito improvável... a média oficial do INMET é de 12,7ºC. O bloqueio aqui durou muito e foi consistente, e na média o INMET é semelhante ao SIMEPAR, já que a diferença se compensa (-1 nas minimas e +1 nas máximas). abs P.S.: Nós não fechamos com um julho abaixo da média desde 2000. O último com anomalia leve, quase dentro, foi 2004. Este frio atual, aqui, não foi excepcional, histórico etc. Eu aposto que vai fechar acima.
  19. As médias de julho, até o dia 29, ctba, pelo Simepar* são as seguintes: Máximas: 19.80 Média: 14 Mínimas: 8.70 Anomalias em relação à normal de 1961-1990, INMET: Máximas: +0,4 Média: +1,2 Mínimas: +0,6 * Deste pois só tenho acesso irrestrito aos seus dados. E tenho preguiça de pesquisar no do INMET, eita site complicado... abraços
  20. Talvez o seja. Como vocês sabem, eu não discuto e não cogito as razões do aquecimento pra cá. Apenas constato e defendo que ele existe (e considero isso indiscutível), e que não é produto exclusivo da urbanização. Argumentei várias vezes mas, apenas pra esclarecer mais ainda a minha posição, refiro-me ao padrão climático após o ano 2000. (Bato tanto nesta tecla pois a diferença é como um "divisor de águas".) Após 1985, aproximadamente, e com efeito após o início de 1990, há um leve aquecimento. A este eu atribuo a urbanização, pois, além de sensível, concorda com o crescimento demográfico. Daí, eu gosto de acreditar que o aquecimento pós-2000 seja anômalo, e que ele deve desaparecer. Também acho, mesmo por razões indiretas, que este aquecimento súbito (que ocorre em ctba precisamente por ser a região de fronteira climática mais crítica do Sul, já que é a última região a receber as MPs, e provavelmente a mais propícia a bloqueios mais intensos ou abrangentes que o "normal", i.e., o padrão anterior) pode desaparecer. Quanto a este inverno, veja-se os pontos de vista: o Ronaldo já afirma que é mais frio que de 2000 (no geral). Isto evidentemente para SJ e certas regiões de SC. No RS deve ser um dos mais frios dos últimos tempos. Por aqui, ainda é um inverno fraco. Mas se agosto e setembro fecharem bem, será um inverno meia-boca, ou razoável, do tipo 2003 - para os padrões atuais, evidentemente. Isso significaria que pelo menos não seriam invernos quase nulos, como 2002, 2005 e 2006, os mais quentes da história. Mas estamos longe de invernos "bons", isto é, sequer próximos à média. (Seja qual for a média. Também não temos eventos extremos, fora da curva, que compensem alguma coisa. Não há compensação. Há frio intenso, porém isolado.) A qualidade do inverno vai melhorando a cada grau de latitude ao Sul, e maximizado a cada grau a oeste. Quanto mais longe da fronteira entre o tropical de altitude e o subtropical, melhor o inverno (ie.: mais próximo da média ou abaixo dela; e/ou com frio intenso). Por fim, se quiserem analisar o caso daqui, o ano de 2004 foi um ano que poderíamos considerar normal. Seria quente para a normal 61-90, mas a média é compatível com esta normal (16,9 a 17ºC). 1996 e 1999 são anos rigorosamente dentro dos padrões pré-1990. Mas mesmo invernos ruins como 1997 e 1998 foram compensados pelas outras estações (aqui considero o inverno nominal, do calendário) e fecharam como anos relativamente próximos à média. Abs
  21. Bem, não sei se o que aqueceu Curitiba foi o aquecimento global, mas na verdade acho que são efeitos particulares. (Só que tb acho que o aquecimento global é global porque é um conjunto de particularidades, mas enfim.) Este julho também não é ponto fora da curva, já que mesmo em 2003, 2004 e 2005 julho ficou próximo à média. O problema é abril-junho e agosto; e na falta de compensação: fecha-se na média em julho, porém com +4 em junho. O resultado é um inverno, em geral, com +2 a +2,5 de anomalia, e isso é regra após 2000. Mas o frio que fez nestes últimos três dias é um dos mais intensos desde 2000. Não pelas mínimas, mas pelas médias e até sensação. Porém, seria um frio comum de forte intensidade se formos olhar para o período anterior a 2000. Abs
  22. A minha minha foi semelhante à do INMET por causa da umidade. E o INMET marca máximas um pouco mais altas que às do SIMEPAR; e tem também que o Jd. das Américas (lá) não é nenhum pólo frio.
  23. A minha máxima foi de 9,5 graus. Tinha 8,6 graus às 16:00! A minha mínima foi de 2 graus. Frio muito intenso para os padrões curitibanos, certamente entre os dias mais frios desde 2000. O vento também foi intenso e incessante durante todo o dia. Encoberto com aberturas de sol à tarde, e nublado de manhã. Este dia conciliou as principais variáveis para maximizar o frio. Fez 1/2 graus com tempo fechado, com vento, e umidade alta. De dia o ar não era seco, porém úmido, com vento leste (a umidade relativa oscilou na casa de 80%!). Como se a MP se conjuga-se com infiltração oceânica. Muitas nuvens baixas, e o céu bastante cristalino, nas aberturas. abs
  24. O inverno está entrando em sua reta final, sim. Os meses mais frios e com a maior probabilidade de ocorrência de frio intenso e tal como se deseja, são maio a agosto, ou junho a agosto. Sempre faz frio em setembro, mas convenhamos, é muito mais provável ocorrerem eventos de frio extremo no trimestre junho-julho-agosto. Este é o miolo do inverno. A segunda metade de setembro em grande parte do Sul já tem mais cara de primavera do que de inverno, e o sol já é forte mesmo no RS (bem, pelo menos pra mim menos de 30º de inclinação já é sol forte). Talvez a metade sul do RS "se safe", com um setembro análogo a maio. Mas em Curitiba, setembro já é significativamente mais quente que maio, e já pode bater 30 graus, na verdade, já chegou a fazer 34 graus em setembro. Os eventos de frio de setembro raramente são tão frios quanto os períodos frios de junho-julho-agosto. Um frio forte de setembro geralmente é um evento de frio comum no "miolo", embora evidentemente podendo ser intenso. Em Curitiba, a possibilidade de frio intenso também já passa a se restringir às máximas. Na medida em que se se aproxima do verão, isso é natural e torna-se cada vez mais ressaltado: necessidade de nebulosidade para ter frio invernal, ou seja, já pára de fazer aqueles dias de geada e mínima abs. próxima ou abaixo de zero. E quanto mais a norte, mais o "miolo" do inverno se pronuncia em relação aos demais meses do inverno climático. abs
  25. Acho que o que deveria ser discutido são estes dados do Médio Vale do Itajaí. Os termômetros por lá estão no topo do Spitzkopf? abs
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