
Caio César
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Os modelos vão convergindo e confirmando um final de agosto abaixo da média, especialmente no sul do Brasil, com destaque para o RS. O padrão europeu tanto no ensemble como no estendido é por um período consideravelmente abaixo da média entre 24 a 31/08, pelo menos. CMC e CFS seguem o mesmo caminho já há algum tempo. O determinístico do GFS aponta para o último terço do mês abaixo da média, mas que terá um pré frontal forte entre 22 e 23/08. O ar frio ingressaria no dia 23 no RS. Prolongando-se pelo restante da semana e com o pico sendo alcançado no outro domingo. Que por ora é mais intenso no Euro e no CMC. Nesse sentido parece consolidada a projeção de um final de agosto abaixo da média e, possivelmente, por um período mais prolongado do que o observado neste ano. As rodagens mais recentes dos modelos determinísticos ainda alternam entre uma incursão mais continental, maritimizada ou até mesmo bloqueada na altura do sul do Brasil. Resta acompanhar as variações que deverão influenciar tanto na precipitação quanto nas anomalias provocadas por esse sistema.
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Os ventos da mudança parecem estar querendo soprar a partir do próximo final de semana. O determinístico do euro melhorou bastante o cenário da incursão que vinha sendo apontada. Entretanto convém cautela com essa intensidade pois o cenário proposto pelo europeu é isoladamente o mais forte, enquanto que os outros modelos insistem em algo mais fraco a moderado. No entanto esse incursão mais fraca ou forte poderia abrir as portas de um período abaixo da média até o início de setembro. Cenário que ganha suporte de algumas outras rodagens. Ou seja, há sinais crescentes de um padrão invernal podendo predominar nos últimos terço do mês de agosto. Vamos torcer e acompanhar!
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O GFS vez e outra insiste com uma bomba ao redor dos dias 19-20/08. Nessa madrugada ele voltou a sugerir algo grande. Nos modelos de longo prazo há alguma convergência surgindo para um final de agosto pelo menos mais próximo a média. O Europeu saiu algo ligeiramente abaixo para o período. Já o GFS estendido apresenta algo bem mais intenso, na mesma balada do determinístico.
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A que tudo indica os modelos seguem com dificuldades em chegar num acordo em relação a trajetória do próximo anticiclone que se aproxima do cone-sul. E isso se reflete na grande divergência existente em relação aos efeitos que o sistema ocasionaria na temperatura pela região. O Euro seguiu uma linha mais pessimista, com a alta pressão tendo pouca influência e um deslocamento muito rápido para o oceano. Em seu ponto máximo o período 08-09/08 teria um resfriamento mais fraco e muito rápido. Tanto que na anomalia de 5 dias o modelo nem chega a indicar um período abaixo da média durante a passagem do anticiclone. O calor retornaria novamente rapidamente e com força. O GFS parece seguir essa linha, porém com efeitos ligeiramente maiores. A área alcançada pelo frio se amplia um pouco entre 09-10/08. E a anomalia em 5 dias é suavemente mais branda que o europeu na faixa leste, porém o oeste continuaria fervendo. O único que ainda revela a esperança para algo mais interessante é o CMC. A anomalia diária no pico da intensidade seria até interessante. E para um período de 5 dias definitivamente teríamos o que se pode chamar de onda de frio. Entretanto com os dois principais modelos indicando algo muito fraco e rapidamente maritimizado, fica difícil dar alguma credibilidade para o cenário isolado do canadense. Preocupa ainda o padrão do GFS que repete o que tem ocorrido ao longo desse inverno, indicando o retorno rápido e furioso do calor para o interior do cone-sul. Definitivamente 2023 não está para amadores.
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E julho vai fechando com esse pôr do sol em Florianópolis, visão noroeste desde a ilha, bairro João Paulo.
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Os modelos seguem colocando as fichas na segunda quinzena, praticamente mantendo o mesmo cenário do meu post anterior. Enquanto isso as atenções se voltam para a primeira quinzena, que será lembrada pelo intenso calor que fará nestes primeiros dias do mês, sobretudo no centro do continente, em especial na Argentina, no Paraguai e na fronteira pantaneira do centro-oeste brasileiro. Entre a quarta e a quinta-feira alguns recordes, inclusive, poderão estar ameaçados, especialmente em se tratando da primeira quinzena do mês. Caso houvesse o acompanhamento de recordes diários como ocorre nos EUA, sem dúvidas seria uma avalanche de novas máximas para o período. Até a capital portenha e o Uruguai sofrerão com a onda de calor inusual para início de agosto. Logo o calor cederá espaço para um anticiclone polar, mas daí ainda restam muitas dúvidas quanto a trajetória do sistema. O modelo americano GFS em sua última rodada favoreceu bastante a incursão com um deslocamento mais continental e, portanto, bem menos bloqueado do que os outros modelos. Situação que provocaria um belo e muito esperado resfriamento pelo sul do Brasil e leste da região sudeste. Esse cenário do GFS é acompanhado em certa medida pelo modelo de longo prazo CFS. Mas como nem tudo são flores, o modelo Europeu, por sua vez, sugere ainda um cenário menos propício para essa incursão, com um bloqueio atrapalhando o deslocamento mais favorável proposto pelos modelos americanos. No que teria um efeito bem mais restrito na diminuição nas temperaturas pelo Brasil. O modelo canadense é outro que segue em linha com o europeu e aponta um bloqueio ainda mais forte, o que acabaria por ocasionar grandes volumes de precipitação sobre o litoral catarinense. Em linhas gerais observa-se ainda uma importante divergência na evolução deste anticiclone na projeção dos principais modelos, mas que deve trazer alívio ao calor dos primeiros dias do mês, especialmente para a Argentina e Uruguai. A nossa sorte ainda está para ser lançada e depende muito do deslocamento que esta alta pressão seguirá no seu percurso rumo as baixas latitudes.
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Com um começo de agosto quente na conta e algumas poucas sinalizações de incursões de ar frio no horizonte para o Brasil, possivelmente com alguns avanços fracos e maritimizados após o dia 05, muita gente se pergunta quando finalmente o frio mais forte voltará? Tenho observado nos modelos uma crescente opção pela segunda quinzena do mês, algo próximo aos dias 20 a 22. O CFS é um modelo que tem estado muito instável, e até rodadas atrás ele insistia por algo mais forte e continental para o final do mês. Infelizmente o CFS abandonou essa ideia no dia de ontem, mas como foram muitas rodadas com essa solução, cabe acompanhar. Isso porque o Europeu estendido também entrou na onda em sua mais recente saída. E outro que segue também acompanhando nessa direção é o GFS estendido. Isso significa que teremos um evento significativo no final do mês? Logicamente que não! E cabe ressaltar que a volatilidade tem sido a tônica neste inverno sob El Nino, com os modelos encontrando muitas dificuldades para solucionar o avanço de mp's pelo Brasil. Ocorre que há sinais esporádicos, mas crescentes, de que algo mais interessante possa surgir na segunda quinzena. Mas ainda sem podermos precisar a abrangência, duração e potência desse eventual sistema. Se trata tão e somente de um sinal, mas que em época de crise pode servir como a última bóia de salvação em um inverno tão entediante.
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Segue um breve clip com o meu registro da neve em 14/07/2023 na região mais alta de São Joaquim.
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Hoje faz 19 anos dessa foto. Primeiro ENBAZ - ENCONTRO NACIONAL DO BAZ 2004 - SÃO JOAQUIM Em pé: Luis (fundador do BAZ), eu, Clóvis Padoan, Neide esposa do Coutinho com a Bianca, Ronaldo Coutinho. Agachados: baziano dos EUA (?), Bruno Saraiva, Marcos Boldrini, Zé Vicente. Ficou pra história. E depois viveram muitas e muitas histórias, caçadas, eventos, tristezas, alegrias, frio, calor... é a vida.
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Outro ponto muitíssimo interessante a ser destacado nos modelos em relação a possibilidade de neve e/ou precipitações invernais é a vorticidade em 500mb, que atingirá índices muito elevados sobre as regiões serranas do RS e SC justamente durante o pico da advecção de ar frio, em interação com uma camada congelada a partir dos 2.000m e bem negativa nos 700mb. Nesse quesito o GFS é o mais extremo, sugerindo um intenso cavado em 500mb. CMC e Europeu estão semelhantes, com ligeiras diferenciações em relação ao GFS. O que isso significa? Que a passagem de um intenso cavado está associada a tempo instável, que por vezes pode gerar grandes nuvens de desenvolvimento vertical capazes de provocar fenômenos mais intensos relacionados a tempo severo. E sob uma atmosfera congelada, o cenário fica ainda mais interessante.
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Se a madrugada trouxe más notícias quanto ao vento, que vai se confirmando como um evento com potencial de causar muitos prejuízos, também trouxe boas notícias para o frio e a pequena possibilidade de neve. Houve um incremento praticamente consensual nos principais modelos, com ligeiro aumento do potencial desde 850mb. Nesse caminho o Euro é o único modelo que já traz áreas com a isoterma de 850 alcançando partes do RS e SC, mais a oeste. No GFS há grande potencial de chuva também, porém com frio ligeiramente menos vigoroso. E assim vamos entrando nos ajustes, mas a chance pequena de neve teve uma sensível melhora nos pontos +1600/1700m.
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Bom dia Carlos! Bem lembrado! O evento no final de agosto de 2013 é um emblemático caso de baile da natureza dos modelos. Sugiro até a leitura do tópico aqui no BAZ porque tem boas observações a respeito. Teremos outro baile? A natureza sempre pode surpreender. Vamos ficar atentos a vorticidade em 500mb, alí sempre residem algumas surpresas sob atmosfera gelada como terá na ocasião.
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Algumas considerações em relação ao frio e a neve na próxima semana: - 18Z ontem e 00Z hoje o GFS deu uma boa reduzida no potencial nas camadas e na chance de neve. Segue o baile do americano. - Europeu por sua vez está mais forte, especialmente em 700mb, repercutindo em um cenário ainda favorável nos pontos mais elevados de SC. - Chama a atenção que nessa oportunidade esse frio disponível nas camadas ocorrerá sob abundante precipitação, até intensa por vezes na serra gaúcha. - Estivesse mais frio, haveria um repeteco da nevada de Vacaria no século XIX. É muita água junto com o frio. - Se acertar o ponteiro, esfriar um pouco mais, especialmente em 850, sairia algo grande na janela entre quinta e sexta-feira. - De todo o modo, o Euro mantém condições para as regiões acima de 1600m em SC.
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Essa empresa faz parte do bastião do sensacionalismo a qualquer custo, até da própria reputação. Qualquer MP mais forte já fazem previsão de neve, mesmo sem nenhuma condição para o fenômeno. Como prevêem em todas ocasiões, assim como outra famosa empresa e sua meteorologista chefe, uma hora vão acertar.
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Os modelos vão variando nos detalhes, alguns vão achar pior, outros vão achar melhor a depender da região e rodada. Mas para a neve neste momento temos um cenário de um evento potencialmente relevante nas partes elevadas da serra do RS +1200m e SC +1400m entre quinta e sexta-feira. Temperatura limítrofe em 850, muito favorável a partir de 800mb e camada congelada homogênea acima desse nível, com farta precipitação, são indícios desse potencial. Esses indícios são um retrato do momento, podendo e devendo variar a área, altitude e até a possibilidade ou não de alguma precipitação invernal ocorrer. Ainda restam 156h até o sugerido início desta ocorrência e os modelos podem flutuar bastante até lá.
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Carlos, até aonde tenho conhecimento há muito pouco ou quase nada de estudos relacionando o comportamento da SST em nossa costa a formação de ciclones. E sobre a precipitação vou fazer a plotagem para verificarmos. Por acompanhamento, percebo ao longo desses anos que a nossa dinâmica invernal depende muito da formação e evolução desses sistemas. São eles que estão ligados aos eventos mais expressivos de avanço de ar frio de maneira ampla e/ou mais intensa. Em linhas gerais os anos mais frios apresentam maior dinâmica e por consequência uma maior ocorrência desses sistemas. E os anos mais frios e dinâmicos estão associadas a águas mais frias em nossa costa. Sendo pra mim isso uma consequência, e não uma causa. Nesse sentido, eu acredito que a formação de ciclones na costa do cone-sul está muito mais relacionada a ondulação do jato polar do que a SST elevada no Prata. Muito não, eu diria diretamente. Sob outra ótica, diferentemente do que ocorre no Atlântico Norte equatorial em relação a influência da temperatura do mar, no hemisfério sul há muitos registros de anos com a SST extremamente elevada e com pouquíssima dinâmica e formação de ciclones. Justamente por fatores que influenciaram para que o jato polar pouco ou quase nada tivesse ondulado.
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Sandro, os mapas de neve com esse prazo em relação a provável ocorrência considero apenas como mera curiosidade. Em sendo um tipo de evento meteorológico que exige detalhes microclimáticos, prefiro considerar qualquer mapa de neve no Brasil apenas com 24/48h de antecipação. Antes disso é loteria ou mera imagem para ficar sonhando e depois se decepcionar. Ainda assim o que a galera tá postando aqui traduz o mesmo que tenho acesso. 😉👊
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Em um olhar mais amplo, analisando o hemisfério sul, percebe-se também que foram anos com o frio bastante represado na Antártida, que apresentou anomalias negativas muito intensas, denotando possível comportamento predominantemente positivo da AAO nesses análogos selecionados.
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Pegando carona no recente post do meteorologista Philip Klotzbach que destacou os seis anos análogos para a SST global projetando para a temporada de furacões AGO-SET-OUT, plotei o comportamento da temperatura utilizando esses mesmos anos porém para o período julho-agosto. @philklotzbach 3 h Aug-Oct sea surface temperature (SST) anomalies in CSU's 6 analog years for 2023 Atlantic #hurricane season: 1951, 1969, 1987, 2004, 2005, 2006. Analogs selected based on #ElNino and above-normal SSTs in tropical Atlantic for Aug-Oct. 2005 not El Nino but extremely warm Atlantic Para esses anos análogos na SST a plotagem para o período julho-agosto nos leva a essa anomalia média: O interessante na plotagem do meteorologista é que para os anos selecionados como análogos o Atlântico Sul junto a costa do cone-sul apresentou uma anomalia média negativa, o contrário do que estamos observando até o momento.
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