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Brasil Abaixo de Zero

Temas Gerais


Alexandre Aguiar
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Mas o PSDB achou uma terceira cota...vao acrescentar mais 5%....se fosse a oposição iriam negociar isso...

 

"Alckmin reforça que 3ª cota da Cantareira é reserva para o inverno"

 

Fonte: http://www.valor.com.br/politica/3898946/alckmin-reforca-que-3

 

Estão negociando no BNDES e na Europa.

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Apenas a título de curiosidade: alguém sabe quanto tempo o sistema Cantareira demorou para encher, quando as comportas foram fechadas pela 1ª vez, lá nos anos 1970?

 

Acho que saber esse tempo mais os volumes de chuva da época daria uma boa idéia do que nos espera.

 

Muito boa indagação. Mas acho que teria que saber se não ocorreu obras/mudanças estruturais no sistema.

 

__________________________________________________________________________________________

 

Reservatórios hidros do SE/CO apresentaram uma pequena elevação nos últimos dias, menos de 1%.

 

NE se aproxima de 15% (em queda).

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Represas em São Paulo subiram hoje. Segundo o G1, os dados são estes:

 

Cantareira: subiu de 6,1% para 6,4%;

Alto Tietê: subiu de 12,7% para 12,9%;

Guarapiranga: subiu de 54,2% para 55%;

Alto Cotia: subiu de 33,3% para 33,7%;

Rio Grande: subiu de 78,8% para 79,2%;

Rio Claro: subiu de 31,3% para 31,4%.

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Que ótimo ver essa subida em todos os reservatórios.

 

Mas tem 2 coisas que me fizeram cair de costas:

 

1-Estava vendo os posts do ano passado aqui no temas gerais e se não me engano, a primeira subida que o Cantareira teve em 2014 foi no dia 1 de março, sendo que havia dias em fevereiro que o nível chegava a cair 0,3% em um só dia.

 

2-Esses dias estava no site da SABESP e por curiosidade fui ver quanto que foi a subida do nível do sistema do carnaval de 2004 (que foi marcada por uma Grande SP) até terminar fevereiro daquele ano e me surpreendeu em ver que no dia 20/04/2004 (sexta de carnaval) estava nos 5,9% e já no dia 29/02/2004 subiu para 14,6%, ou seja, 8,7% a mais e isso leva a uma alta de quase 1% ao dia no período (para ser exato 0,96% ao dia).

Vale dizer que o volume citado acima é o volume útil do sistema e portanto, a situação no início de 2004 era bem menos pior do que agora. Uma pena que 2015 não repetiu aquele verão excelente (bem úmido e ameno) que foi o de 2004.

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Péssima notícia! Isso poderá fazer com que o governador não implante o racionamento e assim, o cantareira acabará todo!

E ele já está falando na possibilidade de adiar o início do racionamento.

Deu na imprensa hoje.

 

"Que Deus nos livre e guarde", como dizia minha avó, mas se estivermos entrando num período mais seco, como aconteceu nas décadas de 1930 e 1940... :russian:

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Péssima notícia! Isso poderá fazer com que o governador não implante o racionamento e assim, o cantareira acabará todo!

E ele já está falando na possibilidade de adiar o início do racionamento.

Deu na imprensa hoje.

 

"Que Deus nos livre e guarde", como dizia minha avó, mas se estivermos entrando num período mais seco, como aconteceu nas décadas de 1930 e 1940... :russian:

 

Não acredito nisso! Basta dar uma enchida por lá e a chuva aumentar para que o governo pense em mudar de ideia.

 

================================

 

Achei na internet esse gráfico que mostra o desempenho do volume do sistema desde 1982. A parte chata é que não mostra o percentual do volume. Mas não deixa de ser interessante.

 

520ocpy.jpg

Imagem: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,a-agua-do-sistema-cantareira-pode-acabar,1566917

 

Interessante observar que:

 

1992 foi ruim para a recuperação do sistema durante os 3 primeiros meses e me parece que não houve atuação frequente de bloqueios naquele verão. A maior recuperação aconteceu em dezembro, ou seja, já no seguinte período úmido.

 

Em 1984, mesmo com o verão seco, o nível do sistema registrou aumento durante o período.

 

2014 foi o único ano em que o sistema não apresentou recuperação, do começo ao fim só caindo. O melhor desemprenho foi dezembro, onde a queda ficou em 1,2%.

 

2012 e 2013 tem apresentado uma recuperação mais lenta do sistema.

 

A cheia do Cantareira em Janeiro de 2010 não foi só por causa do inverno úmido que tivemos em 2009, mas também porque houve uma acentuada recuperação no começo do mesmo ano. Olhando o histórico no site da SABESP, as chuvas que caíram em julho, agosto e setembro reduziram a queda e fez com que houvesse o aumento do nível à partir de outubro, sendo que o normal é à partir de dezembro. Portanto, se o inverno 2015 foi úmido por aqui, o sistema sentirá esse efeito mais para o fim do ano.

 

1987 e 1995 tiveram uma fortíssima recuperação. Vale dizer que em 95, houve atuação de uma ZCAS durante 3 semanas no mês de fevereiro.

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Não termos mais horário de verão até o final de março!

 

http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/02/governo-desiste-de-estender-horario-de-verao.html

 

Motivo: Economia de energia gerada é muito pequena!

 

Notícia maravilhosa! :heart:

 

Detesto horário de verão.

 

Que me*da... adoro horário de verão :heart: , apesar de detestar o verão em si.

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Não termos mais horário de verão até o final de março!

 

http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/02/governo-desiste-de-estender-horario-de-verao.html

 

Motivo: Economia de energia gerada é muito pequena!

 

Notícia maravilhosa! :heart:

 

Detesto horário de verão.

 

Que me*da... adoro horário de verão :heart: , apesar de detestar o verão em si.

q m... 2!

Vou ser obrigado a sair do serviço a noite...adeus sol

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Fico imaginando, o quanto teria que chover para primeiro, resgatar o segundo volume morto; depois, teria que resgatar o primeiro volume morto; depois de tudo isso, o nível do Cantareira ainda estaria zerado e só a partir daí é que o volume útil começaria a aumentar.

 

Melhor nem pensar muito.

Montei uma tabela com os dados disponíveis na Sabesp de 2003 a 2014 para visualizar melhor a dinâmica do Cantareira e ter uma ideia do que se esperar ao longo do ano.

 

Eu coletei os dados do volume armazenado nos dias 1º e 15 de cada mês e a precipitação acumulada mensal. Já incluí em todos os meses anteriores aos acréscimos por volume morto os valores correspondentes (por isso os maiores valores ultrapassam 120%). Na última linha aparece o balanço anual (diferença entre os dias 01/jan de um ano e outro) e o total de chuvas. Em cada quinzena eu também coloco um sinal indicando se o volume aumentou ou diminuiu em relação à quizena anterior.

 

A partir dos dados, eu destaquei qual foi a data em cada ano que o sistema parou de subir e começou a cair (células com borda espessa). Dá pra notar que, como já é de conhecimento comum, na maioria dos casos o sistema atinge o máximo em meados de abril, e nos anos com outono/inverno mais chuvosos que o normal chega a haver aumento do volume até junho ou julho, como ocorreu em 2004, 2005, 2008 e 2012. Em alguns anos também acontece de subir até fevereiro, cair um pouco ou ficar mais ou menos constante e depois subir novamente até o meio do ano (2007, 2010, 2011, 2012). Lembrando que os dados são de 15 em 15 dias, então não necessariamente são o máximo ou mínimo de cada período.

 

cantareira2003_2014.png

Obs: os dados de fevereiro consideram o acumulado de chuvas até hoje apenas.

 

Bom, com base nesses dados dos últimos 12 anos, eu fiz uma projeção para este ano considerando 3 cenários:

 

- um cenário catastrófico apocalíptico mega master desastre, em que eu peguei as piores quedas que ocorreram quinzenalmente e os menores valores de precipitação registrados em cada mês entre 2003 e 2014.

 

- um cenário de milagre dilúvio alagamento total que pega os maiores aumentos quinzenais no volume e os maiores índices pluviométricos de cada mês nesses mesmos anos.

 

- e um cenário que pega a média do que ocorreu em cada quinzena/mês de 2003 a 2014.

 

Eis os resultados:

 

cantareira_projecao2015.png

 

Como estes cenários não levam em conta um racionamento e nem o fato de estar sendo retirada uma quantidade bem menor de água por segundo do que era comum até antes da crise, eu apostaria que o mais provável seja uma situação talvez a ¼ ou ⅓ do caminho entre o cenário médio e o melhor se as condições atuais se mantiverem. Lembrando sempre do saldo negativo do volume morto que precisa ser preenchido para chegar ao 0% de fato. E levando em conta também que não chegaria a -55% no pior cenário, seria 0, e não teria que subir todos esses 55% para voltar a ficar positivo, é só para ter uma noção da dimensão das quedas.

 

Eu fiz também um gráfico relacionando a precipitação com a variação mensal no volume armazenado em pontos percentuais. Aqui a variabilidade é bem grande, já teve meses em que choveu menos de 50mm e o sistema subiu e meses em que choveu mais de150mm e o volume caiu, mas dá estimar que no geral precisa de pelo menos 100mm no mês para o nível subir (isso baseado no que ocorria quando eram captados cerca de 30m³/s).

 

cantareira_prec_vol_mensal.png

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Parabéns pelos gráficos Rnklippel!

Em 2004, o processo de recuperação do Cantareira se estendeu até agosto e isso pode dar uma esperança de que esse ano possa ser assim.

Me recordo que o outono daquele ano foi muito úmido pelo menos em SP. Tivemos boas chuvas no mês de maio.

 

Já 2014 mostra claramente que o Cantareira só caiu, sem nenhuma recuperação. Nem os quase 200 mm de março do ano passado foram suficiente para reverter a queda, que foi de 3,2%. Isso mostra o estrago provocado pelo mega bloqueio do verão passado. Só que vale dizer que as chuvas de março em sua maioria foram pancadas isoladas que acabaram acertando o alvo, que no caso é o pluviômetro da SABESP.

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Como estes cenários não levam em conta um racionamento e nem o fato de estar sendo retirada uma quantidade bem menor de água por segundo do que era comum até antes da crise, eu apostaria que o mais provável seja uma situação talvez a ¼ ou ⅓ do caminho entre o cenário médio e o melhor se as condições atuais se mantiverem. Lembrando sempre do saldo negativo do volume morto que precisa ser preenchido para chegar ao 0% de fato.

Nesse caso, se não errei nas contas, chegaríamos aproximadamente ao volume de julho/agosto de 2014.

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Nesse caso, se não errei nas contas, chegaríamos aproximadamente ao volume de julho/agosto de 2014.

É, essa situação provável que eu comentei é só um chute, apenas considerando chuvas na média e redução no consumo de água. As maiores oportunidades de recuperação significativa do sistema, como os 19p.p. na primeira quinzena de 2011 ou os 18p.p. em janeiro/2003, a meu ver, já estão passando. De março em diante, só em anos bem chuvosos subiu mais de 10 pontos em um mês e de maio pra frente só não cai se chover bem. Até mesmo em outubro e novembro o volume normalmente diminui mesmo com chuva. Então, se a pluviometria ficar próximo da média ou um pouco abaixo, só com uma redução significativa no consumo é que eu vejo o reservatório passar o ano sem zerar.

 

---------------------

 

Daniel, a queda em 2014 é assustadora mesmo, e ela já se tornou anômala ali por novembro/dezembro de 2013. Bastou 500mm a menos de chuva em dois anos para sumir com a água do reservatório.

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Finalmente depois de 1 ano e 8 meses que o Cantareira está começando a ter subida dia após dia e ao que tudo indica, enfim fevereiro terá acréscimo, sendo que a última vez que isso aconteceu foi em abril de 2013. Melhor ainda se o mês terminar já na primeira cota do volume morto (meio impossível, mas).

 

Essa recuperação mostra que o solo finalmente está encharcado e assim, a chuva que cai por lá mesmo em forma de pancadas acaba sendo suficiente para ir enchendo o sistema. Esse é o momento em que se uma ZCAS se formar atingindo em cheio a região, poderemos ter aumento de até 1% em um só dia.

A grande pena que ainda está muito longe de voltarmos ao volume real.

No verão do ano passado, o bloqueio causou um estrago tão grande que nem os mais de 190 mm de março foram suficientes. Tudo bem que a maioria das chuvas aconteceram em forma de pancadas e também tivemos muito calor, mas mesmo assim a queda de mais de 3% já é muita coisa para aquelas circunstâncias e isso mostra uma situação condizente com as terras rachadas que tanto aparecem na região, ou seja, déficit hídrico absurdo.

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2036, o ano em que Las Vegas pode sumir

 

"É difícil imaginar um oásis maior que Las Vegas” diz uma das citações mais famosas sobre a cidade, conhecida na cultura popular por seus luxuosos cassinos e hotéis. Mas a verdade por trás da frase é que esse oásis, o maior centro urbano de Nevada e 30º dos EUA, está secando de maneira lenta e agonizante por conta de sua expansão e seu consumo desenfreado. Para alguns especialistas em recursos hídricos, a Cidade do Pecado corre o risco de desaparecer até 2036 se não encontrar mais água. Como a cidade de São Paulo, que vê suas duas principais reservas de abastecimento se esgotarem, Las Vegas tem investido na busca por soluções, algumas consideradas radicais. “É uma situação tão séria quanto o furacão Katrina ou a supertempestade Sandy”, descreve um comunicado da Autoridade para Água do Sul de Nevada*. Bilhões de dólares estão em jogo.

 

Fundada em meio ao deserto de Mojave, que se estende por 124 mil quilômetros quadrados abrangendo também territórios dos estados de Utah, Califórnia e Arizona, Las Vegas tem em um bom ano o equivalente a 4 centímetros de chuva, quantidade já insuficiente para atender sua demanda. Contudo, se Las Vegas dependesse de água da chuva como São Paulo, ela não seria possível. Seu crescimento econômico se deu em grande parte desde a década de 1930 graças a Represa Hoover (foto abaixo), uma das maiores obras de engenharia dos EUA, a 50 quilômetros da cidade.

 

Em operação nos últimos 78 anos, a barragem tornou possível a criação do Lago Mead, um reservatório artificial com capacidade para 15 trilhões de metros cúbicos de água que demorou seis anos para ser enchido e hoje, estima-se, está pela metade. O reservatório responde por 90% do fornecimento da área metropolitana e está se tornando uma aposta cada vez mais arriscada conforme a dependência dele aumenta. Na última década, a população de Las Vegas saltou de 400 mil para 2 milhões de pessoas. O turismo, que responde por 70% da economia local e 46% da força de trabalho ativa, não para de crescer. Dados consolidados de 2013 mostram que mais de 39,6 milhões de pessoas visitaram a cidade no ano passado. E, em consequência, o consumo de água dispara. Em média, para cada morador são consumidos 219 galões (cerca de 829 litros) de água por dia. Na cidade de São Francisco, na Califórnia, que tem proporções semelhantes, a média é de 49 galões por habitante/dia.

 

“A situação é tão ruim quanto se pode imaginar e só vai piorar. E de maneira rápida”, afirma Tim Barnett, cientista climático do Instituto Scripps de Oceanografia*, um dos centros de estudo mais antigos e prestigiados dos EUA. “A cidade corre contra o relógio para os próximos 20 anos. Se não encontrar outra fonte de água, os negócios vão fechar. Ainda assim, a cidade não para de construir, o que é muito estúpido”, conta. Segundo Barnett, a diminuição do nível da água no Lago Mead, atualmente em 331 metros acima do nível do mar, é preocupante. O lago conta com dois canos de captação, um a 320 metros e outro a 304 metros. “Até o final do ano a expectativa é de que o nível da água abaixe mais 6 metros, mas é provável que com esse ritmo de crescimento e consumo, o primeiro cano comece a sugar ar até lá e o outro dure, no máximo, até o final de 2015”, explica ele. O retrocesso da água é visível conforme ilhas de rochas que nunca foram vistas ali começam a aparecer, inclusive atrapalhando a navegação esportiva no local.

O plano de emergência da cidade é construir um cano no ponto mais baixo para sugar o que resta de água do reservatório, a exemplo do que se faz em São Paulo com o volume morto da Cantareira. Mas o processo é muito lento e caro. Ao custo de 817 milhões de dólares, uma sonda de perfuração do tamanho de dois campos de futebol tenta abrir um buraco para o novo cano, avançando apenas um centímetro por dia. Espera-se que até o lago atingir o ponto crítico no final do ano que vem, o projeto esteja concluído.

 

No longo prazo, a ideia do governo local é poder construir, ao custo de 15,5 bilhões de dólares, uma segunda linha de abastecimento, que levaria 27 bilhões de galões de água subterrânea por ano de um aquífero a 520 quilômetros de distância, na área rural de Nevada. No entanto, o projeto foi embargado por um juiz após ambientalistas mostrarem um estudo de que os dutos necessários afetariam 5,5 mil acres de campos férteis, 65 quilômetros de riachos para trutas e outros 130 mil acres de habitat de perdizes selvagens, veados, alces e antílopes ameaçados de extinção. “Algo assim forneceria a falsa sensação de que há água em abundância e atrasaria decisões sobre restrição de crescimento”, comenta o cientista Rob Mrowka do Centro de Diversidade Biológica*, que fez o estudo para impedir o empreendimento. “O deserto é um câncer que se espalha por vários ecossistemas. Conforme a demanda por água se torna mais desesperadora, Las Vegas terá de começar a pensar em tirar pessoas da cidade para continuar existindo”, afirma ele.

 

A situação é preocupante. A água do Rio Colorado, onde está a Represa Hoover, é utilizada por mais sete estados, incluindo o de Nevada. A divisão do uso é legitimada por um acordo legal que data de 1922 e desde então é bastante questionado. A vizinha Califórnia, que passa pelo terceiro ano de uma grave estiagem, não pode sequer dividir uma gota, uma vez que mais de 50% da produção de frutas e vegetais dos EUA é feita ali. E uma das proposições para salvar Las Vegas, segundo os especialistas, seria pagar bilhões de dólares ao México para poder construir plataformas de dessalinização no oceano Pacífico. Isso seria inviável no momento, porém todo tipo de solução temporária tem sido levado em conta, inclusive se desfazer dos gramados dos hotéis e resorts de Las Vegas.

 

Um programa da Autoridade para Água está pagando 1,50 dólar por cada 10 centímetros quadrados de grama removidos de suas propriedades. Até agora, 15 milhões de metros quadrados foram destruídos. “O Colorado é essencialmente um rio prestes a morrer. Eventualmente, Las Vegas e este pedaço da América vão desaparecer, como os índios antes de nós”, profetiza Mrowka.

 

FONTE: http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/urbanidades/2036-o-ano-em-que-las-vegas-pode-sumir/

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Acho que é o seguinte:

Quando chegar a 18,5%, recuperou a 2ª cota do volume morto (Está em 7,8%).

Quando chegar a 29,1% (18,5 + 10,6), recuperou a 1ª cota do volume morto e chegaremos a 0% do volume útil.

 

Se eu estiver errado, por favor podem me corrigir.

 

--------

E.T.: A velocidade da subida depende, além da água que continua sendo retirada, do aumento da vazão dos rios que alimentam o sistema.

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Acho que é o seguinte:

Quando chegar a 18,5%, recuperou a 2ª cota do volume morto (Está em 7,8%).

Quando chegar a 29,1% (18,5 + 10,6), recuperou a 1ª cota do volume morto e chegaremos a 0% do volume útil.

 

Se eu estiver errado, por favor podem me corrigir.

 

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E.T.: A velocidade da subida depende, além da água que continua sendo retirada, do aumento da vazão dos rios que alimentam o sistema.

 

Oi Aldo. Acredito que na verdade a segunda cota do volume morto seja os 10,6% e a primeira cota os 18,5%. Mas de qualquer forma é preciso chegar aos 29,1% para enfim, voltarmos ao volume útil.

 

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O Cantareira já acumula uma alta de 0,6% nesse ano e 2,6% em fevereiro.

Já esperava essa alta de 0,5% hoje por lá.

 

EDIT: Na verdade o mês acumula uma alta de 2,8% já que começou com 5%.

Edited by Guest
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Montei uma tabela com os dados disponíveis na Sabesp de 2003 a 2014 para visualizar melhor a dinâmica do Cantareira e ter uma ideia do que se esperar ao longo do ano.

 

Eu coletei os dados do volume armazenado nos dias 1º e 15 de cada mês e a precipitação acumulada mensal. Já incluí em todos os meses anteriores aos acréscimos por volume morto os valores correspondentes (por isso os maiores valores ultrapassam 120%). Na última linha aparece o balanço anual (diferença entre os dias 01/jan de um ano e outro) e o total de chuvas. Em cada quinzena eu também coloco um sinal indicando se o volume aumentou ou diminuiu em relação à quizena anterior.

 

A partir dos dados, eu destaquei qual foi a data em cada ano que o sistema parou de subir e começou a cair (células com borda espessa). Dá pra notar que, como já é de conhecimento comum, na maioria dos casos o sistema atinge o máximo em meados de abril, e nos anos com outono/inverno mais chuvosos que o normal chega a haver aumento do volume até junho ou julho, como ocorreu em 2004, 2005, 2008 e 2012. Em alguns anos também acontece de subir até fevereiro, cair um pouco ou ficar mais ou menos constante e depois subir novamente até o meio do ano (2007, 2010, 2011, 2012). Lembrando que os dados são de 15 em 15 dias, então não necessariamente são o máximo ou mínimo de cada período.

 

cantareira2003_2014.png

Obs: os dados de fevereiro consideram o acumulado de chuvas até hoje apenas.

 

Bom, com base nesses dados dos últimos 12 anos, eu fiz uma projeção para este ano considerando 3 cenários:

 

- um cenário catastrófico apocalíptico mega master desastre, em que eu peguei as piores quedas que ocorreram quinzenalmente e os menores valores de precipitação registrados em cada mês entre 2003 e 2014.

 

- um cenário de milagre dilúvio alagamento total que pega os maiores aumentos quinzenais no volume e os maiores índices pluviométricos de cada mês nesses mesmos anos.

 

- e um cenário que pega a média do que ocorreu em cada quinzena/mês de 2003 a 2014.

 

Eis os resultados:

 

cantareira_projecao2015.png

 

Como estes cenários não levam em conta um racionamento e nem o fato de estar sendo retirada uma quantidade bem menor de água por segundo do que era comum até antes da crise, eu apostaria que o mais provável seja uma situação talvez a ¼ ou ⅓ do caminho entre o cenário médio e o melhor se as condições atuais se mantiverem. Lembrando sempre do saldo negativo do volume morto que precisa ser preenchido para chegar ao 0% de fato. E levando em conta também que não chegaria a -55% no pior cenário, seria 0, e não teria que subir todos esses 55% para voltar a ficar positivo, é só para ter uma noção da dimensão das quedas.

 

Eu fiz também um gráfico relacionando a precipitação com a variação mensal no volume armazenado em pontos percentuais. Aqui a variabilidade é bem grande, já teve meses em que choveu menos de 50mm e o sistema subiu e meses em que choveu mais de150mm e o volume caiu, mas dá estimar que no geral precisa de pelo menos 100mm no mês para o nível subir (isso baseado no que ocorria quando eram captados cerca de 30m³/s).

 

cantareira_prec_vol_mensal.png

http://i.imgur.com/Xye62fj.png'>http://i.imgur.com/Xye62fj.png

 

http://i.imgur.com/Xye62fj.png

 

Renan, (rnkp%$%¨) como achei baixa a correlação entre a precipitação no sistema Cantareira e o volume acumulado.

 

Assim, a vazão agora é 12, alguma coisa aproximadamente um terço do operacional que é algo ao redor de 38 m³ por segundo.

 

Minha conclusão a situação é muito pior que eu pensava (interprete assim, " é como se a chuva DJF fosse apenas um terço do registrado).

 

Esperando alguma atualização do Renan Londrina ou Paraná.

 

Abraços

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Renan, (rnkp%$%¨) como achei baixa a correlação entre a precipitação no sistema Cantareira e o volume acumulado.

 

Assim, a vazão agora é 12, alguma coisa aproximadamente um terço do operacional que é algo ao redor de 38 m³ por segundo.

 

Minha conclusão a situação é muito pior que eu pensava (interprete assim, " é como se a chuva DJF fosse apenas um terço do registrado).

 

Esperando alguma atualização do Renan Londrina ou Paraná.

 

Abraços

 

Olá, Mafili! Realmente, a correlação é baixa, imagino eu que principalmente porque a precipitação divulgada diariamente é resultado, como o Daniel falou, de

(...) pancadas isoladas que acabaram acertando o alvo, que no caso é o pluviômetro da SABESP.

Enquanto que a variação do volume acumulado vai depender do que chove nos cerca de 2.300 Km² das bacias hidrográficas que alimentam o sistema.

 

Não sabia também que a captação estava tão baixa assim, sinal que realmente a coisa tá feia mesmo com essa recente melhora. Do começo do mês até agora o volume armazenado aumentou 3,3 p.p. Até o final de abril ainda precisa subir 31,4 para a situação ficar tão desesperadora como estava em 01/mai do ano passado. Será que dá?

 

Abraços esperançosos!

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Renan, (rnkp%$%¨) como achei baixa a correlação entre a precipitação no sistema Cantareira e o volume acumulado.

 

Assim, a vazão agora é 12, alguma coisa aproximadamente um terço do operacional que é algo ao redor de 38 m³ por segundo.

 

Minha conclusão a situação é muito pior que eu pensava (interprete assim, " é como se a chuva DJF fosse apenas um terço do registrado).

 

Esperando alguma atualização do Renan Londrina ou Paraná.

 

Abraços

 

Olá, Mafili! Realmente, a correlação é baixa, imagino eu que principalmente porque a precipitação divulgada diariamente é resultado, como o Daniel falou, de

(...) pancadas isoladas que acabaram acertando o alvo, que no caso é o pluviômetro da SABESP.

Enquanto que a variação do volume acumulado vai depender do que chove nos cerca de 2.300 Km² das bacias hidrográficas que alimentam o sistema.

 

Não sabia também que a captação estava tão baixa assim, sinal que realmente a coisa tá feia mesmo com essa recente melhora. Do começo do mês até agora o volume armazenado aumentou 3,3 p.p. Até o final de abril ainda precisa subir 31,4 para a situação ficar tão desesperadora como estava em 01/mai do ano passado. Será que dá?

 

Abraços esperançosos!

 

Sim. Isso que eu quis dizer. Há outras variáveis que também influenciam a recuperação do sistema como temperatura do ar, índice de insolação, umidade relativa do ar, disponibilidade de água no solo.

 

Com essas variáveis, crio 2 hipóteses:

1ª-)Um mês com 100 mm acumulado de chuva, sendo que elas são mais generalizadas. Nesse mês, as temperaturas ficariam bem mais comportadas, o número de horas de sol não seria tão grande e a umidade relativa do ar ficaria bem alta no período da tarde.

2ª-)Um mês com 200 mm acumulado de chuva, sendo que a maioria delas são isoladas e acabam tendo a sorte de acertar o pluviômetro da SABESP. Esse mês teria temperaturas bem altas com muitas horas de sol e umidade que não ficaria tão alta durante a tarde.

 

Assim, eu acabo concluindo de que a primeira hipótese seria muito mais benéfica para o Cantareira do que a segunda.

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Não sabia também que a captação estava tão baixa assim, sinal que realmente a coisa tá feia mesmo com essa recente melhora. Do começo do mês até agora o volume armazenado aumentou 3,3 p.p. Até o final de abril ainda precisa subir 31,4 para a situação ficar tão desesperadora como estava em 01/mai do ano passado. Será que dá?

 

Para mim, o mais chocante é que esse valor de recuperação até o momento (3,3%) dá uma idéia da baixíssima quantidade de água restante no sistema, pois ele já representa um aumento de 66% sobre a quantidade de água que havia lá no começo do mês. Também deve ficar claro que o aumento real é maior, visto que a água continua a ser consumida pela população, mas ainda assim...

 

Postei essa figura ontem no tópico de monitoramento: estimativa da variação de armazenamento de água na superfície (ou profundidade da água acima do solo em mm), medida pontual para a Represa do Jaguari dos últimos 30 dias. Ela mostra que há uma área bastante considerável a ser ocupada pela água ainda para que as chuvas consigam trazer aumentos expressivos no nível da represa.

 

aw4a6g.jpg

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Outro sistema que está com severas dificuldades para se recuperar é o Alto Tietê. Justamente ele que poderia abastecer mais bairros atualmente servidos pelo Cantareira

 

Hoje subiu de 14,6 para 15,2%, já considerando alguma coisa de volume morto. Na mesma data do ano passado estava com 40,3%, e em 17/02/2013 tinha 58,4%.

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Que notícia maravilhosa essa! Ainda bem que a próxima ASAS vai ser tiro curto e assim mais chuvas para o Rio Piracicaba e também outros do estado paulista.

Deu um aperto ao ter visto no ano passado vários peixes mortos por causa da pouca quantidade de água no rio, causa da falta de chuva no verão 2014.

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Talvez esse ano seja realmente melhor Daniel.

Apesar de ser ainda muito cedo para olhar os modelos para meses mais distantes, por curiosidade, parece que se desenha pelo menos uma tendência de chuvas acima da média no sudeste.

Seria realmente bom para compensar 2014. Vamos acompanhar para ver se realmente acontece.

 

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Talvez esse ano seja realmente melhor Daniel.

Apesar de ser ainda muito cedo para olhar os modelos para meses mais distantes, por curiosidade, parece que se desenha pelo menos uma tendência de chuvas acima da média no sudeste.

Seria realmente bom para compensar 2014. Vamos acompanhar para ver se realmente acontece.

 

Tomara que se confirme. Eu me lembro que em dezembro do ano passado comentaram aqui que o CFS indicava um outono/inverno mais úmido no sudeste e pelo visto a previsão está se mantendo, o que é excelente.

O que talvez possa ser um problema é que no começo do ano passado, os modelos de longo prazo indicavam também um outono-inverno mais úmido no sudeste. Só que não se confirmou. Apenas julho que choveu bem acima da média em alguns locais do SE durante aquela forte frente fria no final do mês. Naquela ocasião, o Cantareira e todo o leste paulista ficaram de fora das chuvas provocadas por esse sistema.

 

Até me recordo de uma rodada do CFS na primeira quinzena de abril que chegava a pegar parte de maio com muitíssima chuva na metade sul do sudeste. Chegava até a parecer que teríamos uma ZCAS fora de época. Não se confirmou.

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Música para acompanhar essa bela foto:

 

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