Gabriel Nogeira Posted July 20, 2024 at 07:00 PM Share Posted July 20, 2024 at 07:00 PM Tem pouca coisa relacionada a onda de frio de 1975 se algum meterologista tiver dados das temperaturas máximas e mínimas daquele dia botar no tópico por favor ? 1 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 20, 2024 at 07:05 PM Author Share Posted July 20, 2024 at 07:05 PM Em 20/07/2024 em 16:00, Gabriel Nogeira disse: Tem pouca coisa relacionada a onda de frio de 1975 se algum meterologista tiver dados das temperaturas máximas e mínimas daquele dia botar no tópico por favor ? onda de frio de julho de 1975 foi realmente intensa, embora oficialmente a mais forte onda de frio que atingiu o território brasileiro foi a de 1955. As geadas do dia 18 de julho de 75, dizimaram praticamente todos os cafezais do estado do Paraná, e estima-se que 1,05 milhões de hectares foram perdidos no estado, e 300 mil cafeeiros, a maioria pequenos produtores tiveram prejuízos totais em suas lavouras devido a destrutiva "geada negra", registrada em grande escala, e a pecuária paranaense também teve grandes danos, e o estado de SP e sul de MG também registrou muitos prejuízos devido as fortissímas geadas, e essa onda de frio foi tão intensa e extensa que chegou a atravessar a linha do Equador!, chegando até o estado de Roraima, e parte da Venezuela, e nesse mesmo dia a friagem foi sentida em vários pontos da região , como em Rio Branco/AC onde a mínima no aeroporto da cidade foi de apenas 6ºC, e a máxima de 23ºC, e na capital de Rondônia, Porto Velho, nesse dia 19 a mínima foi de apenas 6ºC no aeroclube da cidade, e em Vilhena/RO mais frio ainda, com mínima de apenas 3,4ºC( recorde de frio absoluto no local).E voltando ao estado do Paraná, as temperaturas no dia 18 de julho de 1975, realmente foram surpreendentes, e os aeroportos do estado registraram nesse dia as seguintes temperaturasmín -5ºC/máx 11ºC Londrina mín -2ºC/14ºC Curitiba mín-5ºCo SIMEPAR registrou nesse dia na capital paranaense, temperatura mínima de congelantes -6ºC. . E nesse dia 18 de julho as temperaturas foram geladas em várias áreas do país, e os aeroportos de algumas cidades registraram as seguintes temperaturas: Cidade temperaturas mínima/máxima: Goiânia/GO 5ºC/18ºC, Santos/SP 8ºC/13ºC Florianópolis/SC 3ºC/16ºC Guarulhos(Cumbica) 2ºC/13ºC Galeão/RJ 13ºC/23ºC Campos dos Afonsos/RJ 12ºC/16ºC São José dos Campos/SP 4ºC/14ºC Manaus/AM 18ºC/27ºC Santa Maria/RS 1ºC/10ºCNo dia seguinte, dia 19, conforme mencionei antes as temperaturas também foram baixas, e os aeroportos registraram: Guarulhos(Cumbica) 1ºC/15ºC Florianópolis/SC -1ºC/18ºC Galeão/RJ 11ºC/19ºC Foz do Iguaçu/PR -2ºC/19ºC São José dos Campos -1C/17C Cuiabá/MT 5ºC/16ºC Santa Maria/RS - 3ºC/13ºC Curitiba -4ºC/20ºC Barbacena/MG 6ºC/12ºC Campo Grande/MS 0ºC/17ºC. Agora vejam dados das estações convencionais do INMET entre os dias 17 e 19 de julho de 1975. Campo Mourão/PR Mín 19/07/1975 -2,2ºC 18/07/1975 -7,1ºC 17/07/1975 -2,7ºCCastro/PR Máx Mín 19/07/1975 12,1ºC -2,8ºC 18/07/1975 11,1ºC -5,9ºC 17/07/1975 7,7ºC -2,3ºC Curitiba Máx Mín 19/07/1975 11,9ºC 1,3ºC 18/07/1975 10,2ºC -5,1ºC 17/07/1975 8,7ºC -0,5ºC Campo Grande/MS Máx Mín 19/07/1975 17,5ºC 0,7ºC 18/07/1975 11,9ºC -3,4ºC 17/07/1975 9,2ºC 1,8ºC Corumbá/MS Máx Mín 19/07/1975 18,7ºC 4,0ºC 18/07/1975 14,4ºC 1,4ºC 17/07/1975 13,4ºC 7,3ºC Caceres/MT Máx Mín 19/07/1975 22,5ºC 2,1ºC 18/07/1975 15,3ºC 4,0ºC 17/07/1975 14,0ºC 7,3ºC Presidente Prudente/SP Máx Mín 19/07/1975 19,1ºC 3,6ºC 18/07/1975 13,2ºC -1,8ºC 17/07/1975 12,2ºC 2,6ºC Catanduva/SP Máx Mín 19/07/1975 22,9ºC 3,2ºC 18/07/1975 14,3ºC 0,3ºCIguape/SP Máx Mín 19/07/1975 13,7ºC 8,8ºC 18/07/1975 ? 3,2ºC 17/07/1975 16,0ºC 5,2ºC São Paulo/SP( Mirante de Santana) Máx Mín 19/07/1975 14,5ºC 3,2ºC 18/07/1975 11,6ºC 1,5ºC 17/07/1975 16,6ºC 5,0ºC Vale destacar também o recorde de frio em Brasília, onde no dia 18 de julho de 1975 foi registrada a menor temperatura da história com 1,6ºC, segundo o INMET. Em Guarapuava no Paraná, a mínima foi de -10,0ºC negativos, recorde absoluto de frio no munícipio, e em Palmas também no sul do Paraná, o INMET registrou um frio mais extremo ainda, com impressionantes -11,5ºC. E nesse julho de 1975, vale destacar o ocorrência de neve em quase toda região Sul no dia 17, inclusive em Curitiba, com ocorrências raríssimas desse fenômeno, onde aconteceu até no oeste e centro paranaense, e região sul de MS, nevou também como em Ponta Porã e no sul paulista, especialmente em Apiaí.OBS: Em Curitiba a máxima de 8,7°C no dia 17, corresponde a medição entre às 09hs da manhã do dia 16, e às 9hs da manhã do dia 17, tendo em vista que no decorrer do dia 17, devido a neve, a temperatura só foi caindo durante o dia, a ponto de a mínima ter sido de -5,1°C, segundo o INMET, e de -6°C segundo o Simepar, pra que fique bem claro essa mínima de -5,1°C foi registrada no período de 24 hs entre às 9hs da manhã do dia 17, e às 9hs da manhã do dia 18. 3 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Alberto Hanauer Posted July 20, 2024 at 07:47 PM Share Posted July 20, 2024 at 07:47 PM Em 20/07/2024 em 16:05, Gabriel Nogeira disse: onda de frio de julho de 1975 foi realmente intensa, embora oficialmente a mais forte onda de frio que atingiu o território brasileiro foi a de 1955. As geadas do dia 18 de julho de 75, dizimaram praticamente todos os cafezais do estado do Paraná, e estima-se que 1,05 milhões de hectares foram perdidos no estado, e 300 mil cafeeiros, a maioria pequenos produtores tiveram prejuízos totais em suas lavouras devido a destrutiva "geada negra", registrada em grande escala, e a pecuária paranaense também teve grandes danos, e o estado de SP e sul de MG também registrou muitos prejuízos devido as fortissímas geadas, e essa onda de frio foi tão intensa e extensa que chegou a atravessar a linha do Equador!, chegando até o estado de Roraima, e parte da Venezuela, e nesse mesmo dia a friagem foi sentida em vários pontos da região , como em Rio Branco/AC onde a mínima no aeroporto da cidade foi de apenas 6ºC, e a máxima de 23ºC, e na capital de Rondônia, Porto Velho, nesse dia 19 a mínima foi de apenas 6ºC no aeroclube da cidade, e em Vilhena/RO mais frio ainda, com mínima de apenas 3,4ºC( recorde de frio absoluto no local).E voltando ao estado do Paraná, as temperaturas no dia 18 de julho de 1975, realmente foram surpreendentes, e os aeroportos do estado registraram nesse dia as seguintes temperaturasmín -5ºC/máx 11ºC Londrina mín -2ºC/14ºC Curitiba mín-5ºCo SIMEPAR registrou nesse dia na capital paranaense, temperatura mínima de congelantes -6ºC. . E nesse dia 18 de julho as temperaturas foram geladas em várias áreas do país, e os aeroportos de algumas cidades registraram as seguintes temperaturas: Cidade temperaturas mínima/máxima: Goiânia/GO 5ºC/18ºC, Santos/SP 8ºC/13ºC Florianópolis/SC 3ºC/16ºC Guarulhos(Cumbica) 2ºC/13ºC Galeão/RJ 13ºC/23ºC Campos dos Afonsos/RJ 12ºC/16ºC São José dos Campos/SP 4ºC/14ºC Manaus/AM 18ºC/27ºC Santa Maria/RS 1ºC/10ºCNo dia seguinte, dia 19, conforme mencionei antes as temperaturas também foram baixas, e os aeroportos registraram: Guarulhos(Cumbica) 1ºC/15ºC Florianópolis/SC -1ºC/18ºC Galeão/RJ 11ºC/19ºC Foz do Iguaçu/PR -2ºC/19ºC São José dos Campos -1C/17C Cuiabá/MT 5ºC/16ºC Santa Maria/RS - 3ºC/13ºC Curitiba -4ºC/20ºC Barbacena/MG 6ºC/12ºC Campo Grande/MS 0ºC/17ºC. Agora vejam dados das estações convencionais do INMET entre os dias 17 e 19 de julho de 1975. Campo Mourão/PR Mín 19/07/1975 -2,2ºC 18/07/1975 -7,1ºC 17/07/1975 -2,7ºCCastro/PR Máx Mín 19/07/1975 12,1ºC -2,8ºC 18/07/1975 11,1ºC -5,9ºC 17/07/1975 7,7ºC -2,3ºC Curitiba Máx Mín 19/07/1975 11,9ºC 1,3ºC 18/07/1975 10,2ºC -5,1ºC 17/07/1975 8,7ºC -0,5ºC Campo Grande/MS Máx Mín 19/07/1975 17,5ºC 0,7ºC 18/07/1975 11,9ºC -3,4ºC 17/07/1975 9,2ºC 1,8ºC Corumbá/MS Máx Mín 19/07/1975 18,7ºC 4,0ºC 18/07/1975 14,4ºC 1,4ºC 17/07/1975 13,4ºC 7,3ºC Caceres/MT Máx Mín 19/07/1975 22,5ºC 2,1ºC 18/07/1975 15,3ºC 4,0ºC 17/07/1975 14,0ºC 7,3ºC Presidente Prudente/SP Máx Mín 19/07/1975 19,1ºC 3,6ºC 18/07/1975 13,2ºC -1,8ºC 17/07/1975 12,2ºC 2,6ºC Catanduva/SP Máx Mín 19/07/1975 22,9ºC 3,2ºC 18/07/1975 14,3ºC 0,3ºCIguape/SP Máx Mín 19/07/1975 13,7ºC 8,8ºC 18/07/1975 ? 3,2ºC 17/07/1975 16,0ºC 5,2ºC São Paulo/SP( Mirante de Santana) Máx Mín 19/07/1975 14,5ºC 3,2ºC 18/07/1975 11,6ºC 1,5ºC 17/07/1975 16,6ºC 5,0ºC Vale destacar também o recorde de frio em Brasília, onde no dia 18 de julho de 1975 foi registrada a menor temperatura da história com 1,6ºC, segundo o INMET. Em Guarapuava no Paraná, a mínima foi de -10,0ºC negativos, recorde absoluto de frio no munícipio, e em Palmas também no sul do Paraná, o INMET registrou um frio mais extremo ainda, com impressionantes -11,5ºC. E nesse julho de 1975, vale destacar o ocorrência de neve em quase toda região Sul no dia 17, inclusive em Curitiba, com ocorrências raríssimas desse fenômeno, onde aconteceu até no oeste e centro paranaense, e região sul de MS, nevou também como em Ponta Porã e no sul paulista, especialmente em Apiaí.OBS: Em Curitiba a máxima de 8,7°C no dia 17, corresponde a medição entre às 09hs da manhã do dia 16, e às 9hs da manhã do dia 17, tendo em vista que no decorrer do dia 17, devido a neve, a temperatura só foi caindo durante o dia, a ponto de a mínima ter sido de -5,1°C, segundo o INMET, e de -6°C segundo o Simepar, pra que fique bem claro essa mínima de -5,1°C foi registrada no período de 24 hs entre às 9hs da manhã do dia 17, e às 9hs da manhã do dia 18. Haveria algum dado referente ao triângulo mineiro? 2 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 20, 2024 at 07:49 PM Author Share Posted July 20, 2024 at 07:49 PM Em 20/07/2024 em 16:05, Gabriel Nogeira disse: onda de frio de julho de 1975 foi realmente intensa, embora oficialmente a mais forte onda de frio que atingiu o território brasileiro foi a de 1955. As geadas do dia 18 de julho de 75, dizimaram praticamente todos os cafezais do estado do Paraná, e estima-se que 1,05 milhões de hectares foram perdidos no estado, e 300 mil cafeeiros, a maioria pequenos produtores tiveram prejuízos totais em suas lavouras devido a destrutiva "geada negra", registrada em grande escala, e a pecuária paranaense também teve grandes danos, e o estado de SP e sul de MG também registrou muitos prejuízos devido as fortissímas geadas, e essa onda de frio foi tão intensa e extensa que chegou a atravessar a linha do Equador!, chegando até o estado de Roraima, e parte da Venezuela, e nesse mesmo dia a friagem foi sentida em vários pontos da região , como em Rio Branco/AC onde a mínima no aeroporto da cidade foi de apenas 6ºC, e a máxima de 23ºC, e na capital de Rondônia, Porto Velho, nesse dia 19 a mínima foi de apenas 6ºC no aeroclube da cidade, e em Vilhena/RO mais frio ainda, com mínima de apenas 3,4ºC( recorde de frio absoluto no local).E voltando ao estado do Paraná, as temperaturas no dia 18 de julho de 1975, realmente foram surpreendentes, e os aeroportos do estado registraram nesse dia as seguintes temperaturasmín -5ºC/máx 11ºC Londrina mín -2ºC/14ºC Curitiba mín-5ºCo SIMEPAR registrou nesse dia na capital paranaense, temperatura mínima de congelantes -6ºC. . E nesse dia 18 de julho as temperaturas foram geladas em várias áreas do país, e os aeroportos de algumas cidades registraram as seguintes temperaturas: Cidade temperaturas mínima/máxima: Goiânia/GO 5ºC/18ºC, Santos/SP 8ºC/13ºC Florianópolis/SC 3ºC/16ºC Guarulhos(Cumbica) 2ºC/13ºC Galeão/RJ 13ºC/23ºC Campos dos Afonsos/RJ 12ºC/16ºC São José dos Campos/SP 4ºC/14ºC Manaus/AM 18ºC/27ºC Santa Maria/RS 1ºC/10ºCNo dia seguinte, dia 19, conforme mencionei antes as temperaturas também foram baixas, e os aeroportos registraram: Guarulhos(Cumbica) 1ºC/15ºC Florianópolis/SC -1ºC/18ºC Galeão/RJ 11ºC/19ºC Foz do Iguaçu/PR -2ºC/19ºC São José dos Campos -1C/17C Cuiabá/MT 5ºC/16ºC Santa Maria/RS - 3ºC/13ºC Curitiba -4ºC/20ºC Barbacena/MG 6ºC/12ºC Campo Grande/MS 0ºC/17ºC. Agora vejam dados das estações convencionais do INMET entre os dias 17 e 19 de julho de 1975. Campo Mourão/PR Mín 19/07/1975 -2,2ºC 18/07/1975 -7,1ºC 17/07/1975 -2,7ºCCastro/PR Máx Mín 19/07/1975 12,1ºC -2,8ºC 18/07/1975 11,1ºC -5,9ºC 17/07/1975 7,7ºC -2,3ºC Curitiba Máx Mín 19/07/1975 11,9ºC 1,3ºC 18/07/1975 10,2ºC -5,1ºC 17/07/1975 8,7ºC -0,5ºC Campo Grande/MS Máx Mín 19/07/1975 17,5ºC 0,7ºC 18/07/1975 11,9ºC -3,4ºC 17/07/1975 9,2ºC 1,8ºC Corumbá/MS Máx Mín 19/07/1975 18,7ºC 4,0ºC 18/07/1975 14,4ºC 1,4ºC 17/07/1975 13,4ºC 7,3ºC Caceres/MT Máx Mín 19/07/1975 22,5ºC 2,1ºC 18/07/1975 15,3ºC 4,0ºC 17/07/1975 14,0ºC 7,3ºC Presidente Prudente/SP Máx Mín 19/07/1975 19,1ºC 3,6ºC 18/07/1975 13,2ºC -1,8ºC 17/07/1975 12,2ºC 2,6ºC Catanduva/SP Máx Mín 19/07/1975 22,9ºC 3,2ºC 18/07/1975 14,3ºC 0,3ºCIguape/SP Máx Mín 19/07/1975 13,7ºC 8,8ºC 18/07/1975 ? 3,2ºC 17/07/1975 16,0ºC 5,2ºC São Paulo/SP( Mirante de Santana) Máx Mín 19/07/1975 14,5ºC 3,2ºC 18/07/1975 11,6ºC 1,5ºC 17/07/1975 16,6ºC 5,0ºC Vale destacar também o recorde de frio em Brasília, onde no dia 18 de julho de 1975 foi registrada a menor temperatura da história com 1,6ºC, segundo o INMET. Em Guarapuava no Paraná, a mínima foi de -10,0ºC negativos, recorde absoluto de frio no munícipio, e em Palmas também no sul do Paraná, o INMET registrou um frio mais extremo ainda, com impressionantes -11,5ºC. E nesse julho de 1975, vale destacar o ocorrência de neve em quase toda região Sul no dia 17, inclusive em Curitiba, com ocorrências raríssimas desse fenômeno, onde aconteceu até no oeste e centro paranaense, e região sul de MS, nevou também como em Ponta Porã e no sul paulista, especialmente em Apiaí.OBS: Em Curitiba a máxima de 8,7°C no dia 17, corresponde a medição entre às 09hs da manhã do dia 16, e às 9hs da manhã do dia 17, tendo em vista que no decorrer do dia 17, devido a neve, a temperatura só foi caindo durante o dia, a ponto de a mínima ter sido de -5,1°C, segundo o INMET, e de -6°C segundo o Simepar, pra que fique bem claro essa mínima de -5,1°C foi registrada no período de 24 hs entre às 9hs da manhã do dia 17, e às 9hs da manhã do dia 18. O MAPA DA NEVE NO SUL DO BRASIL E AS MEMÓRIAS DO FREEZER DE 1975 A reprodução em parte dos conteúdos da MetSul é autorizada desde que citada a fonte e publicado o hyperlink para o original https://metsul.com/o-mapa-da-neve-no-sul-do-brasil-e-as-memorias-do-freezer-de-1975/ .A semana que começa promete ser histórica na climatologia do Sul do Brasil com uma das mais intensas ondas de frio dos últimos anos na nossa região. O frio será extremo e deve gear forte em um grande número de localidades, mas, como é natural neste tipo de evento, seja aqui ou no exterior, a maior expectativa meteorológica é sempre pela neve, fenômeno que desperta um enorme interesse do público mesmo nos países acostumados ao fenômeno. Para os meteorologistas, não deixa de ser um drama de prognóstico. E não é “choro”. Em artigo intitulado “The science of snow prediction” (ABC News), o então diretor do Centro de Previsão Hidrometeorológica do NOAA, o órgão do governo dos Estados Unidos de previsão do tempo A reprodução em parte dos conteúdos da MetSul é autorizada desde que citada a fonte e publicado o hyperlink para o original https://metsul.com/o-mapa-da-neve-no-sul-do-brasil-e-as-memorias-do-freezer-de-1975/ .Não existe certeza no vocabulário da Meteororologia. Meteorologista algum pode tomar como certo um fato. A possibilidade de nevar neste evento no Sul do Brasil, entretanto, nos parece muito grande e como poucas vezes se viu. O que não está claro ainda é qual será a abrangência real do fenômeno e sua força, e nestes quesitos residem o drama dos prognósticos. Uma certeza, porém, tenho. Este tipo de evento terá surpresas. Sempre há surpresas nestes episódios de erupções polares poderosas, ainda mais uma de natureza tão intensa e continental com o gelo tomando conta do “Poço dos Andes” e extensa área da América do Sul tomada pelo ar gelado. Para tentar antecipar o máximo possível todo o cenário e estas surpresas, A reprodução em parte dos conteúdos da MetSul é autorizada desde que citada a fonte e publicado o hyperlink para o original https://metsul.com/o-mapa-da-neve-no-sul-do-brasil-e-as-memorias-do-freezer-de-1975/ .Sempre há surpresas nestes episódios de erupções polares poderosas, ainda mais uma de natureza tão intensa e continental com o gelo tomando conta do “Poço dos Andes” e extensa área da América do Sul tomada pelo ar gelado. Para tentar antecipar o máximo possível todo o cenário e estas surpresas, trabalha-se com o que há de mais moderno no mundo hoje em tecnologia que são os modelos numéricos, mas a regra de experiência (no meu caso de 40 anos) ainda tem seu valor. Vejamos o que os modelos indicam de neve, a começar pelo modelo meteorológico do Centro Europeu, reputado como o melhor do mundo por quase todos meteorologistas do planeta. A reprodução em parte dos conteúdos da MetSul é autorizada desde que citada a fonte e publicado o hyperlink para o original https://metsul.com/o-mapa-da-neve-no-sul-do-brasil-e-as-memorias-do-freezer-de-1975/ .X Uma empresa do Rio Grande do Sul Anúncios O MAPA DA NEVE NO SUL DO BRASIL E AS MEMÓRIAS DO FREEZER DE 1975 Autor: METSUL.COM 20/07/2013 - 20:46 Compartilhar: Anúncios A semana que começa promete ser histórica na climatologia do Sul do Brasil com uma das mais intensas ondas de frio dos últimos anos na nossa região. O frio será extremo e deve gear forte em um grande número de localidades, mas, como é natural neste tipo de evento, seja aqui ou no exterior, a maior expectativa meteorológica é sempre pela neve, fenômeno que desperta um enorme interesse do público mesmo nos países acostumados ao fenômeno. Para os meteorologistas, não deixa de ser um drama de prognóstico. E não é “choro”. Em artigo intitulado “The science of snow prediction” (ABC News), o então diretor do Centro de Previsão Hidrometeorológica do NOAA, o órgão do governo dos Estados Unidos de previsão do tempo e clima, afirma que a previsão de neve é a mais difícil e complicada existente para quem faz previsão. James Hoke afirma que para prever neve os meteorologistas precisam responder a “perguntas sem fim”, incluindo quando irá começar a nevar, quando vai parar, se vai ser forte, qual será a temperatura no solo e na atmosfera, e se chuva, gelo ou neve cairão do céu. O artigo diz que podem existir vários fatores “enganadores”. O uso de modelos numéricos equivocados pode “liquidar” com a previsão. E, ainda, existem diversos fatores imprevisíveis que podem surgir e arrasar com as idéias dos prognosticadores. Não existe certeza no vocabulário da Meteororologia. Meteorologista algum pode tomar como certo um fato. A possibilidade de nevar neste evento no Sul do Brasil, entretanto, nos parece muito grande e como poucas vezes se viu. O que não está claro ainda é qual será a abrangência real do fenômeno e sua força, e nestes quesitos residem o drama dos prognósticos. Uma certeza, porém, tenho. Este tipo de evento terá surpresas. Sempre há surpresas nestes episódios de erupções polares poderosas, ainda mais uma de natureza tão intensa e continental com o gelo tomando conta do “Poço dos Andes” e extensa área da América do Sul tomada pelo ar gelado. Para tentar antecipar o máximo possível todo o cenário e estas surpresas, trabalha-se com o que há de mais moderno no mundo hoje em tecnologia que são os modelos numéricos, mas a regra de experiência (no meu caso de 40 anos) ainda tem seu valor. Vejamos o que os modelos indicam de neve, a começar pelo modelo meteorológico do Centro Europeu, reputado como o melhor do mundo por quase todos meteorologistas do planeta. O modelo Europeu indica neve nos três estados do Sul. No Rio Grande do Sul mais na Serra e nos Aparados, além do Norte do Planalto Médio e do Alto Uruguai. Para Santa Catarina indica neve na maioria das regiões, mesmo no Oeste e no Planalto Norte. E no Paraná, segundo o modelo, a neve seria muito abrangente, atingindo grande parte do Centro e do Leste do Estado, o Planalto de Palmas, a região de Guarapuava e até mesmo a capital Curitiba e sua região metropolitana. Já o modelo operacional norte-americano GFS (projeções abaixo) segue a mesma linha do modelo Europeu em indicar entre esta segunda-feira e a terça a ocorrência de neve primeiro entre o Norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina com posterior avanço do fenômeno por Santa Catarina, atingindo áreas extensas do Paraná na sequência. A diferença do modelo americano é que ele aponta um evento de neve mais abrangente, até mesmo porque o modelo Europeu no seu campo de neve tende a ser mais conservador. O modelo operacional GFS do NCEP/NOAA apontou ainda em suas últimas saídas chances de nevar no Noroeste gaúcho, Alto Jacuí, Médio e Alto Uruguai, Serra e Aparados da Serra, Campanha, Sul, Serra do Sudeste, Centro-Serra e até em pontos próximos da Grande Porto Alegre. Ou seja, é o mais agressivo na projeção de neve com indicativo do fenômeno na maioria das regiões gaúchas. Outra diferença é que enquanto na terça-feira o Europeu concentra a neve no Paraná e Santa Catarina, o norte-americano indica justo para este dia a possibilidade da neve ser mais ampla no Rio Grande do Sul, acompanhando o avanço de nebulosidade de Sul, do Uruguai, o que também é apontado por outros modelos numéricos. O que se extrai destas projeções. Primeiro, parece muito crível que as condições vão estar postas para um evento de neve nos três estados do Sul do Brasil, logo abrangente e de rara ocorrência. Segundo, os dados são altamente sugestivos de acumulação (este o pior aspecto de se prognosticar), com possibilidade da neve acumular até valores expressivos em alguns pontos, especialmente porque se espera “drifting” (efeito do vento que faz com que a neve precipitada se acumule mais em obstáculos). Terceiro, a neve tende a cair em locais não indicados pelo modelo Europeu, ou seja, o potencial é da neve ter um caráter mais abrangente, tal qual sinalizado pelo modelo americano. Quarto, o potencial de neve parece ser maior para Santa Catarina e o Paraná com a maior umidade na região. A tendência é de alta probabilidade de neve em locais acima de 1000 metros de altitude, média a alta em pontos entre 500 e 1000 metros de altitude (maior parte da Metade Norte do Rio Grande do Sul e grande parte de Santa Catarina e do Sul e Leste do Paraná), pequena a média entre 200 e 500 metros de altitude, e baixa ao nível do mar, excetuando-se áreas próximas ao nível do mar no Sul e parte do Leste do Rio Grande do Sul. A cota de neve em altura vai estar muito baixa segunda e terça-feira, consequência de uma atmosfera extremamente fria com temperatura de até 25ºC abaixo de zero no nível de 500 hPa sobre o Estado (abaixo), o que contribui para gerar perturbação termodinâmica na atmosfera, acentuando a chance de neve. Ademais, haverá vento muito forte entre segunda e terça-feira, o que induz levantamento do ar frio, formação de nuvens e pode trazer a neve em nossas áreas de relevo (neve orográfica). Os modelos computadorizados mais usados no mundo pela Meteorologia, como se viu, apontam a possibilidade de nevar na cidade de Curitiba, fato que seria inédito na capital paranaense desde 17 de julho de 1975. A simples perspectiva traz à memória a onda de frio histórica de 1975. Foi um evento catastrófico pelo impacto econômico da geada e mudou o perfil da economia do Paraná. Quando a geada atingiu os cafezais paranaenses em 1975, a colheita já tinha acabado. O Paraná havia colhido 10,2 milhões de sacas, 48% da produção brasileira. No ano seguinte, conforme sites especializados, a produção foi de 3,8 mil sacas. Nenhum grão chegou a ser exportado e a participação paranaense na produção brasileira caiu para só 0,1%. Onda de frio da segunda quinzena de julho de 1975 foi catástrofe e dizimou cafezais no Paraná (foto de divulgação) A memorável e histórica onda de frio de julho de 1975 foi uma das mais poderosas de toda a segunda metade do século XX no Sul do Brasil. Nevou nos três estados do Sul e em muitos locais onde o fenômeno é raro. Foz do Iguaçu, por exemplo, teve neve e a temperatura caiu a 3,5ºC abaixo de zero. A neve caiu em diversas regiões gaúchas, do Sul ao Norte do Estado. A temperatura caiu a valores negativos na capital paulista e chegou a 10ºC abaixo de zero no Planalto de Palmas, no Paraná. Imagem de satélite da manhã que nevou em Curitiba em 1975 e projeção de precipitação do modelo Europeu para a noite de segunda-feira mostram cenário semelhante As características sinóticas com 1975 não são idênticas, mas são muito parecidas. Tal qual em 1975, será uma erupção de ar polar muito continental, com centro de alta pressão no Norte da Argentina. Em 17 de julho de 1975, quando nevou em Curitiba, a “alta” estava pouco mais ao Norte que se prevê para entre segunda e terça-feira, quando pode nevar no Paraná. Este posicionamento mais ao Norte contribui para maior advecção fria no Sudeste do Brasil do que se antecipa para agora. Outro aspecto da onda de frio de 1975 e que motivou trabalhos sobre o Poço dos Andes, o avanço de ar polar continental a Leste dos Andes, foi que há 38 anos o ar frio avançou tanto ao Norte que conseguiu cruzar a linha do Equador, trazendo forte friagem na região amazônica. Desta vez é uma possibilidade que o ar frio possa chegar até ao Equador, afinal os modelos indicam que a incursão seria tão continentalizada que atingiria Bolívia, Peru é até mesmo o Sul da Colômbia, o que é incrível! Colunas de previsão do Jornal do Brasil de 17, 18 e 19 de julho de 1975 com cartas sinóticas e satélite O que peço a todos é a compreensão que nenhuma onda histórica de frio é igual à outra. Cada uma possui sua própria “impressão digital”. Como apaixonados pelo clima que somos, sempre buscamos analogias para tentar melhor entender o que pode ocorrer, o que é correto e um excelente caminho. A história desta onda de frio, contudo, ainda não foi escrita e jamais se pode ter a pretensão de querer escrevê-la antes de acontecer. Todos os melhores análogos da história não dirão com precisão absoluta o que ocorrerá. Os dias que se avizinham, para quem é aficionado por Meteorologia ou é profissional da área, podem ser inesquecíveis. E, como disse, com surpresas que nossos melhores esforços e nossas melhores tecnologias falham em antecipar. (Colaboraram Marcelo Albieri e Vinícius Lucyrio, com Alexandre Aguiar na pesquisa histórica) SOBRE O AUTOR MetSul.Com MetSul.com é a plataforma de notícias, previsões e dados da MetSul Meteorologia com uma equipe de meteorologistas e jornalistas. Você pode enviar suas sugestões de pauta e interagir em nossas redes sociais. PREVISÃO DO TEMPO PARA A SUA CIDADE BUSCAR ANTERIORSábado com frio abaixo de zero no Uruguai e no Sul do EstadoPRÓXIMOTormenta de invierno con viento intenso, muy frio y chance de nieve ACESSO ASSINANTE ENTRAR Perdi minha senha ANÚNCIOS Anúncios MAIS LIDAS 1 O que esperar do inverno depois da grande onda de frio de 2024 2 Raro evento na Antártida pode impactar o clima nas próximas semanas 3 Calor intenso atingirá várias regiões do Brasil em longo periodo quente 4 Previsão do tempo: semana será radicalmente diferente da última 5 Como estará o clima no Centro-Sul do Brasil na segunda metade de julho ANÚNCIOS Anúncios ANÚNCIOS Anúncios FALE COM A METSUL (51) 3533 1983 | (51)3785 7752 | comercial@metsul.com © 2024 Metsul.com | Desenvolvido pela Quater A reprodução em parte dos conteúdos da MetSul é autorizada desde que citada a fonte e publicado o hyperlink para o original https://metsul.com/o-mapa-da-neve-no-sul-do-brasil-e-as-memorias-do-freezer-de-1975/ . 2 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 20, 2024 at 07:52 PM Author Share Posted July 20, 2024 at 07:52 PM Notícias Comércio Consumo Curiosidades English Español Estatísticas Mais Café Mercado Produção Tecnologias Type your search query and hit enter: Type Here Revista Cafeicultura - Todos os direitos reservados REVISTA CAFEICULTURA Type your search query and hit enter: Type Here Notícias Vídeos Cotações Newsletter INÍCIOMAIS CAFÉ ESPECIAISMAIS CAFÉ ESPECIAL – 35 ANOS DA GEADA DE 1975 – Entenda o que foi a Geada Negra que dizimou todas as plantações de café do Paraná No dia 18 de julho de 1975, uma forte geada dizimou todas as plantações de café do Paraná, o que provocou o êxodo de cerca de 2,6 milhões de pessoas. PUBLICADO POR Revista Cafeicultura 17 DE JULHO DE 2010 14:39 No dia 18 de julho de 1975, uma forte geada dizimou todas as plantações de café do Paraná, o que provocou o êxodo de cerca de 2,6 milhões de pessoas. Foto mostra a geada de 1975 que atingiu o Paraná Após a terrível geada negra, a cultura cafeeira do Estado do Paraná foi destruida. Daniel Panobianco Foi no amanhecer de 18 de junho de 1975, há 35 anos, que uma das geadas mais intensas do século passado reduziu a zero a área cultivada com café no Estado do Paraná. Em escala maior, o próprio Paraná nunca mais foi o mesmo. Aquela manhã fria, aliada a outros fatos ocorridos na mesma época, disparou uma série de transformações econômicas e demográficas que fizeram do Estado o que ele é hoje. As estatísticas dão uma dimensão grandiosa dos eventos daquele dia. Na safra de 1975, cuja colheita já havia sido encerrada antes da geada, o Paraná havia colhido 10,2 milhões de sacas de café, 48% da produção brasileira. Era o maior centro mundial nessa cultura e tinha uma produtividade superior à média nacional. No ano seguinte, a produção foi de 3,8 mil sacas. Nenhum grão de café chegou a ser exportado e a participação paranaense na produção brasileira caiu para 0,1%. Nos dias seguintes já começava a consolidar-se uma idéia de que o estrago seria duradouro. O governador Jayme Canet Júnior anunciava que o orçamento do Estado seria reduzido em 20% no ano seguinte. O prognóstico dos especialistas era de que o prejuízo chegaria a Cr$ 600 milhões (o equivalente, pela cotação da época, a US$ 75 milhões), apenas nas lavouras de café. Outras culturas, como o trigo, também sofreram perdas importantes, de mais de 50%. Mas era o café que sustentava a economia do Paraná naquela época – uma situação que mudaria logo em seguida, já que os cafeicultores nunca mais se recuperariam desse impacto. Arquivo MIS/PR / Jaime Canet sentiu na pele a Geada Negra, como governador e como produtor de café Jaime Canet sentiu na pele a Geada Negra, como governador e como produtor de café (Arquivo MIS/PR) Em uma geração muita coisa pode mudar. Mas parece certo que a geada negra de 1975 foi um daqueles raros momentos em que um único fato é capaz de precipitar mudanças históricas. “É bem difícil imaginar como seria o Paraná hoje se a geada não tivesse ocorrido”, diz o agrônomo Judas Tadeu Grassi Mendes, que à época trabalhava na Secretaria de Agricultura do Estado e hoje é pró-reitor acadêmico do Centro Universitário FAE, em Curitiba. “O mais provável é que tudo o que aconteceu de 1975 para cá – a perda de importância da agricultura cafeeira, a supremacia da soja, o fortalecimento das cooperativas, a migração, a industrialização – tivesse lugar do mesmo jeito, mas não à mesma velocidade”, opina. Movida pelo vento frio da História, no entanto, a vida dos paranaenses nunca mais foi à mesma. A geada negra de 1975, que mudou a história paranaense ao aniquilar a principal cultura agrícola existente no Estado, tornou a vida difícil para muita gente. Ao mesmo tempo, outros fatores surgiram para dar um empurrão extra. No oeste do Estado, a construção da usina de Itaipu obrigou pelo menos 8 mil agricultores a deixarem suas propriedades, gerando uma demanda por terra que não tinha como ser suprida na região. Ao mesmo tempo, culturas tradicionais no Estado, como o trigo e o algodão, sofriam com o clima e com a conjuntura econômica. Em escala menor, uma geada ocorrida em 1983 repetiu para os produtores de trigo o estrago que os cafeicultores haviam sentido oito anos antes. Produtores de lugares como Cornélio Procópio, Loanda, Maringá, São Miguel do Iguaçu e Engenheiro Beltrão começaram a sonhar com as terras planas e baratas de que se falava, mais ao Norte. Começou então um movimento migratório impressionante, o que fez com que o Estado perdesse 13% da população ao longo dos anos 80. O Estado de Mato Grosso foi um dos principais destinos. A magnitude da migração pode ser avaliada pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2001, a Pnad mostrava a presença de 248 mil pessoas residentes em Mato Grosso que declaravam ter nascido no Paraná – o equivalente a 9,6% da população total, e o maior contingente de migrantes no Estado. A pesquisa também não deixa dúvidas sobre o que eles foram fazer por lá: 68% deles vivem em áreas rurais. Não demorou muito e Rondônia era a terra de visão do futuro. A maioria das famílias que hoje residem em solo rondoniense, são frutos e/ou vitimas do caos que foi a onda de frio no Sul do Brasil entre as décadas de 70 e 80. Como ocorre a geada: Geada é o congelamento do orvalho na superfície e pode atingir diferentes intensidades. Para ocorrer este congelamento não é necessário que a temperatura no ar esteja igual ou menor que 0°C. Isto porque na superfície, a temperatura pode ser até 05°C menor que no ar, dependendo da perda radioativa que a superfície perde. A temperatura na superfície é chamada de temperatura na relva. Então, com temperaturas de até 05°C pode-se ocorrer geada. Quando se forma apenas uma camada de gelo na superfície chama-se de geada branca e quando a seiva das plantas congela chama-se de geada negra. Esse último tipo é a mais devastadora para as plantações, mas só ocorrem em cidades bem frias e no Brasil afeta apenas as cidades serranas do Sul. A geada negra muitas vezes se forma devido ao vento muito gelado que congela as plantas e nem sempre forma gelo na superfície em função de ocorrer durante qualquer hora do dia quando o ar esta mais seco. A geada branca atinge diferentes intensidades. É considerada como geada fraca quando a temperatura do ar está entre 03°C e 05°C, mais ou menos. Moderada, quando a temperatura do ar está entre 01°C e 03°C, mais ou menos e geada forte, quando a temperatura do ar está menor ou igual a 0°C. As geadas fortes são as geadas negras. Porém já foram registradas geadas com temperaturas de 06°C, pois a temperatura na relva ficou até 07°C menor que no ar. Isto porque dependendo das condições de umidade relativa do ar a perda de temperatura na superfície é muito maior. Até onde chegou o frio no Brasil: Dados do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) apontam que na mesma época, uma seqüência assustadora de geadas ocorreram em toda a Região Sul, além dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, e até no sul e oeste de Mato Grosso e sul de Rondônia. Imagens do satelite mostra onde atingiu a geada de 1975 que dizimou o café A potente onda de ar frio de 1975 atravessou completamente a linha do Equador levando queda de temperatura em Estados como Amazonas e Roraima. Especialistas ficam atentos a cada inverno sobre o Brasil. A crescente forma da economia brasileira em uma nova conjuntura não só aferia o Sul, mas o País todo de uma maneira geral. Os preços dos produtos agrícolas, matérias-primas para a confecção de outros materiais, as exportações em si, que hoje rendem quase a metade do que o País produz. Se uma onda polar como a de 1975 ocorresse novamente no Brasil, fato este que jamais pode ser descartado, seria o caos sobre o caos. Está ai a prova de que não tão somente no setor agrícola as influencias do tempo interferem na vida das pessoas. Boa parte da população sulina que reside em Rondônia e Mato Grosso podem ser considerados os “refugiados” da geada negra de 1975. Com informações de Daniel Panobianco e dados do Jornal A Gazeta/Curitiba – IBGE – Ministério da Integração Nacional – INMET PRÓXIMOESPECIAL 35 ANOS DA GEADA DE 1975 - Geada Negra de 1975 Por Roberto Bondarik » ANTERIOR« 35 ANOS da Geada de 75 que varreu o café do Paraná e determinou a nova agricultura Deixar um comentáario COMPARTILHAR POST RELACIONADO Sebrae Minas apoia projeto para reestruturar a governança da cafeicultura do Sudoeste Iniciativa envolve 21 municípios da região. 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Gabriel Nogeira Posted July 20, 2024 at 07:54 PM Author Share Posted July 20, 2024 at 07:54 PM 3 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 20, 2024 at 07:57 PM Author Share Posted July 20, 2024 at 07:57 PM Em 20/07/2024 em 16:47, Alberto Hanauer disse: Haveria algum dado referente ao triângulo mineiro? Vou pesquisar 2 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 20, 2024 at 08:22 PM Author Share Posted July 20, 2024 at 08:22 PM Chavantes/SP - por Lilia Alonso (Mover para…) ▼ Geada Negra de 1975 Geada Negra Geada Negra de 1975: Impossível nos esquecermos da geada negra que se formou sobre Chavantes e região no dia 18 de julho de 1975 e destruiu a agricultura de São Paulo e norte do Paraná. Durante o dia, o frio era tão intenso que abrir a porta da nossa casa era um sacrifício. E durante a noite, ela se formou. Mas o que é a Geada Negra? Não se trata apenas de uma geada resultante do congelamento do orvalho ou da unidade do ar. É uma condição atmosférica que provoca o congelamento interno da seiva da planta. Devido ao frio intenso, a planta fica escura, queimada e morre. As condições para a formação fenômeno ocorrem quando o ar é extremamente frio e também extremamente seco e o vento tem uma intensidade de moderada a forte. No dia seguinte, todos puderam ver sua conseqüência. Nosso belo cafezal estava escuro, queimado, quase sem folhas. E, a partir daí, a quase total erradicação dos cafezais começou o ocorrer. Nossas terras foram tomadas por outras plantações, os colonos desaparecem, a economia sofreu um golpe profundo. Logo depois a cana de açúcar surgiu para dominar a paisagem. O bóia fria e sua dura jornada, (substituindo os colonos) passam a fazer parte do nosso cotidiano. As queimadas se sucederam e nosso céu de tornou sombrio envolvido pela negra fumaça. O barulho do fogo, queimando o canavial era assustador. Durante muitos anos, esta foi a realidade da região tomada pela cultura da cana: fumaça, fuligem, sujeira e problemas respiratórios. Até que aos poucos leis foram se impondo e hoje, felizmente, poucas são as queimadas. Imagens da geada negra de 1975 Veja abaixo, o relatório de um historiador sobre a geada negra no norte do Paraná. A mesma descrição vale para nós. “Em 18 de Julho de 1975, ocorria a Geada Negra, que erradicou a cafeicultura no Estado do Paraná. Naquela ocasião muitos não tiveram discernimento da amplitude dos problemas causados e das conseqüências que seriam geradas por esta geada, talvez ainda hoje muitos ainda não tenham essa compreensão. Revistas e jornais daqueles dias mostram o frio europeu que atingiu o sul do Brasil. Em Curitiba ainda se relembra e comemora a neve daquela ocasião. No norte, onde o café era a principal atividade econômica, o frio intenso assumiu ares de tragédia, não sobrou espaço lembranças alegres. Haviam ocorrido geadas fortes em 1963, 1964 e 1966, prenúncios da maior de todas. No dia seguinte, a Folha afirmava que os cafeicultores estavam de luto, mas os órfãos, a história mostra isso, eram a população do Norte, em especial os colonos, os pequenos proprietários, os comerciantes, as cidades, todos aqueles que se relacionavam direta ou indiretamente com a cafeicultura. Foram todos atingidos em seu modo e no seu estilo de vida, tivemos de reaprender a viver. Com as lavouras destruídas era preciso recuperar os prejuízos. As terras eram caras, precisavam continuar lucrativas, plantou-se soja, trigo e milho, principalmente. A mão-de-obra necessária era a mínima possível para as novas atividades. As colônias das fazendas começaram a se desfazer, os não proprietários passaram a se fixar nas cidades da região, muitos viraram bóias-frias. Londrina era sempre a melhor opção, surgiram bairros imensos, grandes conjuntos habitacionais como o “Cincão”. Outros foram para Curitiba e São Paulo. Próximo a Campinas, existem bairros inteiros habitados por gente que se orgulha e chora de saudade, por ser do Paraná. Para aqueles que já eram proprietários, optaram em vender o que possuíam e comprar novas terras em regiões livres do frio, assim hordas de paranaenses rumaram a Mato Grosso, Rondônia e Acre. Rapidamente Rondônia virou um Estado. Mato Grosso virou dois, no do norte estão muitos dos nossos antigos vizinhos. Dizem que foi o maior fluxo migratório em tempos de paz, o êxodo rural norte-paranaense retirou do Estado quase 2,5 milhões de pessoas na década de setenta e 1,6 milhão na década de 1980, segundo dados do IBGE. Não é surpresa, cidades da região perderem lugar no ranking das mais populosas da região Sul. Talvez tenha sido a Geada Negra de 1975, o maior golpe da história na economia e na sociedade do Paraná, um acontecimento que precisa ser estudado, explicadas as suas conseqüências. Buscamos, tateando, ainda hoje uma nova identidade econômica. Pessoalmente acredito que a solução de nossa economia e a construção de nossa riqueza se encontra na terra, em novas culturas e atividades, com a industrialização derivando, também, dessas atividades”. Prof. Roberto Bondarik de Cornélio Procópio, Paraná, Brazil, que é Professor de História e pesquisador da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Cornélio Procópio. Até onde chegou o frio no Brasil: Dados do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) apontam que na mesma época, uma seqüência assustadora de geadas ocorreu em toda a Região Sul, além dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, e até no sul e oeste de Mato Grosso e sul de Rondônia. A potente onda de ar frio de 1975 atravessou completamente a linha do Equador levando queda de temperatura em Estados como Amazonas e Roraima. Compartilhar 11 comentários: Danilo Dolci2 de junho de 2012 às 11:31 Muito interessante essa narrativa, não tinha a menor ideia disto. É impressionante como a história e a geografia podem explicar a evolução ou queda de determinada região. Responder Lilia3 de junho de 2012 às 18:11 é verdade Danilo, muitas geadas fortes atingiram a região. mais brandas do que a negra e todas prejudicaram muito o cafezal. abraço. Responder Anônimo3 de novembro de 2012 às 08:39 marisa prado lalli disse: nessa época moravámos em apiaí,vale do ribeira,a marcela tinha 11 meses, e pela primeira vez na vida eu e caetano, vimos neve pois cobriu a cidade, ficou linda parecia cartão postal, infelizmente não pudemos ter fotos,temos amigos lá,qdo tiver oportunidade de voltar lá, vou tentar conseguir. 03/11/2012 13:30 Responder Lilia3 de novembro de 2012 às 11:01 Oi Marisa, obrigada pela participação. Qdo conseguir as fotos, envie. abço Responder jose A.Brandini16 de agosto de 2013 às 09:53 Não gosto nem de lembrar desta época eu morava na região de jales e o cafezal do sitio de meu pai ficou todo preto parecendo que passou fogo , cortamos pelo meio e com a brota dai dois anos é que tivemos uma colheita do mesmo. Para sobrevivermos plantamos duas carreira de arroz em cada rua do café em um ano e no outro ano plantamos duas carreira de amendoim essas colheitas mais umas vaquinhas de leite foi a nossa sobrevivencia na época,depois de alguns anos o café se acabou, isto porque com a poda pelo meio muitos galhos apodreceram devido a infiltração da água da chuva na madeira e a lavoura foi se acabando aos poucos hoje em dia nem existe mais café na região. Responder Lilia9 de setembro de 2013 às 07:30 Olá José A. Brandini, obrigada pelo contato e pelas interessantes observações sobre como a sua família enfrentou o problema. Apareça mais vezes. Abço Responder Anônimo28 de fevereiro de 2018 às 08:16 Na época eu morava em Ribeirão Grande, perto de Capão Bonito, foi a maior onda de frio que já tivemos notícia, sair na rua à noite era praticamente impossível, nossas lavouras de tomate e cebola ficaram bem prejudicadas. Responder Lilia1 de março de 2018 às 08:27 Verdade, quem a enfrentou jamais esquecerá o frio e os prejuízos. Responder Unknown4 de julho de 2019 às 19:48 Foi um dia que jamais vou esquecer. Parecia que tinha havido uma queimada no cafezal. Estava todo preto. Queimou até a raiz. Não houve outra solução se não arrancar todo o cafezal. Foi muito triste. Responder acmaluta20 de agosto de 2020 às 08:37 Na época morávamos na região de Bernardino de Campos. Nós tínhamos 13 mil pés de café. Foi muito triste ver os pés queimados como se fora colocado fogo. Tivemos anos difíceis, já mais vou esquecer ver meu pai chorando...no ano de 74 no tínhamos colhido mais de 1000 sacas, foi o que salvou. Responder Lilia21 de agosto de 2020 às 06:34 ACMALUTA Quem vivenciou jamais esquecerá essa geada. O frio durante o dia anterior já mostrava o que aconteceria. Obrigada por sua participacão. Responder ‹ › Página inicial Ver versão para a web Tecnologia do Blogger. 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 21, 2024 at 07:30 PM Author Share Posted July 21, 2024 at 07:30 PM Enquetes Em 1975, frio foi de lascar e Capital enfrentou -2,4ºC, lembram leitores Você se lembra onde estava no frio de 1975? Campo Grande teve temperatura negativa e marcou gerações Paula Maciulevicius Brasil | 01/07/2021 07:03 Frio de agora quase chega perto dos -2 graus que os termômetros da Capital chegaram a marcar em 1975. (Foto: Henrique Kawaminami) Frio de agora quase chega perto dos -2 graus que os termômetros da Capital chegaram a marcar em 1975. (Foto: Henrique Kawaminami) Quando você se lembra de ter enfrentado frio como este? Para muita gente, a resposta está há 46 anos, mais precisamente em julho de 1975. Aposentada, Elza Hildebrand Franco, tem 73 anos, e se lembra como se fosse hoje daquele inverno tenebroso. A noite que mais ficou marcada foi quando ela e uma tia voltavam de São Paulo, de ônibus e pegaram as baixíssimas temperaturas durante a viagem. "Quandoa gente passou Bataguassu, já era madrugada, e você olhava os pés de banana tudo caindo pela geada. Eu nunca tinha visto outro frio igual", recorda. Ela e a tia vendiam roupa na Capital e buscavam a mercadoria em São Paulo. O ônibus tinha saído às 4h da tarde e chegava de manhã cedinho em Campo Grande. "Viemos eu e a tia Amália com um cobertorzinho, abraçadas. Nos enrolamos nele e nos abraçamos. Naquele tempo não tinha ar, era aquela janela de vidro e pegava aquele vento. Nos abraços para aguentar o frio. Eu nunca passei outra vez por uma geada daquela", conta. Cristina Medeiros não tem fotos do frio que passou em 1975, mas guarda na lembrança a friaca enfrentada mas coberturas do Festival América do Sul, em Corumbá. Na imagem, toca e pala foram compradas às pressas, ali mesmo, para fugir do frio. (Foto: Arquivo Pessoal) Cristina Medeiros não tem fotos do frio que passou em 1975, mas guarda na lembrança a friaca enfrentada mas coberturas do Festival América do Sul, em Corumbá. Na imagem, toca e pala foram compradas às pressas, ali mesmo, para fugir do frio. (Foto: Arquivo Pessoal) Também foi em julho de 1975 que a jornalista Cristina Medeiros, hoje com 65 anos, se recorda do frio que nunca imaginou passar em Campo Grande. À época, ela tinha 19 anos e morava em São Paulo capital e tinha vindo para cá passar as férias na casa da irmã. "Cheguei aqui nas férias de julgo e nas esquadrias da janela do apartamento da minha irmã havia uma camada branca, a neblina forte, um frio do caramba", narra. Cristina usou cobertor feito de lã de carneiro que a família havia ganhado de presente. "Eu nunca imaginei pegar um frio daqueles aqui e, claro, tive que comprar casaco mais reforçado, meias... À tarde a gente tomava chá ou chocolate quente para esquentar", diz. Anos mais tarde, Cristina se mudou para Mato Grosso do Sul, já casada e com filhos. Na atividade profissional, viveu outro episódio de frio que ficaram guardados nas fotografias, quando ainda existia o Festival América do Sul, em Corumbá. Meteorologia confirma o que população relata, frio daquele ano foi mais intenso vivido até agora. (Foto: Henrique Kawaminami) Meteorologia confirma o que população relata, frio daquele ano foi mais intenso vivido até agora. (Foto: Henrique Kawaminami) Fonte de toda matéria de tempo, o meteorologista Natálio Abrahão, de 74 anos, volta no tempo para confirmar o que o Campo Grande News apurou pelas histórias. Em julho de 1975 foi mesmo o maior frio enfrentado na Capital e no Estado. "Dia 6 de julho de 1975 a temperatura aqui em Campo Grande chegou a 2,4 graus negativos. Em Ponta Porã, a 4 graus negativos. Depois disso, foi o dia que teve uma geada em Campo Grande, o dia inteiro, o gelo da grama só foi derreter no fim da tarde. Isso vem à memória de Natálio não só pelo conhecimento em meteorologia, como ele mesmo explica. "É difícil de esquecer, porque são dois eventos que a gente tem na cabeça. Este e em 2013, que Campo Grande chegou a 2 graus abaixo de zero, e Amambai, Maracaju e Rio Brilhante a 2,6 abaixo de zero", conta. Sônia com o filho recém-nascido ainda na maternidade. Na memória dela, frio de verdade foi aquele de junho de 1988. (Foto: Arquivo Pessoal) Sônia com o filho recém-nascido ainda na maternidade. Na memória dela, frio de verdade foi aquele de junho de 1988. (Foto: Arquivo Pessoal) Mas antes de chegar em 2013, vamos fazer uma pausa em junho de 1988. O frio que a instrumentadora cirúrgica Sonia Beia, de 59 anos, relata ter passado era daqueles de "cortar". As baixas temperaturas marcaram Sonia porque ela havia acabado de ganhar bebê. "Tive meu filho dia 20 de junho de 88, o frio era tão grande, tão grande. Eu morava na Moreninha, era aquele frio com neblina. Não esqueço, porque quando cheguei do hospital, teve aquele frio horroroso, abaixo de zero grau mesmo", recorda. A foto ainda é de Sonia e o bebê na maternidade. "Hoje dizem que está frio, eu até falo: 'ok, está frio', mas não chega aos pés daquele frio lá, que cortava a gente. Eu nunca mais vi um frio daquele", descreve. Oito anos atrás, a foto que está no Instagram da advogada Ellen Braga, de 35 anos, é de um frio terrível. Ela nunca mais se esqueceu do frio que sentiu em julho de 2013, quando a baixa temperatura até dor no corpo provocava. Hoje advogada, Ellen se lembra do frio de doer de 2013, quando ela ia para o estágio toda encapotada. (Foto: Arquivo Pessoal) Hoje advogada, Ellen se lembra do frio de doer de 2013, quando ela ia para o estágio toda encapotada. (Foto: Arquivo Pessoal) "Eu lembro porque foi o meu primeiro ano de estágio no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e eu tinha que ir morrendo de dor por causa do frio, vestindo milhões de casacos. Foi muito frio, uma semana de frio lascado mesmo", recorda. A imagem está aí para provar, Ellen toda encapotada. Na enquete de quarta-feira, o Campo Grande News perguntou aos leitores "Quando você se lembra de ter enfrentado frio como este?". As opções de respostas eram: há cinco anos, 10 anos e 20 anos ou mais. A alternativa com mais marcações foi que o último frio tão intenso aconteceu há 10 anos, pelo menos é o que dizem 40% dos leitores (confira abaixo o resultado). Resultado da enquete de quarta-feira (Foto: Reprodução) Resultado da enquete de quarta-feira (Foto: Reprodução) Nos siga no Google Notícias Veja Também Antes de hoje, última vez que geou na Capital foi oito anos atrás De ponta a ponta de Mato Grosso do Sul, veja os registros do pior frio em 8 anos Quando você se lembra de ter enfrentado frio como este? Maioria teme aumentar risco de pegar covid durante os dias frios © 2020 - Campo Grande News - Todos os direitos reservados. 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 21, 2024 at 07:32 PM Author Share Posted July 21, 2024 at 07:32 PM Dourados Geada negra de 1975 completa 42 anos nesta terça-feira; e temperatura cai 18 JUL 2017 • POR • 11h07 Manchete do jornal Folha de Londrina, há 42 anos, retrata o resultado da tragédia econômica - Reprodução A geada negra, fenômeno atmosférico mais acentuado da história recente do Estado – à época, o Mato Grosso ainda era unificado – completa 42 anos nesta terça-feira. Na noite de 18 de julho de 1975, de uma vez só, a geada ‘colheu’ todos os pés de café que haviam sido plantados pelos produtores da região, eliminando todas as possibilidades de sobrevivência dessa cultura. “Foi a partir daí que teve início um novo e produtivo ciclo econômico para a nossa região, com a entrada da soja. A partir daí, com os componentes da tecnologia e o associativismo, em cooperativas, os produtores passaram a vislumbrar um novo mercado, que só agora, já em meados dos anos 2010, que veio a se confundir com a entrada da cana”, analisa o agrônomo Maurício Peralta, ao relembrar a data. A geada de 1975 produziu temperaturas de -3,7ºC em Ponta Porã e pouco mais de um grau positivo em Corumbá, onde historicamente os termômetros permanecem sempre acima de 30 graus. Foi nessa onda mutacional de culturas que que o o atual ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Blairo Maggi, chegou ao Mato Grosso. Então formado em Agronomia pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), ele vislumbrou o futuro do ciclo da soja e se tornou um dos magnatas do setor. Despencando A mudança no tempo deste começo de semana retoma a esse período, quando as temperaturas voltam a despencar até no oeste de Mato Grosso do Sul, onde o calor sempre foi predominante na maior parte do ano. Em Corumbá, no Pantanal, a mínima chegou a 6°C nesta segunda-feira (17), com sensação térmica de 2°C por conta dos ventos, segundo o meteorologista Natálio Abrahão. A mínima do Estado foi registrada em Ponta Porã, onde fez 5°C. Essa nova onda de frio que promete derrubar as temperaturas a zero grau ou menos nessa semana, é consequência de uma massa de ar polar que se desloca pela Cordilheira dos Andes e atinge o Brasil e promove quedas bruscas nas temperaturas principalmente da região sul de Mato Grosso do Sul. O meteorologista lembra que, apesar do frio nesta semana, as mínimas estão mais amenas se comparadas com o inverno de 2013, que foi um dos mais rigorosos da história. A próxima massa de ar polar está prevista para chegar ao Estado na primeira semana de agosto, mas deve ser menos intensa, de acordo com as estimativas. ©2024 Douranews. Todos os Direitos Reservados. Plataforma 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 21, 2024 at 07:34 PM Author Share Posted July 21, 2024 at 07:34 PM Wikipédia Pesquisar Esconder WLE BR.svg Participe do maior concurso livre de fotografia de natureza e concorra a uma expedição fotográfica! De 1 a 31 julho! Nevada de 1975 no Paraná Língua Descarregar PDF Vigiar Editar A nevada de 1975 no Paraná faz referência a um evento climático que atingiu o estado brasileiro do Paraná.[1][2] Nevada de 1975 no Paraná Data 17 de julho de 1975 Local Paraná Tipo Evento meteorológico Causa Grande frente fria Durante quase todo o dia 17 de julho de 1975 foi registrada uma precipitação de neve no município de Curitiba, capital do estado do Paraná, com flocos que cobriram a cidade de branco. Nevou também nas serras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.[3][4] Uma combinação climática de temperaturas negativas com chuva atingiu a região de Curitiba, chegando a -2º Célsius .[1] Palmas, município do sul do Paraná, registrou -11,5 °C.[5] A onda de frio cobriu quase todo o território paranaense e outras localidades registraram temperaturas negativas, inclusive na região norte, como Londrina.[6][7][8] O ano de 1975 ficou marcado na história paranaense com diversas consequências sociais e econômicas. Na madrugada de 18 de julho de 1975 ocorreu o fenômeno conhecido como "geada negra", que não é em sentido estrito uma geada, mas sim uma condição atmosférica que provoca o congelamento da parte interna da planta (da seiva), deixando-a escura, queimada e morta, que foi devastador para a agricultura ao dizimar as lavouras, principalmente toda a produção cafeeira, então a maior riqueza da região, que contava com mais de 1 milhão de hectares cultivados. Para a economia do estado ocasionou prejuízos inestimáveis, provocando grande recessão econômica.[9][10] Existem registros de nevadas em Curitiba desde o século XIX. Outros eventos ocorreram nos anos de 1928, 1942 e 1955 e em 23 de julho de 2013, durante outra onda de frio intensa.[11][12] Ver também Referências Última modificação há 11 meses por Snoowes PÁGINAS RELACIONADAS Neve no Brasil a frequência de neve no Brasil Clima do Paraná clima regional brasileiro Onda de frio no Sul e Sudeste do Brasil em 2013 Wikipédia Conteúdo disponibilizado nos termos da CC BY-SA 4.0, salvo indicação em contrário. Política de privacidade Condições de utilizaçãoVersão desktop 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 22, 2024 at 10:40 PM Author Share Posted July 22, 2024 at 10:40 PM MENU Skip to main content Pular para sidebar primária Pular Rodapé METEORÓPOLE por Samantha Martins Você está em: Home / Agricultura / A terrível e inesquecível onda de frio de 18 de julho 1975: o fim da era do café no Paraná A terrível e inesquecível onda de frio de 18 de julho 1975: o fim da era do café no Paraná 29/07/2021 By Samantha Deixe um comentário Manchete da Folha de Londrina de 19 de julho de 1975 Até os anos de 1970, quando se falava em produção de café no Brasil, falava-se no Paraná. O Estado chegou a ser responsável por 48% da produção brasileira de café. Até que o fatídico dia 18 de julho de 1975 chegou e tudo mudou. Um intensa onda de frio atingiu todo o Centro-Sul do Brasil. O frio chegou até o Acre e Rondônia (o que é chamado de friagem pelos moradores desses Estados). Fez frio até no sul da Bahia. No entanto, os Estados mais prejudicados por essa onda de frio sem dúvida foram os da Região Sul. Praticamente todos os pés de café do Paraná morreram em decorrência do fenômeno de geada negra, que é quando o frio é tão intenso que a seiva da planta se congela, ocasionando sua morte. As condições para que a geada negra ocorra são as mesmas para que a geada branca (ou geada comum, aquela que deixa os campos branquinhos) ocorra. Aqui a classificação é pelo aspecto visual: com a geada negra, as folhas das plantas não conseguem seus nutrientes e perdem o verde e a planta fica toda escurecida. Aqui preciso destacar que há basicamente duas maneiras de termos condições de geada: por perda de calor (geada radiativa) ou pela ocorrência do vento frio (geada de advecção): Numa noite sem nuvens, a superfície da Terra perde bastante radiação de onda longa (calor). Então a superfície vai ficando cada vez mais fria, de modo que ela fica mais fria que o ar que está logo acima dela. O vapor d’água contido nesse ar, em contato com a superfície fria, acaba passando para o estado líquido (condensação). Dessa maneira forma-se o orvalho, que é outro fenômeno meteorológico bem conhecido e bem típico do outono e do inverno. Só que se estiver realmente muito frio, com a temperatura do solo por volta dos 0°C, as gotinhas que formam o orvalho acabam passando para o estado sólido (solidificação). E também ocorre geada quando o vapor d’água existente no ar sublima (passa do estado gasoso direto para o estado sólido, sem passar pelo líquido). Temos dessa forma a geada de radiação, porque houve perda radiativa por parte da superfície. A geada de advecção acontece quando ar bem frio é injetado na superfície, normalmente em decorrência de uma queda abrupta de temperatura, por exemplo, devido a aproximação de uma frente fria. Em geral, as geadas são resultado dos dois processos atuando simultaneamente (geada mista). De acordo com os relatos dos agricultores que viveram nessa época e que eu ouvi nesse episódio do PodParaná, primeiro veio um vento bem gelado que já começou a matar os pés de café. Depois, com a perda radiativa ao longo da noite (quando esfria mais), veio a geada branca e esse frio perto da superfície também colaborou para que a geada negra se intensificasse. Ângelo Aparecido Priori, professor da Universidade Estadual de Maringá, é pesquisador da área de História Ambiental e falou nesse podcast sobre os impactos desse evento. A grande geada de 1975 foi um dos responsáveis pelas grandes migrações que ocorreram no Paraná. Logo após o fatídico evento, muitos agricultores perderam toda sua lavoura. O café foi a principal cultura afetada, mas o trigo também teve perdas importantes. Muitos decidiram vender suas terras e partiram para outros Estados, como Mato Grosso, São Paulo e Rondônia. Outros ficaram no Paraná, mas migraram para a Zona Urbana. Cidades como Londrina e Maringá tiveram um aumento substancial em sua população urbana. Poucos permaneceram em suas terras e insistiram no café ou mudaram suas atividades (bovinocultura ou outros cultivares). Além da geada, outros fatotes da época colaboraram para essa migração. Já estavam em curso incentivos financeiros de diversificação nos cultivares paranaenses. Além disso, na região da fronteira com o Paraguai, muitas terras foram desapropriadas para a construção de Itaipu e muitos ex-agricultores foram trabalhar na grande construção. O Paraná deixou de ser o maior produtor brasileiro de cafe. De acordo com a Revista Cafeicultura: Na safra de 1975, cuja colheita já havia sido encerrada antes da geada, o Paraná havia colhido 10,2 milhões de sacas de café, 48% da produção brasileira. Era o maior centro mundial nessa cultura e tinha uma produtividade superior à média nacional. No ano seguinte, a produção foi de 3,8 mil sacas. Nenhum grão de café chegou a ser exportado e a participação paranaense na produção brasileira caiu para 0,1%. De acordo com o Prof. Priori, as grandes mudanças na agricultura paranaense ocorreriam mesmo sem a geada, mas talvez levassem mais de 10 anos para ocorrerem. A geada acelerou o que já estava em curso, pois outros fatores estavam provocando mudanças na distribuição da população brasileira pelo terrítório. A onda de frio de 1975 em Minas Gerais No episódio de geada de 22 de julho de 2021 (semana passada da data em que escrevo), os cafeicultores do sul de Minas tiveram muitas perdas. Num post recente, mencionei: A EPAMIG estima que 7 milhões de sacas serão perdidas na produção de 2022. Como comparativo, o Brasil produz cerca de 60 milhões de sacas. O Brasil é o maior produtor de café do mundo e a seca e esses dois episódios de geada que afetaram o sul mineiro no último mês preocupam bastante. Mari Ribeiro, barista e produtora de conteúdo do podcast Traz a Xícara, escreveu que o preço atual da saca dos cafés especiais disparou e o preço do mercado futuro também. Tudo isso já reflexo desse recente episódio de geada, onde alguns produtores chegaram a perder toda a lavoura. Um agricultor ouvido numa reportagem da EPTV disse que não via uma geada dessas desde 1975. A reportagem da EPTV ainda fala na temperatura mínima em uma das fazendas foi de 2ºC (lembrando que a gente está falando de 22/07/2021). Ocorre que esse é o valor da temperatura do ar e para determinarmos a ocorrência de geada é preciso monitorar a temperatura de relva, a temperatura da superfície do solo. A temperatura da superfície do solo pela manhã é menor do que a temperatura do ar, pois há muita perda de calor durante a noite. Ou seja, se a temperatura do ar nesse lugar estava 2ºC, a temperatura da superfície do solo chegou a valores abaixo de zero. Penso que ainda não é possível dizer se esses eventos recentes (lembrando que há previsão de geada para 29/07/2022 no sul mineiro também) vão fazer mudar completamente o cenário agrícola do sul mineiro como aconteceu no Paraná em 1975. Hoje temos previsão do tempo, maquinário e outras tecnologias mais desenvolvidas do que naquela época. Como mineira de coração, eu não gostaria de perder a produção de café do sul de Minas e não gostaria que isso desse lugar a produção de soja, por exemplo. O café é parte da identidade do mineiro. Fontes (além das mencionadas ao longo do texto) Revista Cafeicultura Geada – MASTER-IAG/USP Cafezais foram prejudicados pela geada e produção de café deve cair no Sul de Minas – Reportagem da EPTV Fotos da Geada Negra de 1975 – Londrinando Incentive meu trabalho e doe: o pix é samanthansm@gmail.com COMPARTILHE: Clique para enviar um link por e-mail para um amigo(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Skype(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Pocket(abre em nova janela) Arquivado em: Agricultura, Blog, Cafeicultura, Frio Marcados com as tags: café, cafeicultura, cafezal, frio, geada, geada de 1975, geada negra, paraná READER INTERACTIONS COMENTE SIDEBAR PRIMÁRIA PUBLICIDADE GOSTA DO METEORÓPOLE? PayPal - A maneira mais fácil e segura de efetuar pagamentos online! 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Das Minucias – Lorena Estante de Bibliotecária Habeas Mentem Mamãe Plugada Meteorologia Sinótica (Prof. Rita Ynoue) Momentum Saga Monolito Nimbus Outra Cozinha (Carla Soares) Tá em promoção! – Blog PUBLICIDADE FOOTER TAGS aquecimento global arte artesanato calendário do advento chuva classificação de nuvens clima climatologia cumulonimbus Curiosidades dicas divulgação científica dúvida do leitor educação ensino feminismo ficção científica furacão geografia junk journal junk journaling leitura literatura livros mudança climática mudanças climáticas natal nuvens opinião previsão do tempo profissão pseudociência publicidade raios reflexões religião seca sobre escrever star trek são paulo tornado tufão vida de mãe vídeo vídeos POSTS RECENTES Qual foi seu primeiro ‘pilar da fé’ a ceder? Quem está na chuva, vai se molhar. Coração quentinho e saudade Dr. Leah Brahms is my friend Life changes fast. Life changes in the instant. You sit down to dinner and life as you know it ends. QUAL A MAIOR TEMPERATURA REGISTRADA NO PLANETA TERRA? Muitos ainda acreditam que a maior temperatura registrada na Terra foi 57,8°C, na pequena cidade de El Azizia, na região do deserto do Saara, na Líbia {x}. Esse valor foi registrado em 13 de setembro de 1922. No entanto, esse recorde hoje em dia já caiu. E u contei tudo isso… Veja Mais METEORÓPOLE COPYRIGHT © 2024 · HOSPEDAGEM GERENCIADA GIRARDI♥PAULY · LOGIN 2 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
carlex Posted July 23, 2024 at 12:08 AM Share Posted July 23, 2024 at 12:08 AM (edited) Essas são do dia que nevou em ctba. Edited July 23, 2024 at 12:10 AM by carlex . 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 23, 2024 at 12:27 AM Author Share Posted July 23, 2024 at 12:27 AM Em 22/07/2024 em 21:08, carlex disse: Essas são do dia que nevou em ctba. Ótimas reportagem 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 23, 2024 at 10:55 PM Author Share Posted July 23, 2024 at 10:55 PM Avatar do usuário deslogado Buscar × ASSINE Já sou assinante ÚLTIMAS NOTÍCIAS VEJA NEGÓCIOS VEJA+ RADAR RADAR ECONÔMICO RADAR JURÍDICO COLUNAS ASSUNTOS ESPORTE PÁGINAS AMARELAS AGENDA VERDE VÍDEOS LIVROS MAIS VENDIDOS VEJA SP VEJA RIO EXPEDIENTE MINHA ABRIL REVEJA Por Blog Vale a pena ler de novo o que saiu nas páginas de VEJA em quase cinco décadas de história Brasil Nevasca de 1975: Curitiba vestida de noiva e o cafezal devastado Há 42 anos, massa polar levou neve aos estados do Sul. Nas cidades, diversão garantida. Nas fazendas, desespero com a 'geada negra' Por Da redação 21 jul 2017, 23h44 Curitiba debaixo de neve (Amilton Vieira/VEJA) VEJA de 23 de julho de 1975 VEJA de 23 de julho de 1975 (Reprodução/VEJA) Curitiba amanheceu vestida de noiva, festejava a Rádio Iguaçu, em 17 de julho de 1975. Nevara da madrugada até as 8 horas, e depois novamente das 10 horas até depois do meio-dia. O lirismo do locutor contrastava com a desolação no campo: a chamada ‘geada negra’, que se seguiu à neve, poria a perder a preciosa safra de café do Paraná. ‘Dos 800 milhões de pés de café do Estado, não acredito que tenham sobrado 1000’, lamentava a VEJA daquela semana o presidente do Sindicato Rural de Cornélio Procópio, Wilson Baggio. Alheios ao dramas dos agricultores, moradores de tantas cidades atingidas pela onda de frio aproveitaram para registrar o raro fenômeno – em Gramado (RS), esgotou-se o estoque de filmes fotográficos – e se divertir. “Bonecos de neve brotaram abundantes, embora quase todos revelassem inexperiência nesse tipo de escultura”, observava VEJA. Em Caixas do Sul (RS), a emissora local ofereceu um prêmio ao melhor boneco, e o concurso se arrastou por horas. Na mesma cidade, Juventude e Internacional de Santa Maria. fizeram ‘a primeira partida de futebol sobre a neve’ no Brasil, com portões abertos, para ninguém perder o espetáculo. Pipocavam guerras de bolas de neve, e algumas terminaram mal. Na capital paranaense, quatro pessoas foram presas. “É que objetos vários encorpavam as bolotas brancas (até uma maçaneta foi encontrada) e pessoas se machucavam (uma senhora foi parar no pronto-socorro)”, informava a reportagem. Curitiba debaixo de neve 1/8 Curitiba debaixo de neve (Amilton Vieira/VEJA) Boneco de neve em Gramado, no inverno de 1975 2/8 Boneco de neve em Gramado, no inverno de 1975 (Ricardo Chaves/VEJA) Curitiba debaixo de neve 3/8 Curitiba debaixo de neve (Amilton Vieira/VEJA) Canela (RS), inverno de 1975 4/8 Canela (RS), inverno de 1975 (Ricardo Chaves/VEJA) Curitiba debaixo de neve 5/8 Curitiba debaixo de neve (Amilton Vieira/VEJA) Curitiba debaixo de neve 6/8 Curitiba debaixo de neve (Amilton Vieira/VEJA) Curitiba debaixo de neve 7/8 Curitiba debaixo de neve (Amilton Vieira/VEJA) Curitiba debaixo de neve 8/8 Curitiba debaixo de neve (Amilton Vieira/VEJA) Não é nada comum nevar em Curitiba. Antes de 1975, a última vez tinha sido em 1928. Na memória de uma curitibana ouvida por VEJA, “todos brincavam como hoje”. Depois de 75, só voltaria a nevar na capital em 2013 – e não em 2017, apesar da expectativa criada com a onda de frio que atingiu o país esta semana. A frente fria também fez nevar na Serra Gaúcha e na Catarinense em 1975. Antes, como agora, o fenômeno atrai os turistas. Mas se hoje são milhares, nos anos 1970 VEJA registrava a presença de apenas cerca de cem em São Joaquim, a cidade sempre lembrada quando se trata de torcer pela neve. O prefeito torcia contra. Temia pelo destino das 100 000 cabeças de gado da região, em busca penosa por alimento. Clique para ler a reportagem na íntegra. VEJA Mercado - terça, 23 de julho Chance de mudança na meta fiscal agora é menor, diz Alexandre Manoel YouTube Video VEJA Mercado desta terça-feira recebeu o economista-chefe da AZ Quest. Entre outros assuntos, ele afirmou que gerenciamento e comunicação da política fiscal são ruins, mas que relatório do Tesouro é mais factível. MAIS LIDAS 1 Esporte Riachuelo toma atitude após críticas ao uniforme do Brasil na Olimpíada 2 Brasil Mara Maravilha comenta ida de Eliana para Globo e diz: ‘Xuxa, patética’ 3 Brasil Ex-apresentador processa CNN em mais de 1 milhão de reais 4 Brasil O alerta do BC que envolve terrorismo na Coreia do Norte 5 Cultura A ironia de Paul Mescal, o novo ‘Gladiador’, ao antecessor Russel Crowe CLIMA CURITIBA Assine Abril Veja Veja ASSINE A PARTIR DE R$ 9,90/MÊS Superinteressante Superinteressante ASSINE A PARTIR DE R$ 9,90/MÊS Você RH Você RH ASSINE A PARTIR DE R$ 9,90/MÊS Veja Saúde Veja Saúde ASSINE A PARTIR DE R$ 9,90/MÊS QUATRO RODAS QUATRO RODAS ASSINE A PARTIR DE R$ 9,90/MÊS Claudia Claudia ASSINE A PARTIR DE R$ 9,90/MÊS Leia também no GoRead VEJASIGA FACEBOOK VEJA TWITTER VEJA YOUTUBE VEJA INSTAGRAM VEJA BEBÊ BOA FORMA BRAVO! 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Gabriel Nogeira Posted July 23, 2024 at 10:56 PM Author Share Posted July 23, 2024 at 10:56 PM Logo Correio do Estado 40 anos de lida e leads O frio que aterrorizou Mato Grosso do Sul Geada de 1975 causou mortes de pessoas e animais, além de prejuízos para a produção agrícola 26 OUT 2015 • POR FAUSTO BRITES • 07h27 “Geada, morte e prejuízos: é o frio que trouxe a morte”. Esta foi a manchete principal do Correio do Estado na edição de 19, de 20 de julho de 1975, uma sexta-feira. Há 40 anos, Campo Grande e alguns municípios do então Mato Grosso enfrentaram o pior dos invernos. O frio era intenso. Às 7h30min passei por uma construção onde alguns operários estavam parados, esperando “aparecer um solzinho” para iniciar as atividades. Desci e, em uma caixa-d’água, eles mostraram a água transformada em gelo, que, com uma pá, quebrei e fotografei. Continuei minha maratona até que, no Bairro do Cruzeiro, vi o terreno na Rua Santa Maria coberto pelo gelo. Conversei com o morador, que calculou ser camada de quatro centímetros. Sua esposa contou que havia deixado um balde com água fora de casa e encontrou apenas uma pedra de gelo. Mais uma vez acionei minha inseparável Yashica e fiz várias fotos. O intenso frio vinha deixando sua marca trágica desde o início daquela semana, tanto é que na madrugada de quarta-feira (dia 17), quando a temperatura registrou 1,8 grau, duas pessoas morreram: um carpinteiro, que, depois de deixar um bar, acabou caindo em uma das ruas da Vila Margarida, e um idoso, no Bairro do Cruzeiro, que morava num barraco. Na quinta-feira, um outro corpo foi encontrado, desta feita, um morador de rua que tentava chegar ao albergue. Morreu próximo ao local. Ao seu lado, foi encontrada uma pequena trouxa, contendo seus documentos e um pedaço de pão. Na edição de sexta-feira, a matéria principal: “Enquanto alguns pontos do município de Bandeirante viviam a primeira nevasca da história de Mato Grosso, no período compreendido entre as 6 horas e 8 horas da manhã de anteontem, Campo Grande amanhecia ontem coberta por uma fina – em alguns casos, camada grossa – camada de gelo, originada da baixa temperatura, que atingiu dois graus negativos”. Segundo ainda a reportagem, “nas ruas da cidade, aqueles que acordaram mais cedo ou saíram antes das 7h30min puderam ver nos tetos dos automóveis a camada de gelo formada durante a madrugada. O Serviço de Meteorologia da Base Aérea, por seu turno, indicava a temperatura mínima: um grau e meio abaixo de zero. A mesma fonte, baseada em seus arquivos, garantiu que a última frente de igual intensidade, que atingiu Campo Grande, ocorreu há cerca de 20 anos, ou seja, em 1955”. A cafeicultura nascente, segundo o Correio do Estado, agonizava por causa da geada. A reportagem ouviu o cafeicultor Gabriel Abrão. Eis o trecho da reportagem: “A cafeicultura do sul de Mato Grosso acabou; a geada queimou tudo. Foi um desastre total. A afirmação foi feita ontem pelo cafeicultor Gabriel Abrão, proprietário da maior plantada com café, que afiançou que ‘não ficou um pé sem queimar’. Isso significa que, para o próximo ano, a sua produção calculada para 30 mil sacas ficou também reduzida a zero. ‘O café só voltará a produzir dentro de dois anos, mas se ocorrerem mais uma ou duas geadas, o pé morre e a fatalidade estará completa’”. Na oportunidade, Gabriel Abrão disse que a geada apenas tinha acabado com a produção, mas outras podiam acabar com os cafezais recém-formados. Segundo ele, seria a primeira colheita de maior expressão dos cafezais plantados com financiamento do Banco do Brasil, dentro de um projeto lançado dois anos antes. A estimativa de perda foi de 40 milhões de pés liquidados pela geada. Os prejuízos, na época, eram inestimáveis e Gabriel disse que sua perda seria em torno de 5 milhões de cruzeiros. Em Corumbá, o gado estava morrendo no Pantanal. Segundo a reportagem, alarmava os pecuaristas novatos, mas não os mais experientes, que já previam a mortandade estimada, até o fim do frio, em 20 mil cabeças, o que seria relativamente pequeno em relação ao número de reses mortas na última enchente, que foi de aproximadamente 300 mil animais. Em Rochedinho e Nova Andradina, entre outros municípios, também foram registradas mortes de gado pelo frio. Em Dourados, a quinta-feira foi também de muito frio e preocupação da população com os eventuais prejuízos na pecuária e lavoura. No município de Ponta Porã, a temperatura registrada foi de quatro graus abaixo de zero, causando desolação aos produtores rurais, principalmente aos triticultores, os quais estimavam que teriam perda considerável na lavoura. A reportagem do correspondente informava que a região de Dourados era a de maior expressão na criação de gado nelore puro e as perdas, segundo levantamento preliminar, eram grandes. As pastagens também tinham registrado danos consideráveis. A cobertura desse período que causou mortes de pessoas e animais, além da produção agrícola, foi um trabalho de equipe, conforme o Correio do Estado na edição daquela sexta-feira: “O levantamento sobre a onda fria, em Mato Grosso, é dos redatores Antonio João Hugo Rodrigues e Montezuma Cruz. As fotos de Hordonês Echeverria, Fausto Brites, Antonio Hugo e Jorge Sayegh. Os correspondentes Byron de Medeiros (Ponta Porã), José Feliciano Baptista (Corumbá), José Santos Rocha (Dourados) e Paulo Tarso H. Rodrigues (Bandeirante). ©2024 Correio do Estado. Plataforma 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Leandro A M Leite Posted July 25, 2024 at 03:55 PM Share Posted July 25, 2024 at 03:55 PM (edited) Interessante é que 1974 foi um ano fraco em matéria de frio em Cuiabá e Campo Grande, mesmo com a La Niña já formada desde 1973, em 1974 Campo Grande não baixou de 8ºC no aeroporto, os valores de 4ºC e 7ºC em abril são erros grosseiros, e Cuiabá teve mínima de 11,9ºC, mas foi vampiro com máxima de 31ºC, e o menor valor de tarde foi 17ºC em setembro, em 1974 o destaque em Cuiabá foi a enchente que também atingiu todo o Pantanal, e se deu em 18 de março, 24 mil pessoas ficaram desabrigadas, quase 1/4 da população cuiabana, ainda bem que o frio só veio com força em 1975, com 3,3ºC, Campo Grande deu -1ºC no aeroporto, no INMET deu -3ºC. https://primeirapagina.com.br/meio-ambiente/50-anos-depois-veja-fotos-da-maior-enchente-que-a-baixada-cuiabana-ja-viu/ Edited July 25, 2024 at 03:57 PM by Leandro A M Leite 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 25, 2024 at 06:01 PM Author Share Posted July 25, 2024 at 06:01 PM Em 25/07/2024 em 12:55, Leandro A M Leite disse: Interessante é que 1974 foi um ano fraco em matéria de frio em Cuiabá e Campo Grande, mesmo com a La Niña já formada desde 1973, em 1974 Campo Grande não baixou de 8ºC no aeroporto, os valores de 4ºC e 7ºC em abril são erros grosseiros, e Cuiabá teve mínima de 11,9ºC, mas foi vampiro com máxima de 31ºC, e o menor valor de tarde foi 17ºC em setembro, em 1974 o destaque em Cuiabá foi a enchente que também atingiu todo o Pantanal, e se deu em 18 de março, 24 mil pessoas ficaram desabrigadas, quase 1/4 da população cuiabana, ainda bem que o frio só veio com força em 1975, com 3,3ºC, Campo Grande deu -1ºC no aeroporto, no INMET deu -3ºC. https://primeirapagina.com.br/meio-ambiente/50-anos-depois-veja-fotos-da-maior-enchente-que-a-baixada-cuiabana-ja-viu/ É interessante isso em Cuiabá em muito normal isso quando uma massa polar mesmo forte consegue fazer a temperatura mínima cair muito , mais por causa do ar seco e ser um estado quente faz calor durante a tarde aqui no Rio de Janeiro isso não acontece muito. 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 30, 2024 at 10:40 PM Author Share Posted July 30, 2024 at 10:40 PM Wikipédia Pesquisar Esconder WLE BR.svg Participe do maior concurso livre de fotografia de natureza e concorra a uma expedição fotográfica! De 1 a 31 julho! Nevada de 1975 no Paraná Língua Descarregar PDF Vigiar Editar A nevada de 1975 no Paraná faz referência a um evento climático que atingiu o estado brasileiro do Paraná.[1][2] Nevada de 1975 no Paraná Data 17 de julho de 1975 Local Paraná Tipo Evento meteorológico Causa Grande frente fria Durante quase todo o dia 17 de julho de 1975 foi registrada uma precipitação de neve no município de Curitiba, capital do estado do Paraná, com flocos que cobriram a cidade de branco. Nevou também nas serras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.[3][4] Uma combinação climática de temperaturas negativas com chuva atingiu a região de Curitiba, chegando a -2º Célsius .[1] Palmas, município do sul do Paraná, registrou -11,5 °C.[5] A onda de frio cobriu quase todo o território paranaense e outras localidades registraram temperaturas negativas, inclusive na região norte, como Londrina.[6][7][8] O ano de 1975 ficou marcado na história paranaense com diversas consequências sociais e econômicas. Na madrugada de 18 de julho de 1975 ocorreu o fenômeno conhecido como "geada negra", que não é em sentido estrito uma geada, mas sim uma condição atmosférica que provoca o congelamento da parte interna da planta (da seiva), deixando-a escura, queimada e morta, que foi devastador para a agricultura ao dizimar as lavouras, principalmente toda a produção cafeeira, então a maior riqueza da região, que contava com mais de 1 milhão de hectares cultivados. Para a economia do estado ocasionou prejuízos inestimáveis, provocando grande recessão econômica.[9][10] Existem registros de nevadas em Curitiba desde o século XIX. Outros eventos ocorreram nos anos de 1928, 1942 e 1955 e em 23 de julho de 2013, durante outra onda de frio intensa.[11][12] Ver também Referências Última modificação há 12 meses por Snoowes Wikipédia Conteúdo disponibilizado nos termos da CC BY-SA 4.0, salvo indicação em contrário. Política de privacidade Condições de utilizaçãoVersão desktop Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 30, 2024 at 10:42 PM Author Share Posted July 30, 2024 at 10:42 PM x Ir para o conteúdo Portal Mário Adolfo HOME AMAZONAS DITO & FEITO BRASIL RORAIMA POLÍCIA PARINTINS CHARGES ARTIGOS COLUNISTAS AUTORES MANAUS — TEMPERATURA — FRIO — FRIAGEM — A CRÍTICA 19 de julho de 1975, o dia em que Manaus tremeu de frio Friagem em Manaus fez história no ano de 1975. Saiba como foi o caso e a repercussão na época. MÁRIO ADOLFO FILHO Julho 27, 2017 . 9:19 AM 2 min ler Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no LinkedIn Share on WhatsApp Compartilhar via Email Capa do jornal A Crítica A frente fria que atingiu Manaus na madrugada desta quarta-feira, 19/07, remete a um dia histórico na vida da cidade – o 19 de julho de 1975, quando, acredite se quiser, a temperatura caiu para 17°C e, no Sul do estado do Amazonas chegou a 5°C. Alguns jornais chegaram a dar em manchetes que pessoas mais idosas não resistiram ao “intenso” e acabaram morrendo. Pause Unmute Current Time 0:15 / Duration 0:30 Fullscreen Manaus sediava naquele ano o IX Congresso Eucarístico com o tema “Repartir o Pão” e os visitantes da cidade, que vinham preparados para enfrentar o “Saara” com temperaturas que oscilavam entre 38ºC a 42ºC foram surpreendidas. "Fez muito frio, mas não lembro se morreu alguém –, comenta o deputado Serafim Corrêa (PSB). A historiadora Etelvina Garcia também afirma que não tem registro sobre mortes na friagem de 75. "Sinceramente, nunca ouvi ninguém dizer nada parecido com morte em Manaus, causada por friagem. Lembro mesmo é da friagem que acontecia no mês de junho, mas festas de São João, na Manaus da minha infância, nos anos 1940. Era uma delícia (ninguém morria) – conta Etelvina. Lembra a historiadora que os vendedores ambulantes batiam às portas das casas oferecendo ervas e folhagens da floresta, alimentando um costume dos antigos, que falavam dos milagres dos banhos de cheiro nos tempos de Santo Antônio, são João, São Pedro e São Marçal. Jornal A Crítica de 1975 - Manaus treme de frio Notícia ficou mrcada na história da cidade Mas o que provocou tanto frio? De acordo com os climatologistas, a geada branca se caracteriza pelo pouco vento. Mas a de 75 foi a típica “geada negra”, com o vento gelado soprando do sul, vindo da Cordilheira dos Andes, enchendo os vales e transbordando para lugares mais altos. Há quem diga que a onda de frio de julho de 1975 foi de bater o queixo, mas os mais antigos garantam que, oficialmente, a mais intenda friagem que se abateu sobre o território brasileiro foi a de 1955. O problema é que em cidades como Curitiba, Porto Alegre, são Paulo, Florianópolis , Belo Horizonte, Belo Horizonte, Santa Catarina estão acostumados à constantes quedas de temperatura. Naquele ano, principalmente na região sul do Brasil, o frio foi insuportável. Na região sudeste a onda de frio também deixou marcas, com temperatura mínima abaixo de zero na capital paulista. Nevou nos três estados do Sul e em muitos locais onde o fenômeno é raro. Foz do Iguaçu, por exemplo, teve neve e a temperatura caiu a 3,5ºC abaixo de zero. A neve caiu em diversas regiões gaúchas, do Sul ao Norte do Estado. A temperatura caiu a valores negativos na capital paulista e chegou a 10ºC abaixo de zero no Planalto de Palmas, no Paraná. Em Manaus, 20º C já são dignos de ostentação. Publicidade BEMOL Publicidade ATEM Publicidade TCE Publicidade UEA Relacionados Escolas de samba se dividem e desfile vira dúvida MANAUS Escolas de samba se dividem e desfile vira dúvida MÁRIO ADOLFO FILHO Abril 26, 2017 Givancir: “Silas, Pauderney, Arthur e Alfredo são cinco canalhas” MANAUS Givancir: “Silas, Pauderney, Arthur e Alfredo são cinco canalhas” REDAÇÃO Maio 3, 2017 Juíza nega pedido de prisão preventiva de blogueira MANAUS Juíza nega pedido de prisão preventiva de blogueira REDAÇÃO BMA Fevereiro 27, 2019 Shoppings de Manaus recebem doações para as vítimas do incêndio no Educandos MANAUS Shoppings de Manaus recebem doações para as vítimas do incêndio no Educandos REDAÇÃO BMA Dezembro 19, 2018 Mais Recentes PC-AM apreendeu 10 toneladas de drogas no primeiro semestre de 2024 POLÍCIA PC-AM apreendeu 10 toneladas de drogas no primeiro semestre de 2024 REDAÇÃO BMA Julho 30, 2024 MPAM cumpre 21 mandados para apurar desvio no exercício da advocacia AMAZONAS MPAM cumpre 21 mandados para apurar desvio no exercício da advocacia REDAÇÃO BMA Julho 30, 2024 Polícia Federal indicia governador do Rio de Janeiro BRASIL Polícia Federal indicia governador do Rio de Janeiro REDAÇÃO BMA Julho 30, 2024 Amazonas Beer Festival inicia nesta sexta-feira, com diversas opções de cervejas artesanais AMAZONAS Amazonas Beer Festival inicia nesta sexta-feira, com diversas opções de cervejas artesanais REDAÇÃO BMA Julho 30, 2024 Portal Mário Adolfo Twitter Facebook RSS Home Autores Termos de Uso Contato Portal Mário Adolfo © Copyright 2024 Todos os direitos reservados. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Gabriel Nogeira Posted July 30, 2024 at 10:43 PM Author Share Posted July 30, 2024 at 10:43 PM X Uma empresa do Rio Grande do Sul Anúncios O DIA EM QUE RECIFE INUNDOU E MEIO BRASIL CONGELOU No mesmo dia em julho de 1975, Recife teve a sua maior enchente e o Sul do Brasil enfrentou uma catástrofe econômica pelo frio Autor: ESTAEL SIAS 30/05/2022 - 16:05 Compartilhar: Anúncios Em julho de 1975, em ano de inverno muito rigoroso, dois desastres se abateram pelo clima no Brasil simultaneamente com imenso custo de vidas e prejuízos econômicos. Ao mesmo tempo que a cidade do Recife enfrentava a maior enchente da sua história, uma brutal onda de frio com geada severa generalizada dizimava a produção de café brasileira no pior evento polar enfrentado pelo setor na história recente. Enchente de 1975 é considerada a maior catástrofe natural da história de Recife e deixou dois terços da cidade inundados | ARQUIVO HISTÓRICO A tragédia da chuva de agora em Recife traz à memória o desastre de quatro décadas atrás. A capital pernambucana enfrentou duas grandes enchentes no último meio século, a primeira em 1966 e a segunda, e maior, em julho de 1975. Entre os dias 17 e 18 de julho de 1975, córregos e o Rio Capibaribe se elevaram rapidamente e transbordaram, inundando bairros inteiros. Cerca de 80% da cidade do Recife ficou debaixo d´água. Os jornais de Pernambuco descrevem que “ruas ficaram intransitáveis, dezenas de árvores caíram, muitos carros viraram, todos os serviços literalmente pararam, as lojas, muitas inundadas, fecharam. Mais da metade da cidade ficou sem energia elétrica, os hospitais funcionavam à luz de velas. O transporte nos bairros era improvisado em botes e barcos, um verdadeiro terror”. O então governador José Francisco Moura Cavalcanti deu entrevista no Palácio do Campo das Princesas em que alertou para a enchente e apelou às pessoas que voltassem para suas casas. Outras 25 cidades banhadas pelo Rio Capibaribe foram atingidas, algumas duramente como Camaragibe e São Lourenço da Mata. Morreram 107 pessoas e 350 mil ficaram desabrigados, muitos perdendo tudo nas suas casas destruídas, relata o jornalista João Alberto Martins Sobral. PLAYVOLUME00:00/09:31TRUVIDFULLSCREEN “Recife ficou de joelhos perante a força da natureza”, descreveu o Jornal do Comércio. Foram 31 bairros e 370 ruas atingidas pelo transbordamento do Rio Capibaribe. Os bairros que ficam na bacia do curso-d’água – Caxangá, Iputinga, Cordeiro, Casa Forte, Afogados, Madalena entre outros – foram os mais atingidos. Ruas inteiras ficaram embaixo d’água, houve desabamentos, milhares de flagelados, e o pior: vidas, de todas as classes sociais, foram interrompidas. “De fato, foi a maior enchente que Recife enfrentou. Dois terços da cidade ficaram inundados. Tivemos que começar tudo de novo”, diz o historiador Leonardo Dantas, que analisou as cheias do Rio Capibaribe desde o século 19. Segundo ele, a construção de barragens ao longo do curso de água evitou novas cheias como esta. As obras ainda teriam permitido o crescimento de áreas que ficavam inundadas com frequência até a década de 1970. RECIFE INUNDAVA, MEIO BRASIL CONGELAVA Na mesma hora em que a cheia do Rio Capibaribe inundava Recife na maior catástrofe natural da capital pernambucana, um desastre econômico se abatia em estados do Centro e do Sul do Brasil com uma enorme e muito intensa massa de ar polar que trouxe geada severa em diversos estados, dizimando a produção brasileira de café como jamais se vira no Brasil moderno. O Paraná foi o estado mais castigado pela geada, embora a geada tenha trazido prejuízos também no Sudeste com danos para o café em Minas Gerais. No dia 18 de julho de 1975, uma forte geada ocorreu na região do Norte do Paraná atingindo as plantações de café, ficando conhecida como “geada negra” de 1975. O fenômeno natural que dizimou as plantações é mencionado pela historiografia e mantido na memória coletiva da cidade como responsável pelo fim da cultura cafeeira na região. “Não sobrou um único pé de café no Paraná. A lavoura de trigo foi dizimada, as demais culturas não existem mais. Esse é o relatório preliminar, mas real, dos estragos causados pela geada que atingiram todo o território paranaense. E este é o tom do relatório feito ontem à noite pelo governador Jaime Canet ao presidente Ernesto Geisel. Ele coincide com a observação de todos os homens ligados à cafeicultura”, informava o jornal Folha de Londrina na sua edição de 19/07/1975. A cidade de Londrina era considerada a “capítal mundial do café” em 1975 até que veio a geada negra que devastou os cafezais e arrasou a economia do Paraná com dois milhões de pessoas deixando suas terras e casas após as perdas pelo frio | FOLHA DE LONDRINA/REPRODUÇÃO O impacto econômico e social foi devastador. No ano anterior à geada, o Paraná representava 80% da produção nacional de café. Além de desemprego e dificuldades financeiras, o desastre da geada que aniquilou a produção de café levou muitos produtores a abandonar suas terras e casas. O resultado foi êxodo rural que, conforme alguns estudos, atingiu cerca de dois milhões de pessoas. Os trabalhadores rurais, desempregados, deixaram o Paraná em busca de emprego em outros estados. Algumas cidades perderam grande parte de sua população. Muitos decidiram vender suas terras e partiram para o Mato Grosso, São Paulo e Rondônia. Os que ficaram no Paraná se mudaram para grandes centros urbanos como Londrina e Maringá. O QUE ACONTECEU NAQUELA SEMANA DE 1975? A terceira semana de julho de 1975 teve uma das mais intensas incursões de ar polar que o Brasil enfrentou nas últimas décadas. De trajetória continental, avançando pelo interior da América do Sul, que rendeu na literatura a expressão “Poço dos Andes”, o ar gelado atingiu diversas áreas do território brasileiro. Brasília (DF) teve a mínima absoluta da sua história com 1,4ºC. Esquematização do evento “Poço dos Andes” baseada na sequência do satélite geoestacionário SMS-2 entre 13 e 18 de julho de 1975 e imagens do satélite NOAA-4 de 17 e julho de 1975 | MASTER/IAG/USP/NOAA A incursão de ar gelado provocou geada em muitos estados, inclusive no Sul da Amazônia e no Brasil Central, e trouxe grande episódio de neve no Sul do Brasil a ponto de ter nevado na cidade de Curitiba. Foi um evento de frio tão extraordinário que a neve acumulou com grossa camada no alto do Morro Ferrabrás, em Sapiranga, na Grande Porto Alegre. Nevou no Sul, na Campanha, nos vales, no Noroeste gaúcho e no Centro gaúcho, em algumas cidades quase ao nível do mar. A neve caiu ainda em diversas regiões de Santa Catarina e do Paraná, inclusive no Oeste e com acumulação. Já no Nordeste do Brasil, enquanto a intensa frente fria avançava pelo Brasil no dia 17 se via uma vigorosa onda de Leste atuando na região. As chamadas ondas de Leste nada mais são que áreas de perturbação atmosférica que avançam pela região tropical do continente africano em direção às Américas, muitas vezes dando origem às tempestades tropicais e furacões no Atlântico Norte. No Nordeste do Brasil, as ondas tropicais são responsáveis por gerar chuva em volumes excessivos. LA NIÑA EM 1975 O mesmo cenário climático global que favoreceu o frio excepcional em grande parte do Brasil também contribuiu para a maior enchente da história de Recife. No inverno de 1975, assim como agora em 2022, o fenômeno La Niña atuava no Oceano Pacífico. O chamado ONI (Oceanic Niño Index) era de -1,1ºC no trimestre de junho a agosto de 1975. Desde então, valor tão baixo do ONI no inverno somente foi observado em 1988 (-1,3ºC) e 1999 (-1,1ºC). O fenômeno La Niña é conhecido por favorecer intensas e poderosas ondas de frio no Brasil durante o inverno. Muitas das principais ondas de frio históricas que assolaram o país se deram durante a atuação do fenômeno caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial. O mesmo fenômeno, que aumenta o risco de estiagem no verão no Sul, incrementa a chuva no Nordeste do Brasil com excessos. SOBRE O AUTOR Estael Sias Estael Sias, MSc., é autora de MetSul.com e meteorologista formada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Mestre em Meteorologia pela Universidade de São Paulo (USP). Sócia-diretora da MetSul Meteorologia com passagem pelo Grupo RBS, Canal Rural e Defesa Civil de São Paulo. PREVISÃO DO TEMPO PARA A SUA CIDADE BUSCAR ANTERIORArgentina tem recorde de frio que gelou a fronteira gaúchaPRÓXIMOChuva segue no Nordeste com mais mortes e 20 mil fora de casa ACESSO ASSINANTE ENTRAR Perdi minha senha ANÚNCIOS Anúncios MAIS LIDAS 1 Massa de ar frio derrubará temperatura no Sul e no Sudeste do Brasil 2 Choque térmico na virada do mês com frio abaixo de zero e depois calorão 3 Frente fria traz chuva e o retorno do frio com vento Sul neste domingo 4 Chuva, vento e frio em começo de semana tipicamente de inverno 5 Chuva retorna ao Rio Grande do Sul nesta quinta; veja onde deve chover ANÚNCIOS Anúncios ANÚNCIOS Anúncios FALE COM A METSUL (51) 3533 1983 | (51)3785 7752 | comercial@metsul.com © 2024 Metsul.com | Desenvolvido pela Quater A reprodução em parte dos conteúdos da MetSul é autorizada desde que citada a fonte e publicado o hyperlink para o original https://metsul.com/o-dia-em-que-recife-inundou-e-meio-brasil-congelou/ . 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Gabriel Nogeira Posted August 20, 2024 at 11:25 AM Author Share Posted August 20, 2024 at 11:25 AM Gente eu perguntei para Climatempo a respeito da onda de frio de julho de 1975 e ela confirmou que o Rio de Janeiro teve máxima de 16 graus na onda de frio na época uma coisa que é super rara de acontecer num estado quente pra isso acontecer tem que ser uma onda de frio muito forte como a de julho de 1975. 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
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