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Brasil Abaixo de Zero

Frio em agosto: pode nevar de quarta pra quinta ????


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Não é rodada maluca, não é rodada fora de hora, não é rodada isolada. Não postaria aqui uma notícia bombástica que não passe pelo critério do mais novo baziano mebro da ala pessimista.

 

-Há mais de TRINTA dias os modelos colocam em TODAS as rodadas a formação de um enorme anticilone no pacífico centro-sul em deslocamento para o Cone Sul entre os últimos 10 dias do mês.

 

-Em TODAS as rodadas ele varia o potencial deste anticilone entre no MÍNIMO 1030mb e no MÁXIMO 1040mb no oceano.

 

-A Climatologia Urbana de São Leopoldo, com base numa série de estudos e "feeling profissional" adverte sobre os ciclo existentes entre as massas mais fortes. Entre 25-30 dias.

 

-Neste ano podemos observar perfeitamente a existência deste ciclo.

 

-Todos sabemos da influência da lua cheia e da lua nova na entrada de fortes ondas de frio, pois bem, dia 19 é a entrada da lua cheia.

 

-Até a provável entrada deste anticilone estaremos sob a influência de um forte bloqueio. Alguém aí se lembra como foram os dias anteriores a 12/08/1999, 11/07/2000, 01/09/2002, para citar os mais recentes e quanto a 65, 94, 84 e por aí vai?

 

-Não tivemos neste ano ainda nenhum ciclone posicionado exatamente sobre o prata, ou eles se formaram ao sul da Pca Buenos Aires ou na costa Catarinense como neste último episódio, sabemos no entanto que não há inverno que não se forme ao menos um ciclone no Prata.

 

-Por essas e por outras que eu, apesar de começar a fazer parte da ala pessimista do Baz, faço uma análise criteriosa para concluir que existe uma GRANDE possibilidade de sermos atingidos por uma mega-massa polar no final deste mês.

 

Sds

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Pela estatística estamos confiantes numa forte massa de ar frio para o final de agosto e/ou começo de setembro. Pelos modelos estamos preocupados que ela pode não vir e a grande alta descrita com precisão pelo Caio acaba novamente desviando pelo sul. Monitoremos. Esta onda de frio de poucos dias atrás foi algo que se apurou apenas uma semana antes. Tudo se encaminhacva pra um desastre total na primeira quinzena e eis que uma semana antes os modelos mostraram uma nova tendência.

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Esta é apenas uma de muitas rodadas, como o snow-forecast é de curto prazo só pegou ele bem em sua última rodada de hoje e ainda em sua mais extensa previsão. Outros modelos mais avançados já a pegaram a 30 dias como falei. Pelo snoe-forecast fica mais ilustrativo e de fácil vizualização acompanhem:

 

Percebam outra coisa importante, a pressão sobre a costa sul do não estará sob a influência da parte mais forte do anticilone do atlântico, este quando muito próximo da costa Brasileira impede que a pressão baixe o suficiente no Prata para a formação da baixa. Em todas as ocasiões neste ano a baixa não se formou porque a pressão atmosférica exercida sobre a costa sul Brasileira e do Prata era muito forte, entre 1020mb/1025mb com o centro da alta com até 1040mb no atlântico, observem que desta vez a alta do atântico estará um pouco mais afastada e a pressão na região do prata será um pouco mais baixa, no que pode incrementar o começo de uma forte zona de baixa pressão. Bom é meio complicado mas acho que dá pra entender. Deu?

:roll:

 

monstro.jpg

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Belo trababalho Duquia. Mas fica meu pedido, pessoal, para que a mídia internet também seja aproveitada. Afinal, é o meio que permite a todo mundo (capital, interior, fora do estado e fora do país) saber o que se passará no Paraná. O Simepar tem cabeças brilhantes e vou ser sincero, pra quem está de fora, não se vê a extensão e a qualidade do trabalho que vocêm realizam pelos canais citados. O Ernani trabalha aí. Pergunta pra ele, que tem a formação dos norte-americanos, o quanto a internet é hoje uma ferramenta de comunicação pública nos States.

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Esta é apenas uma de muitas rodadas, como o snow-forecast é de curto prazo só pegou ele bem em sua última rodada de hoje e ainda em sua mais extensa previsão. Outros modelos mais avançados já a pegaram a 30 dias como falei. Pelo snoe-forecast fica mais ilustrativo e de fácil vizualização acompanhem:

 

Percebam outra coisa importante, a pressão sobre a costa sul do não estará sob a influência da parte mais forte do anticilone do atlântico, este quando muito próximo da costa Brasileira impede que a pressão baixe o suficiente no Prata para a formação da baixa. Em todas as ocasiões neste ano a baixa não se formou porque a pressão atmosférica exercida sobre a costa sul Brasileira e do Prata era muito forte, entre 1020mb/1025mb com o centro da alta com até 1040mb no atlântico, observem que desta vez a alta do atântico estará um pouco mais afastada e a pressão na região do prata será um pouco mais baixa, no que pode incrementar o começo de uma forte zona de baixa pressão. Bom é meio complicado mas acho que dá pra entender. Deu?

:roll:

 

monstro.jpg

 

Caio. Devido ao teu GRANDE pessimismo. Acredito que a tua orientação técnica para a vinda do frio é correta. Tenho acompanhado tuas previsões e as vejo como sendo bem detalhadas e que tê acertado com boa margem percentual.

Até mesmo quando os institutos que nos acompanham aqui no BAZ dão certeza tu tens teus critérios para criticar e dar teus pareceres. Ainda não evoluí para uma análise mais técnica como a tua, mas acredito que virá um frio. Nas últimas manifestações do Prof Eugênio na Imprensa ele falou de leve na possível massa polar para dia 19. Minha intuição: haverá um bloqueio na próxima semana, seguido de inteso calor, após, uma frente fria e a chegada de frio inteso e formação de ciclone. Acho que teremos uma grata surpresa.

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Pela estatística estamos confiantes numa forte massa de ar frio para o final de agosto e/ou começo de setembro. Pelos modelos estamos preocupados que ela pode não vir e a grande alta descrita com precisão pelo Caio acaba novamente desviando pelo sul. Monitoremos. Esta onda de frio de poucos dias atrás foi algo que se apurou apenas uma semana antes. Tudo se encaminhacva pra um desastre total na primeira quinzena e eis que uma semana antes os modelos mostraram uma nova tendência.

 

Existe sim a possibilidade desta próxima alta polar ser desviada para o sul, como quase todas que nos atingiram neste ano.

Os modelos ainda divergem muito quanto a trajetória, contudo concordam que a intensidade tem tudo para ser a mais forte do ano, quem sabe dos últimos anos.

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Metar das 0100Z confirma. Baixou a cerração. 800 metros de visibilidade em SBPA e SBCO (Salgado Filho e Base Aérea de Canoas). Já tem FG (fog ou neblina) no metar de CO.

 

Aqui a temperatura não cai devido ao vento que mudara ao quadrante norte. Estávamos com boa queda, a 17.3ºC quando subitamente passamos a 18.5ºC. :evil:

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Buenas: "cerração que baixa, sol que racha"! Amanhã termos um boa amplitude térmica. Sairemos de 9°/10° e vamos passar dos 20°, possivelmente 23°/24°.

 

Chama a atenção as temperaturas bem similares em todo o estado, entre os 9 e 13 graus. Aqui em POA faz 11,5C pelo meu sensor e na tvcom já aponta 10C. Começou uma queda interessante a partir das 22h.

 

Sds!

Graças a Deus, mesmo!!! Porque nos últimos 3 dias POA esteve com 12°/13°, Torres com 13°/14° e o RS inteiro abaixo dos 10°, sendo que na 4ª-feira a maioria das cidades gaúchas baixou dos 5°... Ontem tivemos 13°, Torres 14°, Rio Grande 10° e todo o resto entre 5°/7°.

A cerração entrou na cidade às 22 h. A queda foi bonita e atingi os 12° já poucos depois das 20 h. Mas agora a queda freiou devido à toda essa umidade. Bati a mínima em torno das 23 h, com 11,3°. 8)

Tenho 11,2° com 100% agora. Nevoeiro. Uma beleza!

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Mesmo se vier a se confirmar esta saída, o frio não será nada que não tenha sido visto até agora este ano por aqui. A mesma saída sequer indica temperatura negativa em 850 hPa no RS. Na Argentina, é outra história. Por isso dissemos, não somos Bahia Blanca.

 

Apesar que é dificil de confirmar.. falta ainda 12 dias..meu deus muda muita coisa.

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Enquanto o anticilone no pacífico com potencial variando entre 1032-1040mb já é uma realidade, os modelos voltaram a indicar que a corrente de jato em altos níveis associada a uma alta pressão de 1036mb no oceano atlântico estará muito intensificada durante os próximos 10 dias.

 

O muro está mais forte do que nunca.

 

Será 2005 marcado como o ano dos desperdícios polarers?

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Enquanto o anticilone no pacífico com potencial variando entre 1032-1040mb já é uma realidade, os modelos voltaram a indicar que a corrente de jato em altos níveis associada a uma alta pressão de 1036mb no oceano atlântico estará muito intensificada durante os próximos 10 dias.

 

O muro está mais forte do que nunca.

 

Será 2005 marcado como o ano dos desperdícios polarers?

 

Não seja bonzinho, he he he!!

 

OS ANOS DOS DESPERDÍCIOS POLARES SÃO 2001-2002-2003-2004 E 2005. EM TODOS HOUVERAM MASSAS POLARES FORTÍSSIMAS QUE NÓS MAL SENTIMOS O CHEIRO DA MAIORIA. 2004 PODE SER CONSIDERADA A ÚNICA EXCEÇÃO NO QUARTETO!! MAS SÓ TEVE NEVE "PARAGUAIA", OU SEJA, SEM ACUMULAÇÃO DECENTE!!!!

 

Em termos de frio e principalmente, neve, os últimos anos têm sido terríveis!!!!

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E outra: como disse anteriormente, 2005 vai se confirmando histórico, mas não pela potência dos anticiclones polares que nos atingiram, e sim pela potência do anti-ciclone subtropical. Foram recordes em cima de recordes ao longo de toda a estação!!

 

Pelo visto, as perspectivas de que teríamos uma reviravolta no pacífico e a volta de uma situação típica de La Niña já foi para o saco!! A melhor definição para este ano até agora foi:

 

"o pior outono de todos os tempos e um inverno montanha russa, mas sem extremos de frio, como tinha sido previsto pelo Ronaldo e a Cliamtologia antes da reviravolta das previsões no início de julho"

 

Não vejo chances deste bloqueio enfraquecer no inverno. Só falta mais uma vez termos uma situação de resfriamento no pacífico que só dure o verão: prejuízo para a agricultura e o turismo, seguidos de outro inverno micha em 2006.

 

Percebam que realmente eu vesti a camisa do time do Alex!!!! A situação é lamentável e eu recoloco a pergunta para nossos amigos profissionais:

 

A revisão das previsões feita em início de julho foi para o saco??????

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Estou me aproximando da ala pessimista porque, depois de um outono podre, o inverno teve apenas alguns eventos isolados de frio, com excessão do miolo de julho. Fora isso, o finalzinho de junho e um pequeno pedaço de agosto.

Eu já não acredito mais nesse ano, porém os modelos não podem dar garantia nenhuma sobre o final desse mês, quanto menos setembro. E esperar frio intenso em setembro é apostar no mais difícil.

 

Pra piorar, TODAS as madrugadas dessa semana aqui em POA foram nubladas. Para terem uma idéia, ontem tivemos a maior mínima do RS: 13,6°! Sabe quanto foi Torres?? 10,2°!!! Todo o "resto" do RS ficou em 8° para menos!! Na manhã de 6ª fomos, literalmente, uma ilha de calor!!

Ao longo dessa semana útil, POA foi a única cidade do RS pelo INMET que não tocou a casa dos 10°. Nessa madrugada sim, finalmente, tive 10,7°, e ainda assim com o tempo fechado pelo nevoeiro e os estratus.

Como dizia o Bruno na viagem para SJ: "nascemos na cidade errada!!!". :lol: :evil:

 

Abraços!

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nenhuma massa polar foi boa o suficinente em 2005, para a maior parte do Paraná, as cidades que realmente foram frias são Guarapuava e Palmas, o resto, só fiasco. As minimas extremas deste ano são piada por aqui e o que tivemos de extremo foi a máxima, recorde geral, 37 em Cascavel, 41 em Palotina, 40 em Foz do Iguaçu!

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LOMBA GRANDE - NOVO HAMBURGO, GRANDE PORTO ALEGRE:

 

Temperatura média em 13/08/2005 : 15,3ºC

Temperatura média normal em 13/08/2005 : 16,1ºC

Anomalia de temperatura em 13/08/2005: - 0,8ºC

Temperatura média nos primeiros 13 dias de agosto : 16,9ºC

Temperatura média normal para os primeiros 13 dias de agosto : 5,7ºC

Anomalia de temperatura nos primeiros 13 dias de agosto : + 1,17ºC

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O engracado aqui em Joinville , a media de julho ficou dentro do normal 12,2/21,3 .

Mas a minima absoluta foi de 5,5 , muito alta , so perdendo para o ano de 1998 , por enquanto ne .

mas mesmo com uma media normal, nao senti muito frio nao , em julho foram apenas 8 dias com minimas abaixo dos 10 graus .

O pior mesmo ficou por conta de junho que foi 4 grasu acima da media .

Bom ano passado Joinville ficou 199 dias sem passar dos 30 grasu , o periodo foi de 17 de abril ate o inicio de novembro, sem registrar temperaturas acima dos 30 , esse ano ate agora o ultimo dia que registrei temperaturas acima dos 30 foi no dia 15 de abril, no aeroporto ja chegou a 31 em julho , mas aqui em casa portanto ja fazem 120 dias sem passar dos 30 aqui em casa .

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REDE DE ESTAÇÕES DE CLIMATOLOGIA URBANA DE SÃO LEOPOLDO

 

BOLETIM ESPECIAL

 

DOM 14 AGO 2005 - 05:00

 

SEMANA SERÁ DE CALOR E INSTABILIDADE

 

Rede de Estações de Climatologia Urbana alerta para a possibilidade de temporais na segunda metade da semana

 

Uma massa de ar quente vai deixar o tempo abafado e instável no Rio Grande do Sul durante a semana. É o que indica o prognóstico da Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo. Um bloqueio atmosférico impede o avanço das massas de ar polar em direção ao estado, o que mantém o ingresso de ar quente a partir do norte.

 

Conforme o meteorologista Luiz Fernando Nachtigall, a temperatura vai se manter ao longo de toda a semana. Nachtigall destaca que a sensação será de abafamento, sobretudo a partir de quarta-feira, quando se espera o ingresso de ar úmido.

 

A Rede de Estações de Climatologia Urbanba de São Leopoldo prevê a possibilidade de chuva esparsa no sul e oeste gaúcho segunda e terça-feira com a instabilidade tomando conta das demais regiões de quarta em diante. A Climatologia Urbana alerta que a combinação de ar muito quente e umidade deve favorecer a ocorrência de trovoadas e de temporais, especialmente a partir de quarta-feira, com chance de queda de granizo e vento forte em pontos localizados. Na análise do meteorologista Luiz Fernando Nachtigall, o risco de temporais será maior no oeste e noroeste do estado. Alguns temporais podem ser de forte intensidade e nos próximos dias estaremos detalhando, seja em boletins de previsão ou alerta, o risco de tempo severo.

 

Responsável Técnico: Meteorologista Luiz Fernando Nachtigall

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As últimas projeções dos modelos parecem confirmar o que a Climatologia e o nosso amigo Jonathan já vinham sugerindo antecipadamente.

 

-Não deve se tratar de uma massa polar continental.

-Não será histórica.

-Ou seja, será mais um enorme desperdício. 1040mb que não devem entrar com toda a força sobre o centro-sul brasileiro.

 

Os modelos adotam uma situação muito interessante. O anticiclone monstro com 1040mb deve seguir rumo sul, fazendo um contorno no extremo sul do continente e subindo pela costa patagônica em direção ao Brasil. Pelas projeções atuais este anticilone pode chegar com até 1030mb marítimos sobre a costa do RS.

 

altamar1.jpg

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CAIO

 

Se aquela baixa não viesse cavando quase paralelamente à alta haveria uma chance real de um bom frio para os estados do Sul. Nem estou acessando os modelos mas seria interessante de se olhar os médios e os altos níveis de pressão atmosférica. Se a baixa se estende até os altos é bem provável que ultrapassará a barreira dos Andes com facilidade e, pelas características de densidade, esta tende a ser mais rápida que o núcleo da alta. Se esta condição for obedecida é uma dificuldade a mais para o frio se estabelecer!

 

Saudações E N C A R N A D A S

 

Perfeitamente Duquia. Muito bem observado. Além do anticilone do atlântico e da corrente de jato temos agora mais um fenômeno desfavorável a entrada do ar frio.

 

Sds

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Abril recorde de calor,

 

maio recorde de calor,

 

junho recorde de calor,

 

julho normal,

 

 

agosto recorde de calor!!

 

Só uma palavra, com o perdão dos administradores: Pu.. que Pa...

 

Se não entrar um fri osignificativo no final do mês, é o pior dos mundos! 2002 é fichinha!!

 

 

E mais, pelo silêncio dos profissionais, antevejo mais um longo período com anomaia positiva no pacífico......

 

Existe uma das correntes dos defensores do aquecimento global que prega que, por causa das emissões de CO2, o futuro seria um El Niño permanente!!! Estou começando a achar esta idéia razoável.........

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Pu.. que Pa...

 

PQP! :lol:

 

Se não entrar um fri osignificativo no final do mês, é o pior dos mundos! 2002 é fichinha!!

 

2002 teve temperatura de -0,3ºC em Cascavel e de 1,4 em Curitiba (dados do Simepar)

 

Existe uma das correntes dos defensores do aquecimento global que prega que, por causa das emissões de CO2, o futuro seria um El Niño permanente!!! Estou começando a achar esta idéia razoável.........

 

acho isso um exagero, bobagem!

 

resta apreciar as condições exoticas do calor, torço para novidades. Aprecio também o dia de hj, meio nublado, quente, abafado, seco...

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E mais, pelo silêncio dos profissionais, antevejo mais um longo período com anomaia positiva no pacífico......

Existe uma das correntes dos defensores do aquecimento global que prega que, por causa das emissões de CO2, o futuro seria um El Niño permanente!!! Estou começando a achar esta idéia razoável.........

 

BOLETIM 1 - 31/05/2005

 

http://www.defesacivil.rs.gov.br/meteorologia/meteorologia_view_html?tipo=P&id_not=20050531-071052

 

REDE DE ESTAÇÕES DE CLIMATOLOGIA URBANA DE SÃO LEOPOLDO

 

BOLETIM ESPECIAL

 

TER 31 MAI 2005 - 07:00

 

CIENTISTAS ANUNCIAM NOVAS DESCOBERTAS SOBRE VARIAÇÕES DO CLIMA MUNDIAL

 

Em recente artigo, o professor Robert E. Davis, catedrático de Ciências Ambientais na Universidade de Virgínia nos Estados Unidos, faz uma série de análises sobre o clima no planeta.

 

Conforme Davis, "à luz da recente histeria sobre aquecimento global, é interessante de vez em quando colocar as recentes alterações no clima sob uma pesperctiva mais ampla. Ficamos ouvindo sobre anos quentes, séculos quentes, secas devastadoras e históricas, fenômenos atribuídos à busca pela humanidade de melhor qualidade de vida". Acrescenta que "tragicamente, na maioria dos casos, temos poucos registros históricos de valor para determinar se realmente um recorde ou extremo foi batido", observa.

 

O professor norte-americano baseia a sua análise na PDO, sigla em inglês para Oscilação Decadal do Pacífico.

 

O coordenador da Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo Eugenio Hackbart, observa que a PDO é um padrão de temperatura da superfície do mar no Pacífico com variabilidade mais longa que os episódios de El Niño e La Niña (ENSO) com escalas temporais médias de 20 a 30 anos. Hackbart explica que o clima do planeta é cíclico, estando em permanente evolução. Há os ciclos curtos de anos como o El Niño e La Niña, os médios de décadas como a PDO e os muito longos de séculos provocados pela atividade solar.

 

A Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo ressalta que o El Niño caracteriza-se por águas superficiais mais quentes que a média no Pacífico Equatorial enquanto o La Niña por águas mais frias que a normal histórica. O Niño traz chuva e temperatura acimas da média para o sul do Brasil e seca no Nordeste. Já o La Niña está associado a secas e anos mais frios no sul e chuva acima do normal no Nordeste. Já a PDO (Oscilação Decadal do Pacífico) caracteriza-se por uma tendência do comportamento da temperatura das águas do Pacífico a cada 20, 30 anos. Está assim representado:

 

PDO Positiva => tendência de maior número de episódios de El Niños e mais intensos. Menor número de La Niñas e que são menos intensos.

 

PDO Negativa => maior número de episódios de La Niña que tendem a ser mais intensos. Menor frequência de El Niños que tendem a ser curtos e rápidos.

 

De acordo com o meteorologista Eugenio Hackbart, analisando-se o gráfico da PDO claramente se observa a tendência da temperatura do Oceano Pacífico (maior oceano da Terra e que influencia o clima no mundo inteiro) mudar de fase (inverter a tendência) a cada 20 ou 30 anos. Nos anos 40 estávamos sob PDO positiva (maior número de El Niños e mais intensos). De 50 a 76 vivemos sob PDO negativa, quando houve vários La Niñas e fortes, o que resultou em invernos muito rigorosos no centro/sul do Brasil como os de 55, 65 e 75. Já nos anos 80 e 90 estivemos sob a PDO positiva novamente, quando ocorreram justamente os dois El Niños mais fortes do século passado (1983 e 1997/1998).

 

Com os tornados da semana passada, o Catarina e a seca deste ano, retomou-se fortemente a discussão em torno de mudanças climáticas no Brasil. Porém, considerando o Rio Grande do Sul, a história climática do nosso estado mostra que eventos ainda mais devastadores do que a seca deste ano e o tornado de Águas Claras de 2000 foram registrados no passado:

 

1819 - Seca dura quase o ano inteiro no Rio Grande do Sul.

Final do século 19 - Nevascas atingem o Rio Grande do Sul e trazem até meio metro de neve para a região de Bagé e 20 centímetros para os morros de Porto Alegre.

 

1941 - Enchente catastrófica no Rio Grande do Sul. Em um mês chove 600 milímetros em Porto Alegre e mil milímetros no centro do estado.

 

1943/1955 - Gravíssima seca afeta o Rio Grande do Sul.

 

1955 - Nevasca no Rio Grande do Sul

 

1958 - Forte nevasca no Rio Grande do Sul. Em São Joaquim (SC) cidade

fica isolada por pelos dois metros de neve em algumas áreas.

 

1963/1965 - Grave estiagem castiga o estado.

 

1965 - Nevasca no RS e SC

 

1974 - Enchente mata centenas no sul de SC e região de Torres.

 

1975 - Fortíssima onda de frio traz nevasca e geada excpecional para o sul do Brasil.

 

1983/1984 - Graves enchentes afetam o sul do Brasil.

 

1984 - Neva em Porto Alegre e em grande parte do Rio Grande do Sul

 

1985 - Temperatura alcança quase 43 graus na Grande Porto Alegre, recorde até hoje.

 

1994 - Neva em Porto Alegre e metade do Rio Grande do Sul.

 

1997/1998 - Graves enchentes voltam a afetar o sul do Brasil

 

2000 - Onda de frio traz temperaturas mais baixas em quase meio século para o sul do Brasil.

 

2000 - Série de tornados arrasa áreas inteiras entre a zona sul de Porto Alegre e o litoral norte gaúcho.

 

2004 - Furacão atinge as costas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Estiagem afeta o estado de janeiro a abril.

 

2005 - Seca severa castiga o Rio Grande do sul no começo do ano.

 

Nesse sentido, a Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopodo recorda trecho de artigo de Gilberto Cunha (Embrapa Trigo de Passo Fundo) com interessantes análises sob a "ilusão" dos extremos recentes:

 

"Há vários tipos de saudosismo. Um deles é o meteorológico. Quem nunca ouviu expressões desse tipo: Ah, no meu tempo o clima era mais regular e não havia seca assim em Passo Fundo, jamais choveu desse jeito em outubro, calor desse tipo em agosto, não me lembro de ter vivido, ventania como a de ontem, nunca aconteceu' e tantas outras do gênero. (...) Final de verão e outono seco, em particular março e abril, e primavera chuvosa, especificamente outubro e novembro, foram os principais destaques climáticos no Rio Grande do Sul, em 1997. E foram tão convincentes que suscitam dúvidas se algo parecido já havia ocorrido antes. Os saudosistas meteorológicos, evidentemente, nunca viram nada igual, pois, no seu tempo, o clima não era assim. Para não morrer com essa dúvida, o jeito é conferir. (...) Tampouco, março e outubro de 1997, com seus 33,2 e 550,4 mm de chuva, foram os meses mais seco e mais chuvoso, respectivamente, da história de Passo Fundo, como chegaram a cogitar algumas pessoas. Há registro de que no mês de janeiro de 1933 choveu apenas um dia e o total de chuvas no mês inteiro foi de 0,9 mm. Deve ter sido uma seca terrível, na época, pois no mês de fevereiros desse mesmo ano houve apenas quatro dias com chuva, totalizando no final do período 27,5 mm de água. Por outro lado, nunca houve tanta chuva em Passo Fundo como no distante mês de junho de 1916, quando em 16 dias com chuva foram registrados 853,8 mm. E olhe que esses extremos do nosso clima ocorreram em uma época que não havia Itaipu, não se falava em buraco na camada de ozônio e nem em efeito estufa e, com certeza, havia muita floresta em toda essa região do Planalto Médio do Rio Grande do Sul. Isso serve para mostrar que o nosso clima possui uma variabilidade climática natural que vai além das mudanças causadas pelo homem no nosso território nesse final de século".

 

Muitos especialistas consideram as grandes variações climáticas do planeta como resultado do sol. O meteorologista Eugenio Hackbart disse não ter dúvida sobre a influência dos ciclos solares de 11 anos (sunspot cycles) e da atividade solar mais prolongada sobre a temperatura média do planeta e o regime de comportamento de temperatura dos oceanos. O coordenador da Climatologia Urbana recorda que há aproximadamente mil anos a Terra teria vivido um período tão quente como agora. Hackbart ressalta a enorme semelhança entre a evolução da temperatura do planeta e o nível de atividade solar, destacando que a chamada "Pequena Era do Gelo" entre os anos 1600 e 1800 justamente esteve associada à menor atividade do sol e que o aquecimento notado no século XX esteve acompanhado do aumento da atividade solar. O coordenador da Climatologia Urbana de São Leopoldo destaca ainda o fato de alguns dos invernos mais rigorosos nos últimos cem anos no Rio Grande do Sul (ver lista das nevascas acima neste boletim) terem sido registrados justamente ao redor do período da mínima solar do ciclo de 11 anos. Hackbart pondera, entretanto, não ser possível desprezar a influência do homem no clima mas que tal impacto não deve ser levado aos extremos sem a consideração de outras variáveis. "Nas cidades é obvio que faz menos frio que antigamente devido à urbanização e as ilhas de calor dos dias atuais", aponta.

 

Mas há novidades muito recentes sobre a PDO e a evolução do clima no planeta nos últimos mil anos.

 

Novas análises dos pesquisadores Glen MacDonald e Roslyn Case da Universidade da Califórnia (UCLA), utilizando anéis de crecimento das árvores na California e região de Alberta, permitiram reconstruir a PDO desde 993 D.C.

 

Conforme o professor Davis da Universidade da Virgínia, a descoberta tem duas importantes implicações na compreensão do clima contemporâneo. Primeiro, pela PDO não há evidências de aquecimento global. Segundo, a oscilação do Pacífico não se fez presente nos séculos 13, 17 e 18. De posse da reconstrução da PDO dos últimos mil anos, os pesquisadores conseguiram entender os motivos para secas históricas que afetaram os Estados Unidos há centenas de anos atrás.

 

De acordo com o meteorologista da Climatologia Urbana Eugenio Hackbart, se fôssemos levar em conta tão-somente a PDO seria possível sugerir que nos próximos anos a tendência é sofrermos mais com secas do que com enchentes no Rio Grande do Sul e que os invernos rigorosos não serão algo do passado.

 

"Nada é definitivo. Existe ainda muita controvérsia. Por isso gosto muito de uma frase que diz que o tempo é um drama em eterna representação, do qual somos o auditório fascinado", conclui Hackbart

 

Responsável técnico: Meteorologista Eugenio Hackbart com base em estudos da Climatologia Urbana de São Leopoldo e os trabalhos dos professores Robert E. Davis (Virginia University) e Glen MacDonald e Roslyn Case (UCLA)

 

BOLETIM 2 - 14/08/2005

 

http://www.defesacivil.rs.gov.br/meteorologia/meteorologia_view_html?tipo=P&id_not=20050807-015109

 

REDE DE ESTAÇÕES DE CLIMATOLOGIA URBANA DE SÃO LEOPOLDO

 

BOLETIM ESPECIAL PARA IMPRENSA E DEFESA CIVIL

 

DOM 07 AGO 2005 - 01:00

 

CLIMATOLOGIA URBANA ALERTA PARA RISCO DE DÉFICIT DE CHUVA

 

Apesar da chuva intensa ocorrida em algumas regiões entre abril e junho, diversos pontos do estado ainda apresentam déficit hídrico das estiagens dos verões de 2004 e 2005. Rede de Estações de Climatologia Urbana alerta que quadro pode voltar a se deteriorar nos próximos meses

 

O Rio Grande do Sul viveu duas graves estiagens em sequência. A primeira, iniciada na segunda quinzena de dezembro em 2003 e terminada em maio de 2004, provocou extensos danos à agricultura do estado. A segunda, que atingiu o seu auge em fevereiro e começo de março deste ano, teve efeito catastrófico para a agricultura gaúcha, provocou racioamente de água em mais de cinquenta municípios, graves incêndios na vegetação e deixou mais de 400 cidades gaúchas em situação de emergência, um número recorde.

 

No auge da estiagem de 2005, em fevereiro deste ano, a Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo apresentou ao Comitê de Gerenciamento de Emergência da Estiagem, durante reunião no Palácio Piratini, um estudo sobre a evolução da estiagem e a perspectiva para os próximos anos no Rio Grande do Sul.

 

O documento, também publicado na imprensa, afirmava:

 

"As conclusões iniciais do estudo não indicam o fim da estiagem nem a curto nem a médio prazo. Algumas áreas do Rio Grande do Sul devem se recuperar da seca ainda no outono, mas muitas regiões podem seguir sentindo os efeitos da estiagem até pelo menos a metade do ano. O estudo da Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo indica que março ainda deve ser predominantemente seco em grande parte do Rio Grande do Sul. O quadro se altera em abril que pode ser o mês mais chuvoso do primeiro semestre, sobretudo na metade sul gaúcha. Justamente em abril e na primeira quinzena de maio haverá um cenário favorável a episódios rápidos de chuva muito intensa, inclusive com risco de inundações como as observadas na região de Pelotas na primeira semana de maio de 2004. Gradualmente a partir de maio o volume médio das chuvas voltaria a decrescer significativamente em direção ao inverno".

 

Durante o outono choveu excessivamente no norte e no noroeste do Rio Grande do Sul, a ponto do Rio Uruguai ter registrado a sua maior cheia desde 1997. Entretanto, no sul e leste do estado a chuva não ficou muito acima da média nos meses mais chuvosos, mantendo o déficit hídrico acumulado em 2004 e no começo deste ano.

 

A seguir a anomalia (desvio da média histórica) mensal em milímetros de precipitação em Novo Hamburgo

 

Janeiro/2005: - 74,9 mm

Fevereiro/2005: - 58,1 mm

Março/2005: + 39,5

Abril/2005: + 3,3 mm

Maio/2005: + 43,9 mm

Junho/2005: - 67,1

Julho/2005: - 69 mm

 

Os números indicam que nos primeiro sete meses deste ano o déficit de chuva em Novo Hamburgo chega a 182,4 milímetros e que a chuva da segunda quinzena de março até maio serviu apenas para amenizar os efeitos da estiagem, retomando-se, como se antecipava no começo deste ano, uma padrão de chuva abaixo da média em direção ao inverno.

 

A situação é mais grave em São Leopoldo, quando considerados os déficits de chuva de 2004 e 2005 conjuntamente.

 

Veja a seguir os volumes totais de chuva registrados em São Leopoldo nos últimos 18 meses e os déficits de precipitação semestrais e anuais:

 

2004

 

Janeiro: 61,5 mm

Fevereiro: 51,2 mm

Março: 44,9 mm

Abril: 96,6 mm

Maio: 142,4 mm

Junho: 79,0mm

Déficit de chuva do primeiro semestre de 2004: 263,1 mm

 

Julho: 159,5 mm

Agosto: 64,6 mm

Setembro: 216,9 mm

Outubro: 103,5 mm

Novembro: 97,9 mm

Dezembro: 19,1 mm

Déficit de chuva do segundo semestre de 2004: 167,5 mm

 

Déficit total de chuva de 2004: 430,6 mm

 

2005

 

Janeiro: 36,8 mm

Fevereiro: 38,1 mm

Março: 189,0 mm

Abril: 123,4 mm

Maio: 155,7 mm

Junho: 55,8 mm

Julho: 79,2 mm

 

Déficit de chuva nos primeiros sete meses de 2005: 222,6 mm

 

Déficit de chuva de janeiro de 2004 a julho de 2005: 653,2 mm

 

A situação do déficit hídrico acumulada historicamente nestes últimos 19 meses, portanto, está longe de ser revertida. Seriam necessário que chovesse todo o mês cem milímetros acima da média durante meio ano para que o déficit fosse suprido.

 

Os números acima confirmam a tendência da chuva voltar a ficar abaixo da média durante este inverno e agosto começa seco e com pouca chuva na sua primeira quinzena, não se esperando volumes por demais significativos de chuva até o final do mês.

 

A Rede de Estações de Climatologia Urbana alerta que o quadro de déficit hídrico no estado pode se deteriorar ainda mais nos próximos meses, sobretudo no sul e leste do estado. A Climatologia Urbana prevê chuva mal distribuída regionalmente e muito abaixo da média em diversas áreas do território gaúcho, o que demanda atenção e cautela pelas comunidades locais paar prevenção de prejuízos adicionais às economias regionais.

 

Historicamente, sistemas convectivos costumam trazer mais chuva para o noroeste gaúcho durante a primavera, mas no sul e no leste, onde a influência destes sistemas é menor, a chuva tende a ser menos intensa.

 

Três fatores, no entendimento da Climatologia Urbana de São Leopoldo, foram preponderantes para a ocorrência da grave estiagem do começo deste ano: (a) sinal neutro do Oceano Pacífico, (b) comportamento da Oscilação de Madden-Jullien e © águas resfriadas no Oceano Atlântico junto ao litoral gaúcho.

 

Neste momento, o sinal da OMJ volta a ficar mais forte, porém as águas do Oceano Atlântico estão muito aquecidas (afvorecimento de chuva no Rio Grande do Sul) entre a Bacia do Prata e o litoral gaúcho. Todavia, o que preocupa, é o comportamento do Oceano Pacífico.

 

Nas últimas semanas o Oceano Pacífico apresentou um padrão de resfriamento, o que ao longo dos tempos vem se mostrando determinante para a redução do volume de chuva no Rio Grande do Sul. Não se pode caracteriza ainda um quadro de La Niña, porém os mais diversos modelos numéricos consultados não descartam esta possibilidade a médio prazo.

 

O modelo climático norte-americano em sua saída do começo de julho já mostrava uma tendência de resfriamento do Pacífico na região Niño 3.4, que tem forte repercussão na análise da Climatologia no regime pluviométrico do nosso estado. Por sua vez, o modelo climático australiano que possui saídas diárias, igualmente já aponta um resfriamento na região Niño 3 que tende a se acentuar. Agora se considerados os diversos modelos mundiais de clima acoplados e estatísticos há uma extensa gama de possibilidades de comportamento do Pacífico nos próximos meses. No entendimento da Climatologia Urbana, a tendência de resfriamento deve preponder a curto e médio prazo com repercusssão no regime de chuva no Rio Grande do Sul.

 

Os governos estadual, locais e os agricultores gaúchos devem ter consciência de que o futuro reserva novas estiagens e que as medidas de emergências iniciadas neste ano devem ter prosseguimento. Isso porque, na análise da Climatologia Urbana, nos próximos 15 a 20 anos estaremos sob um ciclo climático chamado de PDO negativa (sigla em inglês para Oscilação Decadal do Pacífico) que tende a favorecer uma maior frequência de secas do que enchentes, apesar de que episódios de cheias ocorrem mesmo em períodos mais secos, sendo 2005 um claro exemplo. Outro efeito do sinal negativo da PDO ocorre sobre a temperatura, com invernos mais rigorosos do que os registrados nos últimos 20 anos.

 

O coordenador da Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo Eugenio Hackbart, observa que a PDO é um padrão de temperatura da superfície do mar no Pacífico com variabilidade mais longa que os episódios de El Niño e La Niña (ENSO) com escalas temporais médias de 20 a 30 anos. Hackbart explica que o clima do planeta é cíclico, estando em permanente evolução. Há os ciclos curtos de anos como o El Niño e La Niña, os médios de décadas como a PDO e os muito longos de séculos provocados pela atividade solar.

 

A Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo ressalta que o El Niño caracteriza-se por águas superficiais mais quentes que a média no Pacífico Equatorial enquanto o La Niña por águas mais frias que a normal histórica. O Niño traz chuva e temperatura acimas da média para o sul do Brasil e seca no Nordeste. Já o La Niña está associado a secas e anos mais frios no sul e chuva acima do normal no Nordeste. Já a PDO (Oscilação Decadal do Pacífico) caracteriza-se por uma tendência do comportamento da temperatura das águas do Pacífico a cada 20, 30 anos. Está assim representado:

 

PDO Positiva => tendência de maior número de episódios de El Niños e mais intensos. Menor número de La Niñas e que são menos intensos.

 

PDO Negativa => maior número de episódios de La Niña que tendem a ser mais intensos. Menor frequência de El Niños que tendem a ser curtos e rápidos.

 

De acordo com o meteorologista Eugenio Hackbart, analisando-se o gráfico da PDO claramente se observa a tendência da temperatura do Oceano Pacífico (maior oceano da Terra e que influencia o clima no mundo inteiro) mudar de padrão de fase (inverter a tendência) a cada 20 ou 30 anos. Nos anos 40 estávamos sob PDO positiva (maior número de El Niños e mais intensos). De 50 a 76 vivemos sob PDO negativa, quando houve vários La Niñas e fortes, o que resultou em invernos muito rigorosos no centro/sul do Brasil como os de 55, 65 e 75. Já nos anos 80 e 90 estivemos sob a PDO positiva novamente, quando ocorreram justamente os dois El Niños mais fortes do século passado (1983 e 1997/1998).

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