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Brasil Abaixo de Zero

"Normal" 1991-2011 - Curitiba


Aldo Santos
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[quote name='"Carlos Dias

Por isso que digo que Ctba está mais para SP do q para a dinamica do sul..

 

Porra' date=' mas eu falo isso desde que começou o Fórum! Já fui metralhado aqui por insinuar isso e com meu climas dee transição e as porcentagens entre subtropical e tropical altitude.Nos extremos temos POA 100% subtopical e Brasilia 100% tropical e entre eles o clima de transição sub e tropical altitude. São Paulo fica bem no meio, as vezzes penso que é 60% trop altitude e 40% sub, ora penso que é 50% para cada. Depende do ano.[/quote']

 

Exatamente, senhores. Curitiba foi a ÚNICA cidade deste país a sofrer aumento da temperatura naturalmente... :laugh:

 

Decidam-se: ou há aumento de temperatura por causas climáticas, de tropicalidade ou por conta da urbanização que altera dos dados das estações meteorológicas. Noto flagrante contradição no post do Carlos e do Caco...

 

Utilizem bases de dados corretas. Não se pode concluir com dados divergentes. Veja o caso de CJ, cuja normal 61/90 não foi coletada no mesmo local, não é sr. Carlos? :russian:

 

Shima, deixa de ser leviano, vai; pra eu não falar outra coisa para você (que Curitiba foi a única que aqueceu naturalmente). O centro "expandido" de Curitiba aqueceu, como o de Sampa, por causa da urbanização. Ponto! Mas basta afastar10 Km do centro de Curita e 25 Km de Sampa que já tem o clima da Normal de 61-90.

Seus pontos de que Curitiba é 100% subtropicalpara mim, é piada. Mas que Curitiba parece mais com Lages (por muito pouco, viu?) com do que Sampa, concordo. Estamos conversados?

 

Para mim, urbanização, no que se refere às médias das Normais é FATO DE URBANIZAÇÃO (AQUECIMENTO). Mas também acho que há uma alteração climática (NÃO AUQECIMENTO GLOBAL!) na faixa de transição (BH até serra gaúcha) desde meados da década de 90, com menos ciclones, por ex, que elevava o número de nevadas nas serras gaúchas/catarinenses e potentes MP´s para o sudeste e SUA CURITIBA!

 

Enfim o pessoal vai concordando comigo...

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Porra, mas eu falo isso desde que começou o Fórum! Já fui metralhado aqui por insinuar isso e com meu climas dee transição e as porcentagens entre subtropical e tropical altitude.Nos extremos temos POA 100% subtopical e Brasilia 100% tropical e entre eles o clima de transição sub e tropical altitude. São Paulo fica bem no meio, as vezzes penso que é 60% trop altitude e 40% sub, ora penso que é 50% para cada. Depende do ano.

 

Exatamente, senhores. Curitiba foi a ÚNICA cidade deste país a sofrer aumento da temperatura naturalmente... :laugh:

 

Decidam-se: ou há aumento de temperatura por causas climáticas, de tropicalidade ou por conta da urbanização que altera dos dados das estações meteorológicas. Noto flagrante contradição no post do Carlos e do Caco...

 

Utilizem bases de dados corretas. Não se pode concluir com dados divergentes. Veja o caso de CJ, cuja normal 61/90 não foi coletada no mesmo local, não é sr. Carlos? :russian:

 

Shima, deixa de ser leviano, vai; pra eu não falar outra coisa para você (que Curitiba foi a única que aqueceu naturalmente). O centro "expandido" de Curitiba aqueceu, como o de Sampa, por causa da urbanização. Ponto! Mas basta afastar10 Km do centro de Curita e 25 Km de Sampa que já tem o clima da Normal de 61-90.

Seus pontos de que Curitiba é 100% subtropicalpara mim, é piada. Mas que Curitiba parece mais com Lages (por muito pouco, viu?) com do que Sampa, concordo. Estamos conversados?

 

Para mim, urbanização, no que se refere às médias das Normais é FATO DE URBANIZAÇÃO (AQUECIMENTO). Mas também acho que há uma alteração climática (NÃO AUQECIMENTO GLOBAL!) na faixa de transição (BH até serra gaúcha) desde meados da década de 90, com menos ciclones, por ex, que elevava o número de nevadas nas serras gaúchas/catarinenses e potentes MP´s para o sudeste e SUA CURITIBA!

 

Enfim o pessoal vai concordando comigo...

 

Tanto POA quanto BH têm climas de transição. O subtropical é um.

 

A minha crítica se dá pelo fato de se concluir equivocadamente com dados inconclusivos. Não é um, dois ou 10 anos que se determina um clima, tampouco mescla de normais. O clima de uma cidade é tratado por critérios técnicos-cientícos, Caco. Ora, não é empírico, do tipo, eu acho que é um tanto disso e daquilo...

 

Existem critérios definidores de clima? Sim. São empíricos? Não.

 

Só aí, já se pode definir, não com a regua, claro, mas com alguma margem de transição. Ctba está bem "mergulhada" e não na borda dos limites climáticos, graças a altitude e latitude...

 

Veja-se:

 

300px-Mapa_clima_Regiao_Sul.gif

 

CLIMA+PR.png

 

v42n2a04f3.jpg

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Não adianta Shima. Não chegaremos a acordo algum. Não entra na minha cabeça que Curitiba e POA tem o mesmo clima subtropical e que SP e BH o mesmo tropical de altitude, compreende? Vou mais a fundo na análise dos critérios que já existem, compreende? Vc quer se fecha ao que já existe, às velhas e ultrapassadas Normais de 61-90, enfim, não está disposto a "abrir a mente". Para mim, a redução de chuvas no outono/inverno já é uma influência do trop altitude, e Curitiba já tem isso. Até Lages, numa incidência menor, tem um pouco disso. E as chuvas de verão, ASAS também são influências de trop. Quando maior a latitude (além da altitude, é claro!), menor a influência tropical. Pega um verãono RS (com excessão da serra);é mais parecido com BS Aires (esta uma mistura de temperado com subtropical), com céu azul e menos chuvas de verão.

 

Para mim SP e Curitiba possuem mais semelhanças climáticas do que Curitiba e POA. Para mim há uma faixa de transição entre o tropical de altitude 100% (Brasília) e o subtropical 100% (POA). BH, por ex, teria 5% de sub e 95% de trop altitude e serras ga~uchas 95% sub e 5% trop altitude, nos limites.

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mapaqm0.jpg

 

classificacao_pr_big.jpg

 

curitiba.png

 

Observe, Caco, que a acima de 70mm em julho, não se caracteriza seca, ao contrário de SP. O verão, a média de mais de 200mm, é comum quase todos dos pontos do sul do Brasil.

 

preview005.png

 

sao-paulo.png

 

Veja a semelhança de ambas acima. Ora, chega em Abril, há uma redução muito drástica da chuva em SP e BH, diversamente em Ctba, que cai mais suavemente. Cara, chove em julho em ctba MAIS QUE O DOBRO em SP. 90mm não é seca.

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Não adianta Shima. Não chegaremos a acordo algum. Não entra na minha cabeça que Curitiba e POA tem o mesmo clima subtropical e que SP e BH o mesmo tropical de altitude, compreende? Vou mais a fundo na análise dos critérios que já existem, compreende? Vc quer se fecha ao que já existe, às velhas e ultrapassadas Normais de 61-90, enfim, não está disposto a "abrir a mente". Para mim, a redução de chuvas no outono/inverno já é uma influência do trop altitude, e Curitiba já tem isso. Até Lages, numa incidência menor, tem um pouco disso. E as chuvas de verão, ASAS também são influências de trop. Quando maior a latitude (além da altitude, é claro!), menor a influência tropical. Pega um verãono RS (com excessão da serra);é mais parecido com BS Aires (esta uma mistura de temperado com subtropical), com céu azul e menos chuvas de verão.

 

Para mim SP e Curitiba possuem mais semelhanças climáticas do que Curitiba e POA. Para mim há uma faixa de transição entre o tropical de altitude 100% (Brasília) e o subtropical 100% (POA). BH, por ex, teria 5% de sub e 95% de trop altitude e serras ga~uchas 95% sub e 5% trop altitude, nos limites.

 

O clima tropical influi até o centro do litoral de SC... Isso eu concordo.

 

MAs o que significa ter 5% de clima subtropical?

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Não adianta Shima. Não chegaremos a acordo algum. Não entra na minha cabeça que Curitiba e POA tem o mesmo clima subtropical e que SP e BH o mesmo tropical de altitude, compreende? Vou mais a fundo na análise dos critérios que já existem, compreende? Vc quer se fecha ao que já existe, às velhas e ultrapassadas Normais de 61-90, enfim, não está disposto a "abrir a mente". Para mim, a redução de chuvas no outono/inverno já é uma influência do trop altitude, e Curitiba já tem isso. Até Lages, numa incidência menor, tem um pouco disso. E as chuvas de verão, ASAS também são influências de trop. Quando maior a latitude (além da altitude, é claro!), menor a influência tropical. Pega um verãono RS (com excessão da serra);é mais parecido com BS Aires (esta uma mistura de temperado com subtropical), com céu azul e menos chuvas de verão.

 

Para mim SP e Curitiba possuem mais semelhanças climáticas do que Curitiba e POA. Para mim há uma faixa de transição entre o tropical de altitude 100% (Brasília) e o subtropical 100% (POA). BH, por ex, teria 5% de sub e 95% de trop altitude e serras ga~uchas 95% sub e 5% trop altitude, nos limites.

 

O clima tropical influi até o centro do litoral de SC... Isso eu concordo.

 

MAs o que significa ter 5% de clima subtropical?

 

Nota-se uma suave/mínima diferença climática entre Gramado e POA, por ex. Algumas (bem raro, é verdade) MP´s pegam mais forte POA do que Gramado (talvez uma possível ASAS - influência tropical- influencie mais a serra gaúcha do que POA). São esses míseros 5%.

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Você está enchendo de linguiçã o que todo mundo sabe. Estou me aprofundando sobre a velha e válida classificação. Acha mesmo que é concebível Curitiba e POA terem a mesma classificação climática de 100% subtropical? Obviamente não. Já falei, não se faça de desentendido, você não quer se abrir para uma coisa nova, quer encher de linguiça o que já é sabido,não quer se aprofundar a coisas novas. Já falei o que penso e você não quer aceitar.

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O problema, Caco, é que não é possível fragmentar vários sub-climas dentro de um mesmo clima. O mapa de

climas no Brasil é generalizado, mas não poderia ser feito de outra forma, caso contrário ficaria extremamente

confuso.

 

E sobre a normal que o Aldo postou, realmente não é possível traçar comparações com as antigas normais, mas

é possível compararmos com os dados ATUAIS, afinal desde 1981 a estação está no mesmo lugar e com isso

fechamos um ciclo de 30 anos.

 

É exatamente o que eu faço aqui em Juiz de Fora, pois a estação mudou DRASTICAMENTE de local a partir de

1973, e as normais que eu utilizo são do período 73-2002. A normal 61-90 daqui é totalmente equivocada.

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O problema, Caco, é que não é possível fragmentar vários sub-climas dentro de um mesmo clima. O mapa de

climas no Brasil é generalizado, mas não poderia ser feito de outra forma, caso contrário ficaria extremamente

confuso.

 

 

.

 

Para um leigo, que não é o caso dos membros do BAZ, a classificação de Koppen é bem satisfatória.Mas para quem quer se aprofundar nos critérios já existentes,insisto no clima de transição entre sub e trop altitude, que vai desde a serra gaucha até BH. Acho SP mais parecida com Curitiba que POA e a mesma SP mais parecida com Juiz de Fora do que com BH,por ex. Acho SP mais parecida com Curita do que com BH.O que é inconcebível para mim, e segundo Koppen, é POA e Curitiba terem a mesma classificação (subtropical), sendo que Sampa é mais parecido com Curita no clima e está classificado como trop altitude. Daí entra a faixa de tansição entre sub e trop altitude, para aprofundarmo critério já existente de Koppen e acabar com esta generalização, compreende?

 

No more for me...

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O problema, Caco, é que não é possível fragmentar vários sub-climas dentro de um mesmo clima. O mapa de

climas no Brasil é generalizado, mas não poderia ser feito de outra forma, caso contrário ficaria extremamente

confuso.

 

E sobre a normal que o Aldo postou, realmente não é possível traçar comparações com as antigas normais, mas

é possível compararmos com os dados ATUAIS, afinal desde 1981 a estação está no mesmo lugar e com isso

fechamos um ciclo de 30 anos.

 

É exatamente o que eu faço aqui em Juiz de Fora, pois a estação mudou DRASTICAMENTE de local a partir de

1973, e as normais que eu utilizo são do período 73-2002. A normal 61-90 daqui é totalmente equivocada.

 

Tenho acompanhado essa questão sobre um possível estabelecimento de uma "gradação" ou "subdivisão" dos climas.

 

O tema todo é bem interessante, é coisa de loucos por clima, de bazianos mesmo.

 

Nesse tema eu fecho com o Renan: não é possível fazermos uma "fragmentação" dos tipos climáticos. Digo, não é possível cientificamente porque todos os conceitos estabelecidos pela climatologia estão muito bem fundamentados, foram colocados à prova nas comunidades acadêmicas, são fruto de análises minuciosas e, por consequência, são totalmente reconhecidos nos meios científico e acadêmico.

 

Aliás, até mesmo para a análise meteorológica ou climática ser viável, os conceitos usados precisam ser universais.

 

Por outro lado, é óbvio e verdadeiro que a realidade dos climas é plena de nuances e gradações. Podemos, por exemplo, tomar uma determinada estação meteorológica que represente um clima CFb com a maior tipicidade possível. Mas a realidade vai muito além do típico, existem inúmeras gradações dentro de cada caracterização climática, aliás muito da graça de se analisar os tipos climáticos reside nisso mesmo.

 

Por outro lado, nem tudo na observação climática precisa ser necessariamente "científico". O pessoal mesmo da Metsul já demonstrou respeito pela visão popular do comportamento em áreas como os Campos de Cima da Serra.

 

O mesmo me parece que vale para a análise do Caco. Ele desenvolveu uma visão pessoal da gradação clmática, que não é "científica" porque não foi estabelecida no meio científico, mas nada impede que ele ou outra pessoa desenvolva isso e daí e, quem sabe, um dia isso possa deixar de ser uma visão pessoal e se tornar um conceito universalmente aceito. Ou será que isso já existe e eu é que não sei? Pode até ser...

 

Agora, do ponto de vista da Geografia, à parte certas particularidades (como a concentração de chuvas no verão, entre outras) eu vejo no caso de Curitiba uma caracterização marcadamente subtropical. Isso porque trabalhamos com um conceito mais abrangente que é o do Domínio Morfoclimático.

 

Pelo conceito dos Domínios Morfoclimáticos, Curitiba está contida na definição ligada aos planaltos subtropicais com matas de araucária. Aí temos, além do clima, as caracterizações morfológica, geomorfológica, botânica. O solo de Curitiba é muito diferente do solo paulista, por exemplo, não é avermelhado. Isso ocorre porque lá não ocorreu a oxidação causada pela tropicalidade e/ou pela ocorrência de climas quentes ao longo dos séculos. E temos o relevo também. Curitiba e região têm um relevo muito plano na comparação com a "normalidade" brasileira. Esse aspecto por si só já é também resultante da dinâmica climática da região nos últimos milhares de anos. No mundo tropical é a forte concentração pluviométrica concentrada no verão um dos fatores determinantes do modelado "arredondado"/"amorreado" das paisagens tropicais. O mais típico disso são as formações chamadas "mares de morros" existentes a noroeste de Curitiba (com outra caraterização climática, tropical) ou no Vale do Paraíba também.

 

Agora, se quisermos ver no Brasil um clima subtropical onde as chuvas realmente de verão tendem a não ultrapassar as das outras estações, aí é só de Porto Alegre "para baixo", ou melhor, para o sul, na direção do Uruguai. Mas nesse caso, pela definição do Koppen, o clima já é CFa, Subtropical com verão quente. Se eu não estou enganado, em todas as áreas de CFb (Subtropical com verão brando) do Brasil os meses de verão tendem a ser, no mínimo, ligeiramente mais chuvosos do que as outras estações.

 

É isso.

 

Abraços!

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Perfeito, Melo!

 

Curitiba e POA ficam inseridas num mesmo tipo climático não porque o clima

das duas é IGUAL, mas sim porque possuem similaridades suficientes para se

enquadrarem como sendo "subtropicais". Se fizéssemos uma análise minuciosa,

perceberíamos vários "subclimas" dentro do subtropical, e Curitiba faria parte

do subclima de transição entre Cfb e Cwb, porém com o Cfb sendo o dominante.

 

Caco, eu te parabenizo pela iniciativa de fazer estas comparações, eu concordo

com elas, mas entenda que ainda faltam dados para colocarmos na prática

essa questão da transição entre subtropical e tropical.

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Na minha análise,excluo morfologia, tipo de terra, relevo, vegetação. Baseio-me apenas por massas de ar dominantes, chuvas; enfim questões puramente atmosféricas. Daí vejo mais similaridades entre a atmosfera de Curitiba e SP do que Curita com POA.

 

Com certeza, é pertinente ver essas similaridades. Aliás, em vários mapas climáticos uma "língua" de clima subtropical passa pelo estado de São Paulo, resvalando na capital (ache que não incluem). A umidade é altíssima no inverno nas bordas da Serra do Mar e do Piratininga, as precipitações também. Inclusive havia araucárias em Sampa até o século XIX, embora com presença bem mais esparsa.

 

Por outro lado, Sampa apresenta um declínio mais acentuado das chuvas entre abril e setembro do que Curitiba, cujas marcas de inverno tendem a ser mais parecidas com as de Porto Alegre.

 

Esse é o problema da avaliação das nuances: entre duas caracterizações distintas existe um "meio termo" a partir do qual podemos mudar a caracterização climática com o simples deslocamento das variáveis. Uma analogia mais simples para isso talvez seria o "copo meio cheio/copo meio vazio".

 

Por outro lado, a caracterização CFb (subtropical com verões amenos) tem no componente térmico uma semelhança evidente com o clima Tropical de Altitude de Sampa. O Koppen pegou justamente esse detalhe do comportamento térmico do verão para subdividir o clima Subtropical.

 

Essa visão dele também é pertinente, quem sou eu pra questionar? Afinal, por hipótese, quanto maior a latitude, maior é a tendência do clima apresentar maiores amplitudes térmicas e extremos térmicos na comparação entre verão e inverno. Então podemos também interpretar o CFb como um clima de transição (subtropical) nos limites iniciais das latitudes médias, uma gradação que antecipa o comportamento climático sul-riograndense, marcado por verões quentes (inclusive com frequentes secas nesta estação) e invernos mais acentuados conforme o aumento da latitude.

 

Então é isso mesmo, Curitiba tem mesmo similaridades com Sampa, até acho que não poderia ser diferente. Está mais perto de Sampa que Porto Alegre e tem um verão bem mais tolerável pro meu gosto. Eventualmente essa caraterização poderá até ser oficial, conformando uma alternativa para outras convenções que foram estabelecidas no Hemisfério Norte, bem longe.

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Ele desenvolveu uma visão pessoal da gradação clmática, que não é "científica" porque não foi estabelecida no meio científico, mas nada impede que ele ou outra pessoa desenvolva isso e daí e, quem sabe, um dia isso possa deixar de ser uma visão pessoal e se tornar um conceito universalmente aceito. Ou será que isso já existe e eu é que não sei? Pode até ser...

 

Muito boa intervenção, Melo. De fato.

 

Obviamente que não existe um clima subtropical no paralelo 10º Sul num local a 2500m de altitude. Sub tropical se dá FORA da faixa intertropical. Isso é indiscutível. Ctba e quase todo o sul do Brasil está fora disso. Mas de certo que existe uma área de transição, apesar de esta abaixo do trópico de capricórnio. (vide o caso de algumas cidades do PR, que têm clima tropical de Altitude.)

 

O que estou querendo dizer com tudo isso é que, para elevar o debate, devemos primar pela cientificidade e não pelo empirismo.

 

Caco, você disse que eu trabalho com a velha ciência, velha tese, utrapassada e tal. Muito bem. Com o que o vc trabalha? Com que método científico?

 

Sabe, eu penso que devemos acabar com esta prosa do achismo, do leigo que quer revolucionar sem base nenhuma. Somos leigos, sim, por não termos formação técnica alguma na área. Eu penso igual a Popper, em que uma tese, teoria, são refutadas quando outra surge para revolucionar o paradigma. Mas por favor, com critério técnicos, embasados.

 

Eu não sou cientista, tampouco geógrafo. Não defendo nada. Apenas reescrevo o que está escrito e repasso.

 

Eu não estou dizendo que estou certo, pois apenas trago à colação as teses (velhas) para o debate.

 

Eu não estou dizendo que vc está errado, apenas digo que tua teoria não fundamento algum.

 

Em metodologia, você criou uma linha de pesquisa, um problema, mas parou por aí, no mundo das opiniões. Isso é frágil para não dizer desarrazoado, sem fundamento científico algum.

 

Você me compreende?

 

Veja isso:

 

Vou mais a fundo na análise dos critérios que já existem, compreende? Vc quer se fecha ao que já existe, às velhas e ultrapassadas Normais de 61-90, enfim, não está disposto a "abrir a mente".

 

Mas ciência é isso. É valer-se de teses e estudos existente e refutar argumentos. Eu "me fecho às velhas e ultrapassadas" por que não temos novas e vanguardistas.

 

Você tem? Diga-nos os estudos, teses, estudos científicos, comprovados e embasados. Aponte um mapa, um geógrafo, alguém que te dê respaldo, para não ficar no mundo do colóquio.

 

Acho que passamos desta fase do achismo, né meu amigo? :ok:

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Perfeito, Melo!

 

Curitiba e POA ficam inseridas num mesmo tipo climático não porque o clima

das duas é IGUAL, mas sim porque possuem similaridades suficientes para se

enquadrarem como sendo "subtropicais". Se fizéssemos uma análise minuciosa,

perceberíamos vários "subclimas" dentro do subtropical, e Curitiba faria parte

do subclima de transição entre Cfb e Cwb, porém com o Cfb sendo o dominante.

 

Caco, eu te parabenizo pela iniciativa de fazer estas comparações, eu concordo

com elas, mas entenda que ainda faltam dados para colocarmos na prática

essa questão da transição entre subtropical e tropical.

 

Exatamente, Renan, concordo. O Caco está corretíssimo em defender a tese para reescrever os climas. Só precisa de subsídio técnico, pois isso dá uma boa tese. :)

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MAs o que significa ter 5% de clima subtropical?

 

Nota-se uma suave/mínima diferença climática entre Gramado e POA, por ex. Algumas (bem raro, é verdade) MP´s pegam mais forte POA do que Gramado (talvez uma possível ASAS - influência tropical- influencie mais a serra gaúcha do que POA). São esses míseros 5%.

 

E o critério técnico de ser 5% e não 7% ou 3%? Pois o Koppen, Setzer, Petrone e tantos outros geógrafos trabalharam com crérios objetivos!

 

Pois para mim, Lages tem 0,68% de clima polar (registro neve a cada 2 anos) e 0,26% de equatorial (aqui as vezes registro 28ºC com 70% de umidade)... :rofl: :sarcastic: :sarcastic: :sarcastic: :sarcastic:

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Perfeito, acho que podemos chegar num consenso sobre mais esse tema. Quem sabe uma análise empírica ou pessoal não poderá um dia ser objeto de um estudo científico e se tornar uma antítese?

 

Mas o caminho do método científico requer rigor, disciplina, muito trabalho, observação ao longo do tempo, etc. É uma longa estrada pedregosa montanha acima. Poético, não? Hehehe...

 

E seria uma empreitada de Hércules, que teria o desafio de contrapor inúmeros conceitos que não apenas são universalmente aceitos como também são perfeitamente embasados.

 

E esses conceitos climáticos são tão embasados a ponto de repercutirem em outras áreas da ciência. A especificidade do clima CFb de Curitiba é perfeitamente evidenciada pela predominância dos campos, capões e matas de araucária do localmente chamado 1º Planalto do Paraná. Além da vegetação característica, até mesmo o relevo relativamente plano do 1º e do 2º Planaltos do Paraná são decorrência do regime pluvial subtropical. Dizendo de outro modo: se houvesse lá um clima tropical, provavelmente o relevo de Curitiba se assemelharia ao relevo ondulado e às vezes colinoso de Sampa. Ou seja: o relevo, a vegetação e até a cor da terra em Curitiba apresentam características resultantes do clima CFb por milhares de anos. E são muito diferentes de Sampa.

 

Um belo exemplo empírico dessa diferença que eu vejo entre Sampa e Curitiba foi o comportamento do mês de Junho/2009 em...Jundiaí, onde moro.

 

Eu conheço um pouco do Sul e até morei em Curitiba onde comecei a estudar Geografia na UFPR. Só que Junho de 2009 em Jundiaí eu me senti quase como se eu estivesse de volta à capital do Paraná. Entrava uma frente fria atrás da outra, o sol quase não aparecia, chovia e chuviscava, fazia frio muito mais do que o normal, mínimas e máximas bem abaixo da média. E aí eu fiquei com a "sensação" de estar em Curitiba.

 

O que aconteceu: hoje a gente vê o resultado no CIIAGRO. Em Junho/2009 Jundiaí teve uma média mensal baixíssima para os nossos padrões: 15,4º C. Choveu 58,9 mm.

 

Aí a gente compara essa "sensação" empírica de tempo frio (em Jundiaí/Junho de 2009), que me pareceu "semelhante" ao de Curitiba com a normal de Curitiba 1991-2011 postada no início do tópico e temos isso:

 

4. Médias Compensadas

Mensais

Jan - 21,0 (19,6)

Fev - 21,3 (19,9)

Mar - 20,2 (19,0)

Abr - 18,4 (16,7)

Mai - 15,3 (14,6)

Jun - 14,2 (12,2)

Jul - 13,7 (12,8)

Ago - 14,8 (14,0)

Set - 15,6 (15,0)

Out - 17,4 (16,5)

Nov - 18,9 (18,2)

Dez - 20,4 (19,3)

 

Conclusão: eu que já morei em Sampa e moro em Jundiaí e vi um mês com comportamento aberrativo e achei que "tava que nem Curitiba", na verdade não estava, estava até mais quente.

 

Então é isso: entre Curitiba e Sampa a semelhança fica mais resumida ao comportamento "ameno" no verão. No resto, tanto a curva da precipitação no climograma como o comportamento térmico no inverno, assim como o relevo e a vegetação, tudo indica um clima subtropical. Mas nada impede que alguém proponha outra visão para isso.

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Eu não sei quem disse isso antes, mas acho que o fato de compararmos as temperaturas de agora (ex: 2012, 2011, 2010...) com as de meados da década de 70 e 80, seria o mais sensato a fazer. Assim, descobriríamos e provaríamos se houve um aquecimento brutal na temperatura média, desde quando tem esse aquecimento, de quantos graus foi esse aquecimento, etc...

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Tenho uma visão parecida com a do Caco, como todos provavelmente tem, pelo menos em conceito. Não cito valores de porcentagem e nem onde começa/termina essa faixa de transição, mas com certeza ela existe entre o tropical de altitude e o subtropical, porém é tênue, muito sujeita a variações, até por ser transição da transição (tropical/subtropical).

Além disso, essa transição pode estar fortemente sujeita a outros fatores. Pode, por exemplo, ter fortes reflexos da maritimidade. Poderíamos comparar São Paulo com Maringá e Amabaí/MS para ter uma idéia.

Por isso tudo e outras coisas, reside aí a dificuldade dessa transição ser objetivamente formalizada. Creio que seja possível estudar e chegar a algumas conclusões, porém demanda tempo. Quem sabe um dia eu ou outra pessoa consiga produzir alguma coisa.

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Melo e Marcelo deram enorme contribuição ao tema. Sem dúvida Shima, o que eu trato é um "problema" a ser desenvolvido por uma tese. Mas eu já tenho a solução/resposta por puro empirismo; as coletas de dados apenas ratificarão o que penso, não preciso fazê-la. Isso me satisfaz.

 

A pergunta que não quer calar: POA é mais parecida em termos atmosféricos no ano inteiro com Sampa ou Curitiba? Eu sei a resposta, rsrsrs

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Concluindo: Curitiba só esquentou assim perto do centro. Se nos distanciarmos uns 10, 20 km do centro, vamos ter as mesmas temperaturas de 20, 30 ou 40 anos atrás, inclusive, até geadas, correto?

 

Creio que não, pois a dinâmica realmente mudou. O que ocorre é que a partir de 1990, os bloqueios nos meses de inverno

se tornaram mais frequentes e duradouros. E a dinâmica não mudou só em Curitiba. Aqui no Rio Grande do Sul, embora

não houve mudança significativa nas temperaturas médias, a quantidade de precipitação em forma de neve diminuiu

dramaticamente nos últimos anos, pois os ciclones ou estão muito ao sul, ou quando estão mais ao norte, não há frio

suficiente, sendo que até o final da década de 1990 eles vinham sincronizados com o ar frio forte. Aí, nevava nas serras

e planaltos gaúchos e catarinenses e o ar frio conseguia chegar com força até o Paraná e o centro-sul do País

rompendo os bloqueios.

Não que a urbanização não tenha influenciado fortemente a mudança climática em Curitiba. Fê-lo, porém, apenas

parcialmente. Isto é, nas zonas não urbanizadas de Curitiba, também deve ter ocorrido aquecimento, mas bem menos acentuado

do que na ilha urbana. Ou seja, não que se vá encontrar nessas regiões exatamente o mesmo clima do passado, mas ao menos

se encontrará um clima semelhante ao clima do passado, mas não igual!

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Concluindo: Curitiba só esquentou assim perto do centro. Se nos distanciarmos uns 10, 20 km do centro, vamos ter as mesmas temperaturas de 20, 30 ou 40 anos atrás, inclusive, até geadas, correto?

 

Creio que não, pois a dinâmica realmente mudou. O que ocorre é que a partir de 1990, os bloqueios nos meses de inverno

se tornaram mais frequentes e duradouros. E a dinâmica não mudou só em Curitiba. Aqui no Rio Grande do Sul, embora

não houve mudança significativa nas temperaturas médias, a quantidade de precipitação em forma de neve diminuiu

dramaticamente nos últimos anos, pois os ciclones ou estão muito ao sul, ou quando estão mais ao norte, não há frio

suficiente, sendo que até o final da década de 1990 eles vinham sincronizados com o ar frio forte. Aí, nevava nas serras

e planaltos gaúchos e catarinenses e o ar frio conseguia chegar com força até o Paraná e o centro-sul do País

rompendo os bloqueios.

Não que a urbanização não tenha influenciado fortemente a mudança climática em Curitiba. Fê-lo, porém, apenas

parcialmente. Isto é, nas zonas não urbanizadas de Curitiba, também deve ter ocorrido aquecimento, mas bem menos acentuado

do que na ilha urbana. Ou seja, não que se vá encontrar nessas regiões exatamente o mesmo clima do passado, mas ao menos

se encontrará um clima semelhante ao clima do passado, mas não igual!

 

De fato, e outra coisa que eu preciso fazer pra comprovar isso, é calcular as temperaturas de Curitiba usando dados do BDMEP. E a urbanização num é tudo, amigo. Estamos vivendo em um período normal de aquecimento das temperaturas em todo o mundo (logicamente a ação do homem intensificou esse aquecimento). Porém, há uma vantagem na urbanização: Com ela, os índices de insolação diminuíram, não sei se é por causa dos prédios e da verticalidade, mas creio que não, pois além de ser um período mais quente, é um período mais chuvoso!

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Concluindo: Curitiba só esquentou assim perto do centro. Se nos distanciarmos uns 10, 20 km do centro, vamos ter as mesmas temperaturas de 20, 30 ou 40 anos atrás, inclusive, até geadas, correto?

 

Creio que não, pois a dinâmica realmente mudou. O que ocorre é que a partir de 1990, os bloqueios nos meses de inverno

se tornaram mais frequentes e duradouros. E a dinâmica não mudou só em Curitiba. Aqui no Rio Grande do Sul, embora

não houve mudança significativa nas temperaturas médias, a quantidade de precipitação em forma de neve diminuiu

dramaticamente nos últimos anos, pois os ciclones ou estão muito ao sul, ou quando estão mais ao norte, não há frio

suficiente, sendo que até o final da década de 1990 eles vinham sincronizados com o ar frio forte. Aí, nevava nas serras

e planaltos gaúchos e catarinenses e o ar frio conseguia chegar com força até o Paraná e o centro-sul do País

rompendo os bloqueios.

Não que a urbanização não tenha influenciado fortemente a mudança climática em Curitiba. Fê-lo, porém, apenas

parcialmente. Isto é, nas zonas não urbanizadas de Curitiba, também deve ter ocorrido aquecimento, mas bem menos acentuado

do que na ilha urbana. Ou seja, não que se vá encontrar nessas regiões exatamente o mesmo clima do passado, mas ao menos

se encontrará um clima semelhante ao clima do passado, mas não igual!

 

Perfeito, Michel...a dinâmica mudou e acho que devemos nos atentar porque ela mudou! Essa é a chave para a resposta do aquecimento de Curitiba e de outras regiões do sul/sudeste..

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Concluindo: Curitiba só esquentou assim perto do centro. Se nos distanciarmos uns 10, 20 km do centro, vamos ter as mesmas temperaturas de 20, 30 ou 40 anos atrás, inclusive, até geadas, correto?

 

Creio que não, pois a dinâmica realmente mudou. O que ocorre é que a partir de 1990, os bloqueios nos meses de inverno

se tornaram mais frequentes e duradouros. E a dinâmica não mudou só em Curitiba. Aqui no Rio Grande do Sul, embora

não houve mudança significativa nas temperaturas médias, a quantidade de precipitação em forma de neve diminuiu

dramaticamente nos últimos anos, pois os ciclones ou estão muito ao sul, ou quando estão mais ao norte, não há frio

suficiente, sendo que até o final da década de 1990 eles vinham sincronizados com o ar frio forte. Aí, nevava nas serras

e planaltos gaúchos e catarinenses e o ar frio conseguia chegar com força até o Paraná e o centro-sul do País

rompendo os bloqueios.

 

Não concordo que fazia mais frio no RS. É só pegar os dados de POA. Tanto que o Bruno criou um tópico "Esfriou em POA nos últimos invernos". Mudou a dinâmica partir das serras do RS para cima; para baixo continua igualzinho. Os ciclones tem se formado mais ao Sul; é vero, por isso não neva mais tanto nas serras. Mais faz tanto frio de pOA para baixo como antes. Para cima (tanto em neve como em frio), as coisa vão piorando PROGRESSIVAMENTE. Pior para Curitiba, pior para Sampa.

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Concluindo: Curitiba só esquentou assim perto do centro. Se nos distanciarmos uns 10, 20 km do centro, vamos ter as mesmas temperaturas de 20, 30 ou 40 anos atrás, inclusive, até geadas, correto?

 

Creio que não, pois a dinâmica realmente mudou. O que ocorre é que a partir de 1990, os bloqueios nos meses de inverno

se tornaram mais frequentes e duradouros. E a dinâmica não mudou só em Curitiba. Aqui no Rio Grande do Sul, embora

não houve mudança significativa nas temperaturas médias, a quantidade de precipitação em forma de neve diminuiu

dramaticamente nos últimos anos, pois os ciclones ou estão muito ao sul, ou quando estão mais ao norte, não há frio

suficiente, sendo que até o final da década de 1990 eles vinham sincronizados com o ar frio forte. Aí, nevava nas serras

e planaltos gaúchos e catarinenses e o ar frio conseguia chegar com força até o Paraná e o centro-sul do País

rompendo os bloqueios.

 

Não concordo que fazia mais frio no RS. É só pegar os dados de POA. Tanto que o Bruno criou um tópico "Esfriou em POA nos últimos invernos". Mudou a dinâmica partir das serras do RS para cima; para baixo continua igualzinho. Os ciclones tem se formado mais ao Sul; é vero, por isso não neva mais tanto nas serras. Mais faz tanto frio de pOA para baixo como antes. Para cima (tanto em neve como em frio), as coisa vão piorando PROGRESSIVAMENTE. Pior para Curitiba, pior para Sampa.

 

Caco, fico feliz em informar-te que não é exatamente isso que está acontecendo... Segundo dados do nosso amigo Coutinho, em julho de 2012, em São Joaquim, a média compensada foi de 8°C, ou seja, 1,5°C abaixo da média 1960-1990. E eu estou tentando comprovar isso através de dados do BDMEP do ano de 2000 para cá.

 

Mas de fato, a precipitação nival diminuiu, segundo os dados do Climaterra do Coutinho, ultimamente tem nevado menos de 10cm anuais! Eu acho que é porque os meses de inverno estão mais secos.

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Caramba! SJ esfriou justo em 2012 (num ano extremamente quente) do que em relação à Normal 61-90? É de se supor então que no Pós-2000, então TODOS os anos tenha ficado abaixo do que em relação à Normal 61-90, o que acho MUITO ESTRANHO.

 

Juro que achava que apenas de POA para baixo que a Normal 61-90 ainda valia. De resto estava desatualizada: Curitiba, SP, BH, Goiânia, etc.. Bem, também há de se considerar que SJ não sofre URBANIZAÇÃO. Porém reitero que o Pós 2000 foi quente, com excessões de 2011, 2003, 2004 e só.

 

Como diria o Mafili: Tempos interessantes....

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Caramba! SJ esfriou justo em 2012 (num ano extremamente quente) do que em relação à Normal 61-90? É de se supor então que no Pós-2000, então TODOS os anos tenha ficado abaixo do que em relação à Normal 61-90, o que acho MUITO ESTRANHO.

 

Juro que achava que apenas de POA para baixo que a Normal 61-90 ainda valia. De resto estava desatualizada: Curitiba, SP, BH, Goiânia, etc.. Bem, também há de se considerar que SJ não sofre URBANIZAÇÃO. Porém reitero que o Pós 2000 foi quente, com excessões de 2011, 2003, 2004 e só.

 

Como diria o Mafili: Tempos interessantes....

 

Bom, eu estou fazendo uma comparação do período 2000-2012 de Insolação, Precipitação e Temperaturas Máximas, Médias e Mínimas em São Joaquim, e até agora, NENHUMA diferença assombrosa... Tá tudo na média, tudo, menos a neve, infelizmente.

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Concluindo: Curitiba só esquentou assim perto do centro. Se nos distanciarmos uns 10, 20 km do centro, vamos ter as mesmas temperaturas de 20, 30 ou 40 anos atrás, inclusive, até geadas, correto?

 

Creio que não, pois a dinâmica realmente mudou. O que ocorre é que a partir de 1990, os bloqueios nos meses de inverno

se tornaram mais frequentes e duradouros. E a dinâmica não mudou só em Curitiba. Aqui no Rio Grande do Sul, embora

não houve mudança significativa nas temperaturas médias, a quantidade de precipitação em forma de neve diminuiu

dramaticamente nos últimos anos, pois os ciclones ou estão muito ao sul, ou quando estão mais ao norte, não há frio

suficiente, sendo que até o final da década de 1990 eles vinham sincronizados com o ar frio forte. Aí, nevava nas serras

e planaltos gaúchos e catarinenses e o ar frio conseguia chegar com força até o Paraná e o centro-sul do País

rompendo os bloqueios.

 

Não concordo que fazia mais frio no RS. É só pegar os dados de POA. Tanto que o Bruno criou um tópico "Esfriou em POA nos últimos invernos". Mudou a dinâmica partir das serras do RS para cima; para baixo continua igualzinho. Os ciclones tem se formado mais ao Sul; é vero, por isso não neva mais tanto nas serras. Mais faz tanto frio de pOA para baixo como antes. Para cima (tanto em neve como em frio), as coisa vão piorando PROGRESSIVAMENTE. Pior para Curitiba, pior para Sampa.

 

E eu por acaso disse que fazia mais frio aqui no RS? Leia direito o que escrevi! Quando eu disse que não há frio

suficiente, estava me referindo aos momentos em que há ciclone na costa, e isso está bem claro! Na realidade o que eu coloquei,

é que o ar frio não tem vindo sincronizado com o ciclone e por isso a dramática diminuição neval nos últimos anos!

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De fato, e outra coisa que eu preciso fazer pra comprovar isso, é calcular as temperaturas de Curitiba usando dados do BDMEP. E a urbanização num é tudo, amigo. Estamos vivendo em um período normal de aquecimento das temperaturas em todo o mundo (logicamente a ação do homem intensificou esse aquecimento). Porém, há uma vantagem na urbanização: Com ela, os índices de insolação diminuíram, não sei se é por causa dos prédios e da verticalidade, mas creio que não, pois além de ser um período mais quente, é um período mais chuvoso!

 

Isso mesmo! Tanto que nos breves períodos em que a dinâmica se aproxima do que era no passado,

as médias igualmente o fazem! Exemplo o mês de janeiro passado, em que Curitiba fechou com uma

compensada de 19,9ºC - exatamente a média da normal 1931-60. Não que a urbanização não influencie,

mas, acho que a dinâmica tem sido uma variável incomparavelmente mais importante nesse contexto de

mudanças!

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Caramba! SJ esfriou justo em 2012 (num ano extremamente quente) do que em relação à Normal 61-90? É de se supor então que no Pós-2000, então TODOS os anos tenha ficado abaixo do que em relação à Normal 61-90, o que acho MUITO ESTRANHO.

 

Juro que achava que apenas de POA para baixo que a Normal 61-90 ainda valia. De resto estava desatualizada: Curitiba, SP, BH, Goiânia, etc.. Bem, também há de se considerar que SJ não sofre URBANIZAÇÃO. Porém reitero que o Pós 2000 foi quente, com excessões de 2011, 2003, 2004 e só.

 

Como diria o Mafili: Tempos interessantes....

 

Porto Alegre teve em 2012 o ano mais quente em mais de um século...

 

Olhe o site da Metsul. Tem uma reportagem enorme com esse titulo.

O segundo ano mais quente foi 2001, e os demais foram 2005, 2006, 1998. coincidência?

 

Sds.

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Caramba! SJ esfriou justo em 2012 (num ano extremamente quente) do que em relação à Normal 61-90? É de se supor então que no Pós-2000, então TODOS os anos tenha ficado abaixo do que em relação à Normal 61-90, o que acho MUITO ESTRANHO.

 

Juro que achava que apenas de POA para baixo que a Normal 61-90 ainda valia. De resto estava desatualizada: Curitiba, SP, BH, Goiânia, etc.. Bem, também há de se considerar que SJ não sofre URBANIZAÇÃO. Porém reitero que o Pós 2000 foi quente, com excessões de 2011, 2003, 2004 e só.

 

Como diria o Mafili: Tempos interessantes....

 

Porto Alegre teve em 2012 o ano mais quente em mais de um século...

 

Olhe o site da Metsul. Tem uma reportagem enorme com esse titulo.

O segundo ano mais quente foi 2001, e os demais foram 2005, 2006, 1998. coincidência?

 

Sds.

 

Silvio, meu ponto é o outono/inverno. Observa-se que em POA este período bate exatamente com a média do Inmet 61/90. Não é o caso de Sampa e Curitiba. Algo sombrio há. Urbanização? Mas POA não a sofreu também? (embora em POA diga-se que tem mais áreas verdes, parques, etc...)

 

Mudança de dinâmica? Só vejo mudança de dinâmica nas temperaturas, das serras RS/SC para cima. Como bem observou o Michel, os ciclones agora, posicionados mais ao Sul, praticamente eliminaram a neve nas serras do RS e SC, represaram o frio no centro-sul do RS para baixo, neva agora em Bs Aires quase direto quando a última vez havia sido em 1918, e para nós mais acima, dependentes da sincronização de MP´s fortes com ciclones mais ao norte, nos trazendo os “cavalos polares” (que nos bridava todos os anos, quando nevava nas serras do RS e SC até 2000, "se fue”).

 

Triste realidade...

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Caco, no geral a década de 2000 teve frio bloqueado sim. Mas em 2012 foi exatamente o contrário do que você está dizendo.

Quanto mais ao sul se vai em 2012, maiores eram as anomalias. Maio fechou com +4C em cidades do Sul gaúcho. O Sul gaúcho fechou Maio com médias próximas a 18/19C, enquanto Curitiba fechou com 14.5C.

Em agosto piorou, sul gaúcho com 19C, Serrra gaúcha com anomalias de +3, +4C. Maio e Agosto não fazem parte do outono-inverno?

Sinceramente, acho que o amigo precisa visitar mais o sul do país... Poa não é mais verde que Curitiba.

As cidades mais arborizadas do Brasil estão no Paraná. Curitiba perde de longe para Maringá, mas é uma capital bastante arborizada, tem mata nativa em 2 parques no centro da cidade...

 

O último mês de dezembro mostra que a dinâmica não mudou apenas no outono-inverno. Foi um dezembro infernal no Brasil. Veja que o sul do país inteiro ficou sob bloqueio desde Agosto até dezembro. Agosto não faz parte do inverno?

Quanto a realidade, Curitiba continua sendo a capital mais fria no outono-inverno, mesmo na década de 2000, registrou negativas em 6 anos, inclusive em anos quentes como 2007, 2001, 2008, 2009. Em 2007 negativou já em Maio, em 2008 e 2009 em Junho, e em 2006 foram duas negativas em setembro, seguida de um 0C no terceiro dia. Em 2004 negativou em junho, e em 2010 teve máxima de 6.6C.

 

Isso é realmente triste, pois mesmo com aquecimento Curitiba continua sendo a capital mais fria (inverno e verão), triste principalmente para quem não mora lá... :good2:

 

Sds.

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Caco, no geral a década de 2000 teve frio bloqueado sim. Mas em 2012 foi exatamente o contrário do que você está dizendo.

Quanto mais ao sul se vai em 2012, maiores eram as anomalias. Maio fechou com +4C em cidades do Sul gaúcho. O Sul gaúcho fechou Maio com médias próximas a 18/19C, enquanto Curitiba fechou com 14.5C.

Em agosto piorou, sul gaúcho com 19C, Serrra gaúcha com anomalias de +3, +4C. Maio e Agosto não fazem parte do outono-inverno?

Sinceramente, acho que o amigo precisa visitar mais o sul do país... Poa não é mais verde que Curitiba.

As cidades mais arborizadas do Brasil estão no Paraná. Curitiba perde de longe para Maringá, mas é uma capital bastante arborizada, tem mata nativa em 2 parques no centro da cidade...

 

O último mês de dezembro mostra que a dinâmica não mudou apenas no outono-inverno. Foi um dezembro infernal no Brasil. Veja que o sul do país inteiro ficou sob bloqueio desde Agosto até dezembro. Agosto não faz parte do inverno?

Quanto a realidade, Curitiba continua sendo a capital mais fria no outono-inverno, mesmo na década de 2000, registrou negativas em 6 anos, inclusive em anos quentes como 2007, 2001, 2008, 2009. Em 2007 negativou já em Maio, em 2008 e 2009 em Junho, e em 2006 foram duas negativas em setembro, seguida de um 0C no terceiro dia. Em 2004 negativou em junho, e em 2010 teve máxima de 6.6C.

 

Isso é realmente triste, pois mesmo com aquecimento Curitiba continua sendo a capital mais fria (inverno e verão), triste principalmente para quem não mora lá... :good2:

 

Sds.

 

Magistralmente perfeito Coletty! Curitiba não é, de modo algum, menos verde que Porto Alegre, como você muito bem observou!

E veja que essas mínimas que você citou (e mesmo a máxima baixíssima de 2010), foram registradas no centro politécnico, que já

é uma região bem urbanizada, longe de sê-lo tanto quanto o é o centro, mas ainda assim, muito urbanizada. Isso por si só mostra

o potencial de frio da região.

E como você falou, se nos últimos anos o extremo sul não sofreu grandes alterações no tocante às temperaturas médias, 2012

FOI A GRANDE EXCEÇÃO! Agosto foi praticamente NULO em termos de frio aqui em Caxias do Sul, e houve cidades no interior gaúcho

com anomalias de até 6ºC no mês de agosto (bastante significativa se considerarmos que na maior parte do Estado, a amplitude

térmica entre os mês mais frio e o mês mais quente é de cerca de 9ºC).

Realmente, em 2012, os bloqueios foram MUITO ao sul. O que normalmente vinha ocorrente entre o Paraná e norte catarinense,

nos últimos anos (o que já caracterizando uma mudança de dinâmica), passou a ocorrer entre o sul gaúcho e o Uruguai no último

inverno. Mas o meu feeling é que 2013 será um pouco melhor que 2012. Creio que será um ano parecido com 2011 ou 2010...

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O problema, Caco, é que não é possível fragmentar vários sub-climas dentro de um mesmo clima. O mapa de

climas no Brasil é generalizado, mas não poderia ser feito de outra forma, caso contrário ficaria extremamente

confuso.

E

 

Até porquê o próprio clima subtropical não deixa de ser uma transição entre os climas tropicais e os climas temperados.

Sendo assim, a transição entre os climas tropicais e subrtopicais, embora admissível, é a transição da transição!

Naturalmente que, com 30ºS de latitude, Porto Alegre terá as características subtropicais mais acentuadas do que

Curitiba.

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O problema, Caco, é que não é possível fragmentar vários sub-climas dentro de um mesmo clima. O mapa de

climas no Brasil é generalizado, mas não poderia ser feito de outra forma, caso contrário ficaria extremamente

confuso.

E

 

Até porquê o próprio clima subtropical não deixa de ser uma transição entre os climas tropicais e os climas temperados.

Sendo assim, a transição entre os climas tropicais e subrtopicais, embora admissível, é a transição da transição!

Naturalmente que, com 30ºS de latitude, Porto Alegre terá as características subtropicais mais acentuadas do que

Curitiba.

 

Bem, Sampa se comportou exatamente igual à Curitiba em Maio/12. Curitiba que foi diferente de POA. Agosto à Dezembro em Sampa também foi trágico, IDEM ao Sul. Agosto só foi bom em MG. Para mim, só há influência de temperado no Brasil nas serras RS/SC e sul RS (fronteira). POA é 100% subtropical, sem influência temperada, por exemplo.

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Curitiba não tem tido a mesma dinâmica que outrora, como nos tempos das normais do INMET.

 

E o clima a 10 Km de Curitiba não é o mesmo da Curitiba de antigamente. Curitiba, salvo essa última década de imensos bloqueios atmosféricos que literalmente cagaram algumas advecções de ar frio, recebia mais porradas de ar frio.

 

Pode pegar os dados de cidades próximas de Curitiba e verão que apenas as temperaturas mínimas é que serão consideravelmente mais baixas. As máximas não. E isso indica frio por irradiação, logicamente porque estas cidades não tem o aquecimento provocado pela chapa de concreto.

 

Na minha opinião o clima de SP e região metropolitana é muito mais dependente da perda de calor por irradiação do que Curitiba. Todo o ano tem o ASAS que não me deixa mentir, onde cidades na RMSP afundam durante a madrugada e isso contribui para a ideia de que esse é o clima que reinava na SP anterior à chapa de concreto.

 

O ponto é o seguinte: mesmo com essas nhacas de bloqueios durante o inverno Curitiba ainda se mostra como a capital mais fria do país, tendo ainda como aliado o verão mais brando que Poa, por exemplo, devido as infiltrações marítimas que ocorrem em TODA região da borda das serras do leste brasileiro, desde o Rio Grande do Sul até o ES, por exemplo. Nem por isso todas essas regiões tem a mesma classificação climática.

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Curitiba não tem tido a mesma dinâmica que outrora, como nos tempos das normais do INMET.

 

E o clima a 10 Km de Curitiba não é o mesmo da Curitiba de antigamente. Curitiba, salvo essa última década de imensos bloqueios atmosféricos que literalmente cagaram algumas advecções de ar frio, recebia mais porradas de ar frio.

 

Pode pegar os dados de cidades próximas de Curitiba e verão que apenas as temperaturas mínimas é que serão consideravelmente mais baixas. As máximas não. E isso indica frio por irradiação, logicamente porque estas cidades não tem o aquecimento provocado pela chapa de concreto.

 

Na minha opinião o clima de SP e região metropolitana é muito mais dependente da perda de calor por irradiação do que Curitiba. Todo o ano tem o ASAS que não me deixa mentir, onde cidades na RMSP afundam durante a madrugada e isso contribui para a ideia de que esse é o clima que reinava na SP anterior à chapa de concreto.

 

O ponto é o seguinte: mesmo com essas nhacas de bloqueios durante o inverno Curitiba ainda se mostra como a capital mais fria do país, tendo ainda como aliado o verão mais brando que Poa, por exemplo, devido as infiltrações marítimas que ocorrem em TODA região da borda das serras do leste brasileiro, desde o Rio Grande do Sul até o ES, por exemplo. Nem por isso todas essas regiões tem a mesma classificação climática.

 

Falo e disse!

 

Sds

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O problema, Caco, é que não é possível fragmentar vários sub-climas dentro de um mesmo clima. O mapa de

climas no Brasil é generalizado, mas não poderia ser feito de outra forma, caso contrário ficaria extremamente

confuso.

E

 

Até porquê o próprio clima subtropical não deixa de ser uma transição entre os climas tropicais e os climas temperados.

Sendo assim, a transição entre os climas tropicais e subrtopicais, embora admissível, é a transição da transição!

Naturalmente que, com 30ºS de latitude, Porto Alegre terá as características subtropicais mais acentuadas do que

Curitiba.

 

Bem, Sampa se comportou exatamente igual à Curitiba em Maio/12. Curitiba que foi diferente de POA. Agosto à Dezembro em Sampa também foi trágico, IDEM ao Sul. Agosto só foi bom em MG. Para mim, só há influência de temperado no Brasil nas serras RS/SC e sul RS (fronteira). POA é 100% subtropical, sem influência temperada, por exemplo.

 

Alguns especialistas dizem que o Extremo Sul do Brasil e as Serras Catarinenses e Gaúchas, são de climas semi-temperados.

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Curitiba não tem tido a mesma dinâmica que outrora, como nos tempos das normais do INMET.

 

E o clima a 10 Km de Curitiba não é o mesmo da Curitiba de antigamente. Curitiba, salvo essa última década de imensos bloqueios atmosféricos que literalmente cagaram algumas advecções de ar frio, recebia mais porradas de ar frio.

 

Pode pegar os dados de cidades próximas de Curitiba e verão que apenas as temperaturas mínimas é que serão consideravelmente mais baixas. As máximas não. E isso indica frio por irradiação, logicamente porque estas cidades não tem o aquecimento provocado pela chapa de concreto.

 

Na minha opinião o clima de SP e região metropolitana é muito mais dependente da perda de calor por irradiação do que Curitiba. Todo o ano tem o ASAS que não me deixa mentir, onde cidades na RMSP afundam durante a madrugada e isso contribui para a ideia de que esse é o clima que reinava na SP anterior à chapa de concreto.

 

O ponto é o seguinte: mesmo com essas nhacas de bloqueios durante o inverno Curitiba ainda se mostra como a capital mais fria do país, tendo ainda como aliado o verão mais brando que Poa, por exemplo, devido as infiltrações marítimas que ocorrem em TODA região da borda das serras do leste brasileiro, desde o Rio Grande do Sul até o ES, por exemplo. Nem por isso todas essas regiões tem a mesma classificação climática.

 

Perfeito, D Soares.

 

Quando falamos no comportamento das temperaturas, no Brasil do "patropi" a "moda" (no sentido estatístico do termo) é a temperatura alta.

 

Na comparação dos registros de inverno, Curitiba continua a mais fria, secundada por Porto Alegre. As duas metrópoles são dissonantes em relação à realidade do Brasil. O Inverno de Sampa não se compara.

 

Sempre teremos o argumento da semelhança dos verões amenos de São Paulo e de Curitiba e esse é um dado real, que quiçá poderá um dia servir para outros parâmetros.

 

Mas a caracterização/distinção climática tende a ser feita pelos elementos que caracterizam as diferenças, não pelos que evidenciam semelhanças.

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Certa vez alguém disse (Não me lembro onde): "São Paulo, mesmo antigamente, no inverno, sempre se caracterizou mais por máximas baixas do que por mínimas espetaculares."

 

Eu concordo.

Embora nos meses de maio a setembro, São Paulo tenha mais insolação que as 3 capitais do sul, a recordação que mesmo os paulistanos mais velhos têm do inverno é sempre de dias nublados, garoentos, com infiltração marítima a todo vapor.

 

Acredito que, mesmo antes dos anos 2000, a porcentagem de noites de céu claro com massas polares fortes, sempre foi menor em Sampa do que nas 3 capitais do sul e em Campo Grande-MS.

Aqui, com raras exceções, eram 2 dias de noites claras e depois, com ida da massa polar para o Atlântico, imperava a infiltração marítima, com aumento da nebulosidade e a "velha" garoa que, aí sim, podia durar mais de uma semana...

 

Eu acho que Sampa (Podem me desmentir se acharem que estou errado), tem um número grande de máximas baixas para a latitude onde está.

 

Alguns exemplos de máximas diárias baixas em Sampa (Mirante) desde 1961:

10,2°C (12/07/88)

10,4°C (16/06/61)

10,8°C (14/09/90)

10,9°C (14/08/78)

11,0°C (03/09/64)

11,0°C (20/07/81)

11,1°C (26/08/84)

11,2°C (24/06/87)

11,4°C (30/06/76)

11,4°C (22/07/90)

11,6°C (20/07/64)

11,6°C (18/07/75)

11,6°C (01/07/76)

11,7°C (19/07/81)

11,8°C (10/07/76)

11,8°C (03/08/91)

11,9°C (28/07/07)

11,9°C (29/07/07)

 

Peguei só as 10, 11°C. Máximas de 12 e 13°C tem um montão...

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Aldo, veja em 7 de agosto de 1936....aponta 7 graus para SP...dificil de acreditar.

 

Já em 29/07/2007, neste dia São Paulo teve a tarde mais fria desde 1991.O frio daquela tarde de domingo impressionou os paulistanos. Na convencional do Mirante de Santana registrou 11,9 de temperatura máxima, o mesmo valor do dia anterior (28/07/07). Foi o menor valor histórico (isto é, de todos os meses) de temperatura máxima desde agosto de 1991, quando o Mirante registrou 11,8C. Para o mês de julho, os 11,9C deste dia, foi recorde desde julho de 1990, quando a temperatura máxima baixou até 11,4C.

 

Neste dia Campos do Jordão tinha 03,8ºC as 17:00 HS com chuviscos sendo a máxima daquela tarde. Mas na entrada do dia 29/07/07 na madrugada a temperatura maxima foi de 05,4, não superando por pouco o recorde de menor maxima 05,0 (15/08/99) desde 1961 na estação do Inmet. Se não fosse a madrugada começando com 5,4..seria a tarde mais fria na cidade nos ultimos 50 anos..

 

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A respeito do dia que Mirante teve a sua menor máxima, 10,2°C em 12/07/88, eu lembro de ter ouvido, várias vezes, o Narciso Vernizzi falar que naquela tarde havia feito 7,x°C no Mirante.

 

Fiz uma busca no BDMEP...

 

11/07/88

0h UTC (21h de 10/07) - 12,0°C

12h UTC (9h da manhã) - 12,8°C

18h UTC (3h da tarde) - 12,0°C

 

12/07/88

0h UTC (21h de 11/07) - 10,0°C

12h UTC (9h da manhã) - 7,8°C

18h UTC (3h da tarde) - 7,3°C

 

13/07/88

0h UTC (21h de 12/07) - 6,0°C

12h UTC (9h da manhã) - 8,2°C

18h UTC (3h da tarde) - 11,8°C

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Afinal de contas, climatologiamnete, Curitiba e RM está mais para SP e RM ou para POA e Região MP?

 

Acho que Curtiba está mais pra SP;

 

Hahahaha, tá rendendo essa, hein Caco?

 

Olha, você têm argumentos aí e realmente Curitiba "está mais", muito mais para Sampa do que para POA.

 

Tem proximidade, tem altitude, tem a localização junto à borda da serra, tem uma faixa de clima subtropical beirando São Paulo (passando "de raspão").

 

Aliás, basta a localização em borda de serras para termos um denominador comum entre Curitiba e Sampa, bem como entre as duas e Garanhuns (PE)

 

Mas a caracterização de clima subtropical não atinge Sampa por culpa do regime pluvial e das médias de inverno.

 

À parte isso tudo, não sei se sou só eu, mas sempre me chamou a atenção como a cobertura de nuvens em Curitiba costuma ser "tipicamente" baixa. Me parece muito característico isso.

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Curitiba está mais para SP do que POA, apesar de Curitiba estar mais para subtropical do que tropical de altitude. Parece

ambíguo, mas é a questão da faixa de transição entre os climas.

 

A região central de MG, o sul de Goiás e as áreas mais elevadas do triângulo mineiro são exemplos de climas 100% tropical

de altitude. Mas vejam bem, o importante é a predominância de um padrão observado. É por isso que DIamantina(MG) e

Sâo Paulo, apesar das evidentes diferenças de certos aspectos climáticos, no geral continuam se enquadrando no mesmo clima tropical

de altitude.

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