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Brasil Abaixo de Zero

Tópico Único - Estiagem 2005/2006


Alexandre Aguiar
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Estiagem no zero. Em Janeiro as chuvas estão se aproximando da média. Até a temperatura voltou a se comportar. Ficou abaixo do normal. Nesta segunda máxima de 24,1 ºC em Cascavel e chuva o dia todo

 

 

Lucas, essas chuvas dos últimos dias foram realmente muito bôas para o nosso estado como um todo, porém, para a agricultura o estrago já foi feito!!!

Em Cascavel, planta-se soja e milho na mesma época que em Campo Mourão, então posso te afirmar que essa chuva vai apenas beneficiar os grãos que foram plantados mais tarde...

...o milho precisava de chuva em novembro e dezembro e ela não veio, e na soja em dezembro e janeiro...

Esse ano vai ser marcado pela quebra de safra no Paraná, e pela seca, essa chuva dos últimos dias ainda não reverteu a situação!!!

No entanto, até o presente momento, a do ano passado oi bem pior!!!

 

Sds.

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Top Posters In This Topic

Gurizada

 

Como disse o Alexandre há um monte de gaiatos dizendo que a estiagem acabou inclusive ao pessoal da Def. Civil do RS credita-se que as chuvas são mais homogêneas... leiam à reportagem:

 

Clima

Chuva superior à de 2005 afasta risco de seca

Nos primeiros 22 dias de janeiro, foram registrados 617 milímetros a mais

RODRIGO CAVALHEIRO

 

Nas três primeiras semanas de janeiro, choveu 62% a mais do que no mesmo período do ano passado. O volume levou o governo do Estado a afastar ontem a possibilidade de uma estiagem semelhante à de 2005, a maior dos últimos 63 anos.

 

A chuva registrada até o dia 22 deste mês - 1.613,9 milímetros -, supera em 24% a de todo janeiro do ano passado. Para o chefe da Defesa Civil, tenente-coronel João Luiz Soares, o mais importante é que em 2006 as ocorrências têm sido bem distribuídas.

 

- Em 2005, houve 12 dias sem chuvas neste período. Agora, deixou de chover em apenas quatro dias - diz.

 

Outro parâmetro é o número de municípios em situação de emergência. A esta altura do ano, eram 218 em 2005. Neste verão, são 12 cidades, ainda à espera de homologação por parte da Defesa Civil.

 

O governador Germano Rigotto afirmou ontem que a chuva garante o desenvolvimento das safras de milho e de soja, mesmo que haja algum período de seca nos próximos meses. De acordo com o engenheiro agrônomo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Dulphe Pinheiro Machado, o índice pluviométrico deve mesmo garantir o bom desenvolvimento das lavouras.

 

- Estamos bem de chuva. Não há espaço para euforia, nem para desespero - avalia Machado.

 

Estado recebe alerta para raios e vento forte

 

Em contrapartida, quem há 10 dias aguarda uma seqüência de dias ensolarados na praia só deve ver o tempo firmar com a proximidade do final de semana. A previsão é de que o tempo permaneça instável pelo menos até quinta-feira sobre o Estado. Ainda assim, não devem se repetir temperaturas tão altas quanto às ocorridas no início de janeiro.

 

Ontem, a Capital registrou temperaturas entre 20,1ºC e 22,6ºC. No Estado, a mínima foi de 14,7ºC em Santa Vitória do Palmar. A máxima, de 30,2ºC, em Uruguaiana, uma das cidades castigadas pela estiagem, mesmo com a chuva contínua dos últimos dias.

 

Temporais com raios e ventos de até 60 km/h podem atingir o Estado hoje. O alerta foi repassado pelo Ministério da Integração Nacional à Defesa Civil ontem. Não está descartada a queda de granizo em áreas localizadas. Segundo a previsão, os temporais poderão acontecer no norte e no nordeste gaúchos.

 

( rodrigo.cavalheiro@zerohora.com.br )

Saiba mais

Compare

Janeiro de 2005

Primeiros 22 dias - 996,1 mm

Todo o mês - 1.303,3 mm

Janeiro de 2006

Primeiros 22 dias - 1.613,9 mm

Em situação de emergência em 2006*

Pareci Novo

Carlos Gomes

Barra do Rio Azul

Santana da Boa Vista

Pinheiro Machado

Candiota

Marcelino Ramos

Palmitinho

Viadutos

Vale Verde

Pinheirinho do Vale

Centenário

*Em 2005, eram 218

Em racionamento em 2006

Bagé

Candiota

Barra do Rio Azul

Viadutos

Fonte: Defesa Civil

Previsão

Hoje

Estado - 13°C a 31°C

Porto Alegre - 20°C a 26°C

Amanhã

Estado: nublado com chuva no Norte e Nordeste e parcialmente nublado nas demais regiões

Temperatura: 15°C a 33°C

Quinta-feira

Estado: possibilidade de chuva no Oeste e no Norte

Temperatura: 14°C a 33°C

Número

Quantidade de chuva em 2006 é 62% superior à em 2005

 

Saudações E N C A R N A D A S

 

 

:?: Essas precipitações se referem a soma de todas estações do estado?

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O raciocínio do governo do estado virou a piada do dia no Rio Grande do Sul na comunidade meteorológica. O governo do estado resolveu somar os volumes de chuva de todas as estações do INMET agora em janeiro e comparar com a soma do ano passado. Pode haver coisa mais maluca ? Imagine o Paraná. Digamos que Cascavel e Toledo estejam com chuva muito abaixo da média enquanto Curitiba e Paranaguá estejam com precipitação muito acima. Soma tudo e terás uma situação de normalidade no estado.

 

Por falar em Paraná, saiu o "rombo" da estiagem:

 

O Paraná, primeiro produtor nacional de milho, já registra uma quebra de produção de 22,2% por causa da estiagem, informou nesta tarde o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Isso significa que das 9,35 milhões de toneladas de milho estimadas inicialmente, 2,07 milhões de t foram perdidas, devendo resultar numa produção de 7,28 milhões de toneladas, conforme a nova estimativa dos técnicos.

 

Os prejuízos financeiros com a redução da safra foram calculados em R$ 408,83 milhões. Segundo Dirlei Manfio, do Setor de Previsão de Safras, o cálculo leva em consideração os atuais preços de mercado. O maior volume perdido (66,23%) está concentrado nas seguintes regiões: Francisco Beltrão (620.007 t), Laranjeiras do Sul (214.705 t), Pato Branco (295.935 t) e Ponta Grossa (242.658 t).

 

Ainda segundo o Deral, as perdas em Francisco Beltrão, principal região atingida pela prolongada seca, chegam a 63,8% da produção. Em Pato Branco, os prejuízos chegam a 38,8% da produção local. Assim, as perdas na região sudoeste paranaenses são estimadas hoje em 52,8%.

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Dados da Coagrisol para o mês de janeiro(acumulado), em pluviômetros auferidos pela Embrapa:Obs, sem contar a chuva depois das 9hs de hoje.

Soledade 87 mm

Vera Cruz 179mm

Arvorezinha 116mm

A maioria das cidades teve chuva acima dos 100mm, portanto, com chuva dentro da média histórica e em alguns casos como ode Vera Cruz, acima da média.

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Só para completar a mensagem do Alexandre, dentro dessas regiões, existem ainda variações enormes. Áreas de Pato Perderam 80% do milho, e outras regiões, 5%.

Assim como variou dentro de cada município, variou tambémd e um para o outro. Mas a média ficou na casa dos 40/50%.

 

Sds

 

ps: 55mm hj :D

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E quantas vezes ouvimos que não haveria estiagem ? Quantas vezes......Desmentido em cima de desmentido !!! Os desmentidos chegaram até mesmo à primeira semana de dezembro. Tenho uma coleção de vinte reportagens aqui arquivadas com manchetes do tipo "Descartada uma nova estiagem". Um dia vai dar na telha e vou postar toda a coleção aqui no BAZ.

 

1,4 bilhão de reais de prejuízo no Paraná, mais R$ 300 milhões no Rio Grande do Sul, mais R$ 300 milhões no Mato Grosso do Sul. 138 cidades em emergência.......

 

Apenas o Rio Grande do Sul não divulgou ainda balanço de prejuízo. E creio que o motivo esteja no fato da EMATER estar ligada à Somar, cujo diretor na página Tempo Agora falou que estavam fazendo "alarde" em torno da estiagem. O "alarde" já custou mais de 2 bilhões de reais.

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14% é a quebra na safra de Soja paranaense. Pouco! Sim, em comparação a outros anos.

 

Engraçado, esperavamos a estiagem para Janeiro, mas ela aconteceu em Dezembro. Desde novembro com chuvas abaixo da média, a situação melhorou e muito no mês que corre para o fim. Os modelos numéricos de previsão seguem mantendo a instabilidade de Janeiro para Fevereiro, inclusive com bons periodos de instabilidades e temperaturas mais amenas.

 

Graças a Deus.

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Cálculo de chuva é contestado por meteorologistas

 

Defesa Civil do Estado adotará o método sugerido pelos especialistas

 

RODRIGO CAVALHEIRO

 

Meteorologistas contestaram ontem a forma como a Defesa Civil calcula o volume de chuva no Estado. Conforme o coordenador do 8º Distrito de Meteorologia, Solismar Dané Prestes, a soma da precipitação registrada pelas 16 estações de captação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é incorreta e não mostra a distribuição da chuva no período.

 

- Não podemos simplesmente somar. Seria mais correto dividir o total acumulado pelo número de estações consultadas - avalia Prestes.

 

Conforme o chefe da Defesa Civil do Estado, tenente-coronel João Luiz Soares, o cômputo diário do que chove nos 16 municípios facilita a comparação com os dados do ano passado. A solução para a divergência técnica será pacífica. A Defesa Civil seguirá a sugestão.

 

- Continuaremos somando os dados, mas a partir de agora divulgaremos a média dos dados colhidos nas estações. Pode ficar mais claro para a população - promete Soares.

 

Questão da estiagem gera divergência

 

A discussão não invalida a comparação entre o volume de chuva registrado em janeiro deste ano, em relação ao ano passado. Nos primeiros 23 dias deste ano, a soma chega a 1.681,5mm - média de 105 mm. No mesmo período de 2005, a média foi de 62,25 mm. Ou seja, nos pontos de captação do Inmet, choveu 68% a mais este ano.

 

- Houve mais chuva este ano, não se pode negar. Mas é preciso cuidado porque o percentual não informa a distribuição da precipitação - alerta a meteorologista Cátia Valente, da Central de Meteorologia.

 

Distorções podem ocorrer porque regiões atingidas de forma diferente pela estiagem farão com que o nível de chuva no Rio Grande do Sul desça ou suba. Este fenômeno ocorre até mesmo dentro de uma mesma cidade, pois diferentes bairros registram a precipitação de modo distinto.

 

- O importante é não mudar o lugar da leitura e fazer a comparação com os mesmos por pontos de captação - explica Eugenio Hackbart, diretor da Rede de Climatologia Urbana de São Leopoldo.

 

Hackbart aproveitou para criticar o afastamento da possibilidade de estiagem pelo governo estadual. Segundo ele, a perspectiva para os próximos meses é de chuva abaixo da média. Neste ponto, o chefe da Defesa Civil não buscou o tom conciliador.

 

- Alguns meteorologistas dizem que a estiagem continua, mas estamos tendo chuva mais intensa do que nos anos anteriores - insistiu Soares.

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A estiagem que atinge principalmente a região Sudoeste do Paraná já causa perdas de R$ 1,4 bilhão. E vai ficar pior. “O prejuízo vai aumentar”, diz o secretário de Estado de Agricultura e vice-governador Orlando Pessuti, ao divulgar o balanço das perdas com a estiagem, ontem. Esta seca começou mais cedo, por volta de novembro de 2005, enquanto a do ano passado começou em janeiro, com perdas superiores a R$ 2 bilhões. É o terceiro ano seguido que o Estado enfrenta esse tipo de problema. A região Sudoeste é a mais atingida.

 

E as chuvas de fevereiro, que poderiam ajudar, deverão ser muito irregulares, segundo o Instituto Meteorológico Simepar. A solução será distribuir, para os agricultores que ficaram sem recursos, sementes de feijão, de milho e de pastagem de inverno para reduzir os prejuízos. Agora o Estado deve estudar formas de renegociação de dívidas, novas linhas de financiamento e tentar garantir preços mínimos para a safra.

 

“Além de produzir pouco, o agricultor não pode receber pouco pelo que produz”, diz o secretário. Os estoques mundiais da soja, por exemplo, estão altos com a segunda maior produção dos EUA — 84 milhões de toneladas — e mais 103 milhões de toneladas na América do Sul. Isso abaixa os preços. Em janeiro de 2004, o preço médio recebido pelos produtores do Paraná durante janeiro foi de R$ 42,54 a saca. Em 2005, foi de R$ 27 e hoje é de R$ 26.

 

Atingidas — As culturas da soja e milho foram as mais prejudicadas. Os Núcleos Regionais de Toledo, Francisco Beltrão e Cascavel tiveram mais problema com o primeiro produto que, em todo o Estado, representa um prejuízo de R$ 716 milhões. O milho, com perdas de R$ 412 milhões, foi atingido principalmente nos Núcleos Regionais de Francisco Beltrão, Pato Branco e Ponta Grossa. O feijão das águas foi prejudicado nos núcleos de Ponta Grossa, Curitiba, Irati e Guarapuava. O fumo, em Francisco Beltrão, Irati e Ponta Grossa. E a batata em Curitiba, Guarapuava e União da Vitória.

 

Emergência — Durante uma reunião, ontem, na Secretaria da Agricultura, foi recomendado aos municípios que fosse decretado Estado de Emergência. Para isso, é necessário um laudo assinado pelo Departamento de Economia Rural (Deral). O Deral determina com a assistência técnica e entidades de cada município as perdas verificadas em cada atividade agropecuária. Esse valor é importante para determinar o tamanho dos benefícios que cada cidade deverá receber. Em 2004, 31 municípios estiveram em Estado de Emergência. Em 2005, mais de 100.

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Gurizada

 

Essa coisa de médias nas variáveis meteorológicas poderia render um livro! Questionada também é a forma que a OMM recomenda a distribuição dos pluviômetros ou melhor, a representatividade de tal medição... A principal característica das chuvas dessa estação é essa heteregoneidade espacial, mesmo na presença de um sistema frontal, o que abre as brechas pelas ocorrências "pontuais". Acreditem, há produtores , pequenos é bem verdade, que já reclamam da perda de feijão por excesso de chuvas!!!!!!!!!!!! Aqui no Paraná ainda há pouca diversificação das culturas. Enquanto isso os produtores de uvas do sudoeste riem à toa! :wink:

Nesse momento o Reinaldo, nosso colega aqui da operação, fala com o plantão da Defesa Civil do estado alertando sobre chuvas intensas... em Francisco Beltrão, um dos municípios mais atingidos pela estiagem!!! Essas chuvas assim resolvem? Claro que não para determinado setor. Vem à galope... quase sempre acompanhadas de ventos e de um granizito básico para riscar do mapa coberturas de telhas de amianto do tipo 3mm! Esse troço é uma cachaça!!! :? :?

 

Às tantas, no calor das discussões na reunião de ontem onde a plenária estava repleta de agricultores, deputados, prefeitos e todo o tipo de representação sindicais além das cooperativas surge uma voz indignada e alterada de um sindicalista: "... se essa tal de meteorologia funciona porque nós não a utilizamos?!?!" Foi o único momento de descontração.

 

Saudações E N C A R N A D A S

 

PARA EXEMPLIFICAR BEM O QUE O DUQUIA POSTOU...

 

NA REGIÃO DE ITUPORANGA, NO SOGRO DO AGRICULTOR QUE ATENDO DEU 115 mm E A +-10 KM EM LINHA RETA, DEU 4/5 mm!!. PARA "PIORAR" DEU 86 mm NA EPAGRI, ISTO VAI FAZER COM QUE A MÉDIA DA ESTAÇÃO FIQUE ACIMA DO NORMAL, MASCARANDO A FALTA DE CHUVA NA MAIOR PARTE DA REGIÃO. PARÂMETRO CHUVA, É TERRÍVEL ANALISAR DEVIDO A ESTA ENORME VARIABILIDADE.

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O Eugenio ontem deu entrevista para Zero Hora e o repórter relatou para ele que um(a) meteorologista também ouvido na matéria disse que as estações meteorológicas refletem a realidade da precipitação de até dois quilômetros ao redor do ponto de medição pelo pluviômetro. Obviamente a gente sabe que só mede a realidade mesmo do ponto exato do pluviômetro. São Joaquim tem dois pontos de medição distantes apenas um quilômetro um do outro. A estação da Epagri e a da Climaterra tiveram 300 mm de chuva de diferença na precipitação total de 2005.

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Mesmo com as diferenças que possam haver em relação aos medidores, minha memória do tempo sabe que choveu mais este ano na região do que no ano passado. Não estou dizendo que não houve estiagem, só que ocorreu em período anterior e durou menos tempo, pelo menos agora houve uma "pausa" na estiagem. O desenvolvimento das lavouras pelo menos regionalmente, está muito acima do ano passado.Ontem mesmo minha sogra trouxe um feijão mouro maravilhoso, recém colhido, lá ~da baixada do Penteado.Aguardemos esta reta final, para ver se houve estiagem, ou apenas chuvas mal distribuídas, o que é comum no verão do RS.

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Mesmo com as diferenças que possam haver em relação aos medidores, minha memória do tempo sabe que choveu mais este ano na região do que no ano passado. Não estou dizendo que não houve estiagem, só que ocorreu em período anterior e durou menos tempo, pelo menos agora houve uma "pausa" na estiagem. O desenvolvimento das lavouras pelo menos regionalmente, está muito acima do ano passado.Ontem mesmo minha sogra trouxe um feijão mouro maravilhoso, recém colhido, lá ~da baixada do Penteado.Aguardemos esta reta final, para ver se houve estiagem, ou apenas chuvas mal distribuídas, o que é comum no verão do RS.

 

Este é um equívoco compreensível que repetidamente está sendo cometido. Há uma constante comparação com 2005. A estiagem do ano passado foi o extremo, o máximo em intensidade, a pior dos últimos 60 anos. Houve uma aguda escassez de chuva em fevereiro e março, justamente na segunda metade da safra de verão, o que determinou as perdas impressionantes no campo. Não é o padrão médio de estiagem no Rio Grande do Sul. Não há caso de chuva mal distribuída. Durante todo o mês de novembro, todo dezembro e a maior parte da primeira quinzena de janeiro houve déficit hídrico generalizado no Sul do Brasil, Uruguai, centro e norte da Argentina e no Paraguai. As únicas áreas que tiveram volumes de chuva próximos da média foram o Planalto Médio, Missões e Noroeste gaúcho.

 

vege18122005.gif

 

Uruguaiana está com chuva abaixo da média há 90 dias. Houve apenas um episódio pontual de chuva forte agora nesta semana na cidade e que conforme o INMET acumulou tão-somente 40 milímetros. Este deve ser o volume final de chuva na cidade em janeiro. O tempo médio das estiagens no Rio Grande do Sul numa análise dos últimos quinze anos é de 90 dias. A estiagem de 1 de novembro de 2005 a 16 de janeiro de 2006 durou cerca de 80 dias. Houve um período de chuva mais forte no centro e no leste do estado, mas no sudoeste e oeste do estado a chuva permaneceu abaixo da média, dando sequência ao período de estiagem iniciado no começo de novembro. Agora as áreas beneficiadas pela chuva da segunda quinzena voltarão a enfrentar deficiência hídrica.

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Vamos ao repeteco. O equívoco está em comparar toda a estiagem que ocorrer de agora em em diante com o extremo do verão de 2005. A situação do ano passado é extraordinário. Quando se analisa uma situação meteorológica, ela deve ser comparado com a situação média. Não se compara a média de temperatura mensal observada com a média das máximas absolutas do passado, mas com as demais temperaturas médias. Das próximas dez estiagens, nove ou dez serão menos intensas que a de 2005. Este é o ponto. A comparação é livre, portanto nada tem de impeditivo analisar a estiagem deste ano frente a de 2005, mas a comparação não é das melhores por justamente a situação do ano passado ter sido o extremo dos extremos.

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Vale apenas a lembrança de que, com a enorme variabilidade de chuva numa pequena área, as bacias hidrográficas redestribuem a chuva, além de que pode haver elevação do lençol freático dependendo do caso. A geografia se encarrega de resdistribuir a água.

É apenas uma relato.

 

Do mais, parece que a linha de instabilidade se foi, porém a linha frontal do ar frio (a frente fria propriamente dita) ainda não entrou. Estamos naquele corredor entre as instabilidades e a frente fria, por onde sopra um vento O, por vezes moderado, quente a úmido. O ar está carregado.

 

No momento, tenho 30,4° com generosos 68%! Sensação térmica de, pelo menos, 35°!! E ao N "explodiu" a pouco mais de 1 h uma grande área de instabilidade. Rapidinho, rapidinho, a chuva forte se deslocou para NE e já deve estar no Litoral Norte. Até à noite, teremos uma pancada forte de chuva, e daí a virada no vento com queda na temperatura.

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Tudo bem Alexandre eu entendi.Mas esqueçamos um pouco a seca do ano passado e peguemos a média histórica, dos últimos verões. O que quero dizer, é que novembro 2005 e janeiro 2006, estão dentro da média normal pluviométrica, com apenas dezembro abaixo da média.Agora daqui por diante ainda não entro no mérito porque ainda chegou, é uma situação futura, e neste aspecto deixo a análise para os meteorologistas...

O importante é ressaltar que estou fazendo uma análise até o momento atual.De agora em diante são outros quinhentos...

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Viajei hoje à tarde, entre 17:30h e 18:30h debaixo de muita chuva no trecho Soledade-Passo Fundo. "Mergulhei" numa pancada despejada de "balde" quando passei por Ernestina. Há muito tempo não via chuva tão intensa. Talvez por lá o acumulado tenha chegado próximo a 100mm. Enquanto isso, aqui em Passo Fundo chuva bem mais fraca mas persistente.

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Vamos ao repeteco. O equívoco está em comparar toda a estiagem que ocorrer de agora em em diante com o extremo do verão de 2005. A situação do

 

Equívoco cometido aqui no BAZ, a 2/3 meses atras suspeitava-se (deixe-me sair de fora, pois eu não concordava, mesmo com a estiagem de DEZEMBRO) que o verão de 2006 poderia ser tão seco quanto o de 2005.

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Vamos ao repeteco. O equívoco está em comparar toda a estiagem que ocorrer de agora em em diante com o extremo do verão de 2005. A situação do

 

Equívoco cometido aqui no BAZ, a 2/3 meses atras suspeitava-se por muitos que o verão de 2006 poderia ser tão seco quanto o de 2005.

Até agora o verão segue no ritimo normal aceitavel.

 

NORMAL ??? DOIS BI DE PREJUIZO NO CAMPO POR FATOR CLIMATICO É NORMAL ???

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Meu caro amigo, os problemas não vieram com o verão, aconteceram antes da estação começar. Principalmente em dezembro, quando a estiagem foi mais homogênia. Em Janeiro, ao contrário, foi bastante esparsa e de curta duração em toda região Oeste. Estiagem mesmo, no Paraná, em Janeiro, está (ainda) sendo verificada nos setores Norte e Nordeste, não no Sudoeste.

Pegando só Cascavel, uma das regioes com menores indices pluviometricos do Oeste (perdendo para Quedas do Iguaçu, segundo as estações do Simepar) choveu:

 

55mm em Novembro

50mm em Dezembro (aprox.)

 

Real período de estiagem, agravando-se em Dezembro.

 

Na primeira semana de janeiro de 2006 já havia chovido estes valores. Até a presente data o indice total supera os 150mm. Em 2005 choveu 170mm no mês.

 

É contraditorio dizer de estiagem HOJE com tanta chuva caindo dia após dia.

Mas lembrando que a tendencia de estiagem PODE continuar, confesso que para mim não é certeza. vou entrar em cautela novamente.

 

O fevereiro dos ultimos anos não é tão chuvoso, mesmo sendo um dos mais chuvosos em média.

2005 e 2006 até agora estão um pouco parecidos aqui no Paraná:

Pouca chuva em dezembro

Muita chuva em janeiro.

 

Já a estiagem de 2004 teve caracteristicas mais distintas, sendo janeiro muito seco.

 

Quem paga pra ver?

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Lucas, vale lembrar que viemos de 2 anos com estiagem no Sul. Não houve total recuperação do solo nem das águas. Por isso mesmo, alguns rios estão, com 70 dias de estiagem, muito menos severa que a do ano passado, com vazão menor do que no momento mais crítcio de 2005.

OK, tivemos até agora, no sudoeste estiagem em nov. dez. e parte de janeiro, faz 1 semana que chove bem, e você diz, falar em estiagem com toda essa chuva ? Guri, estamos com chuva acima da média em Pato, sim, acredite, mas essa chuva ficou concentrada na semana final do mês. Adiantou alguma coisa para a agricultura ? Pouco, muito pouco.

Mas, ao menos dá um alívio nas águas da região, uma leve recuperada.

 

Esse é um detalhe importante, estiagem deve SE AGRAVAR, e não VOLTAR, pois ela não acabou e nem foi revertida. Se não tivessemos esse período mais chuvoso sobre o Sul, meu Deus, estaríamos fritos em pouca banha, como diz meu pai.

 

Abraços

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Paulo

 

Novembro teve chuva abaixo da média em grande parte do estado. Dezembro idem. A primeira quinzena de janeiro também. Justamente por isso se caracterizou uma situação de estiagem.

Ah sim agora nós chegamos `a um denominador comum, amigo Alexandre.É que eu estou olhando tudo sob um prisma bem localizado e vcs tem um leque maior de pontos de informação :wink: Traduzindo, a região da Grande Soledade está sendo privilegiada pela chuva nos últimos meses, enquanto a maior parte do sul do país está sob estiagem ,certo.

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Paulo

 

Novembro teve chuva abaixo da média em grande parte do estado. Dezembro idem. A primeira quinzena de janeiro também. Justamente por isso se caracterizou uma situação de estiagem.

Ah sim agora nós chegamos `a um denominador comum, amigo Alexandre.É que eu estou olhando tudo sob um prisma bem localizado e vcs tem um leque maior de pontos de informação :wink: Traduzindo, a região da Grande Soledade está sendo privilegiada pela chuva nos últimos meses, enquanto a maior parte do sul do país está sob estiagem ,certo.

 

Certíssimo.

 

A maior parte do Sul do Brasil esteve sob estiagem. Neste momento o quadro é mais localizado e restrito ao sul e oeste do RS, mas as áreas de estiagem devem voltar a se expandir nesta segunda metade do verão.

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PARA MIM, CREIO QUE PARA CLIMATOLOGIA TAMBÉM, QUANDO FALAMOS EM VERÃO, NÃO É O DE CALENDÁRIO, QUE NÃO PASSA DE APENAS UM EVENTO ASTRONÔMICO. VERÃO, MAIOR PARTE DO SUL, INCLUSIVE CASCAVEL, COMEÇA NO DECORRER DA SEGUNDA QUINZENA DE NOVEMBRO E VAI ATÉ A PRIMEIRA QUINZENA DE ABRIL AUGE EM JANEIRO/FEVEREIRO.

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PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL PARA SANTA CATARINA

 

FEVEREIRO, MARÇO e ABRIL / 2006

 

Florianópolis, 23/01/2006

 

Temperatura da Superfície do Mar (TSM)

 

Anomalias negativas de TSM, entre 0,5 e 1,5°C, foram observadas nos últimos meses no Pacífico Equatorial. No mês de janeiro houve uma intensificação e expansão do resfriamento para oeste, deslocando-se até aproximadamente 180ºW. O padrão de águas superficiais mais frias que vem sendo observado indica a ocorrência de uma Lã Nina fraca. Porém, os modelos de previsão numérica NÃO indicam a intensificação deste evento nos próximos meses, tendendo a normalidade no setor leste do Pacífico Equatorial. As conseqüências deste evento poderão ser percebidas no inicio do Outono, antecipando a incidência de eventos frios e secos. No Oceano Atlântico Sul, as águas mantiveram-se acima da média com um núcleo mais quente em torno de 3°C numa área compreendida entre 25 a 35°S e 25 a 45ºW.

 

 

Precipitação

 

Para o trimestre Fev/Mar/Abr a previsão é de chuvas ligeiramente abaixo da média no Oeste e Meio-Oeste, com uma distribuição melhor em relação aos últimos meses. Para o Planalto e Litoral, na média, sendo que no Planalto Sul e Litoral Sul ligeiramente acima da média.

 

Até o final do verão, o número de dias consecutivos com chuva ocorrerá com maior freqüência, devido à incidência de chuvas convectivas e a umidade da Amazônia. A partir da segunda quinzena de março, haverá uma diminuição no volume de precipitação em todo estado, devendo ocorrer em sua maioria associada a passagem de frentes frias. O risco de evento extremo, como chuva forte, temporal e granizo persistem para estes próximos meses, geralmente associados a passagem de frentes frias, especialmente do Planalto ao Litoral.

 

Climatologia: No mês de fevereiro, em todo o estado, a nebulosidade é intensa entre final da tarde e início da manhã do dia seguinte, acompanhando o ritmo das pancadas de chuva, devido à convecção originada no calor do dia. As pancadas de chuva são de curta duração, associadas a trovoadas, e responsáveis pela elevação no volume da precipitação dessa época do ano, na maioria dos municípios catarinenses. No mês de março começa a transição entre o verão e o outono, mas a primeira quinzena deste mês ainda apresenta características de verão com chuvas mais significativas. No mês de abril ocorrem bloqueios atmosféricos que deixam o tempo estável com poucas nuvens e sem chuva por um período superior a uma semana. Porém, chuvas fortes são observadas junto a passagem de frentes frias, aumentando o volume de precipitação principalmente no Meio-Oeste e Oeste, conforme a Tabela 1.

 

 

 

 

 

Temperatura

 

Em fevereiro e na primeira quinzena de março as temperaturas mantêm-se mais elevadas durante o dia. A partir da segunda quinzena de março, a incursão de massas de ar frio, avançando pelo sul do País, poderão ser observadas com maior freqüência em relação aos anos anteriores, provocando queda acentuada nas temperaturas com geadas nas áreas mais altas do Planalto Catarinense. A partir de abril, a influência dessas massas deve trazer episódios de frio mais intensos, com geada generalizada nas áreas mais altas do estado e a possível incidência de neve, principalmente no Planalto Sul.

 

 

 

Climatologia: Entre os meses de fevereiro e março, as temperaturas médias tendem a ficar com pouca variação. Por outro lado, entre março e abril há uma diminuição em torno de 2 a 3ºC (Tabela 2). Em fevereiro e na primeira quinzena de março, as massas de ar quente dominam as condições de tempo no Sul do Brasil. Em março, na segunda quinzena do mês, já ocorrem a incursão das primeiras massas de ar frio, com chance de geada na Serra Catarinense. O mês de abril caracteriza-se pela transição entre as estações de verão e inverno, geralmente alternando períodos de temperaturas baixas com períodos de temperaturas um pouco mais altas. Neste mês, as massas de ar frio e seco, de origem polar e deslocamento continental, começam a avançar sobre a região Sul, favorecendo a ocorrência de temperaturas negativas no estado de Santa Catarina. Normalmente no mês de abril ocorrem as primeiras geadas do ano no Planalto, Meio Oeste e Oeste.

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DETALHES;

 

A CHUVA EM JANEIRO NÃO FOI BEM DISTRIBUÍDA, HÁ LOCAIS, COMO C.NOVOS, QUE FECHARÃO JANEIRO COM MAIS DE 220 mm (ESTAÇÃO) E LOCAIS A APENAS 30/50 Km DE DISTÂNCIA QUE PODE NÃO FECHAR COM 100 mm. ASSIM VAI POR TODA SC.

 

EM 2004 S.JOAQUIM FECHOU COM MAIS DE 500 mm ABAIXO DA MÉDIA E EM 2005 COM QUASE -100 mm. ASSIM FOI EM MUITOS LOCAIS DO ESTADO. OU SEJA A 2 ANOS QUE ESTAMOS COM FALTA DE UMIDADE NO SOLO. COMO DÁ PARA DIZER QUE A ESTIAGEM ACABOU COM APENAS 20 DIAS DE CHUVA!!!

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Tenho observado que nas últimas décadas, chove mais em janeiro ao sul de Soledade, como Fontoura ,Barros Cassal, e São José do Herval, deixando um peuqueno vazio" de chuvas nas áreas de mesma latitude da cidade de Soledade, e reinicia outra banda de chuvas mais frequentes de Ernestina para cima, em direção a Carazinho e Passo Fundo.Em fevereiro o cenário muda, porque sempre pegamos um período mais frio em fevereiro, aí Soledade torna-se mais chuvosa, inclusive com mais chuva noturna.

Até gostaria de ter esta tendência confirmada, mas como a Climatologia e o Ronaldo estão anunciando a intensificação da estiagem, fico apreensivo.

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Vejam como são as coisas. O tempo esta tarde de sexta foi paulatinamente se armando até que um CB considerável se formou sobre a cidade. Resultado: 27mm aqui em casa e a formação tomou a direção sudeste levando chuva em sua direção. E mais uma vez mordi a língua ao afirmar a um grupo de amigos ontem a tarde que não havia possibilidade alguma de chuva até sábado ao menos aqui em Passo Fundo... :roll:

Sds.

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É +- isso que vemos aqui no Oeste. A seca parece coisa lá de Dezembro com tanta chuva.

 

Os solos na região Oeste estão com a capacidade água máxima. No oeste choveu todos os dias da semana, com indices médios de 10mm diarios. Isso ajudou e muito. O período mais instável que previamos iria até quarta feira, mas contrariando nossas previsões as chuvas não param. Mesmo com o sol que faz de tarde o tempo fecha e chove muito.

Com as chuvas dessa semana os valores de precipitação estão acima da média na região Oeste.

Os índices de evapotranspiração despencaram, fechando em menos de 2mm ao dia na quarta feira, e se mantendo as voltas dos 3mm diarios. Mas com tanta chuva a água no solo é recuperada.

 

Nesta semana o aeroporto de Cascavel não registrou nenhum dia com temperatura de 30 ºC; Aqui no centro da cidade foram registrados 30,0 ºC apenas quinta feira,

 

Neste sábado céu bastante nublado, escuro e com mais chuva. Pela manhã choveu 1,6mm. No momento (14h) começa chover novamente.

 

Abaixo os últimos registros de precipitação aqui em meu "parquinho" meteorologico =

 

18/01/06 = 9,8

19/01/06 = 15,1

20/01/06 = 0,2

21/01/06 = 14

22/01/06 = 10,2

23/01/06 = 13,6

24/01/06 = 12,4

25/01/06 = 13,4

26/01/06 = 0

27/01/06 = 17,2

28/01/06 = 1,6

 

 

A umidade relativa do ar também segue em gradativa elevação, sendo 8 dias o índice máxima superior a casa dos 90%

 

todos os registros em climatologiadecascavel.z6.com.br/janeiro2006.htm

 

abraços, e que essa chuva continue mantendo as máximas comportadas, assim como indicam os modelos para o próximo mês

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É +- isso que vemos aqui no Oeste. A seca parece coisa lá de Dezembro com tanta chuva.

 

Os solos na região Oeste estão com a capacidade água máxima. No oeste choveu todos os dias da semana, com indices médios de 10mm diarios. Isso ajudou e muito. O período mais instável que previamos iria até quarta feira, mas contrariando nossas previsões as chuvas não param. Mesmo com o sol que faz de tarde o tempo fecha e chove muito.

Com as chuvas dessa semana os valores de precipitação estão acima da média na região Oeste.

Os índices de evapotranspiração despencaram, fechando em menos de 2mm ao dia na quarta feira, e se mantendo as voltas dos 3mm diarios. Mas com tanta chuva a água no solo é recuperada.

 

Nesta semana o aeroporto de Cascavel não registrou nenhum dia com temperatura de 30 ºC; Aqui no centro da cidade foram registrados 30,0 ºC apenas quinta feira,

 

Neste sábado céu bastante nublado, escuro e com mais chuva. Pela manhã choveu 1,6mm. No momento (14h) começa chover novamente.

 

Abaixo os últimos registros de precipitação aqui em meu "parquinho" meteorologico =

 

18/01/06 = 9,8

19/01/06 = 15,1

20/01/06 = 0,2

21/01/06 = 14

22/01/06 = 10,2

23/01/06 = 13,6

24/01/06 = 12,4

25/01/06 = 13,4

26/01/06 = 0

27/01/06 = 17,2

28/01/06 = 1,6

 

 

A umidade relativa do ar também segue em gradativa elevação, sendo 8 dias o índice máxima superior a casa dos 90%

 

todos os registros em climatologiadecascavel.z6.com.br/janeiro2006.htm

 

abraços, e que essa chuva continue mantendo as máximas comportadas, assim como indicam os modelos para o próximo mês

 

E TORÇA PARA QUE CONTINUE ASSIM ATÉ FINS DE FEVEREIRO, ANO PASSADO FOI QUASE A MESMA COISA......

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Mas do ano passado para este ano já são notaveis distinções, o que estava parecido começa a se distanciar. Em 2004, dezembro foi seco, mas nem tanto como em 2005. No entanto, choveu bem menos em janeiro de 2005 do que está chovendo em 2006.

Fevereiro foi um mês extremamente seco, de estiagem severa e grandes perdas para a agricultura, que começou com temperaturas amenas mas que acabou com recordes de temperatura máxima. Diferente deste ano que não estão sendo registradas temperaturas tão amenas assim.

Abaixo os volumes de precipitação registrados em Fevereiro de 2005 de responsabilidade minha:

 

01/02/2005 = 0

02/02/2005 = 0

03/02/2005 = 0

04/02/2005 = 0

05/02/2005 = 0

06/02/2005 = 0

07/02/2005 = 0

08/02/2005 = 0

09/02/2005 = 0

10/02/2005 = 0

11/02/2005 = 0

12/02/2005 = 0

13/02/2005 = 0

14/02/2005 = 0

15/02/2005 = 0

16/02/2005 = 27,2

17/02/2005 = 9

18/02/2005 = 0

19/02/2005 = 0

20/02/2005 = 0

21/02/2005 = 0

22/02/2005 = 0

23/02/2005 = 0

24/02/2005 = 12

25/02/2005 = 1,2

26/02/2005 = 0

27/02/2005 = 0

28/02/2005 = 0

 

Esse sim foi um período de estiagem bastante generalizado, bem diferente do que está sendo janeiro de 2006,fora intenso e sofrido que no Oeste havia começado em Janeiro, mês que teve até 14ºC.

 

E a estação oficial>

 

Acumulou em janeiro 2005 = 94mm

Acumulou em fevereiro 2005 = 36mm

fonte Simepar

 

:shock:

 

Mínima em fevereiro 2005: 15ºC

Mínima em janeiro 2006: 18 ºC

 

Muito provavelmente o mês que começa na próxima quarta será no mínimo 40% mais chuvoso do que foi no ano passado.

 

É a torcida! Ainda restam muitas duvidas em meio a modelo de previsoes numericas não muito confiáveis.

Só quero que esse mês passe voando

abraços

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Minha posição pessoal: A previsão climática deve ser discretizada por mês!

 

Mataste a charada !!

 

Por isso, não trabalhamos com idéia de trimestre nem com a simplicidade de abaixo ou acima da média.

 

E o que se dizia no prognóstico para o verão ?

 

“O volume das precipitações no estado neste verão deve ficar abaixo da média histórica com chuvas mal distribuídas e irregulares. Algumas áreas do território gaúcho podem apresentar volumes de chuva excessivos em curtos períodos, mas no geral a perspectiva é a manutenção do quadro de déficit hídrico e o agravamento da estiagem que teve início em novembro em diversas localidades.

 

A Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo enfatiza que, ao menos no presente momento, não se vislumbra uma estiagem igual ou mais severa que a do verão passado no Rio Grande do Sul, a pior no estado nos últimos 60 anos e que comprometeu a economia gaúcha, sobretudo o PIB agrícola. Estamos destacando na análise estatística o ano análogo de 1996 e naquele verão foram registradas chuvas nos meses de janeiro e fevereiro que amenizaram parcialmente o déficit hídrico. Entretanto, as precipitações foram mais escassas na segunda metade da estação e no outono, o que pode vir a ocorrer em 2006”.

 

O prognóstico de 22 de dezembro, mostra-se totalmente preciso mais de um mês após a sua elaboração. Isso porque (1) a estiagem iniciada em novembro de fato se agravou no começo do verão a ponto do número de cidades em situação de emergência no Sul do Brasil ter atingido agora um total de 141; (2) a estiagem não é mais severa que a do verão 2005; e (3) a chuva de fato veio em janeiro para amenizar parcialmente o déficit hídrico de novembro, dezembro e da primeira quinzena de janeiro.

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POR QUE A ESTIAGEM NO SUL DO BRASIL FOI AMENIZADA, MAS NÃO TERMINOU ?

 

A NOTÍCIA - SANTA CATARINA

 

27/01/2006

 

Cidades mantêm racionamento

 

Concórdia - Mesmo com a chuva que caiu nos últimos cinco dias, as cidades de Peritiba e Presidente Castello Branco, ambas localizadas no Meio-oeste do Estado, continuam com água racionada. A Casan manteve ontem o fornecimento de água durante apenas oito horas por dia porque as fontes de água utilizadas para abastecer as duas cidades ainda não se recuperaram. Como o sol voltou a predominar ontem, a tendência é de que o racionamento seja mantido por mais alguns dias.

Peritiba raciona água para a população urbana desde o dia 13 de dezembro, quando a vazão dos rios Formigas e Veado chegou a 70% abaixo do normal. Mesmo ontem, caminhões-pipa continuaram buscando água no lago da hidrelétrica de Itá para garantir os 200 mil litros consumidos diariamente pelos 5 mil habitantes da cidade. Em Presidente Castello Branco, o racionamento iniciou dia 2 de janeiro porque a vazão do poço artesiano que atende a cidade diminuiu.

 

De acordo com a estação agrometeorológica da Embrapa, de Concórdia, a precipitação ficou acima dos 80 milímetros desde a semana passada, quantidade insuficiente para recuperar as fontes de água e vazão dos rios. Em janeiro, as chuvas atingiram 102 milímetros, pouco mais da metade do que costuma chover nesta época do ano. Como a falta de água iniciou ainda em novembro, seria necessário chover acima de 200 milímetros.

 

==

 

CORREIO DO POVO DE PORTO ALEGRE

 

27/01/2006

 

A precipitação pluviométrica em Santa Cruz do Sul já chegou a 151 milímetros desde 1º de janeiro até agora. O volume é superior a janeiro e fevereiro de 2005 somados, que totalizaram 108 milímetros, segundo Adroaldo Oliveira, da Estação Meteorológica da Unisc. Somente no último dia 21, choveu 33 milímetros, quase o dobro de todo o fevereiro.

 

As precipitações deste mês deixaram os açudes cheios e as fontes com boa produção de água, o que anima os produtores. Ao contrário do verão de 2005, neste as chuvas estão abundantes. Apesar disso, o engenheiro agrônomo Jair Staub adverte que não se pode afirmar que a seca terminou. 'Existe boa reservagem de água no interior, mas, se tivermos um calor excepcional em fevereiro, as dificuldades reaparecerão', frisou.

 

Staub, que presta assistência a 400 famílias vinculadas ao Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (Capa), confirma, porém, que o quadro hoje é muito melhor do que em igual período do ano passado.

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Gurizada

 

Para se ter uma melhor idéia de como estão se comportando as chuvas no Paraná, separei-as num acumulado de 10 dias exceto para a última perna do mês.

 

http://img62.imageshack.us/my.php?image=primeiros103cc.png

 

http://img62.imageshack.us/my.php?image=segundos105bt.png

 

http://img62.imageshack.us/my.php?image=terceiro107un.png

 

Vejam voces que as chuvas acertaram todos os pluviômetros, quer dizer, foram acumulados pontuais, certamente no canteiro do vizinho tenha lá seus desvios "para mais ou para menos".

 

Lógico, especula-se agora é a possibilidade do RETORNO ou não de outro período de estiagem e não o da CONTINUIDADE, pois esse ciclo foi quebrado aqui.

 

Há de se tomar cuidado com esse enfoque dramático da estiagem. Os números estão aí e as metodologias matemáticas ou estatísticas nos ajudam a entender o que se passa. A expectativa de colheita de grãos já foi divulgada aqui no PR principalmente para o período de menor disponibilidade hídrica (nov e dez). O que foi significativo em prejuízos financeiros foi explicitado tanto pela perda real, efetiva, da falta de água como pelos preços: compra e venda.

 

Se o padrão de comparação das variáveis for a média aritmética acumulada simples de determinada área (estado, bacias ou região), e estas se comportarem com desvios levemente positivos ou em condições de neutralidade quer dizer exatamente isso: normal é normal, desvios são desvios. O que vinha sendo negativo deixou de ser e ponto final.

 

Desses gráficos as conclusões imediatas são:

 

- O mês de janeiro não foi seco (ainda não fechou)!

- A recuperação das chuvas começou timidamente nos primeiros DEZ DIAS, com distribuição bastante irregular.

- As regiões Central, Sul e Litorânea apresentam volumes totais acumulados maiores...

 

Por outro lado vamos ver o outro lado da moeda: As previsões estatísticas divulgadas para os TRIMESTRES como ficaram????? Dá para dizer que houve erro desse ou daquele instituto baseados em médias de três meses????? Vejam esses exemplos na prática levando-se em conta o PR: Choveu pouco ou quase nada em NOV, pouco em DEZ e um pouco de excesso em JAN; mistura-se tudo e tira-se uma média simples. O que temos? Ligeiramente abaixo da média... Para os que emitiram previsões de SECA no TRIMESTRE se ferraram assim como aqueles que emitiram EXCESSO.

 

Minha posição pessoal: A previsão climática deve ser discretizada por mês! A discussão técnica com aqueles que se opõem a tal é se há confiança ou representatividade nas metodologias numéricas (determinísticas) adotadas até então. Nesse ponto, ver a representatividade do SIMOC do CEPTEC para o PR... Continuam sendo baixos os índices de confiança para o sul e para o sudeste para o trimestre tanto quanto para o mês.

 

É isso, um bom final de domingo para todos

 

Saudações E N C A R N A D A S

 

PARA O SUDOESTE DO PR, QUANDO ESTIVE EM PATO BRANCO , PALMAS E CLEVELÂNDIA, AVISEI QUE TERÍAMOS UMA BOA REDUÇÃO DA CHUVA EM NOVEMBRO E DEZEMBRO, JANEIO E PARTE DE FEVEREIRO SERIAM BEM MELHORES E QUE DE MARÇO PARA FRENTE VIRIA A ESTIAGEM BEM MAIS FORTE, ESTA SIM PREOCUPA EM MUITO, POIS PODE TER PROBLEMAS DE ÁGUA PARA O CONSUMO..

 

NA RECOMENDAÇAÕ, FALEI AOS AGRICULTORES, DENTRO DO POSSÍVEL, QUE COLOCASSEM A FASE MAIS CRÍTICA DAS CULTURAS EM JANEIO, QUANDO PROBLEMA DE ÁGUA SERIA BEM MENOR.

 

 

AVISEI QUE O CALOR VIRIA MAIS TARDE E SAIRIA MAIS CEDO.

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Entre todos os órgãos de Meteorologia no Brasil, até agora apenas nós e e a Climaterra estávamos alertando que a estiagem não terminou. Dêem uma olhada na página de Clima do INPE em http://www.cptec.inpe.br/clima. Está lá: Tendência de continuidade da estiagem no Sul do Brasil. Com tantas vozes em sentido contrário e pelo fato da Climaterra e a Climatologia terem alertado para a estiagem, parecia que nós estávamos forçando a barra ao advertir que a estiagem continuava. Eis agora a opinião de um órgão acima de qualquer suspeita e que não previa estiagem para o verão.

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que oceano ?

Ele provavelmente quis dizer o Atlântico.

E está quente, mesmo!! Pelo menos junto à orla. Nesse final de semana, estive na praia e, caramba, a água estava muito amena!!

As conseqüências disso? De modo bem geral, aumento da umidade no continente e, consequentemente, aumento das temperaturas (vapor d´água retém calor) e da precipitação. Isso ajudaria a contrabalançar o efeito da La Niña que se desenha para esse ano de 2006, o que poderá tornar um pouco menos pior as perspectivas para a agricultura.

 

Abraços!

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  • 1 month later...

MENSAGEM POSTADA HOJE DE MANHÃ NO FORUM DA CLIMATEMPO:

 

A Cultura do Soja sofre com a Seca no Rio Grande do Sul - 01.03.2006

 

09:24:44

 

Os produtores do município gaucho de Rosário do Sul, localizado na Fronteira Oeste do Estado estão apreensivos com a estiagem na região. Apostaram tudo na cultura do soja, porque as previsões do tempo eram favoráveis, e diferentes da safra passada. Na realidade a seca está se mostrando tão grande quanto na safra anterior, São quase 30.000 ha de soja que estão a perigo, podendo comprometer a economia do município. Uma boa chuva agora, ainda salva a lavoura,

 

Baltazar Doile Dias - Rosário do Sul, Rio Grande do Sul

 

Realmente as previsão eram favoráveis, menos a nossa. Eis o que dissemos no nosso prognóstico do verão:

 

A Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo enfatiza que, ao menos no presente momento, não se vislumbra uma estiagem igual ou mais severa que a do verão passado no Rio Grande do Sul, a pior no estado nos últimos 60 anos e que comprometeu a economia gaúcha, sobretudo o PIB agrícola. Estamos destacando na análise estatística o ano análogo de 1996 e naquele verão foram registradas chuvas nos meses de janeiro e fevereiro que amenizaram parcialmente o déficit hídrico. Entretanto, as precipitações foram mais escassas na segunda metade da estação e no outono, o que pode vir a ocorrer em 2006. A Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo, contudo, alerta que do centro para o sul gaúcho podem ser registradas condições tão severas de estiagem quanto a do verão passado com volumes dramaticamente baixos de chuva. O abastecimento de água pode ser seriamente comprometido e o setor rural novamente estará sob risco de elevadas perdas.

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