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Brasil Abaixo de Zero

Flavio Feltrim

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Posts posted by Flavio Feltrim

  1. Em 23/05/2022 em 10:00, Luide Luckmann disse:

    Comparando a la niña desse outono, com outros episódios de la niña na mesma época do ano(24 de abril)

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    1988

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    1999

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    2007

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    1996

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    O único resfriamento semelhante a esse no niño 1.2 em um mês de abril ocorreu em 1988, há 34 anos! Em 1996 foi um pouco mais tênue

     

     

     

    Diferença da TSM global é gritante entre 1988 e 2022... triste de ver! Desse jeito as La Niñas, por mais forte que sejam, impactarão cada vez menos se o restante do planeta continuar fervendo assim!

     

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  2. 3 horas atrás, Carlos Campos disse:

    Decepcionante o registro da mínima no novo local q colokei um abrigo na tarde de ontem.

    Saindo da vila ainda com sol e uma fina camada de névoa, já fui percebendo conforme me aproximava q não haveria nada de extraordinário quanto à mínima, já q o nevoeiro ia se tornando mais e mais denso.

    AirBrush_20210520085222.thumb.jpg.3f743c0c04a9e6f9840e44e6ab7777d3.jpgAirBrush_20210520085435.thumb.jpg.81f52d302ad06a5669af9a004fc78c49.jpgAirBrush_20210520085341.thumb.jpg.969534ea396930e9f4689ed32e3ed813.jpgAirBrush_20210520084841.thumb.jpg.e4822c7d4e5ee1e4ecdd5e09440b447e.jpgAirBrush_20210520084757.thumb.jpg.caa1e9c59ed22b1adee117053a195531.jpg

    Mínima 2,9°C e calça jeans molhada até a altura dos joelhos, foi o q eu consegui indo até lá. 

    Só volto quando realmente houver uma situação bem favorável à geada abrangente.

    Outra casa abandonada, lá perto (não parece, mas está vazia há anos e os beirais já começaram a despencar, inclusive) 👇AirBrush_20210520085027.thumb.jpg.7a851eb9a252188fea832603c905f5bd.jpg

     

     

    Uma pena essa casa estar como você relatou, parece bem simpática e a paisagem muito bonita... e parabéns pelos esforços em medir aí em Piraquara!

     

     

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  3. 19 horas atrás, Rodolfo Alves disse:

    POTIRA SE FOI, MAS ANTES DE ENCERRAR DE VEZ, CABE AQUI FAZER UMA ANÁLISE SIMPLES, MAIS INTERESSANTE, DO COMPORTAMENTO DOS MODELOS.

     

    DISPARADAMENTE FOI O EVENTO COM MAIOR EXTREMIDADE DOS MODELOS DESDE QUE O CHM COMEÇOU A MONITORAR SISTEMAS EM 2013. ACREDITO QUE NEM NA TEMPESTADE TROPICAL IBA, HOUVE TAMANHA DISCREPÂNCIA ENTRE OS PRINCIPAIS MODELOS DE PREVISÃO. 

     

    NESTA PRIMEIRA PLANILHA, ENUMEREI O VALOR MÍNIMO DE PRESSÃO DE POTIRA (PARA TODO O EVENTO) ESTIMADO PELOS MODELOS A CADA DIA, SEMPRE CONSIDERANDO APENAS A RODADA 12Z. 

     

    VALE RELEMBRAR QUE O VALOR MÍNIMO DE PRESSÃO DE POTIRA FOI DE 1006hPa

     

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    OBSERVA-SE QUE ALGUNS MODELOS SUPERESTIMARAM DE MAIS A FORÇA DE POTIRA, DENTRE ELES O BRITÂNICO "UKMET", E O AUSTRALIANO "ACCESS-G". ESTES POR SUA VEZ, MANTIVERAM PELO MAIOR NÚMERO DE CORRIDAS ESTES VALORES EXTREMOS DE PRESSÃO. 

     

    ENTRETANTO, ENTRE O PERÍODO DE 17-19 ABRIL EM ESPECIAL, OUTROS MODELOS QUISERAM TENDER PARA ESTE APROFUNDAMENTO, CASO DO GFS, CMC, ICON, NAVGEM.

     

    É POSSÍVEL NOTAR TAMBÉM QUE ECMWF E COSMO SE MANTIVERAM GERALMENTE ESTÁVEIS, TENDO O PRIMEIRO DADO UMA LEVE APROFUNDADA NO DIA 19, ENQUANTO O MODELO DO INMET MANTENDO VALORES DE PRESSÃO PRATICAMENTE ESTÁVEIS POR TODAS AS SAÍDAS 12Z.

     

     

     

    NO RESULTADO FINAL, SE COMPARADA A MÉDIA DAS CORRIDAS 12Z, COSMO E ECMWF SE SAÍRAM COMO OS MELHORES MODELOS PARA PREVER A FORÇA DE POTIRA, COM DIFERENÇAS MÍNIMAS PARA O QUE FOI REALMENTE OBSERVADO. ICON E CMC VEM LOGO EM SEGUIDA COM VALORES MÉDIOS DE DIFERENÇA, ENQUANTO OS DEMAIS MODELOS TIVERAM DESEMPENHO BASTANTE RUIM. 

     

    SE COMPARARMOS PELO MENOR VALOR DE PRESSÃO EM TODAS AS CORRIDAS, NOVAMENTE, COSMO E ECMWF, JUNTO COM CMC, APARECEM COMO OS MELHORES DESEMPENHOS.

     

    VENDO O VALOR DE PRESSÃO MÍNIMA ESTIMADA DIA A DIA vs VALOR REAL DE PRESSÃO MÍNIMA DE POTIRA, NOTA-SE A GRANDE ESTABILIDADE DO COSMO, E COMO NO DIA 19-20 DE ABRIL, DATA EM QUE A DEPRESSÃO SE FORMOU, QUASE TODOS OS MODELOS ENTRARAM NA ONDA DE APROFUNDAMENTO DE POTIRA, O QUE NÃO OCORREU.

     

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    NO GERAL, OS MODELOS COMEÇARA A "ACORDAR PARA A REALIDADE" APENAS NO DIA 21 DE ABRIL, QUANDO A TEMPESTADE JÁ ESTAVA FORMADA.

     

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    EM RELAÇÃO AO POSICIONAMENTO DE POTIRA, NOTA-SE QUE OS MODELOS TIVERAM NO GERAL GRANDE DIFICULDADE DE PREVISIBILIDADE. FIZ AQUI UMA COMPARAÇÃO COM BASE NA POSIÇÃO DE POTIRA PARA A MANHÃ DA SEXTA-FEIRA (23), COM CORRIDAS ENTRE OS DIAS 17 E 22/04 DE QUATRO MODELOS.

     

    ECMWF (SOMENTE 12Z)

    GRANDE DIFERENÇAS EM RELAÇÃO A POSIÇÃO DE POTIRA, CORRIDA APÓS CORRIDA, SÓ ESTABILIZANDO NO FINAL.

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    GFS

    APARENTEMENTE TEVE UM DESEMPENHO MELHOR QUE O ECWMF, COM MAIOR ESTABILIDADES NAS CORRIDAS PARA A POSIÇÃO DE POTIRA

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    CMC

    DESEMPENHO BASTANTE RUIM, COM DIVERGÊNCIA CONSIDERÁVEL NO POSICIONAMENTO

     

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    ICON

    TOTALMENTE FORA DA REALIDADE ATÉ O DIA 19, PORÉM DEPOIS OBTEVE BOM DESEMPENHO.

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    A PARTIR DESTE EVENTO PODEMOS TIRAR CONCLUSÕES QUE NO GERAL OS MODELOS TEM BASTANTE DIFICULDADE NA PREVISIBILIDADE DESTES TIPOS DE SISTEMAS EM NOSSO CONTINENTE, EM PARTE EXPLICÁVEL ATÉ PELA ESCASSEZ E MÁ-QUALIDADE DOS DADOS DE ENTRADA NOS MODELOS, O QUE POR SUA VEZ PRODUZ IMPRECISÕES ATÉ BIZARRAS NAS SAÍDAS DOS MODELOS.

     

    A PREVISÃO DOS MODELOS SÓ FICOU COERENTE NO CURTO PRAZO NO GERAL, (48 HORAS).

     

     

     

     

    FIM DE TEMPORADA:

     

    BOM, AGORA QUE POTIRA SE FOI, ACREDITO QUE A TEMPORADA 2020-2021 CHEGOU AO FIM. A PARTIR DE 1 DE JULHO, UMA NOVA TEMPORADA SE INICIARÁ

     

    A TEMPORADA ATUAL TEVE 5 SISTMAS SUBTROPICAIS/TROPICAIS, UM RECORDE DESDE QUE O CHM COMEÇOU A ACOMPANHAR E NOMEAR ESTES TIPOS DE CICLONES EM 2013, INCLUINDO NESTA TEMPORADA UMA TEMPESTADE TROPICAL NÃO NOMEADA PELO CHM, MAS IDENTIFICADA PELO NOAA.

     

    NO TÓPICO EVENTOS DE CICLONES SUBTROPICAIS, TEM TODA A LISTAGEM OFICIAL DE SISTEMAS POR TEMPORADAS DESDE 2004 ATUALIZADA. PELA PRIMEIRA VEZ TEMOS SISTEMAS FORMADOS EM TODOS OS MESES ENTRE OUTUBRO E MAIO (EQUIVALENTE A ABRIL A NOVEMBRO NO HN).

     

    O PRÓXIMO NOME DA LISTA DO CHM SERÁ "RAONI". 

     

    MAIS OUTROS DOIS NOMES, "UBÁ" E "YAKECAN" COMPÕEM A LISTA ANTES DO TÉRMINO DELA. 

     

     

     

    Excelente análise, parabéns! Fico feliz em ver o desempenho do COSMO, esse modelo tem surpreendido positivamente nos últimos tempos. Por outro lado, o modelo australiano (do qual sou muito crítico) teve o desempenho pífio esperado!

     

     

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  4. 20 minutos atrás, Peregrine disse:

    Caro Flávio, muito agradeço sua atenção. Nunca podemos chegar a conclusões (em Ciência chama-se Tese) partindo de premissa (em Ciência chama-se hipótese) falseaveis. De 1945 até 1975 o Pacífico esteve em sua fase fria. Vale ressaltar o forte El Nino entre 1957/1959. A Lua, em seu Ciclo de ~20 anos atuava entre 18,4° (N/S) e 23,5° (N/S), portanto, dentro dos trópicos. Outra questão interessante é que a mídia da época no HN (década de 70) anunciava que estaríamos entrando em uma nova "pequena idade do gelo". De 1976 até 2003 o Pacífico entra em sua fase quente. Novamente chamo a atenção para o forte El Nino de 1997/1998. A Lua novamente atuando em 18,4°. Entre o início dos anos 2000 até os nossos dias, o Pacífico vai dando sinais de resfriamento. Ressaltando nesse período o forte El Nino 2015/2016. Mais uma vez, a Lua atuando em 18,4°. Quanto ao artigo que você me enviou, vale ressaltar "anomalias de circulação atmosférica relacionadas ao trem de ondas de Rossby". Essa compreensão parece fugir da meteorologia brasileira. Valeu !

     

    Só para eu entender direito: você está afirmando que não está ocorrendo nem ocorreu La Niña correto? O que seria então? Estamos apenas numa conjunção entre a fase fria da ODP e na ascendente do ciclo nodal lunar?

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  5. 19 horas atrás, Peregrine disse:

    ODP está predominantemente quente desde 2015. Equívoco: 2015/2016 atravessamos um forte El Nino. Vou tentando estabelecer esse fenômeno ao Ciclo Nodal Lunar. A região do Nino 3 vem sofrendo uma variação como  pode ser observada no gráfico postado pelo amigo. Tal variação pode ser explicada por águas aquecidas que emergem até a superfície. Dipolo do Atlântico não traz a ZCIT em suas posições mais ao Sul no Outono. Quando o Dipolo é Negativo o que existe é um reforço de umidade. Posições mais a Sul da ZCIT envolvem mecanismos mais complexos do que Dipolo. Entre estes: Alta do Atlântico Norte, Alta do Atlântico Sul, intensidade dos alisiios, forçante solar etc. Aliás, AAS bem como AAN sofrem Variabilidade decorrentes da ODP. Espero não está "enchendo o saco" do amigo, entretanto, gostaria de saber alguns impactos desse "La Nina" no Clima do Brasil.

     

    A ODP está quente DESDE o El Niño 2015/16, ou seja, mesmo após o fim desse Niño ela continua quente (5 anos). Portanto, as anomalias negativas do Pacífico Equatorial não parecem ter relação com a ODP ou outra variabilidade decadal nesse momento, mas sim por alguma variabilidade interanual.

     

    Citando você: "Posições mais a Sul da ZCIT envolvem mecanismos mais complexos do que Dipolo. Entre estes: Alta do Atlântico Norte, Alta do Atlântico Sul, intensidade dos alisiios, forçante solar etc". Ao dizer isso você concorda com o que eu falei sobre a NAO influenciar, afinal, os mecanismos que você citou são parte da construção desse índice.

     

    Quer saber sobre impactos no clima do Brasil? Recomendo a leitura: https://www.nature.com/articles/s43017-020-0040-3

    Se quiser baixar o pdf, encontrará esse artigo completo aqui: https://www.researchgate.net/publication/340635829_Climate_impacts_of_the_El_Nino-Southern_Oscillation_on_South_America

     

    Agradeço ao @CloudCb pelo mapa que evidencia o dipolo positivo no Atlântico, corroborando com a diminuição das chuvas em parte do nordeste mesmo com uma La Niña ainda em andamento.

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  6. 18 horas atrás, Peregrine disse:

    Quando temos La Nina estabelecido, as chuvas no Nordeste tendem a um excesso. Quanto as temperaturas do Pacífico, nada de anormal. Afinal, estamos vivenciando sua fase fria (ODP). A região do Nino 3.4 afeta muito mais o clima da América do Norte que o nosso. Nosso clima sofre mais impactos com a região do Nino 3. Quando eventos de frio extremo provocados pelo aumento de amplitude de Ondas de Rossby (americanos chamam Vórtex Polar) massas polares e frentes frias chegam a costa Norte do nosso continente. Agora, o que tenho observado é o tratamento que alguns Meteorologistas tem dado ao fenômeno, por exemplo: La Nina Fake. Seria interessante que o amigo pudesse exemplificar como o La Nina vem causando efeito no Brasil.

     

    Vamos lá então... citando você: "Quanto as temperaturas do Pacífico, nada de anormal. Afinal, estamos vivenciando sua fase fria (ODP)". ODP está predominantemente quente desde 2015, portanto não parece ser ela a responsável pelas águas mais frias do que a média na região equatorial do Pacífico;

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    "A região do Nino 3.4 afeta muito mais o clima da América do Norte que o nosso. Nosso clima sofre mais impactos com a região do Nino 3". Ok, vamos olhar os últimos 3 meses na região Niño 3:

    nino3.png.7ead96fab32238b640d6827697b1b684.png

     

    Nossa! Esteve negativa a TSM, dentro dos parâmetros de uma La Niña e mesmo com a ODP quente! Pode ser uma La Niña Modoki? Talvez...

     

    Parte do NEB está com chuvas abaixo da média? Perfeitamente possível mesmo com La Niña, pois deve-se considerar outros aspectos como dipolo do Atlântico, North Atlantic Oscillation Index, etc...

     

     

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  7. 16 horas atrás, Matheus b Santos disse:

    PERFEITA a análise do amigo @Flavio Feltrim. Aliás isso é autoexplicativo.  Neste caso não há dúvidas quanto o estabelecimento do fenômeno La Niña, trouxe um mapa no tópico do monitoramento mas coloco aqui para dar ilustração dos efeitos da La Niña, o norte está com mais chuva que o normal há meses enquanto o sul vem apresentando uma série de irregularidade chuvosa. No mais, desvios em pequenas zonas são absolutamente normais. A AB e o VCAN apareceram várias vezes esse ano, o padrão de circulação principalmente no pacífico mostram a atuação da Niña. 

     

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    Teorias anticiência em tempos atuais estão se tornando cada vez mais comuns, se o amigo está incomodado com a classificação da La Niña por parte dos órgãos internacionais de meteorologia é fácil, estude sua tese, bem como teses contrárias, apresente dados de sua tese, crie um grande artigo científico (desde que tenha qualificação para tal) mostre toda sua conclusão sobre o tema e ai sim poderá questionar os órgãos oficiais de previsão e meteorologia. 

     

    Quanto a La Niña conforme disse em outro post aqui no monitoramento está enfraquecendo, logo estaremos em uma neutralidade fria. No entanto, como disse é bem provável a volta da mesma ainda na primavera 2021. 

     

    JULHO:

     

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    Agradeço @Matheus b Santos pela ótima complementação!

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  8. Em 05/03/2021 em 18:21, Peregrine disse:

    Não tivemos nem estamos com fenômeno La Nina. 6° média compensada e a Atmosfera não responde. Em anos de La Nina há um aumento de intensidade do Anticiclone nos altiplanos boliviano. Alguém vi a AB por aí ? Dipolo negativo do Atlântico não traz a ZCIT para suas posições mais a Sul. Sem La Nina, sem Cavado no Nordeste, consequentemente, sem VCAN e de meados de fevereiro até aqui tem chovido bastante no Ceará. A explicação possível seria Ondas de Rossby.

     

    O fato da La Niña não estar causando efeitos na sua área não significa que ela não esteja ocorrendo. Onde está a Alta da Bolívia? Segue uma notícia de 5 dias atrás falando sobre ela e outra de 2 semanas atrás. Se acompanhar as cartas de 250 hPa vai encontrar outros momentos nos últimos dias e meses onde ela atuou com força:

     

    https://metsul.com/muita-chuva-em-parte-do-mato-grosso/

     

    https://www.climatempo.com.br/noticia/2021/02/11/alta-da-bolivia-provoca-muita-chuva-sobre-o-sul-da-amazonia-7977

     

    ONI segundo o NOAA segue negativo, indicando La Niña, desde o trimestre julho/agosto/setembro:

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    Bureau de Meteorologia da Austrália:

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    Multivariate ENSO Index (negativo desde o bimestre maio/junho):

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    Se tudo isso não for La Niña teremos que rever os conceitos...

     

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  9. 15 horas atrás, Peregrine disse:

    Vale ressaltar: Funceme categórica em afirmar chuvas abaixo da média para o Ceará. Quando participa com INPE, muda a projeção. Não temos La Nina (acoplamento Oceano/Atmosfera). Dipolo do Atlântico não traz ZCIT em sua posição mais ao Sul (quando o Dipolo é negativo, o que há é um reforço da ZCIT). Ainda dá tempo de entender a influência da AAN no posicionamento da ZCIT em sua posição mais a Sul (início de Abril). Enquanto isso, vamos justificando as Chuvas como "áreas de instabilidades" (saindo pela tangente)

     

    Você comentou que "não temos La Niña (acoplamento Oceano/Atmosfera)" mas essa informação não parece correta. Um dos indicadores do acoplamento é a SOI e nesse momento ela está positiva (+12). Além disso, vários outros parâmetros confirmam que ainda temos La Niña atuante e acoplada (cloudiness, OLR, trade winds, TSM, termoclina, etc).

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  10. 2 horas atrás, Pedro Victor P. disse:


    Olhando os gráficos, há alguns membros que apontam, literalmente, para a La Niña mais forte já registrada. 

     

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    Não dá pra confiar nessas rodadas isoladas dos modelos porque logo muda tudo... veja que as anteriores em vermelho mostravam outro cenário e logo volta a TSM lá pra cima. Tem q observar ao longo do tempo e a média dos ensembles!

     

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  11. O Bureau de Meteorologia da Austrália (BoM) é muito competente, mas já percebi que o modelo deles sempre tende para o quente em comparação com os demais! Embora todos modelos apontem para um enfraquecimento da La Niña até junho, a intensidade desse enfraquecimento é maior pelo BoM.

     

    Curiosamente, alguns modelos de mais longo prazo apontam para um enfraquecimento da La Niña no meio do ano mas ela retornaria em outubro, outros mostram que no final do ano teremos neutralidade. Esperar para ver como será a partir de julho... vejam na imagem abaixo que o modelo australiano é o único que não coloca anomalia negativa da TSM na região 3.4 e o modelo da NASA é o extremo oposto (esse por outro lado costuma ser sempre mais frio que os demais):

     

    Nino 3.4 2 month outlook

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  12. Em 08/06/2020 em 13:20, coutinho disse:

    O ATLÂNTICO SEGUE RESFRIADO.

     

    Era o que eu ia comentar... @coutinho sempre certeiro! Deixem o pessimismo lá para o final de agosto caso nenhuma bomba polar aconteça! E não se preocupem com a AAO positiva, pensem que isso significa aprisionamento de ar frio na Antártica, ou seja, a geladeira está esfriando mais! E na hora que a porta abrir a porrada vem mais forte!

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  13. Conforme dito semana passada, aquela onda Kelvin freou a queda acentuada que a TSM da região 3.4 estava tendo:

    nino34.png

     

    Mas fiquem tranquilos que logo começará a cair novamente (as regiões 1+2 e 3 já desabaram novamente. Como bem lembrou o @marinhonani, se a região 1+2 permanecer negativa assim já terá impacto importante, principalmente no RS. Esse ano estamos tendo boa atividade ciclônica próxima da costa da região sul, quem sabe no core do inverno não teremos uma agradável surpresa!

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  14. 3 horas atrás, Beto Krepsky disse:

    Show de bola. Não conhecia esse termo MADDEN-JULIAN

     

    Conforme eu suspeitava, em relação ao nosso conhecimento de 10/15 anos atrás aqui noBAZ, nosso clima possui muitas outras variáveis alem do ENSO/TSM.

    Beto, caso tenha interesse em acompanhar e entender melhor essa oscilação, entre nesse site: https://www.daculaweather.com/4_mjo_phase_forecast.php 

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  15. Buenas! Passando para dar um oi e atendendo ao pedido do amigo Marinho que disse que sumi 🤣

     

    TSM do Pacífico ladeira abaixo, já estando dentro do patamar de La Niña nas regiões 1+2, 3 e 3.4! Apesar dos equinócios não serem períodos muito confiáveis para a previsão climática do ENOS por serem a transição entre verão e inverno, os parâmetros estão apontando para uma La Niña já iniciando em nosso inverno austral, podendo evoluir para um evento fraco a moderado em dezembro. A previsão ficará mais confiável a partir de julho com o core do inverno.

     

    Apesar da atual estiagem na região Sul, não se configura até o momento uma ligação com o resfriamento já existente no Pacífico pois a teleconexão atual indica neutralidade. Possivelmente a estiagem deve-se a outros fatores que precisam de maior investigação (TSM do Atlântico? Madden-Julian?). By the way...

     

    Termoclina está bem "alta" na costa oeste sul-americana no momento, condizente com o level das águas superficiais do Pacífico Equatorial. A Oscilação Sul vem subindo gradualmente desde final de setembro de 2019 e hoje encontra-se no patamar neutro. Pequena onda Kelvin se propagando no momento que pode frear a atual queda da TSM nos próximos dias, mas nada que possa reverter o quadro que se desenha a longo prazo. Madden-Julian caminhando para as fases 8 e 1, favorável a chuvas no Sul do Brasil na primeira semana de junho segundo GFS e ECMWF. Após as chuvas, talvez pinte um veranico!

     

    Por enquanto é isso! Abração

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  16. 4 horas atrás, Vinicius Lucyrio disse:

    Temos a entrada agora do primeiro pulso da onda de frio, e já são observadas temperaturas abaixo dos 15°C no Mato Grosso do Sul - 13,7°C em Porto Murtinho e 13,6°C em Aral Moreira, mostrando a extrema continentalidade do ar frio.

     

    Aqui no Sudeste, a maior preocupação de geral é: a frente vai trazer chuva suficiente? Tirando a divisa de SP com o PR, o restante do estado deve ter acumulados em 24h na ordem de 10-20 mm. Sul de Minas e Triângulo Mineiro devem ter acumulados geralmente entre 5-10 mm, pontualmente mais que isso. 

     

    Sobre o frio agora, que é o assunto que interessa aos bazianos. 

     

    Sábado: cavado bem amplificado e quase meridional pegando todo o Sul e parte do MS, além de ciclogênese no litoral do RS, com ainda muita chuva na região oclusa da onda frontal (sul do RS), com volumes passando de 100 mm em 24h. Temperatura em queda ao longo do dia no norte pioneiro do Paraná, em São Paulo, centro-nordeste do Mato Grosso do Sul, sudoeste de Goiás, oeste e sul de Minas. Na região Sul, exceto norte pioneiro do PR, temperatura baixa mesmo durante a tarde especialmente nas regiões mais elevadas (obviamente); por conta do vento oeste, deve ocorrer aquecimento adiabático no litoral de SC, PR e SP mesmo em regiões sob condições de céu encoberto. Importante destacar que não são esperadas condições muito secas no sábado.

     

     

    Domingo: anticiclone transiente bem continental com núcleo sobre o sudoeste do Mato Grosso do Sul e cavado ainda ativo empilhado sobre a alta, mas com força reduzida, na manhã de domingo. Ainda deve chover entre o sul do MT, GO, Triângulo e sul de MG, e extremo norte de SP, permanecendo assim durante todo o dia. A chuva nestas áreas deve tornar a tarde de domingo bem fria para os padrões das regiões citadas. O ar não seca tanto na madrugada de domingo em todo o centro-sul do país, exceto em alguns pontos específicos no oeste do MS e sul de SP, mas mesmo assim a temperatura fica baixa podendo bater os menores valores do ano no oeste e sul paulista. À tarde, a temperatura continua mais baixa mesmo na presença de sol, e deve ser amena em todo o estado de SP com máximas entre 17 e 20°C; há ainda efeito do aquecimento adiabático provocado pelo vento oeste na faixa leste de SC, PR e litoral de SP, além do Vale do Paraíba; o ar seca mais ao longo do dia no MS, SP, sul de MG, PR e SC, além do norte do RS, o que impactará na queda de temperatura entre domingo e segunda.

     

     

    Segunda-feira: devo destacar um novo ciclone extratropical que deve, ao longo do dia, se deslocar de sudoeste para nordeste, ficando próximo do litoral do RS até a noite. Deste primeiro pulso, a manhã de segunda-feira será a mais fria em boa parte do Centro-Sul e também no sul da Amazônia. Durante a tarde a temperatura sobe mais, passando dos 20°C na maior parte de SP.

     

     

    Terça-feira: com a ajuda do ciclone, ocorre um novo ingresso de ar frio e seco sobre o Sul e Sudeste do país, que deve alongar o período frio sobre as regiões inclusive adiando o pico do frio, que antes seria na terça-feira mesmo. É possível, inclusive, enxergar este reforço na mancha marrom e cinza no Uruguai e na Argentina na carta de água precipitável acima; na carta abaixo, a mancha mais cinza (menos vapor d'água) denota o estabelecimento do reforço. Com isso, a tarde de terça deve ser um pouco mais fria que a de segunda, e o efeito do aquecimento adiabático é atenuado por conta deste novo ingresso vir de sul/sudoeste e não de oeste. 

     

     

    Quarta-feira: neste dia o "melhor dos mundos" se estabelece sobre a região Sul, e as baixadas de toda a região devem ter mínimas bem baixas em virtude da estabilidade trazida pela nova alta transiente, com um cavado imediatamente a leste e não empilhado. Então: ar frio + estabilidade. Mínimas baixas também em grande parte do Sudeste, com pico no sul de MG, porção sul do MT, GO e até mesmo o DF. Para a cidade de São Paulo, o cenário ideal para mínimas baixas e sem advecção de ar úmido do oceano é até este dia, pois ainda pela manhã o anticiclone começa a maritimizar.

     

    Por vários dias na sequência, após quarta-feira, as madrugadas devem continuar geladas na maior parte do Sudeste.

     

    Gostaria de parabeniza-lo por mais uma ótima análise Vinicius! Aproveito também para dizer que vi seu artigo na RBClima sobre ondas de frio em SP e ficou show!!! Abraço

     

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  17. 23 minutos atrás, klinsmannrdesouza disse:

    O nosso padrão de inverno mudou depois de 1995, que por sinal foi muito fraco, houve uma pausa em 1996, 1999 e 2000 ( entre eles tivemos 1997 na média e 1998 mais fraco que 1995); 2001, 2002 e 2003 foram um show de horror, poucas massas polares intensas e muitos bloqueios secos. 2004 foi uma exceção pelas chuvas abundantes no centro-norte do Brasil e pela constância de frio intenso entre o final de abril e julho; 2005 e 2006 nem se fala, um ano pior do que o outro.

    Houve uma mudança entre 2007 e 2013, os períodos de frio na América do Sul ficaram mais intensos e amplos, os verões eram mais comportados e chuvosos na maioria das áreas e a neve pintou de branco as serras sulinas em 2010, 2011 e 2013, até 2012 que foi acima da média teve ondas de frio recentes ( final de março, final de abril, junho para o RS, julho para o país como um todo e final de setembro); infelizmente depois de 2014  desandou tudo, ele e 2015 conseguiram colocar outros anos no bolso e dobrar no quesito calor prolongado.

     

    2016 não foi ruim, pelo menos não aqui em Curitiba!

  18. Em 03/12/2019 em 12:15, LeoP disse:

    Vendo os colegas discutirem, me pergunto: o que seria o verão climático? Seria o predomínio daqueles dias de sol pela manhã, muito calor e chuva forte à tarde/noite? Bom, penso que essa seja uma das caras da estação, mas nada mais veranil do que um dia chuvoso, não é mesmo? Isso falando de Minas.

     

    Esse excesso de nuvens que estamos observando há quase 20 dias e as chuvas associadas já mostram claramente que o verão está aí, escancarado. Afinal, nosso verão não é ensolarado. E as convecções? Já ocorrem também, embora elas tendem a ficar mais frequentes e mais típicas nas próximas semanas.

     

    Hoje o dia é encoberto na capital, tipico de quando o vento sopra do mar. Tanto é que a chuva que cair será fraca. Região central às 12h, com 24°C:

     

     

    Na realidade o conceito de estação climática (e não astronômica) leva em consideração vários aspectos, o que significa obviamente que em cada lugar as características são distintas. Um exemplo de verão climático bem marcado em Maringá você vê no gráfico abaixo: veja o comportamento da temperatura dentro do quadrado branco, ela é mais estável se comparar com o que está fora dele.

     

    Veja também que durante a primavera, outono e inverno as temperaturas apresentam maior variabilidade e amplitudes. Outra coisa interessante a se observar é que nesse exemplo específico o "verão climático" começou junto com o verão astronômico, logo depois de um evento extremo de chuva de 110 mm no dia 20 de dezembro. O "outono climático" também teve um evento que marcou a transição lá pelo dia 20 de março com uma queda acentuada da temperatura.

     

    O que acontece algumas vezes é que essas mudanças de padrão nem sempre ocorrem na mesma data que a estação astronômica e no caso desse exemplo abaixo o inverno climático começou antecipado no final de maio/início de junho, com mínimas abaixo de 5 graus que costumam ocorrer em Maringá apenas no core do inverno em julho.

     

    Resumindo: em alguns locais a temperatura vai definir, em outros a chuva e em outros ambos, cada caso é um caso e tem muita relação com as mudanças de padrão atmosférico!

     

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