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Brasil Abaixo de Zero

klinsmannrdesouza

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  1. Concordo, massas polares marítimas no começo do outono e massas polares continentais a partir de maio com ciclone na costa do Sul do Brasil pra distribuir o frio por quase todo o país, como era comum antes de 1990.
  2. O Atlântico Sul pra nós pode influenciar até mais do que o Pacífico, pelo que estamos vendo as anomalias positivas estão pouco pronunciadas. Continuando assim poderemos ter um período frio semelhante ao dos anos 80, quem sabe um 1985 ou 1988.
  3. Existe um tempo para a atmosfera começar a responder as influências do el nino ou da lá nina, dependendo da intensidade e das anomalias de temperatura nos outros oceanos do planeta esses efeitos podem ser aumentados ou reduzidos. No caso de 1997, o Atlântico Sul mais frio do que o normal reduziu os efeitos do em nino na América do Sul que é bloquear as frentes frias sob o Trópico de Capricórnio, elas avançaram bem por muitas áreas até chegarem próximas da linha do Equador pelo interior do continente e até no litoral da Bahia. 1999 e 2000 tiveram fatores favoráveis ao frio como o pacífico equatorial resfriado e o Atlântico Sul dentro da normalidade, por isso as massas polares eram intensas, amplas, frequentes e duradouras; 1999 teve frio intenso de abril até outubro com poucos períodos de calor e 2000 foi um pouco mais dinamico, tivemos algumas ondas de frio no outono intercaladas por veranicos na América do Sul e um período de 3 semanas seguidas de frio berrando o extremo em julho. Ultimamente o que está matando nosso frio em alguns anos é o Atlântico Sul muito aquecido, já que ele é mais volátil do que o Pacífico e está na nossa costa.
  4. Parece que o Hemisfério Norte está seguindo o padrão de outono/inverno da América do Sul deste 2018 quando tivemos uma época fria mais quente e logo em seguida eles tiveram a época fria também acima da média; este inverno fraco lá é como uma cópia do nosso em 2019.
  5. Não quis dizer que em março já é outono pleno em todo o Sudeste e sim que a circulação atmosférica começa a mudar em relação aos meses anteriores, pois as chuvas são mais intensas no centro-norte do Brasil (efeito da radiação solar migrando para o hemisfério norte) enquanto no Sul e partes de SP e MS começam a sentir as primeiras massas polares de fraca intensidade. Por exemplo, a capital São Paulo pode ter dias com temperaturas entre 16/27 graus assim como Campo Grande. As médias de temperatura caem bastante no mês de abril juntamente com o início da estação seca nas regiões ao norte de 20S, daí sim pode-se dizer que é outono de fato ( nas condições normais).
  6. Você tem razão. Em março as chuvas já começam a diminuir no Sudeste e Centro-Oeste brasileiro, a radiação solar está mais inclinada do que no auge do verão e as primeiras massas polares continentais começam a resfriar o Sul do Brasil, além do estado do MS e parte de SP.
  7. Dá pra dizer que 1997 teve um bom outono e parte do inverno com frio e umidade, o que em anos normais é difícil de acontecer; o Atlântico resfriado permitiu com que as massas polares chegassem até parte da região nordeste, tanto pelo litoral quanto pelo interior do continente. Tivemos duas ondas de frio intensas naquele ano, uma no começo de julho, que esteve associada a um grande cavado em todas as camadas da atmosfera, fazendo com que ocorresse geadas em muitas áreas do centro-sul brasileiro; e outra no começo de agosto, muito parecida. Bem diferente de 2015 onde tanto o outono quanto o inverno foram pífios em termos de frio, um ano simplesmente sem inverno, graças ao oceano na nossa costa que estava fervendo com anomalias bizarras de 2/3 graus acima do normal.
  8. A radiação solar no Hemisfério Sul é mais intensa em dezembro e janeiro, em fevereiro os raios solares para nós começam a ficar mais inclinados. Mas fevereiro é o mês mais quente do ano em boa parte do país, exceto o Sul, porque as chuvas são menos duradouras e ocorrem maiores aberturas de sol; a ZCAS ocorre com mais frequência agora neste mês.
  9. O Catarina se formou após a passagem de um ciclone no litoral do RS, que foi para o alto mar e depois adquiriu características tropicais, fez um caminho inverso (direção oeste) e afetou as áreas litorâneas do estado gaúcho e catarinense. Na época ninguém previu com antecedência que um furacão iria se formar bem na nossa costa, a confirmação só veio uns três dias antes de acontecer; foi esquisito porque as águas do Atlântico Sul não estavam muito aquecidas
  10. A Corrente do Golfo passa por aquelas paragens em direção a Europa, o que aumenta as temperaturas médias durante o inverno se comparado a outros lugares na mesma latitude, por exemplo, Havana está no mesmo paralelo que Honk Kong e está última possui um inverno bem mais frio, inclusive podendo chegar a zero graus de mínima. Outro fator que dificulta um resfriamento maior é justamente por serem cidades litorâneas, quanto mais próximo ao mar menores são as variações nas temperaturas.
  11. O inverno em Miami é o mais fraco de todo os EUA, as mínimas absolutas normais lá giram em torno dos 5/6 graus, algumas pessoas que não gostam de frio extremo se refugiam na Flórida nesta época do ano (as médias térmicas naquele estado americano se comparam com as do Sul do Brasil em junho).
  12. Este inverno 2019/2020 fraco no Hemisfério Norte é uma continuação do padrão atmosférico já estabelecido há um ano atrás, e que nós sentimos primeiro quando tivemos poucas ondas de frio intensas no nosso inverno (primeira quinzena de maio, começo de julho e começo de agosto). Se a circulação nos níveis mais altos da atmosfera mudar neste ano, nós seremos os primeiros a sentirem.
  13. Bom dia Aqui na capital do MS o tempo está nublado, há pouco estavamos tendo chuva de moderada intensidade por conta desta baixa pressão no interior do continente. Fico na dúvida se esse sistema irá se deslocar para o oceano e formar o possível ciclone indicado pelos modelos numéricos ou se irá se posicionar sobre a região Sudeste ajudando nos elevados acumulados de chuva previstos para Minas, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
  14. 2013 teve um outono e inverno frios, mas o verão foi bem quente, principalmente a primeira quinzena de janeiro e parte de fevereiro, além do mês de junho acima da média (o único mês da temporada de frio que não houve resfriamento significativo).
  15. 2011 para a América do Sul foi o ano mais frio porque o verão no início foi mais ameno por conta das chuvas abundantes em muitas áreas, principalmente nos trópicos (incluindo o sertão nordestino, por conta da ZCIT ter ficado mais ao Sul do que o normal). No outono e inverno era comum as frentes frias chegarem até o litoral do Nordeste e pelo interior chegavam muito próximo a linha do Equador; maio daquele ano foi com cara de inverno, junho foi bom pra quem gosta do frio com geadas amplas no centro-sul do Brasil e neve com acumulação nas serras de SC e RS, julho igualmente frio e agosto abaixo da média. Nos outros lugares do mundo, não houve nenhum destaque no assunto temperaturas acima da média, em partes por conta da la nina que durou boa parte do ano.
  16. Naquela época não existia previsão do tempo que nem temos hoje, os meteorologistas alertaram para geadas apenas 2 dias antes do frio aumentar, não deu tempo dos agricultores se prepararem para as geadas dos dias 18 e 19 de julho. Alguns exemplos recentes, em 2011, 2013 e na onda de frio do ano passado as pessoas foram avisadas com uma semana de antecedência que iria esfriar bastante, com isso o setor agrícola pode tomar algumas medidas para evitar prejuízos financeiros em larga escala (tudo bem que foram eventos bem mais fracos do que 1975, só pra comparação).
  17. A neve nós Emirados Árabes é que nem no Sul do Brasil, ocorre quase todo ano mas de forma fraca ou é raridade?
  18. O único problema é que a Austrália literalmente pega fogo no verão, as ondas de calor daquele lugar deixam as nossas no calcanhar.
  19. Realmente, em termos de médias a Austrália e o Sul do Brasil são bem parecidos (a altitude das nossas serras sulinas é superior às australianas), a única vantagem é que as massas polares são mais abrangentes por lá. No inverno durante as ondas de frio dá pra ver nas cartas sinoticas a linha de 0 graus em 850 hpa chegando até a região de Alice Springs, na mesma latitude que a cidade de São Paulo, e a de 10 graus por vezes no norte da Austrália, que tem a latitude parecida com Cuiabá e Goiânia.
  20. A Austrália consegue dar um baile no Brasil quando o a assunto é frio, as médias mensais no inverno de lá são menores do que no Sul.
  21. No verão de 2010/2011 choveu bastante no país como um todo, apesar da lá nina ser de forte intensidade na época as frentes frias passavam pelo Sul causando chuvas frontais e ao chegarem na costa do Sudeste organizavam grandes corredores de umidade (ZCAS). Inclusive naquele ano a ZCIT migrou mais para o sul do que o normal, fazendo chover até no sertão de Pernambuco e litoral do Alagoas, a estação chuvosa se prolongou até abril.
  22. Falta uma onda de frio intensa junto com umidade em todas as camadas da atmosfera, na massa polar em julho deste ano só faltou uma nebulosidade espessa sobre o Sul do país pra precipitar alguma coisa.
  23. Nesta década tivemos 2010 e 2016 com invernos bons, 2011 e 2013 com ondas de frio quase extremas e prolongadas com direito a acúmulos de neve nas serras do Sul do Brasil, 2012, 2014 e 2015 com invernos fracos ( esses dois últimos foram quase sem frio pra muitas áreas do país), e 2017/2018 xoxos (não foram ruins mas não foram bons também).
  24. Esse cenário é um pouco parecido com janeiro de 2016, naquela ocasião houve um sistema frontal que se formou na altura do Uruguai por volta do dia 30 do mês anterior, passou pelo Sul do Brasil no dia 1 e nos dias 2 e 3 avançou pelo litoral do Sudeste chegando até a Bahia, provocando muita chuva por quase todo o país até que se formou uma ZCAS na metade do mês (por conta do avanço de outras frentes frias no leste do Brasil).
  25. No passado era mais difícil se proteger do frio se comparado com agora, e os invernos em muitos lugares era bem mais rigorosos ao ponto de as pessoas ficarem trancadas em casa por alguns dias.
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