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Brasil Abaixo de Zero

Dados atualizados de Porto Alegre (Período 2000 - 2012)


JohnnyBoy
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Antes de começar a passar-lhes os dados, só digo uma coisa: ponto pra quem disse que o aquecimento global mudou o clima de PoA!

 

Dados 1961 - 1990

 

[tabela]L=Mês&Janeiro&Fevereiro&Março&Abril&Maio&Junho&Julho&Agosto&Setembro&Outubro&Novembro&Dezembro&Ano

L=Temperatura Média Máxima&30,2°C&30,1°C&28,3°C&25,2°C&22,1°C&19,4°C&20,3°C&20,4°C&21,8°C&24,4°C&26,7°C&29,0°C&24,8°C

L=Temperatura Média Compensada&24,6°C&24,6°C&23,1°C&19,9°C&16,9°C&14,3°C&14,4°C&15,2°C&16,8°C&19,1°C&21,2°C&23,3°C&19,5°C

L=Temperatura Média Mínima&20,5°C&20,8°C&19,3°C&16,3°C&13,0°C&10,7°C&10,7°C&11,5°C&13,1°C&15,0°C&17,0°C&18,9°C&15,6°C

L=Precipitação&105,9mm&99,2mm&104,7mm&77,3mm&90,0mm&138,4mm&118,5mm&137,1mm&142,2mm&121,3mm&92,4mm&93,4mm&1320,2mm

L=Insolação&239,0h&208,1h&200,7h&180,3h&166,1h&136,0h&148,6h&151,1h&151,2h&201,9h&216,6h&245,2h&2244,8h[/tabela]

 

Fonte: disponível para download em http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/normaisClimatologicas

 

 

Dados 2000 - 2012

 

[tabela]L=Mês&Janeiro&Fevereiro&Março&Abril&Maio&Junho&Julho&Agosto&Setembro&Outubro&Novembro&Dezembro&Ano

L=Temperatura Média Máxima&30,8°C&30,6°C&29,5°C&26,4°C&22,4°C&20,4°C&19,6°C&21,6°C&22,5°C&25,3°C&27,7°C&29,7°C&25,5°C

L=Temperatura Média Compensada&25,0°C&24,8°C&23,8°C&20,6°C&17,0°C&15,1°C&13,9°C&15,6°C&16,9°C&19,8°C&21,7°C&23,6°C&19,8°C

L=Temperatura Média Mínima&20,8°C&20,8°C&19,9°C&16,7°C&13,6°C&11,7°C&10,2°C&11,5°C&13,1°C&15,8°C&17,3°C&19,2°C&15,9°C

L=Precipitação&112,0mm&110,7mm&98,6mm&92,8mm&124,6mm&129,0mm&137,6mm&127,0mm&171,2mm&134,4mm&104,9mm&109,5mm&1452,3mm

L=Insolação&242,5h&212,5h&204,9h&168,7h&141,2h&120,5h&139,4h&148,6h&147,1h&181,6h&218,2h&240,7h&2165,9h[/tabela]

 

Fonte: BDMEP (INMET)

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É incrível os dados de POA. Parece que nada ocorreu da Normal de 61-90 para 2000-2010, embora houve uma discreta elevação das temperaturas. Mas nada comparado à Sampa, Curitiba, BH e Goiânia. Queia saber o porquê disso. Não afetada pela "alteração da dinâmica climática" que tanto estamos falando no tópico de Curitiba?. Neste caso, porque POA não foi afetada? É o ponto que defendo: não está sujeita à desvios, pois é 100% subtropical, Não está numa área de transição entre tropical de altitude e subtropical, como Curitiba e São Paulo, por exemplo.

 

Se o problema for urbanização, vai ver que POA da década de 70 era parecida com hoje, diferente de Curitiba, por exemplo. Já Sampa vai aumentando suas temperaturas médias a cada Normal: 31-60 era inferior à 61-90, que é inferior à 81-2010, devido à crescente urbanização.

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É incrível os dados de POA. Parece que nada ocorreu da Normal de 61-90 para 2000-2010, embora houve uma discreta elevação das temperaturas. Mas nada comparado à Sampa, Curitiba, BH e Goiânia. Queia saber o porquê disso. Não afetada pela "alteração da dinâmica climática" que tanto estamos falando no tópico de Curitiba?. Neste caso, porque POA não foi afetada? É o ponto que defendo: não está sujeita à desvios, pois é 100% subtropical, Não está numa área de transição entre tropical de altitude e subtropical, como Curitiba e São Paulo, por exemplo.

 

Se o problema for urbanização, vai ver que POA da década de 70 era parecida com hoje, diferente de Curitiba, por exemplo. Já Sampa vai aumentando suas temperaturas médias a cada Normal: 31-60 era inferior à 61-90, que é inferior à 81-2010, devido à crescente urbanização.

 

Caco, belo trabalho.

 

- Na "normal" 2000-2010 caiu a média de Julho em Porto Alegre!

 

- O quadro todo me parece que confirma a hipótese de mudança geral do padrão atmosférico, com baixas e ciclones se formando mais ao sul do continente. Nessa hipótese, por ter uma posição mais setentrional, Curitiba teria ficado mais exposta aos bloqueios.

 

- O fato de os climas estarem ou não em zonas de transição não tem determinado a constância e nem o aquecimento das temperaturas. Pelo contrário. Buenos Aires sofreu um aquecimento brutal. Assim como Mendoza aqueceu. Por outro lado, outros lugares na Argentina, Chile e Uruguai - esses, localizados mais ao interior - mostraram estabilidade nas médias nas últimas décadas. É um enigma isso. Esse aquecimento nos centros maiores teria sido resultante só da urbanização? Pode ser.

 

Não sei se você já teve a oportunidade de analisar esse texto e link da Metsul, é bem interessante:

 

http://www.metsul.com/secoes/visualiza.php?cod_subsecao=33&cod_texto=557

 

Abraços.

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O principal ponto de aquecimento em POA está nas máximas, e não nas mínimas. Isso mostra que a ilha de calor urbano, que se destaca pela retenção de calor à noite, não é tão sentida por aqui, ao menos no INMET. Destaque também, claro, para julho, que ESFRIOU, mesmo no meio da área urbana em adensamento!

 

Minha hipótese é de que o clima daqui não só não mudou como não sofreu flutuação que, se houve, foi mínima. Isso que a normal 2000-2012 inclui o maldito 2012 que, sozinho, causou estrago em agosto e dezembro nessa normal. Tirem 2012 e haverá alteração, PELO MENOS, nesse dois meses e, possivelmente, noutras normais. E mesmo tendo alguns fevereiros tórridos, a normal do mês só mudou na máxima, prova de que tivemos verões compensatórios. Mas confesso que dói ver janeiro bater em 25,0°.

 

Quanto à discussão sobre o impacto da urbanização, resgato o que já escrevi em outros tópicos, de que a Grande POA NÃO configura uma enorme mancha urbana contínua como Curitiba, SP, Buenos Aires e derivados. É só ver no mapa e comparar essas cidades. A diferença na malha urbana é gritante. E ainda temos o Guaíba, que ajuda a "naturalizar" nosso clima.

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Outro fator que pode contribuir para essa não alteração é a posição da estação ao pé da face sul de um morro. A ilha de calor destaca-se pela retenção de calor. Se não há sol ou a radiação é menor, caso das faces sul dos morros e de nossa latitude (somos a capital brasileira mais ao sul), a retenção de calor é menor e, na perda noturna, ocorre uma maior homogeneização das temperaturas entre áreas verdes e urbanas. Creio que esse fator acaba se impondo um pouco sobre a urbanização, tanto é que já observei temperaturas menores nessas áreas à noite no inverno do que aqui em casa, mesmo em áreas densamente urbanizadas. Nesse caso, o acúmulo de ar frio onde está o INMET deve ajudar a temperatura no local a ficar comportada no inverno e em períodos de menor radiação, mesmo com um maior adensamento urbano nos últimos anos.

 

Não sei, mas penso que seja uma hipótese que ajude a explicar PARTE da situação.

 

O que tem de microclima aqui não é brincadeira.

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Eu acho que Porto aqueceu menos porque é uma metrópole estabilizada há anos, décadas. É urbanização. Eu não tenho os dados, mas chutaria que RS é o estado que menos cresceu no Brasil nos últimos 40 anos. Tirando alguns polo no norte, tipo Caxias, o estado é muito estabilizado e alguns lugares como o Sul perderam população. O próprio gaúcho preferiu migrar pro norte para abrir o centro oeste do Brasil, ao invés de ficar no Sul. O grande boom do RS foi antes dos 1950s. Abs

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Eu acho que Porto aqueceu menos porque é uma metrópole estabilizada há anos, décadas. É urbanização. Eu não tenho os dados, mas chutaria que RS é o estado que menos cresceu no Brasil nos últimos 40 anos. Tirando alguns polo no norte, tipo Caxias, o estado é muito estabilizado e alguns lugares como o Sul perderam população. O próprio gaúcho preferiu migrar pro norte para abrir o centro oeste do Brasil, ao invés de ficar no Sul. O grande boom do RS foi antes dos 1950s. Abs

 

Tenho a mema opinião João.

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Primeiramente, eu queria parabenizar o JohnnyBoy pela tabela.

 

Agora, Caco, Marcos e João: vocês viram como o post da Metsul questiona o aquecimento de várias estações ao mostrar outras onde não houve aquecimento?

 

E o interessante é que as estações onde não foi registrado esse aquecimento são de localidades menores, no interior argentino.

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Sim, vi a postagem da MetSul. Isso vai de encontro com o que eu disse a respeito da malha urbana da Grande POA em relação às outras grandes regiões metropolitanas. Esse foi meu comentário no tópico sobre Curitiba:

 

"Na comparação POA X Curitiba a respeito da urbanização, há uma coisa que ninguém fala: a Grande POA é alongada, no sentido N-S, e as cidades conurbadas (Alvorada, Canoas e Viamão) estão esparramadas nos limites N e E da cidade. Isso que a malha urbana de Viamão é toda "errada", estando cheia de buracos verdes.

 

Já boa parte da Grande Curitiba é uma enorme mancha urbana homogênea. Mesmo tendo 1 milhão de habitantes a menos, a ilha de calor ali é bem mais significativa por aglomerar todas as cidades numa malha só.

 

Além do que POA ainda tem o Guaíba do lado, que "naturaliza" um pouco mais o clima da cidade."

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Sim, vi a postagem da MetSul. Isso vai de encontro com o que eu disse a respeito da malha urbana da Grande POA em relação às outras grandes regiões metropolitanas. Esse foi meu comentário no tópico sobre Curitiba:

 

"Na comparação POA X Curitiba a respeito da urbanização, há uma coisa que ninguém fala: a Grande POA é alongada, no sentido N-S, e as cidades conurbadas (Alvorada, Canoas e Viamão) estão esparramadas nos limites N e E da cidade. Isso que a malha urbana de Viamão é toda "errada", estando cheia de buracos verdes.

 

Já boa parte da Grande Curitiba é uma enorme mancha urbana homogênea. Mesmo tendo 1 milhão de habitantes a menos, a ilha de calor ali é bem mais significativa por aglomerar todas as cidades numa malha só.

 

Além do que POA ainda tem o Guaíba do lado, que "naturaliza" um pouco mais o clima da cidade."

 

Olá Marcos,

 

Nesse caso parece que, apesar de conhecido há décadas, o efeito "ilha de calor" tem sido subestimado e mal compreendido em aspectos específicos como o tipo da mancha urbana, a sua composição e até mesmo a presença de lagos ou outras superfícies aquáticas.

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Sim, Melo. Penso o mesmo. Dá uma olhada no Google Earth, por exemplo, a mancha urbana de Viamão, aqui ao lado de POA, no lado leste. A cidade é alongada, se espalha numa grande área, tem muitos espaços verdes não ocupados e praticamente não há prédios. Isso reduz bastante o efeito da ilha de calor, especialmente nas mínimas.

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  • 2 weeks later...

Esse estudo do Alexandre é revelador. Porto Alegre tem mais ou menos o mesmo tamanho já há um bom tempo. Quando nasci em 81 já tínhamos 1 milhão de habitantes. Hj temos 1,4 milhão de habitantes. Pouca mudança! Aqui não fazemos filhos! O resultado é o baixo crescimento da malha urbana e, consequentemente, da temperatura média da cidade. Já falei inúmeras vezes aqui no fórum, em termos térmicos o GW é quase impeceptível para mim. Os invernos e verões tem tido o mesmo comportamento médio desde que nasci, muito embora tenha visto algumas aberações (tanto para o frio como para o calor) nesse período.

 

O caso de curitiba é clássico. Tenho frequentado a cidade no inverno. Já tenho uma bela noção do clima da cidade, especialmente pq gosto de fazer cooper na rua. Os parques de Ctba são muito mais gelados que a sua malha urbana. Entrar num parque curitibano é como entrar numa geladeira. Por estar a quase 1000 metros de altura, o clima da cidade é caracterizado pela perda de radiação noturna rápida e incessante. Contudo, o maior inimigo da perda de radiação é o concreto. Esse permanece quente por muito tempo, fato esse que não ocorre nas áreas verdes da cidade. Lá fica gelado rápido com o pôr-do-sol.

 

Porto Alegre nunca foi caracterizada por ter perda de radiação noturna. Aqui temos um mega lago ao lado da cidade e estamos ao nível do mar. Aqui só faz frio por um único motivo: a entrada de massas de ar polar. Só assim para fazer frio aqui. Se não tiver massa de ar frio, pode ter UR de 25% a tarde em junho que no dia seguinte fará mínima de 14C e máxima de 30C. Isso é calor.

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Esse estudo do Alexandre é revelador. Porto Alegre tem mais ou menos o mesmo tamanho já há um bom tempo. Quando nasci em 81 já tínhamos 1 milhão de habitantes. Hj temos 1,4 milhão de habitantes. Pouca mudança! Aqui não fazemos filhos! O resultado é o baixo crescimento da malha urbana e, consequentemente, da temperatura média da cidade. Já falei inúmeras vezes aqui no fórum, em termos térmicos o GW é quase impeceptível para mim. Os invernos e verões tem tido o mesmo comportamento médio desde que nasci, muito embora tenha visto algumas aberações (tanto para o frio como para o calor) nesse período.

 

O caso de curitiba é clássico. Tenho frequentado a cidade no inverno. Já tenho uma bela noção do clima da cidade, especialmente pq gosto de fazer cooper na rua. Os parques de Ctba são muito mais gelados que a sua malha urbana. Entrar num parque curitibano é como entrar numa geladeira. Por estar a quase 1000 metros de altura, o clima da cidade é caracterizado pela perda de radiação noturna rápida e incessante. Contudo, o maior inimigo da perda de radiação é o concreto. Esse permanece quente por muito tempo, fato esse que não ocorre nas áreas verdes da cidade. Lá fica gelado rápido com o pôr-do-sol.

 

Porto Alegre nunca foi caracterizada por ter perda de radiação noturna. Aqui temos um mega lago ao lado da cidade e estamos ao nível do mar. Aqui só faz frio por um único motivo: a entrada de massas de ar polar. Só assim para fazer frio aqui. Se não tiver massa de ar frio, pode ter UR de 25% a tarde em junho que no dia seguinte fará mínima de 14C e máxima de 30C. Isso é calor.

 

Por essas e outras que digo que Curitiba é mais similar com Sampa do que com Poa; possui um frio mais parecido com São Paulo: por perda de radiação noturna, ao passo que POA é mais por MP mesmo. Não que Curita não seja por MP! É! E mais que que Sampa, porém não tanto quanto POA.

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Então, realmente Porto Alegre tem um padrão bem específico de mancha urbana (descontínuo e com a presença do Guaíba) e, além disso, o município não registrou um padrão de crescimento urbano acelerado.

 

E lembrando que, além do Guaíba, existem outras superfícies líquidas ao redor da região metropolitana, incluindo o vale do Sinos, o delta do Jacuí. Entre Porto Alegre e Cachoeirinha, por exemplo, passei por um banhado imenso, não sei se era um arrozal. Aliás, o que tem de arrozal ao redor da cidade não é mole. E além de tudo a cidade é baixa, como frisou o Bruno.

 

Curitiba é o oposto: urbanização concentrada, homogênea e acelerada nas últimas décadas. E alta.

 

Sobre a urbanização avassaladora de Curitiba, eu sou testemunha. Morei lá no começo da década de 80 e posso dizer, o que tem lá hoje é outra cidade, completamente. Curitiba era uma cidade quase sem favelas, com trânsito calmo e ordenado. E provinciana. Depois da 19 horas a impressão era a de que o Curitibano foi ver TV e dormir. Era ponto final. O adensamento dos bairros e dos municípios ao redor foi simplesmente avassalador nas últimas décadas. Enfim, é outra cidade.

 

É impressionante como o fator humano transformou a cidade e até mesmo o seu clima!

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Esse estudo do Alexandre é revelador. Porto Alegre tem mais ou menos o mesmo tamanho já há um bom tempo. Quando nasci em 81 já tínhamos 1 milhão de habitantes. Hj temos 1,4 milhão de habitantes. Pouca mudança! Aqui não fazemos filhos! O resultado é o baixo crescimento da malha urbana e, consequentemente, da temperatura média da cidade.

Na verdade, o crescimento absurdo da população da região metropolitana de Sampa deu-se mais pela migração do que pelo crescimento vegetativo.

 

São Paulo cresceu mais rapidamente entre 1960 e 1980 (No município da capital: 3,78 milhões [1960] => 8,49 milhões [1980]). Depois, a velocidade diminuiu: 8,49 milhões em 1980 para 11,25 milhões em 2010.

 

Já a região metropolitana cresceu muito: 4,74 milhões (1960) => 12,59 milhões (1980) => 19,68 milhões (2010). :shok:

 

Algumas cidades da RM literalmente explodiram:

Embu: 18 mil (1970) => 156 mil (2000)

Itaquaquecetuba: 29 mil (1970) => 273 mil (2000)

Guarulhos: 236 mil (1970) => 1,07 milhão (2000)

Taboão da Serra: 41 mil (1970) => 198 mil (2000)

 

Escolas estaduais estão sendo fechadas em várias regiões da capital paulista por falta de alunos, pasmem! Na minha região, de 6 escolas estaduais, temos apenas 3 funcionando atualmente.

As outras estão sendo usadas por órgãos da administração estadual, polícia, delegacias de ensino, etc.

É que numa geração (Cerca de 25 anos), o número de filhos por mulher caiu drasticamente. Caiu inclusive (Em menor velocidade, claro) nos bairros mais carentes.

A quantidade de gente que foi para a escola particular nem de longe cobre essa diferença.

Mesmo porque o ensino particular está tão caro por aqui que ocorre um importante movimento inverso: pessoal está migrando de volta para a escola pública.

Hoje em dia, sustentar um filho numa metrópole como Sampa sai muito caro...

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Curitiba é o oposto: urbanização concentrada, homogênea e acelerada nas últimas décadas. E alta.

 

Sobre a urbanização avassaladora de Curitiba, eu sou testemunha. Morei lá no começo da década de 80 e posso dizer, o que tem lá hoje é outra cidade, completamente. Curitiba era uma cidade quase sem favelas, com trânsito calmo e ordenado. E provinciana. Depois da 19 horas a impressão era a de que o Curitibano foi ver TV e dormir. Era ponto final. O adensamento dos bairros e dos municípios ao redor foi simplesmente avassalador nas últimas décadas. Enfim, é outra cidade.

 

É impressionante como o fator humano transformou a cidade e até mesmo o seu clima!

 

Melo, concordo plenamente, era outra cidade, provinciana, muito organizada, mas meio bucólica e um pouco "depressiva" para os jovens! Me lembro de 1992/1993, era muito pacata a cidade, não tinha muito o que fazer. Mas o progresso trouxe também fatores positivos! O Paraná deixou de ser um polo agroexportador e se transformou numa potência industrial também! A região de Curitiba nem se fale, se industrializou fortemente.

 

Quanto ao clima, apesar de toda a urbanização, não foi ela que causou os seguintes comentários aqui no Forum:

 

"Bloqueio desviando alta polar para o mar na altura do RS"!!! :mosking:

 

"Mp apesar de forte, chega maritimizando na altura do Paraná, provocando tardes frias no Paraná, com tempo úmido". :sarcastic:

 

"Com El Niño e bloqueio atmosférico, país tem inverno com mais calor e ar seco em 30 anos"

Carlos Madeiro

Do UOL, em Maceió 05/09/2012

 

Essa última foi a menos de 1 ano. :good2:

 

Sds.

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  • 2 weeks later...
Esse estudo do Alexandre é revelador. Porto Alegre tem mais ou menos o mesmo tamanho já há um bom tempo. Quando nasci em 81 já tínhamos 1 milhão de habitantes. Hj temos 1,4 milhão de habitantes. Pouca mudança! Aqui não fazemos filhos! O resultado é o baixo crescimento da malha urbana e, consequentemente, da temperatura média da cidade.

Na verdade, o crescimento absurdo da população da região metropolitana de Sampa deu-se mais pela migração do que pelo crescimento vegetativo.

(...)

É que numa geração (Cerca de 25 anos), o número de filhos por mulher caiu drasticamente. Caiu inclusive (Em menor velocidade, claro) nos bairros mais carentes.

Nós provavelmente veremos a DIMINUIÇÃO da população brasileira, e provavelmente antes disso a diminuição da população nas grandes metrópoles, particularmente POA, SP, Recife e Rio, que são as que menso crescem, proporcionalmente.

 

Pensando no temperatura, ficaria mais frio, porque haveria um freio na expansão e no adensamento urbano em função do decréscimo do mercado consumidor. Talvez isso até reverta a expansão urbana. É difícil imaginar tamanha infra-estrutura sendo mantida com uma população em descréscimo. A não ser que haja um grande enriquecimento do país. Talvez o futuro urbano seja mais verde... e mais frio.

 

Abraços demográficos!

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