Leandro A M Leite

Não fosse o bendito verão chuvoso, Cuiabá teria o clima dos seus análogos latitudinais no norte da África, como Cartum/Sudão, considerada a capital nacional mais quente do mundo, e Matam/Senegal, com a maior média máxima anual do mundo, o mês mais quente do ano em Cartum é maio, que corresponde ao nosso novembro, com as médias min. 28 C med. 35 C máx.. 42 C, em Matam, também maio, com média min. 27 C med. 35 C máx. 43 C, a média anual em Matam é 29,8 C e em Cartum é 30,4 C, ante os 26,3 C de média anual de Cuiabá, em 2022 no aeroporto em VG foi 26,2 C.

O frio absurdo que fez no norte da Argentina na região andina na onda de frio de junho: Los Andes-Ema Santa Rita-Salta (4008 m): 13/06 mínima -11,8 C máxima 2,4 C 14/06 mínima -16,8 C máxima 1,8 C 15/06 mínima -14,7 C máxima 7,3 C 16/06 mínima -11,1 C máxima 6,6 C Antofagasta de La Sierra-Catamarca (3988 m): 13/06 mínima -14,3 C máxima 3,4 C 14/06 mínima -16,9 C máxima 3,1 C 15/06 mínima -17,4 C máxima 6,8 C 16/06 mínima -15,9 C máxima 7,9 C Mínimas das mais pesadas ondas de frio de Nova York, máximas não tão baixas quanto, na mesma latitude de Curitiba. Fonte: Davis, Sigma Meteorologia.

Quando que as chuvas vão regularizar no Mato Grosso pondo fim a esse calor quase que constante há 3 meses? De vez em quando as previsões do aplicativo Weather Channel apontam a regularização das chuvas a partir de determinado dia pra Cuiabá e temperaturas não indo além dos 34 C/35 C, mas depois secam e retornam pra 38 C/39 C, no domingo chegou a prever uma máxima de 29 C pra sábado e agora já foi pra 34 C, sendo esse o dia menos quente, quando penso, a partir de tal dia não faz mais tanto calor, vai chover mais, literalmente do dia pra noite muda a previsão e estende o calorão, novembro tá parecendo uma extensão de outubro, hoje está previsto 39 C pra Cuiabá e ainda vai chegar a isso lá pro dia 11/12, e ainda há um pouco de fumaça, quero que volte ao padrão do primeiro semestre deste ano, quando a maioria dos dias não chegou sequer a 35 C, no aeroporto teve mês que a máxima foi 34 C, será que o primeiro semestre de 2024 será mais quente que o de 2023 por causa do El Niño? É possível ondas de calor até em abril como em 2016? Mês que nos últimos anos tem ficado dentro da média. Será que só lá pra maio as temperaturas voltam ao normal? Em 2016 uma onda de frio no fim de abril seguida do fim do Super El Niño em maio pôs fim a um ciclo quente, o segundo semestre não teve ondas de calor tão abrasadoras e prolongadas como 2014 e 2015, em Cuiabá o maior frio se deu no começo de setembro, e na região Sul e São Paulo um frio incomum se deu em junho, de repente em meados de 2024 teremos recompensas semelhantes com o Pacífico entrando numa fase mais fria, e as chuvas irão se regularizar mais cedo no Centro-Oeste, e com isso o calor vai durar menos, havendo mais tréguas como em 2022.

Quer dizer que uma pessoa dessas regiões usaria gorro e luva até em Cuiabá de vez em quando, ou poderia se vestir até melhor que os cuiabanos, bom, há 20 anos eu tive uma colega de intercâmbio da Alemanha no ensino médio em Primavera do Leste, um dia amanheceu friozinho, uns 19 C, neblina, e ela colocou blusa de frio, nesse dia apareceu o sol e esquentou, uma outra vez esfriou, estava 13 C de manhã com vento e tempo nublado, e ela colocou blusa de frio como todos, foi o dia todo frio, 13 C/14 C.

https://climatechangethefacts.org.au/2021/08/12/no-evidence-for-ipccs-certitude/

https://www.google.com/search?q=roman+and+medieval+warm+periods&sca_esv=576780426&tbm=isch&source=lnms&sa=X&ved=2ahUKEwiQ78XK-JOCAxVaDrkGHYyNAzQQ_AUoAXoECAQQAw&biw=1366&bih=651&dpr=1#imgrc=8ipjDs3DCUxUqM&imgdii=oHA8liFXguI-UM

Várias fontes, já vi muita coisa na internet, e quando à densidade demográfica do Brasil, todo mundo sabe que o leste é bem mais habitado, só quanto à Europa que não sei se era tão desmatada quanto hoje há 100 anos, já vi que lá só tem 1% da vegetação original, aliás, na Europa o desmatamento já existia na Idade Média, e aqui na América, os povos pré-colombianos também já desmatavam. https://www.google.com/search?q=roman+and+medieval+warm+periods&sca_esv=576780426&tbm=isch&source=lnms&sa=X&ved=2ahUKEwiQ78XK-JOCAxVaDrkGHYyNAzQQ_AUoAXoECAQQAw&biw=1366&bih=651&dpr=1#imgrc=8ipjDs3DCUxUqM&imgdii=oHA8liFXguI-UM

Não se se convém dizer que o desmatamento é a causa do aumento das ondas de calor no oeste do País com mais intensidade que no leste, visto que o nível de preservação da vegetação original nos estados ocidentais é maior que nos orientais, no Mato Grosso a taxa é de 60%, o leste do País é muito mais desmatado, muito mais habitado, tem muito mais transformações antropogênicas, e o que pensar da Europa, que há 100 anos já era igualmente desmatada, e mesmo assim era mais fria, tinha invernos mais rigorosos e as ondas de calor não eram tão severas quanto as dos últimos 20 anos, parece que o mundo naturalmente esquenta a cada 1000 anos, vide aquecimento romano e medieval, normalmente por volta das viradas de milênio, e o aquecimento atinge um pico que pode durar décadas sob um platô, e depois esfria de novo, de repente nós estamos passando por esse pico, e, daqui a alguns anos ou décadas, pode ficar mais frio de novo, e num futuro mais longe pode vir outra PEG.

Não sei se convém dizer que o desmatamento é a causa do aumento das ondas de calor no oeste do País com mais intensidade que no leste, visto que o nível de preservação da vegetação original nos estados ocidentais é maior que nos orientais, no Mato Grosso a taxa é de 60%, o leste do País é muito mais desmatado, muito mais habitado, tem muito mais transformações antropogênicas, e o que pensar da Europa, que há 100 anos já era igualmente desmatada, e mesmo assim era mais fria, tinha invernos mais rigorosos e as ondas de calor não eram tão severas quanto as dos últimos 20 anos, parece que o mundo naturalmente esquenta a cada 1000 anos, vide aquecimento romano e medieval, normalmente por volta das viradas de milênio, e o aquecimento atinge um pico que pode durar décadas sob um platô, e depois esfria de novo, de repente nós estamos passando por esse pico, e, daqui a alguns anos ou décadas, pode ficar mais frio de novo, e num futuro mais longe pode vir outra PEG.

Percebi que a forte onda de frio continental de junho teve um efeito reverso na sua região, elevando muito as temperaturas mínimas, essa localidade tem muitas mínimas bem baixas, mas um frio diurno mais forte só foi possível na onda de frio marítima do fim de agosto, as continentais clássicas são pouco favoráveis ao leste de Minas.

Graças às estações Davis, disponíveis no site do SIGMA, máximas baixas, sub-15, conseguiram ser registradas em Goiás este ano, numa fazenda no município de Mineiros, em cima da divisa com o Mato Grosso do Sul, a fazenda Caçula, no Google Maps se chama fazenda André Xavier Machado: 14/06/2023 mínima 10,9 C máxima 13,2 C 15/06/2023 mínima 9,4 C máxima 13,1 C 15/07/2023 mínima 8,3 C máxima 19,8 C A mínima do dia 15 de julho foi registrada sob céu nublado, perto da 8 horas da manhã, porém, de tarde apareceu o sol e elevou a máxima pra perto dos 20 C.

O INMET deveria considerar o inverno climático, não o astronômico, pois, a grande onda de frio de junho se deu uma semana antes do começo do astronômico, quando a convencional registrou mínima de 9,8 C e máxima de 14,8 C no dia 14 de junho, mas de 21 de junho a 23 de setembro, a menor mínima foi 13,7 C em 15 de julho, e a menor máxima, 22,9 C em 14 de setembro: https://portal.inmet.gov.br/noticias/inverno-2023-cuiabá-mt-teve-temperaturas-acima-e-chuva-abaixo-da-média

Arraial do Cabo/RJ, isenta das ondas de frio e de calor que tomam conta do interior do País: 15/06/2023 18h UTC: Araçatuba/SP 11,6 C (máxima diurna instantânea 11,8 C) Arraial do Cabo/RJ 24,8 C (máxima de 25,9 C) 25/09/2023 18 h UTC: Araçatuba/SP 42,7 C (máxima instantânea idem) Arraial do Cabo/RJ 24 C (máxima de 25,8 C) Fontes: CIIAGRO e INMET.

Também olhei os dados da convencional de Brasília, e dá pra dizer que a capital federal não teve um dia de frio em 2023, as mínimas não baixaram de 10 C, e só uma vez ficou levemente sub-15 às 9 da noite, o que se deu em 6 de julho, mas não teve sub-15 às 9 da manhã, a menor máxima foi 21,9 C no dia 6 de janeiro, e o menor valor às 3 horas da tarde foi de 18,6 C em 13 de janeiro, também houve outros valores sub-20 no horário em janeiro e março, é comum que as menores máximas do ano em Brasília ocorram no verão, máximas baixas ou tardes frias são difíceis de ocorrerem na capital do País.

Analisando os dados da convencional de Goiânia, deu pra ver que a capital goiana não teve um dia realmente frio em 2023, em julho teve mínimas de 11 C, mas só de madrugada, de tarde já foi pra 30 C, e não teve sequer um valor inferior a 17 C às 9 horas da manhã e 9 horas da noite, a menor temperatura às 3 horas da tarde foi 20,8 C em 9 de fevereiro, no verão, devido a uma chuva após uma máxima superior a 30 C.

Na média é a mais fria, pois trata-se da sede urbana com maior altitude e latitude do Mato Grosso, mas não tem tanto frio diurno como, por exemplo, a Chapada dos Guimarães, sem medição, e a Serra de São Vicente, que registrou 8,3 C de tarde em 14 de junho último, enquanto Alto Taquari teve uma máxima de 13,2 C e mínima de 8,7 C.

No INMET a máxima deste ano não completou 38 C em Primavera do Leste, ficando nos 37,8 C de 21 de setembro, mas a DAVIS Tuiuiú teve uma máxima de 38,6 C nessa terça-feira, 26 de setembro, com mínima de 21,5 C e um registro de 38,4 C às 14:08.

Nós brasileiros tivemos essa concepção de que os EUA fossem um país, no geral frio, graças aos filmes com neve, como os de Natal, mas, eu vejo que é um país cujo calor é um dos piores do mundo, principalmente no sul e sudoeste no verão, com temperaturas que passam dos 40 C, ou até dos 45 C, como em Phoenix e Las Vegas, e até mais de 50 C no Vale da Morte, aliás, o recorde de maior temperatura da Terra pertence aos EUA, ao Death Valey, e Phoenix é a maior capital estadual em população dos EUA, não dá pra considerar os Estados Unidos um país frio, é um país considerado relativamente quente pelos climatologistas, assim como a China também é.

A automática de Cuiabá teve mínima de 30,4 C hoje de madrugada, a máxima chegou a 40,2 C por volta do meio-dia, mas na leitura instantânea das 2 da tarde estava 28,2 C, após uma mínima de 26 C entre meio-dia e 1 da tarde com pancadas de chuva.

A madrugada em Primavera foi a mais quente do ano, com mínima de 25,9 C, porém, não será essa a mínima de hoje, temos uma tarde mais fresca que a madrugada, com mínima até agora de 23,3 C entre 1 e 2 da tarde, após uma máxima de 33,8 C antes do meio-dia, a partir do meio-dia o tempo nublou e refrescou, a umidade subiu pra 79 %.

Primavera do Leste não completou 38 C, ao que tudo indica não teremos recordes históricos este ano, assim espero, por enquanto a onda de calor mais intensa registrada na cidade é a de setembro/outubro de 2020, quando registrou 40,4 C em 5 de outubro, além de vários dias superando os 38 C, isso na oficial do INMET, onde em 2023 as maiores máximas foram: 37,8 C em 21 de setembro 37,7 C em 26 de setembro 37,4 C em 24 e 25 de setembro 37,2 C em 23 de agosto 37,0 C em 12 de setembro Hoje Primavera do Leste teve a maior mínima do ano com 25,9 C.

Mas fez, chegou a fazer 11 C em Araçatuba e Jales enquanto fazia 17 C em Curitiba, assim como ondas de calor costumam ter mais força no interior do País, muitas vezes o mesmo acontece com ondas de frio, e o litoral e proximidades ficam mais isentos dos extremos frio e quente, Araçatuba ontem passou dos 41 C na hora dos 11 C de junho.

Pelo jeito Primavera do Leste não terá uma onda de calor como a de 2020, assim espero, quando passou o limite dos 40 C em 5 de outubro, este ano a máxima foi 37,8 C em 21 de setembro, ontem teve 37,2 C e hoje está em 37,4 C, pra amanhã ainda está previsto 37 C, o calor está meio flopando, chegaram a prever 39 C, mas já diminuíram, a tendência pra essa semana é de calor em diminuição, com máximas caindo pra 33 C no fim de semana e aumento da possibilidade de chuvas, não vai quarentar agora.

Por falar em Campos do Jordão, ontem passou um pouco de 30 C lá, assim como em Monte Verde.

Essas cidades do oeste e noroeste paulista tiveram uma tarde gelada no dia 15 de junho, chegou a fazer até mais frio em algumas cidades do noroeste., como Jales, e oeste, como Araçatuba, que em Campos do Jordão na mesma hora.