Leandro A M Leite

Eis a bolha azul que poderá nos trazer um refrigério em 2024:

Por enquanto essa é a boa notícia pra quem não aguenta mais tanto calor, se as previsões para os próximos dias nos desanimam, temos as previsões para os próximos meses pra nos animar:

O El Niño explica a diferença gritante entre o primeiro e o segundo semestre de 2023, em qualquer ano o segundo semestre faz mais calor que o primeiro em Cuiabá, mas este ano a mudança foi abrupta, visto que o primeiro semestre foi marcado pela transição La Niña-El Niño, e o El Niño, apesar de começar em maio, seus efeitos só surtiram em julho, o que ainda garantiu a forte onda de frio do meio de junho, no primeiro semestre de 2023 apenas 44 dias tiveram 35 C ou mais na estação automática na UFMT, enquanto no segundo está difícil ter máxima abaixo disso, no aeroporto em VG não passou de 34 C nos meses de janeiro e abril, e maio também não chegou a 35 C com máxima de 34,4 C pelos dados da tutiempo, não que em 2024 fará mais calor no primeiro semestre que no segundo, mas o primeiro deve esquentar mais que o primeiro de 2023, e o segundo deve esquentar menos que o segundo de 2024.

Pelo jeito as temperaturas na maior parte do País só voltarão a ficar próximas da normalidade no outono/inverno de 2024, com o fim do El Niño e a transição para La Niña, e dias a fio com temperaturas melhores na minha região, em meados de 2024 com eventuais ondas de frio e tempo seco e não tão quente, e final de 2024 e começo de 2025 com chuvas mais abundantes, aí vai dá pra esquecer que Cuiabá é tão quente, as ondas de calor do próximo ano devem ser mais limitadas, de agosto a outubro, e até intercaladas com ondas de frio que podem ocorrer em agosto ou até setembro.

Podiam filmar as árvores e enfeites de Natal junto, enquanto isso Nova York nem nevou no mesmo dia e nem vai nevar nos próximos dias.

Quais capitais do Brasil já ultrapassaram 40 C no mês de dezembro? Só Porto Alegre e Rio de Janeiro? Cuiabá estava chegando perto, mas a chuva frustrou. A dinâmica das chuvas impede temperaturas muito altas na maior parte do País durante o verão propriamente dito, o verão térmico no Brasil Central é entre agosto e outubro/novembro.

Ontem a chance de quarentar em Cuiabá pela primeira vez em dezembro foi literalmente por água abaixo, a máxima chegou a 39,2 C na convencional e 39,3 C na automática, estava perto, quando uma chuva após às duas horas da tarde derrubou a temperatura pra 26,5 C antes das três horas, e o resto da tarde ficou abaixou dos 30 C, uma outra chuva durante a noite derrubou a mínima pra 24,7 C hoje, na última atualização do INMET 33,2 C de instantâneo às 11 horas com 33,3 C de máxima, a convencional registrou 39,4 C em 1 de dezembro, nesse dia choveu no final da tarde, mas o tempo já mudou mais cedo, por isso não temos 40 C ou mais em Cuiabá em dezembro, e a possiblidade de ocorrer diminui com a consolidação das chuvas.

Eu estou achando que Cuiabá hoje está com risco de quarentar pela primeira vez em dezembro, o que nesse mês costuma ocorrer em capitais como Porto Alegre e Rio de Janeiro, sábado mais uma vez a previsão me enganou, a princípio previa máxima de 30 C pra segunda e terça, e nos três dias seguintes 34 C, mas, ainda na segunda a previsão pra quarta já subiu pra 36 C, e na mesma segunda subiu pra 34 C antes da chuva que baixou pra 24 C, na terça pouco passou dos 34 C e já na quinta passou de 38 C, várias vezes foi assim, quando penso, finalmente não vai mais fazer tanto calor, a partir de tal dia, no último caso segunda, teremos temperaturas mais toleráveis, em dois dias a previsão já muda, e em quatro dias o calorão já está de volta, após dois dias menos quentes, o jeito é esperar esse menino dá o fora, a princípio, menos calor, com temperaturas não chegando a 35 C por dias ou semanas e na maioria dos dias do mês, no começo da estação seca de 2023, e depois na estação chuvosa de 2024/25, pra hoje meu aplicativo está prevendo 38 C, no sábado previa 34 C pra hoje, domingo chegou a prever 29 C segunda, a última máxima sub-30 foi em 14/09, que foi sub-25.

Tudo bem, logo Deus irá desligar o aquecedor e ligar o refrigerador da gigantesca piscina que é o Oceano Pacífico, aí teremos um segundo semestre menos quente em 2024, com direito, quem sabe, a frio em setembro, teve em 1998 e 2016 no MT.

A primeira reportagem falando que a infraestrutura ferroviária da Alemanha está na ''UTI'', e isso que é um país desenvolvido.

Em Cuiabá chover ou não chover faz toda a diferença, pode até chegar a 40 C ou perto disso, mas basta chover na mesma tarde pra em seguida cair pra 25 C mais ou menos, daí a noite já não vai ser quente, agora se não chove, quando chega perto de meia-noite, ainda não baixou dos 30 C, assim, se fizer calor, mas em seguida chover, ótimo.

No sábado achei que Cuiabá finalmente iria se livrar do calor intenso a partir da segunda-feira, quando previu máxima de não mais que 30 C na segunda e não mais que 34 C a partir de hoje, esse ano está assim, quando vejo a previsão e penso que finalmente não terá mais muito calor, em poucos dias a previsão se modifica e em menos de uma semana já tá o calor de volta, na segunda-feira mesmo teve 34 C, e uma chuva derrubou pra 24 C no final da tarde, e hoje, que no sábado só previa 34 C, já subiu pra mais de 38 C, a questão, é quando voltaremos ao padrão do primeiro semestre desde ano, quando apenas 44 dos 181 dias passaram dos 35 C? O primeiro semestre de 2024 terá mais calor que o primeiro semestre de 2023? De repente só a partir de maio que as temperaturas ficarão mais próximas da normalidade e a princípio entre maio e junho não teremos muitos dias de temperaturas mais elevadas, com o fim do El Niño, ondas de frio podem acontecer até em setembro do próximo ano favorecidas por uma nova La Niña, e no final de 2024 as temperaturas estarão mais agradáveis, poucas vezes passando dos 35 C, devido às chuvas mais regulares.

Essa mesma PWS que eu coloquei acima registrou mais de 42 C em agosto, acho que sofre com superaquecimento no verão.

Essa PWS no sudeste da Alemanha registrou -19,5 C ontem de madrugada, quase -20 C, ainda não achei a que baixou de -20 C, pois tem PWS demais: https://www.wunderground.com/dashboard/pws/IEICHE19/graph/2023-12-4/2023-12-4/daily

Off-topic, mas pra efeito de comparação, em 16 de julho de 2017 Bariloche teve a mínima absoluta histórica de -25 C, isso na convencional na área do aeroporto, mas na automática do mesmo aeroporto foi a -18 C, no centro de Bariloche na beira do lago, as mínimas ficaram em -9 C nas PWSs, foi uma onda de frio que avançou com bastante força numa trajetória continental clássica, teve um caráter histórico em parte do Centro-Sul brasileiro, em especial na porção meridional e ocidental do País, mas foi tiro curto, em poucos dias esquentou.

Mesmo assim estou com uma certa dúvida se esse valor de -18 C no Aeroporto Internacional de Munique é real, pois todas as PWSs próximas acusam mínimas maiores na mesma madrugada, uma bem do lado acusou -16,2 C, porém, logo foi pra -13 C/-14 C.

Ontem o aeroporto de Munique na Alemanha registrou -18 C, e isso ocorreu sob nevoeiro na madrugada: https://www.wunderground.com/history/daily/de/oberding/EDDM/date/2023-12-4 Teve uma PWS próxima que abaixou dos -20 C ontem de madrugada, mas não estou conseguindo achar, pois esses países mais ricos são recheados de PWSs, e o Brasil também é mais recheado nas regiões mais desenvolvidas, bom, e no centro de Munique as mínimas ficaram em cerca de -9 C ontem com máxima negativa nas PWSs. Em Praga/República Checa, a temperatura ontem variou de - 10 C a - 4 C no aeroporto:https://www.wunderground.com/history/daily/cz/prague/LKPR/date/2023-12-4

Europa começando o frio pra valer, nos EUA, por enquanto, nada.

Olhando a previsão para algumas cidades dos EUA contíguos, percebi que não há nenhuma onda de frio muito forte prevista para o território americano nos próximos dias, pelo contrário, as temperaturas estão previstas pra ficarem acima do normal pra essa época do ano em vários lugares nessa semana, quem sabe uma surpresa no Natal, mas anos de El Niño também não são muito favoráveis pra frio intenso nos EUA, na verdade até ocorrem ondas de frio fortes, mas são tiro curto, e depois esquenta.

Sei do aeroporto em SJP pelos dados da tutiempo: 2021: -2,4 C em 30 de julho e 31,1 C em 23 de novembro. 2022: 1 C em 20 de maio e 32 C em 23 de janeiro.

Eu estava ontem olhando artigos da Metsul sobre a onda de frio do fim de julho de 2021, que trouxe neve pra Serra Gaúcha, e também teve o lado triste, como a questão dos desabrigados em São Paulo, bom, se por um lado, a oeste, essa onda de frio não foi forte no Mato Grosso, Acre e Rondônia como a do fim de junho do mesmo ano e a de junho último, por outro, mais a leste, avançou até o sertão nordestino, com uma máxima diurna sub-20 em Senhor do Bonfim, no norte da Bahia, em 31 de julho, e os ventos polares chegaram até Petrolina em Pernambuco; pra não ficar off-topic, me dá uma alegria entrar no aplicativo do Weather Channel no meu celular e não ver mais máximas previstas de 40 C/42 C e no mínimo 38 C para Cuiabá, antes previa máxima de 38 C ou 39 C até em Primavera, para hoje em Cuiabá a máxima prevista é 37 C e pra amanhã é 36 C, mas para segunda e terça-feira, só 30 C, o que é bem agradável pros padrões cuiabanos, e para os dias seguintes está previsto 34 C, chegou a 40,6 C em 30 de novembro, daí entra dezembro com as chuvas.

Hoje, vindo de Primavera pra Cuiabá, eu vi que a estação automática do INMET em Campo Verde foi removida do parque de exposições na beira da BR-070, não tirei foto pra mostrar aqui, e agora eu achei essa notícia de que a estação foi reinstalada no IFMT dentro da cidade, essa estação já está completando 17 anos, já são quase duas décadas de cobertura na cidade: https://ifmt.edu.br/conteudo/noticia/estacao-meteorologica-do-inmet-e-instalada-no-centro-de-referencia-de-campo-verde/

Venho dizer que tenho sofrido algumas decepções com o site do INMET, a maior delas é não disponibilizar dados de estações automáticas e convencionais desativadas ao público, pra isso você precisa solicitar pra que te mandem os dados por e-mail, eu já fiz isso e salvei os dados em arquivos no computador, outra decepção é quanto ao mapa das estações, tem hora que eu clico pra mostrar e a lupazinha fica dançando ao invés de mostrar as temperaturas, também me decepciona no mapa que ao clicar na bolinha da estação mostra os dados de hoje, e não do dia pra trás escolhido, e antes mostrava daquele dia, e por último, me decepciono com os gráficos mensais, que vem o tal de ''erro ao mostrar dados de chuva da estação''.

Em 1998 o Super El Niño iniciado em 1997 deu lugar a uma La Niña prolongada que traria icônicas ondas de frio nos anos seguintes, sendo o maior destaque a famosa onda de frio de julho de 2000.

Primavera do Leste, 2023, automática INMET, respectivamente, menor mínima, maior máxima, menor máxima, maior mínima, menor média compensada e maior média compensada mensal: Janeiro (dados incompletos pra média compensada): 17,6 C dia 14 31,7 C dias 17 e 19 23,5 C dia 27 21,4 C dia 2 22,3 C dia 5 24,8 C dia 19 Fevereiro (idem): 17,6 C dia 11 33,3 C dia 14 24,9 C dia 21 21,2 C dias 3 e 5 21,8 C dia 22 26,3 C dia 14 Março (idem): 18,1 C dia 3 33,6 C dia 31 25,7 C dia 21 21,3 C dia 5 21,4 C dia 21 26,7 C dia 27 Abril: 16,3 C dia 21 33,5 C dia 1 26,3 C dia 20 21,4 C dia 19 21,6 C dia 6 25,4 C dias 16 e 17 Maio: 15,3 C dia 17 32,1 C dia 27 26,1 C dia 29 21,7 C dia 1 21,6 C dia 30 25,4 C dia 7 Junho: 7,9 C dia 14 31,8 C dia 23 11,7 C dia 14 19,3 C dias 8 e 12 (madrugada pré-frontal) 9,2 C dia 14 24,6 C dia 8 Julho: 12,6 C dia 14 33,8 C dias 17 e 18 22,7 C dia 14 19,9 C dia 17 15,9 C dia 14 26,7 C dia 31 Agosto: 17,1 C dia 21 37,2 C dia 23 27,7 C dia 19 23,4 C dia 8 22,9 C dia 14 29,7 C dia 23 Setembro: 17,2 C dia 15 37,8 C dia 21 23,3 C dia 14 25,9 C dia 27 (madrugada, à tarde teve menos) 20,3 C dia 14 30,7 C dia 22 Outubro (dados incompletos pra média compensada): 19,9 C dia 31 39,6 C dia 20 29,9 C dia 3 25,8 C dia 19 25,6 C dia 25 31,2 C dia 20