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Brasil Abaixo de Zero

Mauro Dornelles

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  1. Rosário-Arg, final da tarde de domingo. Sai de baixo: @MetRAnoticias @ReedTimmerAccu @cindymfernandez @SMN_Argentina @metsul @MeteoFedex.mp4
  2. Só chuva, mesmo, mas vejam o que aconteceu com a temperatura em seis minutos de chuva:
  3. Precipitação se aproximando de Porto Alegre pelo setor sudoeste, talvez seja apenas chuva, talvez.
  4. Um novo GIF com imagens de nuvens em Marte obtidas pela Mars Curiosity em 27/03/21. Apenas nuvens passando sobre uma montanha... só que em Marte! - - O rover Curiosity capturou essas nuvens de alta altitude passando sobre o monte ma.mp4
  5. Pancada violenta de chuva em Porto Alegre, visibilidade restrita a menos de 100m. Possibilidade de microburst. Rajada de mais de 50KT no aeroporto.
  6. "Há poucos anos, o Rio Grande do Sul foi o cenário perfeito para o acontecimento do derecho. Mas, o que é isso? O derecho é um fenômeno atmosférico que se manifesta em tempestades. Classificado de maneira mais precisa no final dos anos 80, um derecho pode ser compreendido como uma extensa massa de ventos associada a tempestades que se movem rapidamente e por uma longa extensão territorial. O nome do intenso vendaval de longa duração e que pode percorrer mais de 400 km origina-se de uma palavra espanhola que significa “direta”. Por isso, a palavra “derecho” tem sido usada para se referir aos ventos fortes que se movem em linha reta. Diferente dos tornados, fenômeno bastante presente em nosso imaginário como ventos extremamente destrutivos, o derecho não é composto por ventos “torcidos”, ou seja, não gira em torno de si. Aqui, na Universidade Federal de Santa Maria, o fenômeno atmosférico raro foi cientificamente documentado pelo meteorologista Eliton Lima de Figueiredo durante o doutorado, realizado no Programa de Pós-graduação em Meteorologia (PPGMet). No Brasil, o trabalho é considerado pioneiro na documentação e no estudo sobre o derecho. Orientado pelo meteorologista e professor do PPGMet Ernani de Lima Nascimento, o trabalho explora as tempestades que ocorreram em 29 de maio de 2013 e nos dias 18 e 19 de outubro de 2014, no Rio Grande do Sul. Com imagens captadas pelo radar meteorológico localizado em Santiago, cidade vizinha de Santa Maria, Eliton passou quatro anos estudando com o objetivo de mostrar que o fenômeno derecho aconteceu bem aqui, pertinho de nós. “O desafio foi bastante grande. No Brasil, são raros as pesquisas que falam sobre o fenômeno, então o trabalho foi muito baseado em estudos norte-americanos. Por isso, a oportunidade de estudar e documentar o derecho foi uma experiência muito boa”, lembra. Além da tese, a pesquisa deu origem a dois artigos científicos extremamente importantes para área. O primeiro deles intitulado “Analysis of two derecho events in Southern Brazil” foi publicado na edição impressa de outubro da revista Meteorology and Atmospheric Physics. É a primeira vez que um artigo científico sobre o tema é publicado. O segundo, ainda não publicado, trabalha com a simulação numérica da tempestade a partir de números e cálculos matemáticos. O trabalho publicado é de autoria de Eliton Lima de Figueiredo e teve a colaboração do orientador Ernani de Lima Nascimento e de Maurício Ilha de Oliveira, mestre egresso do PPG da UFSM e, atualmente, doutorando em Meteorologia pela Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos. A contribuição de Maurício na pesquisa diz respeito aos tornados, fenômeno que estuda há anos. “Trabalho entendendo os tornados, mas existem outros fenômenos atmosféricos muito interessantes. Então, nosso horizonte deve permanecer expandido porque sempre tem algo a ser descoberto”, conta o doutorando. Para ele, a observação desses fenômenos é essencial para a área da meteorologia, principalmente no Brasil, e deve continuar sendo feita. “Observar um fenômeno na nossa região é importante para a comunidade científica, já que podemos, por exemplo, enxergar algo que ainda não foi visto em região alguma”, explica. Vendaval pode chegar a 140 km/h Mas, se o “derecho” é raro, quais são as características que fazem dele um fenômeno tão especial? Primeiro, o vendaval é extremamente forte. Os ventos podem chegar a 140 quilômetros por hora. Segundo, a extensão territorial do fenômeno é bastante grande. O derecho pode começar um rastro de destruição em Uruguaiana e chegar até Santa Maria, por exemplo. E, terceiro, pode durar por horas, mas, é alta a velocidade com que as tempestades se deslocam. Logo, o potencial de destruição do derecho é intenso e causa, por exemplo, a derrubada de árvores, destelhamentos, quedas de energia e até fatalidades humanas. Segundo o coordenador do Curso de Graduação em Meteorologia da UFSM, Ernani de Lima Nascimento, toda a tempestade gera ventos. Porém, o pesquisador lembra que quando essas tempestades se organizam lado a lado, formam as linhas de instabilidade e as rajadas de vento se somam, como se fosse uma combinação. “Tem algumas situações que são raras em que esses ventos são extremamente intensos e podem ser comparados ao de um tornado. Mas, com a diferença que não tornam em si, não são ventos giratórios. São derechos, ventos de, em média, 140 quilômetros por hora”, ressalta Ernani. Além disso, o fenômeno possui um formato interessante que desperta curiosidade. No radar meteorológico de Santiago, foi possível visualizar a tempestade em formato de arco. O bow echo, como é conhecido na meteorologia, nada mais é que o retorno característico do radar de um sistema convectivo de mesoescala com a forma de um arco. Esses sistemas podem produzir ventos fortes em linha reta e, ocasionalmente, tornados, causando grandes danos. Podem também se tornar derechos, como foi o caso dos acontecimentos de maio de 2013 e outubro de 2014. E, ainda mais curioso, o radar captou uma formação extremamente rara: a tempestade em formato de arco e flecha. Foi a primeira documentação científica desta organização de tempestades em território brasileiro. Ernani lembra ainda que os derechos são linhas de instabilidade que podem ser em forma de ponta de lança ou em forma de arco. “Na meteorologia, usamos objetos conhecidos para associar às formações de tempestades. Assim, também são conhecidas como ecos de radar de ponta de lança ou ecos de proa”, conta o professor. Sobre os efeitos do derecho, o que se sabe sobre o rastro de destruição causado está relacionado aos acontecimentos observados nos Estados Unidos. Lá, o vendaval intenso é mais comum devido à largura do continente, característica que propicia este fenômeno. Em 2011, Chicago foi atingida por um derecho que deixou dezenas de milhares de residências sem energia elétrica. Além disso, afetam severamente os meios de comunicação e, devido aos estragos relacionados a queda de árvores, destelhamentos, alagamentos e etc, afetam também a mobilidade de uma cidade, por exemplo. Afinal, por que trabalhos como este são importantes para a sociedade? Os resultados apresentados na tese de Eliton e no artigo escrito em colaboração com Ernani e Maurício são fundamentais para o apoio à meteorologia operacional brasileira no tocante à emissão de alertas de tempo severo. Segundo os pesquisadores, é fundamental que tenhamos conhecimento sobre tempestades e outros fenômenos naturais já que somos diretamente afetados. Mesmo que não possam ser evitados, justamente pode se tratarem de manifestações da natureza, o investimento e o conhecimento tornam tais fenômenos mais previsíveis e, dessa forma, a sociedade pode se preparar a fim de reduzir ou evitar os possíveis danos. Repórter: Leandra Cruber, acadêmica de Jornalismo Ilustradora: Giovana Marion, acadêmica de Desenho Industrial Mídia Social: Nataly Dandara, acadêmica de Relações Públicas Editora de Produção: Melissa Konzen, acadêmica de Jornalismo Editor Chefe: Maurício Dias, jornalista Fonte: https://www.ufsm.br/midias/arco/vendaval-derecho
  7. Atualizando com imagens obtidas pela mesma sonda no dia 25/05/19. Fonte: NASA/JPL-Caltech.
  8. No último dia 13/05/2019, a sonda Curiosity captou imagens de nuvens em Marte, são oito imagens que foram montadas no formato de filme. Alguém se atreve a classificá-las? Ou dar nome a elas? Fonte: NASA/JPL-Caltech. Link: http://www.midnightplanets.com/web/MSL/sol/02405.html Clouds on Mars seen by NASAs Curiosity rover on Sol 2405 May 13,2019 -.mp4
  9. Não é mapa de população ou luzes das cidades à noite, trata-se de concentração de Dióxido de Nitrogênio (NO2) produzido pela queima de combustível não renovável. Dados coletados entre Agosto e Setembro de 2018 com auxílio do satélite Sentinel 5P da ESA. Fonte: https://medium.com/descarteslabs-team/what-we-burn-creates-an-eerily-navigable-map-of-earth-5e02fbe39f58
  10. Matéria da BBC: "A colonização das Américas no fim do século 15 matou tanta gente que afetou o clima na Terra. Esta é a conclusão de cientistas da University College London (UCL), no Reino Unido. Os pesquisadores afirmam que o massacre decorrente da colonização europeia levou ao abandono de imensas áreas de terras agrícolas, que acabaram sendo reflorestadas. A recuperação da vegetação tirou dióxido de carbono (CO₂) suficiente da atmosfera para resfriar o planeta. Os segredos do clima guardados pela ilha mais isolada do mundo 5 produtos do cotidiano que são uma ameaça ao meio ambiente - e alguns, à sua saúde Este período de resfriamento costuma ser chamado nos livros de história de "Pequena Era do Gelo" - uma época em que o Rio Tâmisa, em Londres, costumava congelar durante o inverno no hemisfério norte. "O massacre dos povos indígenas das Américas levou ao abandono de áreas desmatadas suficientes para afetar a absorção de carbono terrestre, com impacto que pôde ser observado tanto no dióxido de carbono na atmosfera quanto na temperatura do ar na superfície da Terra", escreveram Alexander Koch, um dos autores da pesquisa, e seus colegas no estudo publicado na revista científica Quaternary Science Reviews. O que o estudo mostra? A equipe revisou todos os dados populacionais que conseguiu reunir sobre quantas pessoas viviam nas Américas antes da chegada dos europeus ao continente em 1492. Em seguida, avaliaram como os números mudaram nas décadas seguintes, à medida que os continentes foram devastados por doenças (varíola, sarampo, etc.), guerras, escravidão e questões sociais. Os cientistas estimam que 60 milhões de pessoas viviam nas Américas no fim do século 15 (cerca de 10% da população total do mundo), e que este número foi reduzido a apenas cinco ou seis milhões em cem anos. Eles calcularam a quantidade de terra cultivada por povos indígenas que teria caído em desuso, e qual seria o impacto se essas terras fossem substituídas por florestas e savanas. A área em questão teria cerca de 56 milhões de hectares, quase o mesmo tamanho de um país moderno como a França. Acredita-se que esta escala de renovação do solo absorveu CO₂ suficiente do ar para a concentração do gás na atmosfera apresentar uma queda de 7-10ppm (isto é, de 7-10 moléculas de CO₂ para cada um milhão de moléculas no ar). "Para colocar isso no contexto moderno - basicamente queimamos (combustíveis fósseis) e produzimos cerca de 3 ppm por ano. Então, estamos falando de uma grande quantidade de carbono que está sendo sugada da atmosfera", explica Mark Maslin, coautor do estudo. "Há um resfriamento acentuado por volta dessa época (1500/1600) que é chamada de Pequena Era do Gelo, e o interessante é que podemos observar processos naturais que resultam em algum resfriamento, mas a verdade é que para obter o resfriamento total - o dobro dos processos naturais - você tem que ter essa queda no CO₂ gerada pelo genocídio." O que sustenta essa conexão? A queda no CO₂ após o despovoamente no continente americano é evidente em amostras coletadas de núcleo de gelo da Antártida. As bolhas de ar presas nessas amostras congeladas revelam uma queda na concentração de dióxido de carbono nesse período. A composição atômica do gás também sugere fortemente que o declínio é impulsionado por processos no solo em algum lugar do planeta. Além disso, os cientistas da UCL argumentam que a tese coincide com os registros de reservas de carvão e pólen nas Américas. Eles mostram o tipo de efeito esperado do declínio no uso do fogo no manejo da terra e um grande crescimento da vegetação natural. "Os cientistas entendem que a chamada Pequena Era do Gelo foi causada por vários fatores - uma queda nos níveis de dióxido de carbono na atmosfera, uma série de grandes erupções vulcânicas, mudanças no uso da terra e um declínio temporário da atividade solar", explica Ed Hawkins, professor de ciência do clima da Universidade de Reading, no Reino Unido, que não participou do estudo. "Este novo estudo demonstra que a queda no CO₂ aconteceu em parte devido à colonização das Américas e o consequente colapso da população indígena, que permitiu que a vegetação natural voltasse a crescer. Isso mostra que as atividades humanas afetaram o clima muito antes do início da revolução industrial", acrescenta. Há lições para a política climática atual? Chris Brierley, coautor da pesquisa, acredita que haja, sim, lições a serem tiradas disso. Segundo ele, os efeitos da queda populacional abrupta e do reflorestamento das Américas ilustram o desafio inerente a algumas soluções para o aquecimento global. "Há muita discussão sobre 'emissões negativas' de carbono e plantio de árvores para tirar CO₂ da atmosfera com o objetivo de mitigar a mudança climática", disse ele à BBC News. "E o que vemos neste estudo é a escala do que é necessário, porque o despovoamento (das Américas) resultou em uma área do tamanho da França sendo reflorestada e apenas alguns ppm. Isso mostra o que o reflorestamento é capaz. Mas, ao mesmo tempo, esse tipo de redução talvez compense apenas dois anos de emissões de combustíveis fósseis ao ritmo atual." O estudo também tem um peso nas discussões sobre a criação de um novo rótulo para descrever o que seria a "era da humanidade" - e seus impactos - na Terra. Conhecido como Antropoceno, este período seria caracterizado pelo impacto da ação humana na Terra, e há um intenso debate sobre como pode ser considerado uma nova era geológica. Alguns cientistas dizem que ele seria mais evidente a partir da grande aceleração da atividade industrial a partir dos anos 1950. Mas, segundo os pesquisadores da UCL, o genocídio nas Américas revela que há interações humanas significativas que deixaram uma marca profunda e permanente no planeta desde muito antes da metade do século 20". Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-47069188
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