marcio valverde

Aqui a chuva chegou às 4h30min acompanhada de vento mas nada de extraordinário, bem diferente do que ocorreu no Mato Grosso do Sul que parece ter tido uma bela ventania. Ainda chove e o acumulado até agora é de 62mm. Nada mal. Ainda falando de ventania, faz bastante tempo que não temos nenhum evento digno de registro por aqui (graças a Deus!) e isso causa alguma estranheza por que lembro de tantos eventos com casas destelhadas e árvores derrubadas antes de 2000 mas de lá para cá as coisas amansaram ou estamos com sorte mesmo. O último evento grande que me recordo foi esse quando um vendaval ou tornado, não se sabe, derrubou várias torres de uma linha de transmissão e deixou um rastro de destruição na zona rural de Castilho. http://jornalvirtual.folhadaregiao.com.br/arquivo/2004/02/29/cida09.php Lembro bem do aspecto das árvores que não pareciam ter sido danificadas por um vendaval mas por uma explosão.

Acho essa paisagem tão bonita. O morrinho encimado pela igrejinha; a vizinhança aparentemente rural e o vale ao fundo faz lembrar certas localidades de povoação germânica na europa. Dá gosto de ver. Por aqui o ar frio chegou quase imperceptível. A maior mudança foi mesmo o céu que limpou para valer denunciando a presença do ar polar. Segue o calorão à tarde.

Vendo esse mapa e observando a dinâmica que se instalou depois daquela chuvarada no final de fevereiro a impressão que dá é de que o outono se instalou uns dois meses antes do combinado. A partir de uma ótica de quem vive no interior paulista isso preocupa um pouco, principalmente quanto ao regime de chuvas porque isso pode significar uma estiagem mais prolongada do que o normal e os efeitos disso para a agropecuária podem ser devastadores. Quanto às temperaturas baixas que todos nós aqui no fórum tanto apreciamos, aposto num inverno de dentro da normalidade a mais frio.

Que lugar incrível esse. Registrar temperaturas tão baixas em pleno verão no miolo do sudeste.

Fevereiro fechou com 403mm por aqui. Nada excepcional se comparado com o que se observou em outras partes do país mas é o maior acumulado mensal desde que iniciei minhas anotações em 2016. Para efeito de comparação, no mesmo mês, em 2017 tivemos 136mm, em 2018 182mm e em 2019 208mm. O segundo maior valor medido foi em dezembro próximo passado quando registrei 387mm. Hoje começamos o dia com friozinho digno de outono e céu parcialmente nublado.

Esse mapa me dá ocasião de consultar os foristas mais entendidos sobre uma suspeita que tenho sobre o ciclo das chuvas no centro-sul do pais. Os meio de comunicação dão como certa uma dependência destas chuvas à influência da amazônia e dos tais rios voadores mas me parece que essa influência, se existir, não é preponderante. Penso que há influências muito mais importantes e elas atendem pelos nomes de Oceano Atlântico e Cordilheira dos Andes. Salvo engano já vi o Molion falar sobre isso e penso que ele está certo. Nessa época do ano parece que uma "corrente de umidade" proveniente do Atlântico invade o continente e a certa altura topa com os Andes e faz uma curva em direção ao centro-sul do continente. É evidente que nesse processo parte dessa umidade se precipita sobre a amazônia e que parte dessa parte que choveu é "reciclada" pela evaporação e transpiração da floresta mas parece que a maior parte segue mesmo em suspensão na atmosfera provocando as chuvas mais abaixo. Certas animações que vi nos telejornais por esses dias parecem confirmar essa hipótese. Perdoem-me o desconhecimento dos termos técnicos e eventuais imprecisões mas espero que me entendam e, se alguém conhecer algo a respeito, agradeço desde já eventuais esclarecimentos.

Alguma destas Cbs já despejou seu conteúdo por aqui. Na noite passada tivemos 30mm e nos dias anteriores, todos bem parecidos, 15 e 18mm. O calor tem rondado os trinta graus mas as noites tem sido relativamente frescas. Nada mal. Hoje fui pedalar por aí e o que se encontra nas estradas rurais é muito barro.

Que beleza esse frio no sul em pleno carnaval 😍. Por aqui calor como sempre. O dia até começou com sol entre nuvens e temperatura agradavel agora chuva e abafamento.

Será que sou só eu que acho esse negócio irresponsável? Como pode um fabricante de cerveja achar que tem o direito de intervir no regime de chuvas de uma região habitada por mais de 20 milhões de pessoas? Sei que o método não tem essa eficácia toda e que provavelmente terá efeitos limitados mas num momento em que o solo já está por demais encharcado será correto interceptar a chuva antes que ela entre na mancha urbana fazendo chover muito mais num local do que no outro de modo anti-natural? Eles se responsabilizarão por eventuais prejuízos caso isso ocorra? A mim me parece o cúmulo da futilidade assumir um risco assim sem consultar os possíveis afetados apenas por causa de uma festa que de si mesma já é causa de tanta desgraça. Falar em recomposição dos reservatórios da SABESP é ridículo em pleno período de chuvas, ou melhor, cortina de fumaça para o único e verdadeiro objetivo que é garantir a venda de cerveja.

Vem aí uma célula com chuva intensa por aí:

Fantástica esse primeira imagem com os nevoeiros preenchendo os vales dos rios Uruguai e Pelotas.

Aproveite pq algo assim aqui por essas bandas só no inverno e olhe lá.

Acho que nós ainda estamos longe das maiores enchentes do começo do século passado, anteriores à retificação dos Rios Tietê e Pinheiros, as quais duravam meses até a água baixar, sendo que a de 1929 ainda é considerada a maior que a cidade já viu http://www.saopauloantiga.com.br/o-marco-da-enchente-de-1929/. Também há que se considerar que, pelo fato de a cidade de São Paulo estar situada num planalto (plano + alto) faz com que, muito embora circundada de morros e serras, seja a topografia do todo relativamente plana, do que resultam rios de planície, caso dos rios Tietê e Pinheiros que tinham seus leitos originais cheios de meandros, curvas e lagoas marginais (aqui uma reprodução do que era o leito original do Pinheiros - na verdade mais um ribeirão que um rio de verdade) Rios assim correm lentamente, então se eles não tivessem sido retificados e aprofundados o resultado de uma chuva como a da madrugada passada seria um alagamento geral que duraria dias e não horas. A imprensa fala em caos irresponsavelmente. Sei que nós estamos no Brasil e tudo poderia ser bem melhor mas se não fosse um planejamento sério que já data de mais de século e, mais do que isso, o empenho de gerações em construir o que temos hoje a cidade não passaria de ser o pântano cheio de sapos e aguapés que já foi. Aos que se interessarem pelo assunto sugiro visitas aos sites da Emplasa https://emplasa.sp.gov.br/, DAEE http://www.daee.sp.gov.br/, Emae http://www.emae.com.br/ e do Museu da Energia http://www.museudaenergia.org.br/, todos eles repletos de informações sobre o assunto.

Sem contar o relevo e a hidrografia.

No geral os reservatórios do sudeste ainda estão com os reservatórios pela metade, de sorte que esse volume todo de água que caiu vai servir para recompor esses reservatórios. Num ou noutro caso pode ser necessário abrir os vertedouros, como no caso de Barra Bonita e de outras usinas que operam a fio d'agua no Tietê. Mas se você observar que Três Irmãos e Ilha Solteira (que operar um mesmo e enorme reservatório) estão pela metade então dá para imaginar que essa água não vai passar dali, salvo se a chuvarada continuar. http://www.ons.org.br/paginas/energia-agora/reservatorios

Por aqui registrei um recorde desde o início das minhas medições: 96mm nas últimas 24 horas.

Que lugar paradisíaco. Chuva com temperatura amena em pleno novembro. Aqui depois da chuva mais intensa tivemos um dia com temperaturas mais baixas. Logo depois ferveu novamente.

Aqui, como sempre, as previsões de precipitação falharam miseravelmente. Indicavam algo entre 0 e 5 mm mas registrei 63. Foi uma chuva só e apesar do calorão que fez à tarde não houve muito vento nem raios. 🙏

Wow de onde são essas imagens.?

Resultou num acumulado de 27 mm por aqui e num amanhecer bem mais fresquinho do que na semana passada.

Obrigado por postar os quadros acima, mas Deus me livre se isso se confirmar. Chuvas abaixo da média combinadas com temperaturas acima é um cenário de tristeza por aqui.

Máximas rondaram os 40 graus por aqui. O ar muito seco ainda proporciona uma significativa queda durante a noite com amanheceres em torno dos 20 graus, além de alvoreceres e poentes coloridos e profundos. Em dias assim o sol se "põe" acima da linha do horizonte. É curioso vê-lo desaparecer "no ar", ou melhor, no que está suspenso nele. Tentei registrar mas estava dirigindo e sozinho. A paisagem fica linda mas eu sou um fotógrafo miserável 😁

Em meio à secura e aos nada extraordinários 35 graus os ipês sempre aparecem para pintar o panorama com cor e graça. P.s. acho que as chuvas não tardam a retornar. A vegetação nativa semidecidual já começou a rebrotar as folhas.

Ontem ficamos o dia inteiro com um céu esfumaçado muito esquisito. Já tinha visto antes, se não me engano nessa mesma época do ano. É raro porém. Pelo visto hoje teremos um repeteco.

Contrariando todas as previsões que não indicavam a chegada do ar frio até aqui, hoje tivemos 9,5° ao amanhecer. Nada mal.