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Brasil Abaixo de Zero

klinsmannrdesouza

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  1. 1988, nos primeiros meses do ano, estava sob a influência de um el niño em declínio, a partir de março ocorreu uma rápida transição para um intenso e duradouro la niña. Outro fator favorável foi que as águas do oceano atlântico sul estavam mais frias do que a normalidade e a ASAS estava numa posição mais afastada da América do Sul; permitindo um avanço mais ao norte dos sistemas frontais e anticiclones polares. Naquele ano, a partir de abril, os anticiclones declinavam as temperaturas de forma excepcional, porque boa parte deles tinha como origem a massa de ar frio semi-estacionária do Pacífico Sul, entre o litoral meridional chileno e a Terra do Fogo, também eram acompanhados de pronunciados cavados em todos os níveis atmosféricos e ciclones extratropicais ao largo da costa sul do Brasil.
  2. 2002 só julho e setembro se salvaram, 2015 somente setembro com aqueda onda de frio tardia que queimou algumas plantações de hortaliças no Sul.
  3. 95 foi um desastre tanto no outono quanto no inverno, depois veio 96 com longos e excelentes períodos de frio coroado por uma onda polar continental no final de junho daquele ano. 1997 teve o primeiro semestre marcado pelo frio antecipado, que começou já em março, abril, maio e junho foram abaixo da média e chuvosos, em junho ocorreu uma onda de frio com geadas intensas até no sul de Goiás; a partir de julho a dinâmica f&@$/ com inúmeros bloqueios e tempo seco. 1998 foi muito pior, o único destaque foi um evento de frio em julho com neve no Morro da Igreja sob temperaturas positivas. 2001-2006 a vaca magra para o frio, 2007-2013 a vaca gorda e a partir de 2014 de novo a dinâmica azedou.
  4. 2007 teve uma bomba logo no começo de maio; entre os dias 5 e 10, que de cara provocou a primeira queda de neve nas serras de SC e geadas amplas até no extremo sul dos estados do MS e SP, a frente fria chegou até no Acre e Espírito Santo. Foi a primeira onda de frio intensa da temporada. Depois, outra massa de ar frio, ainda mais intensa, chegou na América do Sul por volta do dia 21, nos dias 22, 23 e 24 seu avanço pelo continente foi excepcional, resfriou até mesmo Brasília e partes da Bahia, as geadas foram dignas de julho e ocorreu novamente queda de neve em SC (São Joaquim), na capital São Paulo a mínima foi de 8 graus. Nos últimos dias do mês houve um reforço por outro anticiclone polar também amplo e intenso, desta vez o maior destaque foi a máxima de 10 graus em Porto Alegre, bem como a ocorrência de precipitação invernal na região de Buenos Aires.
  5. O maior problema é que quando ocorre algum período de temperaturas baixas como na América do Sul em 2011 e 2013, no Hemisfério Norte e nas outras regiões do Hemisfério Sul pouco se comenta e estuda a respeito; mas no primeiro inverno acima da média muitas pessoas fazem um alarmismo sem limites dizendo que isto nunca ocorreu antes, aí que saudades dos anos 19XX quando nevava em tal lugar etc. Chega a ser frustrante isso, porque não acompanhar calmamente as previsões numéricas estar céu depois que o inverno acabar elaborar cada um as próprias conclusões? Meteorologia envolve estudos sérios, e esta teoria do Aquecimento global está sendo esculhambada.
  6. Eu também, e outra inverno com temperaturas acima da média não significa ausência total de frio, um mês tem 30 dias, pode ocorrer uma onda de frio muito intensa que dure uma semana e nas outras três predominar o calor. 1994 foi bem nessa linha, não tivemos outono e quando chegou junho veio uma massa polar continental extrema seguida de outra no começo de julho. Temperaturas médias servem como parâmetro geral mas não traduz os extremos de frio/calor, basta analisar que Belo Horizonte possui menores médias no inverno do que Campo Grande MS, porém esta última recebe o ar polar com muito mais intensidade do que aquela.
  7. E um pouco para o pessoal do MS, aqui está quente e pegajoso, a máxima por aqui no Texas brasileiro vai chegar aos 31 graus.
  8. Infelizmente a bonita massa polar com trajetória continental que traria as priimeiras minimas realmente baixas do ano se transformou numa patética marítima que trará um tempo modorrento; se isto ocorrer o pessoal do Sul, Centro-Oeste e Norte já pode jogar este mês na privada e dar descarga.
  9. Nos anos recentes houveram massas polares até com suporte em altura, porém eram muito secas, a Mantiqueira é grande não se resume a Campos do Jordão.
  10. É um sonho de muitos, mais interessante ainda seria ver algum frio extremo sendo indicado pelos modelos numéricos, o BAZ ficaria congestionado rs.
  11. Nos anos recentes, 2010, 2011 e 2013, Cuiabá registrou mínimas de 8/9 graus e no Pantanal chegou a 5 graus em algumas áreas, isso em massas polares bem mais fracas do que as do século XIX ou mesmo comparado com a de 1975; imagina naqueles tempos em que o frio era tão corriqueiro. Tem uns textos aqui nesta aba de relatos de expedições científicas aonde o frio tirou o sono dos viajantes, isto no centrão brasileiro em lugares muito quentes.
  12. Alguns desses registros provavelmente foram feitos por leigos que tinham alguma estação meteorológica mas sem conhecimento dos órgãos oficiais de previsão do tempo; por isso são tidos como extraoficiais.
  13. Foi o último evento extremo de frio que tivemos; as geadas chegaram até o sul de Rondônia e a todo o Pantanal, ainda teve a bizarrice de nevar em Curitiba, Ponta Porã e em algumas cidades do interior/sul paulista.
  14. O GFS indica uma massa polar intensa e muito ampla, por ele esfriaria até mesmo no norte de Minas/sul da Bahia, com grande suporte em altitude e bom frio em 850 hpa. E o Europeu também indica um cenário parecido, porém esfriaria mais no estado de São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas, ao passo que os ventos frios chegariam no Amazonas, mas por ele o sistema frontal seria mais organizado, formando um canal de umidade fora de época sobre o Sudeste.
  15. A boa notícia é que tanto o ECMWF quanto o GFS concordam com este forte resfriamento na América do Sul a partir do dia 19 sendo de trajetória continental; a diferença fica por conta da maior abrangência do frio sobre o Sudeste indicado pelo GFS e o maior avanço sobre o interior proposto pelo ECMWF, bloqueando a frente fria na região de Belo Horizonte. Mesmo assim pelos dois modelos, poderemos ter a primeira grande onda de frio do ano e a Argentina o primeiro evento significativo de neve na Terra do Fogo/Patagônia.
  16. Buenos Aires e São Paulo tem climas totalmente confusos; São Paulo como disse uns posts atrás é subtropical nas temperaturas e tropical nas chuvas, praticamente todo ano ocorre geadas nas áreas pouco urbanizadas da cidade. Em Buenos Aires as mínimas anuais ficam entre 1/2 graus no centro e por vezes menores que 0 nos lugares mais afastados, mas a neve é rara apesar do frio abundante entre abril e setembro e do suporte em altura, é um mistério. Mas para o interior, o clima tropical típico ocorre até o paralelo 18, ao sul deste até o paralelo 22 ocorre um mix de tropical com subtropical, como por exemplo Campo Grande, Pantanal sul- matogrossense e cento-norte do Paraguai. Nesta região ocorre quedas significativas nas temperaturas no outono e Inverno, que são potencializadas pela continentalidade, mas também ocorre uma redução moderada das chuvas no meio do ano, que é mais suave do que no Sudeste por estar numa área de grande movimentação das massas de ar.
  17. O clima de São Paulo, em essência, é húmido ou não? É uma dúvida que eu tenho, porque no verão a dinâmica das chuvas é totalmente tropical, mas no inverno frequentemente a capital paulista registra baixas temperaturas em conjunto com alta umidade e tempo nublado, com diferenças quase nulas entre a mínima e a máxima, destoando das outras capitais do Sudeste.
  18. Sim, o que eu disse foi que temperaturas menores que -5 no estado do Mato Grosso são muito improváveis de ocorrer, mesmo nas altitudes elevadas. Agora mínimas de-2/0 graus são plausíveis para o século XIX, considerando o maior rigor dos invernos da época.
  19. Em abril de 1971 houve uma onda de frio digna de inverno em quase toda a América do Sul, as mínimas em muitos locais foram muito abaixo da média, este valor perfeitamente pode ser verdadeiro.
  20. Tirando este pequeno erro das temperaturas mínimas inferiores a -5 no Mato Grosso, concordo com este mapa, estes valores mínimos de temperatura deveriam ser corriqueiros no Brasil durante o século XIX; aqui no BAZ inclusive há informações concretas de uma onda de frio extrema em pleno verão no ano de 1819, quando no mês de janeiro ocorreu geada intensa no estado de Goiás numa localidade em baixa altitude, bem como outra que fez nevar em Ouro Preto, região centro-oriental de Minas Gerais. Como na época não haviam os recursos de monitoramento meteorológico que disponhamos hoje, é plausível afirmar que mais de 60% do país registrava anualmente temperaturas mínimas menores que 10 graus, e que recordes abaixo dos dois dígitos negativos faziam parte da rotina dos invernos nas serras sulinas e na Mantiqueira.
  21. Mas não foi a TSM do Atlântico mais aquecida que o normal que causou os grandes bloqueios secos nos verões de 2014 e 2015? Neste ano, as águas dos dois oceanos estão acima da média, porém bem distante do verificado nos anos anteriores, por isso as chuvas no Nordeste estão satisfatórias.
  22. O horário de verão nos países Europeus, nos EUA e Canadá duram de março a setembro, a mudança ocorre exatamente quando eles entram no equinócio de primavera. Lá é uma urgência porque nas latitudes superiores a 20 graus o sol nasce muito cedo nos meses mais quentes do ano.
  23. A região do oeste/sul do MT até a campanha gaúcha é extremamente continentalizada, depende muito da atuação das massas polares para as temperaturas caírem bastante, na ausência delas é comum ocorrer um padrão primaveril ou mesmo de verão nas máximas, não é simplesmente analisando as médias que se define um clima.
  24. Incrivelmente as temperaturas estão na média neste começo de abril, esta massa polar do fim de semana foi normal para a época. Transições abruptas do calor para o frio são prejudiciais para a saúde.
  25. Os grandes eventos de neve entre as décadas de 1940 e 1970; quando ocorreu um período mais frio em que os episódios de lá niña foram intensos e duradouros, foram causados por massas polares continentais com espessura em altitude associadas ou com um cavado em médios níveis da atmosfera ou com um ciclone extratropical ao largo da costa do Sul do Brasil. Para que a neve ocorra, além das baixas temperaturas, é necessário umidade, no caso da Serra da Mantiqueira, as precipitações invernais não são tão raras, uma vez que há picos de altitude superiores a 1600 metros que são frios até no verão. Porém, em certos locais o acesso é muito difícil, o que impede de termos maiores relatos de neve, chuva congelada ou sincelo. Como naquele tempo estávamos sob um ciclo frio, ondas de frio extremas resfria vamos anualmente quase todo o país, causando frio incomum para nossas latitudes, os acesso nos de 1953, 1955, 1956, 1962, 1963, 1964, 1966, 1971, 1972 e 1975 são provas disto.
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