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Brasil Abaixo de Zero

LeoP

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  1. Sobre 2022, julho de fato decepcionou muito, mas vale lembrar que a atmosfera, como um fluido, é aleatória demais para ser modelada com a precisão que a gente gostaria. Em que pese esse mês especificamente, olhando de forma mais ampla, aquele ano entregou o que tinha que entregar, na minha opinião. Maio registrou recordes de frio centenários no Brasil, com geada em Brasília e uma das menores marcas para maio em BH nos seus 112 anos. Nenhum JJ das décadas de 80 e 90, desde que a estação climatológica do município está no atual local, superaram maio de 2022. Isso com o aquecimento global em franca aceleração é muito notável. Podemos ter algumas tragédias (decepções) com a La Niña, mas acredito que voltaremos a ter marcas expressivas de frio finalmente e períodos bem maiores sob anomalias negativas.
  2. A chuva que atingiu com força e transtornos o oeste da RMBH pegou a estação convencional do centro de Belo Horizonte, que teve um acumulado diário elevado de 45 mm. Com isso, a mínima foi mais tolerável na cidade e ficou na casa dos 20ºC. Bem, com o retorno das chuvas de forma consistente hoje, considero a onda de calor sepultada por aqui. Foi intensa mas, como já era previsto, felizmente foi rápida (durou 4 dias). Hoje, com o sol e ainda sob resquícios do ar quente no país, a máxima bateu os 31 graus de manhã, mas a tarde mostrou como as chuvas tropicais temperam nosso verão e deixam a estação mais civilizada. A tarde foi escura, com chuvas isoladas e temperaturas em torno dos 22ºC às 14 h em BH: Desde o fim da tarde, chove fraco em BH com excelentes, maravilhosos e adoráveis 21ºC. Com a temperatura amena de forma precoce, teremos muitas horas para resfriar os ambientes internos. Meu quarto já está 4 graus mais fresco que esse horário nos dias anteriores. Amém!!
  3. Essa onda de calor é histórica pra março. Não vou listar tudo aqui pois é muito trampo mas, em geral, conseguiu colocar 2024 4 vezes na lista das 10 maiores temperaturas para o mês, tanto nas mínimas quanto nas máximas. Em todas as 3 estações de Belo Horizonte, houveram quebras de recordes históricos absolutos para março, ou nas máximas ou nas mínimas ou em ambas. Destaque para as maiores máximas já registradas em março na Pampulha (33,7) e na Cercadinho (32,1) e o recorde histórico na estação de referência climatológica do município, que teve mínima de 24,8ºC ontem, omitido pelo inmet. Esse valor é maior do que qualquer outro já registrado na estação, tanto considerando apenas o local atual (desde 1986) quanto considerando o anterior. Superou os 24,5C de março de 1965. (obs.: há possibilidade de a mínima ter sido levemente invertida ontem durante pancadas de chuva à tarde, mas não é possível ter essa confirmação agora) Hoje, mais um dia marcado por registros muito acima da climatologia, especialmente nas temperaturas mínimas. Cansei.
  4. Oi, Renan, fiquei um tanto impressionado com essa onda de calor em Juiz de Fora. As estações de topo por aí, nas altitudes da cidade (INMET e Aphaville), tiveram marcas semelhantes às baixitudes de BH, como a Pampulha, de forma que os recordes das cidades estão praticamente idênticos, considerando apenas o INMET. Se a gente levar em conta sua estação, a diferença tornou-se um tanto atípica: 35,0 (Bandeirantes) x 33,7 (Pampulha). --------------------------------------- Fazendo coro ao papel destrutivo de parte da imprensa, aqui em BH, INVENTARAM que a cidade teve sua maior temperatura da história para março com base em dados de ontem de uma estação recente da defesa civil, que eu nem conhecia, localizada no extremo norte do município, enquanto a oficial do inmet para dados climatológicos fica ao sul. A distância passa dos 15 km entre elas, com grandes diferenças de relevo e altitude. Considerando que essas estações costumam nem respeitar as regras da OMM, um escárnio. É assim: colocam uma estação nova, que mede um dado divergente da oficial - pela localização diversa - e essa temperatura "inédita" até então passa a representar um recorde. Guardadas as proporções, é como dizer que Sampa teve recorde absoluto de frio porque Marsilac negativou. É um amadorismo absurdo. Cito os jornais onde li isso: Itatiaia, Hoje em Dia, Estado de Minas. ---------------------------------------- Felizmente, o pior já passou, e sem recorde histórico na série longa de dados. Nuvens carregadas já tomam conta do céu da RMBH nesta tarde e o calor, embora siga presente, já não tem potencial de causar recordes. Com as instabilidades isoladas, a Pampulha chegou a bater 24,1C nessa tarde e agora tem 28°C com trovoadas.
  5. Dia escaldante aqui em Belo Horizonte, com marcas históricas de calor: 21,5 - 33,7C (Pampulha) 20,5 - 32,1C (Cercadinho) 23,4 - 33,8C (centro - cid. Jardim) Pampulha: maior máxima para março desde o começo dos registros em 2006. Cercadinho: maior mínima e maior máxima para março desde o começo dos registros em 2014. Centro/cid. jardim: maior mínima e 2ª maior máxima para março desde o começo dos registros no local atual em 1986. O recorde histórico de maior máxima não foi batido. Um caldeirão em todos os ambientes, todo mundo reclamando muito do calor. É importante considerar que, no horário mais quente do dia, a umidade do ar baixou muito por aqui, com o registro mínimo de 33% na Pampulha. Como já foi dito aqui, calor não combina com umidade em BH. Ou um, ou outro. Agora no começo da madrugada faz 24ºC com céu aberto, um pouco melhor, porém quase 29ºC dentro do quarto.
  6. Onda de calor produzindo recordes em BH: 23,0 - 32,9C (INMET área central) 3ª maior mínima para a estação desde o começo das medições no local atual em 1986. 21,9 - 33,2C (INMET Pampulha) Maior máxima de março desde o início dos registros (2006), empatado com o dia 1 desse mês. 3ª maior mínima. 20,2 - 30,9C (INMET Cercadinho) 7ª maior máxima e 4ª maior mínima desde a inauguração da estação (2014) Nas máximas, somente estações novas tiveram marcas de relevância histórica (que entre, pelo menos, nos top-10 dos maiores registros) mas a estação de referência climatológica do município teve uma mínima muito relevante, que é a 3ª ou 4ª maior das últimas décadas para o mês. Ventilador muito necessário em todos os turnos do dia, casa muito quente. A última vez que vivi dias assim foi durante a última primavera. Por aqui também tivemos algumas nuvens um pouquinho mais carregadas no fim do dia, mas que não passaram de uma pré-ameaça. Nesse momento (19h), a Pampulha registra 27,3ºC.
  7. O quanto seria levemente acima da média? Essas cidades que citou não estão dentro desse destaque que comentei, das "super anomalias". Estocolmo, Oslo e Helsinque já estão na área de anomalias entre +4 e +2 e Murmansk com anomalias na casa dos +0,XºC. No entanto, também percebo há tempos esses exageros, inclusive de previsões que não se cumprem. Não precisamos disso. Obrigado por esse feedback, vou acompanhar essa página com mais cautela.
  8. Máximas entre 31,5 e 32,7C hoje, valores bem altos para o mês: na Pampulha, foi o 7º maior valor para março e, na estação do Cercadinho, o 5º - essas duas estações só tiveram esse destaque, no entanto, pelo tempo curto das estações, já que a estação com dados mais antigos (central) não entrou nem pro top-10. A temperatura não subiu mais pela nebulosidade que surgiu à tarde. Um dia muito desagradável termicamente, tive "crises de suadeira" dos três turnos do dia. A umidade baixou para 37%, um valor muito bom, que não é seco de fato (quando há desconforto) e muito menos úmido a ponto de acentuar o abafamento. Dias semelhantes a esse tendem a se repetir até meados da semana que vem. Como tem ocorrido há uns 3/4 anos seguidos, o auge do verão tá ocorrendo em março, na finaleira da estação. 19h, 26ºC na Pampulha.
  9. Fevereiro de 2023 no mundo, com destaque para as anomalias entre +4 e +8ºC em vastas áreas do hemisfério norte: Significativamente acima da média no hemisfério sul também. Basicamente, somente a Ásia e a Antártica tiveram anomalias negativas. No Brasil, anomalias menores entre o Sudeste e o Nordeste por conta das chuvas.
  10. Via de regra, a mudança de chave aqui na RMBH se dá no último decêndio de abril. Embora mudanças sutis possam ocorrer antes, na prática do dia a dia, "é verão" mais ou menos até dia 20/04, com mangas curtas sempre, tardes mornas ou quentes e resfriamento noturno fraco. Até há uma redução do potencial de calor com o outono astronômico, mas o potencial de frio permanece muito baixo ainda. Inclusive, os resfriamentos diurnos de abril - ridículos, por sinal - são facilmente superados pelos do verão pleno por causa chuva abundante em janeiro e fevereiro e já reduzida em abril. Ou seja, a chuva do começo do ano supera e muito, em efeito, a pequena influência polar do começo do outono astronômico. Enfim, não enxergo outono nenhum pelas próximas semanas. Especificamente para esse ano, enquanto esse el niño estiver ali no pacífico, eu não acredito em nada referente a temperaturas mais decentes. Outono? Final de abril e olhe lá, não duvido de a 1ª MP outonal se dar só em maio. Máxima de 32ºC hoje, agora 26 (19:50).
  11. É muito cansativa essa situação dos últimos 7/8 meses, de ondas de calor que ocorrem todos os meses sem falta desde agosto do ano passado. Teve algum mês que escapou de um período de calor histórico no Brasil? Nesse tempo todo, não me lembro de nenhum eventozinho relevante de frio, que chegasse minimamente próximo de ameaçar recordes. É calor 500 x 0 frio. Já percebi uma queda muito compreensível no movimento aqui no fórum, dada a elevada previsibilidade do comportamento térmico recente. A frase mais escrita ultimamente aqui - "mais um mês acima da média" - não é nada empolgante, afinal, pelo lugar comum que se tornou. Sobre a atual onda de calor - mais uma! - parece que haverá mais umidade e chuvas do que era inicialmente previsto, o que pode frustrar extremos maiores de temperatura. A próxima semana, por exemplo, já terá condições consideráveis de chuvas de verão já no início e não dá pra descartar alguma instabilidade no miolo do evento quente. Hoje, por exemplo, já no meio da semana, tivemos períodos nublados à tarde e a máxima praticamente não subiu em relação a ontem, com 31/32 graus. Parece que, ao menos, ela será mais curta. 26ºC aqui em BH às 19h.
  12. Aqui em BH, choveu entre o fim da madrugada e o comecinho da manhã, até com acumulados razoáveis, no entanto, as mínimas não baixaram dos 21°C na maior parte da cidade, mostrando o ar tropical implacável. Os comentários dos colegas de várias regiões não deixam dúvidas, a atmosfera está aquecida e a chuva também, claro. Passada a instabilidade, as nuvens permaneceram no céu belorizontino a maior parte do dia, com alguns períodos de garoa e aberturas de sol após 15 h, e deixaram as máximas mais comportadas, entre 26 e 28 graus. Houve abafamento, mas a escassez de sol e a temperatura mais amena ajudaram a melhorar a sensação térmica. Uma imagem que retrata bem o dia de hoje: Parece que a onda de calor ficará mais restrita ao sul e SP. O recorde de março de BH, ao que indicam os dados mais recentes, não estaria ameaçado. Vamos acompanhando.
  13. Oi, Renan, sua estação está registrando uma quantidade atipicamente alta de mínimas acima dos 20ºC neste verão, ou eu estou enganado? Me lembro de isso ser relativamente raro até então, mas tenho visto muitos relatos seus nesse sentido. E essa situação de mínimas altas é generalizada, então, pois, além de São Paulo como comentado pelos colegas, aqui temos tido madrugadas abafadas com frequência. As médias nesse ano, até agora, estão em 19,8 na Pampulha e 20,9ºC na área central da cidade, mesmo com chuvas frequentes e acima da média. Hoje, mais uma vez, não baixamos de 21/22 graus. E a onda de calor da semana que vem parece estar confirmada, com a maior sequência de dias ensolarados desse ano na RMBH, até com baixa URA em algumas tardes. Modelos colocam picos de 32/33 graus, o que já é próximo dos recordes do mês.
  14. Chuva pesada voltou a cair na RMBH ontem ao final da tarde, desta vez pegando em cheio a área central de Belo Horizonte, cuja estação meteorológica registrou expressivos 55 mm. Como esta estação é a de referência climatológica, tivemos um grande salto nos acumulados do mês. Houve transtornos: O tempo deve ficar mais ou menos assim nos próximos dias. Praticamente consolidado um verão de chuva bastante presente e frequente, sem nenhum veranico. Confirmada aquela previsão lá de dezembro, que indicava uma grande mudança de padrão atmosférico no país após a primavera tenebrosa de 2023. Excelente precisão dos modelos.
  15. O mês de fevereiro de 2024 foi chuvoso e abafado em BH, com anomalia positiva suavizada pelas precipitações, que ficaram acima da média, tanto nos volumes quanto na quantidade de eventos, com destaque para a semana encoberta e chuvosa entre os dias 18 e 23: Em azul, os dias em que as mínimas estão superestimadas na tabela pelo fato de a estação (convencional) não atualizar no site do inmet as mínimas invertidas causadas por chuvas à tarde ou à noite. Foram 233 mm (+30%) distribuídos em 14 dias com precipitação. Na estação de referência climatológica do município, os desvios das médias ficaram em aproximadamente +0,6C (mínimas) e +0,3C (máximas).
  16. Isso fica fácil de imaginar quando a gente lembra da relativa dificuldade de cidades do Sudeste e Centro-oeste, durante o inverno, baterem as menores máximas do verão. Às vezes, precisa chegar maio ou junho pra isso acontecer. Em locais mais a norte, na latitude 15°S pra baixo, muitas vezes o recorde de máxima baixa fica no verão mesmo. Agora pense que um dia de corredor de umidade pode gerar muito mais frio do que as primeiras MPs do outono astronômico, embora por motivos diferentes. Na prática, é inviável separar. Aqui, considero 3 estações fáceis de distinguir: - verão: morno, abafado e chuvoso; - inverno: ameno, ensolarado e com noites levemente frias; - primavera: aquecimento, com grandes ondas de calor, algumas de frio e aumento de chuvas. Fora isso, é tudo muito confuso. -------------------------------------------------- Voltou a chover de forma generalizada em BH ontem, embora sem as tempestades que caíram a oeste e sul da RMBH, inclusive Contagem. Foram 16 mm na Pampulha. Apesar disso, as temperaturas mal baixaram de 21ºC na cidade durante e após as chuvas.
  17. Aqui na RMBH, pelo que eu já percebi, o outono é ainda mais curto do que em áreas mais ao sul. Grosso modo, vai de 25 de abril até 10/15 de maio, período que o tempo seca e a amplitude aumenta, com noites frescas e tardes mornas, eventualmente com algum evento de frio. De meados de maio até meados de agosto, há uma enorme uniformidade térmica, que chamamos de inverno. Nas últimas décadas, as menores marcas aqui na cidade não ocorreram em junho e julho, muito menos agosto, mas em maio (2022 seguido de 1990), ambos os caso no começo da 2ª quinzena do mês, um tanto precoce - mais de 1 mês do solstício - o que mostra o inverno plenamente estabelecido em boa parte de maio. Acontece que, após estabelecido em meados de maio, a estação pouco se aprofunda e mantém um platô até meados de agosto, quando começa o processo de aquecimento da primavera. Entrando, também, no tema das mudanças de circulação, minha memória climática começa muito tarde (2008), então não vivi o clima original de BH. Tenho noção pelas médias, mas sabe mesmo só quem viveu de verdade. Eu suspeito muito que os nevoeiros, hoje raros e muito esporádicos, eram mais comuns antes. Também suspeito que o inverno era mais seco e que, hoje, temos mais influência do mar do que antes (dias parcialmente nublados e ventosos entre maio e agosto). -------------------------------------- Para minha surpresa, chove de forma moderada, com alguns raios, em vários pontos de BH nesse começo de noite o que, de forma geral, não era previsto. Agora faz 21,0C, temperatura muito próxima da mínima do dia.
  18. Cautela com esses mapas, não raro trazem distorções significativas. Nesse caso, a RMBH está inteira e com folga no vermelho-claro, o que significaria anomalias de -100 a 150 mm no bimestre JF. No entanto, os acumulados variaram entre 475 mm até quase 600 mm (contando estações da capital e dos reservatórios da RMBH), aproximadamente um desvio positivo de +50/100 mm e, por consequência, uma distorção de 150 a 250 mm da realidade, impraticável. A não ser que a RMBH tenha sido uma "ilha chuvosa" pela região (não conferi todas as estações), basicamente, o tom verde, que representa chuva levemente acima da média, deveria ter avançado mais para sul em MG. Os foristas das outras regiões podem confirmar (ou não) isso. A mesma coisa em Brasília, no coração do centro do Brasil, que teve chuva acima da média no bimestre (+100/150 mm), mas o mapa mostra o contrário (-50). Goiânia e Palmas tiveram precipitação rigorosamente na média, também em desacordo. Enfim... --------------------------------------------------- Falando desse começo de março, tivemos marcas históricas de calor por aqui: Estação convencional (centro/cidade Jardim): 01/03: mínima de 23,2C - recorde histórico da estação para março desde que ela está no atual local, superando em 0,1C o valor anterior, de 2017. No entanto, lá na década de 1960, houve mínima bem superior (24,5), em local diverso ao atual. 01/03: máxima de 33,4 - 3ª maior máxima da série, empatado com os anos de 1963, 1977, 1986 e 2009. Pampulha 01/03: máxima de 33,2 - recorde histórico para março da jovem estação (2006-2024), superando em 0,3C o registro de março de 2022. Foi a 1ª vez que o local superou os 33C em março. Cercadinho/Serra do Curral 01/03: mínima de 20,0 - 5° maior valor da série (2014-2024); 01/03: máxima de 32,1 - recorde histórico para o mês. Resumindo, o mês começou excepcionalmente quente, porém arrefeceu em seguida, após a ocorrência de chuvas isoladas no sábado, que registrei no meu sítio, em Sabará: Pela previsão, teremos chuvas e temperaturas em torno da média nessa 1ª quinzena de março.
  19. Muito calor em BH essa semana, o suficiente para comprometer as médias de fevereiro, que estavam até razoáveis. Falando do último dia do mês, dia bissexto, houveram marcas relevantes historicamente de calor aqui em Belo Horizonte, com mínimas altas (topos) e máxima alta (encosta) - o que bate com aquilo que sentimos na pele: Área central: mínima de 23,8°C - a 3ª maior da história para o mês desde 1986; Pampulha: máxima de 33,4°C - a 4ª maior para o mês desde a inauguração em 2006; Cercadinho: mínima de 20,2°C - a 6ª maior para o mês desde sua inauguração em 2014. Vale destacar que essa mínima na área central pode ter sido renovada à tarde, já que a estação foi atingida de raspão por chuvas isoladas, porém infelizmente o inmet não atualiza os dados da convencional no site. O calor segue intenso hoje, com sensação de abafamento e cansaço físico desde cedo. Mínimas de 20C (bairros altos) até 23,2 graus (centro). A estação convencional da cidade, com os dados dessa manhã, pode ter feito história e registrado sua maior temperatura mínima para o mês, porém há chances significativas de o registro ser renovado mais tarde com a chance de temporais.
  20. Nebulosidade parcial por volta da hora do almoço frustou um pouco o aquecimento aqui em BH, que atingiu os 30/32 graus de máxima nas estações nesta tarde. Esperava um pouco mais pela condição de pré-frontal, no entanto, isso não muda o quadro bastante quente e abafado que predomina na cidade nas últimas 48 h. A mínima de hoje nem foi tão ruim, com 19,5 C na Pampulha, porém eu já senti o corpo mais fatigado logo cedo, situação que sinto particularmente nas ondas de calor da cidade, quando há máximas e mínimas muito altas ao mesmo tempo. Amanhã volta a chover, o que tende a melhorar um pouco a sensação térmica pelo efeito do refresco precoce, mesmo que a queda de temperatura nas extremas do dia seja pequena. 23 h, 24,5C na estação e 28,2 dentro de casa, sem vento algum. Pavoroso!!
  21. Ninguém comentou aqui, mas saiu um estudo que sugere uma consequência explicitamente catastrófica do aquecimento global ainda nesse século: o rompimento ou colapso da AMOC (Atlantic Meridional Overturning Circulation), que é a principal corrente marítima que distribui calor entre os hemisférios. Basicamente, haveria alterações nos fluxos de água em função de alterações de suas densidades causadas pela entrada de água doce no oceano salgado. O planeta ficaria parecido com o que tá no filme "O dia depois da amanhã". Pelo pouco que entendi lendo a respeito, o clima se tornaria mais gelado e seco em partes do HN e mais quente e chuvoso no hemisfério sul. Ou seja, aumentariam as áreas de desertos gelados na Europa e Ásia e as florestas tropicais iriam se expandir por aqui, embora a amazônia possa ter ligeira redução de chuvas. As diferenças entre os hemisférios se tornariam ainda mais extremas: o frio se concentraria ainda mais lá pra cima e a chuva, ainda mais por aqui. No Brasil, o clima viraria de ponta cabeça: o anti-ciclone, que atualmente domina aquela região do oceano a leste do Brasil, seria bizarramente descaracterizado, com o maior aumento de precipitação do planeta. E é claro que isso afeta e muito o Brasil, que teria aumento de chuvas do centro para leste e redução a oeste e sul. Particularmente o nordeste poderia deixar de ser semi-árido. Quanto às temperaturas, aquecimento mais significativo na amazônia e região Sul e baixos desvios do centro para nordeste. Resumindo: amazônia e sul mais quentes e secos, centro-oeste (Goiás), Sudeste (Minas Gerais/ES) e todo o Nordeste mais chuvosos e com baixos desvios térmicos: fonte: Metsul (link abaixo). Eu acho essas previsões extremamente confusas. Esse estudo contraria o IPCC aqui pro Brasil, por exemplo, que coloca aumento de precipitação nas latitudes médias da Am. do sul. Outras incoerências que percebi: o próprio aquecimento do planeta - o resfriamento a norte seria mais intenso que o aquecimento a sul e isso traria uma redução (???) da temperatura média global; foi dito que a AMOC já tem reduzido sua atuação nas últimas décadas (em torno de 10%). Isso sugere que seus efeitos já estariam em curso, ainda que de maneira discreta. Mas o observado na prática indica o oposto: os maiores desvios positivos de temperatura ocorrem na região do Ártico; recentemente surgiram áreas de clima árido no Nordeste; Quase metade das maiores cheias da amazônia são dos últimos 10/15 anos. Tem um relatório que aponta que isso pode ocorrer ano que vem, ou seja, o fim chegou tudo muito confuso. E, claro, já estão usando isso politicamente. Alguns links para leitura: https://metsul.com/o-que-ocorreria-no-brasil-se-a-circulacao-meridional-do-atlantico-colapsar/ https://jornal.usp.br/radio-usp/corrente-oceanica-que-regula-o-clima-do-planeta-esta-ameacada-pelas-emissoes-de-gases-do-efeito-estufa/ https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/sistema-de-correntes-do-atlantico-mostra-sinais-de-colapso-resultado-pode-ser-catastrofico/ Deixo maiores esclarecimentos para os especialistas daqui.
  22. Calor aqui também (máxima de 31,8C), mas com a umidade baixando até 38%, de forma que não senti abafamento, apenas calor não sufocante nem intenso. Assim está fevereiro perto do seu fim na Pampulha - BH. Um mês próximo da normalidade, em todos os sentidos, muito bom diante do contexto de El Niño: Volta a chover a partir de meados da semana.
  23. O que acontece é que, com o clima em mudança, a gente não sabe direito o que esperar e fica sempre a possibilidade de alguma surpresa. Bate uma ansiedade. Mas, olhando a história climática, aqui em Belo Horizonte, vários recordes de calor de verão são das décadas de 80 e 90, então não é esperado nada relevante mesmo, em tese. Isso atinge seu ápice em abril, o que fica até estranho falar em tempos atuais: 9 das 10 maiores temperaturas do mês ocorreram antes de 2000. Nesse verão de El Niño forte, por exemplo, sequer ameaçamos os top-10 de janeiro ou fevereiro. A mudança aqui é na primavera e esse efeito mais localizado traz um alento de que, talvez, a mudança climática seja mais exceção do que regra ao longo do ano. -------------- As chuvas aqui também foram suprimidas desde sábado, com exceção de uma ou outra pancada isolada e passageira. As temperaturas subiram e têm atingido os 30/31 graus à tarde, o que é uma espécie de platô da cidade em dias de sol no verão, salvo pré-frontais. Mínimas hoje na casa dos 20/21 graus. Não achei desconfortável com a janela aberta.
  24. Por aqui, depois de uma semana inteira chuvosa, foi dia de pedalar, tomar sol, colocar as roupas para secar e tirar o mofo de dentro das casas: A temperatura subiu muito e fez calor: variação de 19,7 a 32,1C na Pampulha, máxima 8 graus mais elevada do que no miolo da semana. E, por causa desse calorão, formaram-se chuvas isoladas e passageiras no meio da tarde: Para os próximos dias, uma trégua: previsão de tempo firme, com sol e calor. Nem chuva de verão deve aparecer.
  25. Como um pontapé inicial à mudança de padrão de tempo que ocorrerá em Minas Gerais (principalmente no centro-norte do estado), hoje ocorreram lampejos de sol à tarde aqui em BH, como costuma dizer o Sandro de São Bento do Sul. É o que, aqui, costumamos chamar de "sol branco" ou "sol de chuva", aquele solzinho fraco, entre muitas nuvens , que muitas vezes chama mais chuva (e foi o que aconteceu). O tempo ficou pontualmente mais abafado à tarde por causa dessas aberturas, mas ainda foi um dia agradável para a época, ainda mais considerando que as máximas foram pontuais e isoladas: 20,0 / 27,5 ºC Cidade Jardim/centro (máxima estimada, já que ocorreu após o meio da tarde e esse novo valor só será conhecido na próxima leitura, às 21h) 19,7 / 28,0ºC Pampulha 17,7 / 26,0 Cercadinho/Serra do Curral (máxima estimada, não atualiza desde 14h) Apesar dessa pequena melhoria, foi um dia predominantemente encoberto, com muita chuva de manhã e várias pancadas menores ao longo do dia. No final da tarde, voltou a chover, como para coroar a semana 'londrina', e o calorzinho do meio da tarde já foi embora, com 21ºC agora. Amanhã tende a abrir mais e esquentar.
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