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Brasil Abaixo de Zero

Caio César

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Everything posted by Caio César

  1. Longe de comparar, mas como curiosidade vale registrar que o cenário de frio com vorticidade cruzando o estado de SC remete ao fantástico 23/07/2013. Algumas imagens de projeções que antecederam o fenômeno que tenho no meu arquivo: Projeções de neve do snow-forecast em 2013: Vale destacar: o frio em todas as camadas em 2013 era incomparavelmente mais forte do que agora. O que chama a atenção é o forte cavado em altos níveis, impossível não trazer a memória episódios inesquecíveis do passado. Vorticidade na manhã de terça pelo Europeu:
  2. Depois do que se observou com algumas previsões de neve neste ano chamo a atenção para um aspecto fundamental talvez esquecido, e que sustenta a chance de neve pelo que os modelos vem projetando. Chama-se vorticidade em 500mb. Diferentemente do episódio alardeado para o PNI pela maioria dos institutos no início deste mês, além observarmos agora uma atmosfera homogênea com frio suficiente nos níveis mais elevados, desta vez também é projetado a passagem de instabilidade pelas camadas mais altas da atmosfera. A exemplo do que podemos ver nas projeções de vorticidade para o nível de 500mb entre a 12Z de segunda e a 12Z de terça: Isso posto, temos um dos principais ingredientes para formar as condições propícias ao registro do fenômeno. Elevada instabilidade em altos níveis pode ser traduzida em uma possível baixa fria (congelada), ou o mais conhecido cavado, possibilitando desenvolvimento vertical, nuvens com topos elevados, e quiçá, precipitações. O que, pela homogeneidade das camadas, pode resultar em neve em superfície em alguns pontos mais propícios. Faltou apenas isso. Faltou o essencial no episódio da não-neve no PNI. Não havia vorticidade, não havia atmosfera homogênea, não havia nuvens com topo elevado. Quem sabe da próxima vez os institutos se atentem a este fato.
  3. Nem tudo está tão perdido, Marcos. Além de suportar um forte frio para esta próxima MP, o CFS 00Z já pega na sequência outro período bem abaixo da média no Cone Sul, característico de erupções amplas e continentais. Anomalia entre 24/07 e 01/08
  4. Apesar de apontar um cenário de anomalias negativas em boa parte do Cone Sul na próxima erupção, o CFS insiste que o RS e SC experimentarão temperaturas acima do normal de hoje até o final do mês. O modelo vem sendo muito estável nesta projeção. Do PR para cima anomalias negativas.
  5. Leitura lançada 10/07/2017 - variação em relação a semana anterior Nino 1+2: -0.3 (-0,7oC) Nino 3: +0.2 (-0,2oC) Nino 3.4: +0.6 (-0,1oC) Nino 4: +0.6 (-0,0oC)
  6. Transmitir o que as rodadas do momento passam, depois de um bimestre maio/junho entre os piores do século (perdendo apenas para o trágico 2005), pode mesmo causar a depressão neste espaço. Não dá pra ficar otimista em meio a este cenário, mas ainda há muitas rodadas pela frente. Temos esperança. O sistema projetado deverá chegar a SC apenas entre o final do domingo e a próxima segunda-feira. Até lá ainda há chances desse julho se salvar no final. Aguardamos...
  7. Sem dúvidas atrapalha o avanço do ar frio, mas ele cede. Será um duelo de gigantes.
  8. Olhando as reanálises observo que este bimestre maio e junho de 2017 está em um páreo duro entre os mais quentes do século até o momento... Possivelmente ganhando até de 2015. Talvez só perdendo para o inesquecível MJ de 2005 Ficando ainda a frente do podre 2002.
  9. Pelo Europeu é uma bela bomba e vem mostrando estabilidade em relação as rodadas anteriores. Não vi diminuição, pelo contrário. Faz tempo que não vejo ele indicando pressão de 1040mb no Chaco Paraguaio por uma vasta área. GFS 00Z suportou o cenário. O CMC está indo no caminho do Europeu, porém mais fraco. O Global tem estado uma bela porcaria neste ano. Além de mostrar algumas miragens que só ele pega, foi o último a pegar a última marítima que atingiu o sudeste.
  10. Um aspecto que me chama a atenção nesta próxima erupção são as projeções em altos níveis, que vão influenciar diretamente o que ocorre aqui em superfície. Um fenômeno interessante a notar é que muito possivelmente este sistema dará origem a formação do um clássico "displaced-vortex". Ou seja, o jato polar vai se desorganizar a tal ponto, que a sua ondulação deverá originar a formação de uma baixa fria seccionada em altos níveis. Esse "displaced-vortex" deve carregar características "originais" de seu sistema-mãe: ar extremamente gelado, que deve acompanhar e alimentar a evolução anticiclone polar. As imagens baixo são auto-explicativas: Displaced Vortex Projeção do modelo Europeu (bastante estável entre a 00Z e a 12Z) Traduzindo em absurdo o frio em 500mb: Tudo isso vai alimentar o poderosíssimo anticiclone polar em zona de ataque ao Cone Sul. Friooooo a caminho...
  11. Inverno perfeito, nunca vi tão bom por aqui. Padrão excelente até o momento, já estou virando um picolé. Maio e Junho pra quem pesquisar na história, daqui a um século, vai achar essa maravilha na reanálise: Na verdade, maio e junho, nenhuma surpresa. Padrão análogo Modoki batendo perfeitamente.
  12. O cenário está melhorando, e a SOI ajudando. A AAO variando, mesmo que em terreno positivo, contribui para a ondulação do jet stream. Com Nino 1+2 desabando, devendo influenciar na segunda metade deste inverno... ... e Nino 3.4 em mantendo o threshold ne El Nino... ...o padrão Modoki pode se firmar com mais relevância. Pois a configuração neste momento é clara de um El Nino Modoki, como já sustentado aqui... Os modelos começam a convergir com mais firmeza e a solução do Europeu é por algo bastante forte. Até lá as médias no sul vão explodir, e veremos se essa possível erupção será páreo para amenizar o estrago dos próximos dias. Até lá a Mantiqueira deve continuar brilhando, para quem sabe depois a Serra Geral registrar boas marcas na segunda quinzena do mês. Vem coisa forte por aí!
  13. As rodadas da tarde aliviaram o cenário aterrador do bloqueio representado pela baixa na costa chilena que antes apontavam. A 12Z de hoje já foi bem melhor e a maioria dos modelos globais aposta na aproximação de um anticiclone polar muito potente pelo Pacífico Sul. Em 198h os modelos convergem para um cenário que pode se desenvolver para uma forte erupção no continente. O Europeu... ... e o CMC apostam em um potencial mais comum as grandes erupções. Enquanto que o GFS... ...e o CFS apostam em algo absurdo, raras vezes observado. O cenário de algo muito forte se desenhando pode ser observado já pelo comportamento da atmosfera em altos níveis. Vejam que no comportamento da altura geopotencial em 200hpa já é possível observar o que pode ser o início da formação deste potente anticiclone, representado em altos níveis pela anomalia negativa da altura geopotencial no Pacífico Sul no final da sequência das imagens. O mesmo que também pode ser visto em 500hpa. Representando uma forte liberação de ar maio frio diretamente do pólo sul em direção ao Pacífico. Nesse caminho não há dúvidas de que o cenário para a formação de um potente anticiclone polar no Pacífico Sul já iniciou. A convergência dos modelos apresentando um cenário em 198h semelhante aos grandes eventos de erupção de frio que observamos no Cone Sul apóia esta tendência. Agora é torcer para que alguns "detalhes" possam ocorrer: a não formação de uma baixa na costa chilena, o avanço do jato polar pela costa da Patagônia e a formação de uma baixa pressão do Chaco em direção ao Prata, como apresentado pelo Europeu na 12Z. Pois a liberação de ar frio diretamente do Pólo Sul já se deu início. Com estes ingredientes na mesa, o cenário para algo muito marcante está posto. Vamos acompanhar...
  14. Pior que o GFS/Avn, depois de tirar a porrada polar para o dia 15/16, manteve o bloquei nesta nova rodada dando calor especialmente para o RS no outro final de semana. O bloqueio ficaria no Prata. Nem o Uruguai escaparia. Se isso acontecer considero julho enterrado com mais uma bela anomalia positiva. De qualquer forma, AINDA É CEDO para dizer, até porque o modelo é instável acima de 4 dias. Hoje mínima de 12,7°. Agora já faz 19,7° com 64% e algumas nuvens. Mais um dia chato. O quadro no momento é bastante preocupante. O bloqueio do anticiclone em aproximação pelo Pacífico Sul ganhou muita convergência desde ontem. CMC, CFS, Europeu e GFS apontam que a erupção do anticiclone seria prejudicada por um intenso ciclone extratropical na costa chilena, cenário clássico de enterro de prometidas erupções de ar frio para o Brasil. Ainda é cedo, temos muitas rodadas pela frente, mas preocupa muito a convergência dos principais modelos. A considerar esse fato como ocorrido, o mês de julho caminharia a passos largos para uma MEGA decepção neste inverno que se apresenta modorrento até o momento.
  15. Meus parabéns, Carlos Dias!!! Realmente ganha a meteorologia, ganha a ciência, ganham os aficionados por locais frios, ganham os frequentadores do parque... enfim, é uma grande vitória e deve ser muito comemorada. Finalmente um dado que será considerado oficial do alto PNI, posto que alguns institutos/profissionais da área infelizmente não consideram os dados da Davis em seus boletins. Para você imagino a vitória, e também incluo todos aqueles deste espaço que colaboraram com o patrocínio cotizado das estações e equipamentos que serviram até o momento. Vamos torcer para que o Inmet disponibilize o quanto antes os dados em sua rede de automáticas!
  16. Acreditar em -14oC no Caparaó olhando as sondagens fica complicado.... 83649 Vitoria Observations at 12Z 03 Jul 2017 ----------------------------------------------------------------------------- PRES HGHT TEMP DWPT RELH MIXR DRCT SKNT THTA THTE THTV hPa m C C % g/kg deg knot K K K ----------------------------------------------------------------------------- 1030.0 4 20.0 13.0 64 9.21 240 13 290.7 317.0 292.3 1022.0 70 18.2 11.2 64 8.23 235 14 289.5 313.0 291.0 1000.0 253 16.6 10.6 68 8.08 220 16 289.8 312.8 291.2 968.0 529 14.4 10.0 75 8.02 201 20 290.2 313.2 291.6 942.0 760 14.0 4.0 51 5.44 186 24 292.1 308.0 293.1 929.0 877 13.2 2.2 47 4.85 177 25 292.4 306.8 293.3 925.0 913 12.8 1.8 47 4.73 175 26 292.4 306.4 293.2 870.0 1424 8.0 0.0 57 4.42 175 25 292.6 305.7 293.3 850.0 1615 6.0 2.5 78 5.42 175 24 292.4 308.3 293.4 845.0 1663 5.6 3.7 88 5.94 175 24 292.5 309.9 293.5 762.0 2500 -0.9 -2.6 88 4.16 169 25 294.2 306.7 295.0 756.0 2563 -1.1 -3.4 84 3.95 169 25 294.7 306.6 295.4 744.0 2691 0.2 -13.8 34 1.78 168 25 297.4 303.1 297.8 739.0 2745 2.2 -28.8 8 0.48 168 25 300.2 301.9 300.3 734.0 2800 3.2 -43.8 2 0.11 167 25 301.9 302.3 301.9 711.0 3058 2.8 -46.2 1 0.09 166 25 304.2 304.5 304.2 700.0 3184 3.8 -45.2 1 0.10 165 25 306.7 307.0 306.7 671.0 3529 5.0 -44.0 1 0.12 174 26 311.7 312.2 311.8 651.0 3775 4.2 -44.8 1 0.11 181 27 313.5 314.0 313.6 534.0 5357 -6.5 -44.5 3 0.14 225 32 319.0 319.6 319.0 Sondagem mais forte do Galeão que estava sob domínio de maior influência da advecção de ar frio: 83746 SBGL Galeao Observations at 00Z 03 Jul 2017 ----------------------------------------------------------------------------- PRES HGHT TEMP DWPT RELH MIXR DRCT SKNT THTA THTE THTV hPa m C C % g/kg deg knot K K K ----------------------------------------------------------------------------- 1030.0 42 18.0 15.0 83 10.51 40 2 288.7 318.3 290.5 1000.0 257 16.2 15.0 93 10.83 35 3 289.4 319.9 291.2 959.0 611 13.7 12.4 91 9.50 165 12 290.3 317.3 292.0 925.0 917 11.6 10.1 91 8.45 160 13 291.2 315.4 292.6 911.0 1044 10.5 9.5 93 8.25 165 13 291.3 315.0 292.8 900.0 1145 9.7 9.0 96 8.08 140 11 291.5 314.7 292.9 881.0 1323 8.2 8.2 100 7.80 167 14 291.7 314.2 293.1 875.0 1380 7.9 7.9 100 7.71 175 15 292.0 314.3 293.4 850.0 1619 6.8 6.8 100 7.34 175 15 293.3 314.6 294.6 830.0 1813 5.6 5.6 100 6.90 170 19 294.0 314.2 295.2 818.0 1931 4.9 4.8 100 6.65 180 22 294.4 313.9 295.6 793.0 2184 3.3 3.2 100 6.13 200 17 295.4 313.5 296.5 746.0 2681 0.2 0.1 99 5.19 193 18 297.2 312.8 298.1 710.0 3076 -2.3 -7.3 69 3.13 187 19 298.7 308.4 299.3 704.0 3144 -2.5 -4.5 86 3.91 186 19 299.2 311.2 299.9 700.0 3189 -2.7 -6.1 77 3.48 185 19 299.5 310.2 300.1 699.0 3200 -2.8 -7.5 70 3.12 185 19 299.5 309.2 300.1 693.0 3269 -3.3 -16.3 36 1.55 189 20 299.7 304.7 299.9 682.0 3396 -0.1 -30.1 8 0.46 195 23 304.6 306.2 304.7 672.0 3515 -0.1 -32.1 7 0.39 191 28 305.9 307.3 306.0 655.0 3721 3.0 -44.0 2 0.12 183 37 311.6 312.1 311.7 638.0 3934 2.5 -45.6 1 0.10 175 46 313.5 313.9 313.5 625.0 4100 2.2 -46.8 1 0.09 178 45 314.9 315.3 314.9 540.0 5256 -6.4 -43.8 3 0.15 200 34 318.1 318.6 318.1 511.0 5692 -9.7 -42.7 5 0.17 214 35 319.2 319.9 319.2 Penso que obviamente (pelo gelo acumulado) fez mais frio do que a sondagem de Vitória mostra. Creio numa possível sensação próximo a isso nas rajadas mais fortes. Uma boa freezing rain e nuvens passando com -2oC já podem provocar esta paisagem.
  17. Leitura lançada 03/07/2017 - variação em relação a semana anterior Nino 1+2: +0.4 (+0,1oC) Nino 3: +0.4 (+0,0oC) Nino 3.4: +0.7 (+0,0oC) Nino 4: +0.6 (-0,1oC) Threshold se sustentando em Nino 3.4.
  18. O padrão ASAS está uma benção e Maria da Fé está sendo o grande destaque do inverno no Brasil até o momento, levando sempre vantagem sobre CDJ, algumas vezes o PNI (como nesta erupção de agora), e quase sempre sobre todas as cidades do Sul do Brasil. Incrível a constância das mínimas neste ano por aí, Willian.
  19. Os modelos ainda divergem um pouco no prazo, na amplitude e na intensidade, mas parece consenso geral que o padrão muda na segunda quinzena. Um grande e potente anticiclone polar se aproximará pelo Pacífico Sul, e o GFS ainda varia entre rodadas dos sonhos (18Z ontem) e mais bloqueadas (06Z de hoje) logo no primeiro "ataque" desta alta pressão sobre o Cone Sul. Pelo que tenho visto até o momento, há semelhança com eventos que a alta pressão no pacífico faz diversos "ataques" sequenciais ao continente, incentivado por uma grande baixa pressão estabilizada juto a costa do Atlântico Sul. Veremos...
  20. Como que se não houvesse ninguém registrando na região do Mundo Novo em 11/06 duvidariam que essa acumulação ocorreu com a neve que caiu em São Joaquim: Seria mais uma oportunidade pro Cléo Kuhn dizer: aquela neve que só o Coutinho vê...
  21. Sincelo e freezing rain, possivelmente o mesmo ocorreu no topo do PNI. Muito show esse evento.
  22. Bruno, sempre pontuei as minhas críticas baseado em análises que julgo procedentes. Um dos grandes méritos desse fórum é justamente a existência de pessoas que podem contribuir para o aprimoramento do conhecimento, com análises, reanálises, registros e muita troca de informações. A crítica faz parte deste espaço. E não é a primeira vez, nem será a última que a Climatempo ou qualquer outro instituto de meteorologia terá uma previsão não não vai se confirmar. É parte da profissão. Aprender a lidar com a crítica é sinal de grandeza, absorver o melhor dela para evoluir. A meteorologia é uma ciência essencial para nossas vidas e que influência a vida de todos. Ou seja, de uma maneira ou de outra os eventuais erros e acertos serão percebidos pela maioria das pessoas que dependem, se informam ou acompanham o tema quando de seus interesses. O BAZ em especial é formado por um grupo de aficionados. É uma parcela mínima da população que não apenas acompanha, mas que estuda, informa e se interessa de verdade pelo motivos óbvios que originaram este espaço. A crítica sempre foi um ingrediente inserido em seu DNA. A crítica a a inconformidade de se aceitar muitas deficiências das estações oficiais, especialmente de cobertura, possibilitou entre outras coisas o surgimento da rede de estações em locais frios e remotos jamais imaginada por qualquer instituto ou meteorologista profissional deste país. A crítica ampliou o debate, aprofundou muitos temas e melhorou a acurácia. Com ela, crescemos muito e evoluímos enquanto meros aficionados. Ninguém aqui detém o monopólio do conhecimento, e a crítica justamente contribui com que este conhecimento possa ser difundido, ampliado e aprofundado. Desmerecer a crítica, quando fundada, é negar todas as virtudes que tornaram o BAZ um centro único de excelência no debate meteorológico de profissionais e não-profissionais. Quem trabalha neste meio sabe que não se vive só de aplausos, especialmente aqui. Inverter a lógica da crítica, apontando que quem afirmou quem não nevaria, errou, sem apontar os erros, é negar não só a ampliação do debate. Se a neve não veio pelos motivos os quais eu apontei que não viriam, certamente você deve saber quais são eles. Esperaria, no mínimo, que os eventuais motivos fossem apontados. Vindo de um profissional gabaritado vinculado ao maior instituto privado do país, era de se esperar um pouco mais para o alcance do verdadeiro propósito do BAZ. Eu agradeceria. Não acho razoável inverter essa lógica: quem apontou que não nevaria, foi quem errou. Mas quem apontou que haveria chances, de algum modo, acertou. Concordo que até haveria um dever de ofício, mas apontei porque o cumprimento desse dever estava sendo justificado em condições apresentadas que não apoiavam o devido cumprimento, especialmente pela cautela que deve ser parte integrante de tudo que é levado a população. Na minha opinião este dever foi tomado por insistência de não ceder aos fatos óbvios e ao apelo da torcida. Parece que tomou-se gosto pela ampla cobertura que a imprensa passou a dar, houve tempo para puxar esse freio, mas ele não foi puxado. Já houveram outros casos até muito mais flagrantes do que este, e que mereceram as devidas críticas neste espaço. Ocasiões muito mais constrangedoras do que esta. Se pegar o meu histórico e de muitos outros você vai observar que não é primeira nem a última vez que os institutos erram a mão na previsão de neve, e já deveriam ter feito essa reflexão em relação a cautela. Cautela deixada de lado talvez pela crença de que eventos do passado tiveram uma condição semelhante com a reanálise de eventos de neve no PNI que foi apresentada. Se aquele referencial balizou a previsão da Climatempo, o erro não apenas está justificado, como está muito bem explicado. Nem preciso me dar o trabalho de perguntar a ótima equipe pronta para responder com todo o rigor técnico. O quadro de reanálise elaborado e levado ao ar é auto-explicativo acerca desse rigor. Eu, entretanto, recomendaria uma boa revisão.
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