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Brasil Abaixo de Zero

marcio valverde

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Everything posted by marcio valverde

  1. Amanhecemos com temperatura na casa dos 10°C e garoa persistente, daquela que faz os telhados pingarem e o cabelo molhar em poucos quarteirões de caminhada. Nada mal.
  2. Por aqui o acumulado foi de 23mm. Eu esperava menos mas era isso o q os modelos apontavam. No momento temos 15°C com garoa intermitente 😍, o que fez a minha caminhada matinal ser um pouco abreviada.
  3. O Meteoblue acertou direitinho, apesar da minha desconfiança. Apontava o início da chuva para as 20h e não deu outra. Primeiro foi um chuvisqueiro fino, agora alterna entre uma chuvinha fina e uma ou outra pancada mais forte.
  4. Com base nessas imagens e nas que o Lucas Centurion postou acho que a chuva chega aqui antes do previsto. O meteoblue apontava para as 20h mas a velocidade de deslocamento for mantida deve chegar antes.
  5. A maneira como essa linha de chuva está avançando me deixa preocupado. Parece não confirmar qualquer hipótese de chuva relevante para o oeste/noroeste paulista.
  6. Desculpa me intrometer nesse assunto novamente mas acho que não tem nada a ver. A capacidade de armazenamento de um reservatório decai ao longo dos anos com o assoreamento e esse processo é previsto quando do projeto. Ocorre que a velocidade do assoreamento pode acelerar a depender do uso do solo na bacia hidrográfica que é tributária desse mesmo reservatório. Seja como for a capacidade do reservatório de Guarapiranga hoje é aquela do projeto original, descontado o volume assoreado. Sendo assim, quando a Sabesp fornece o valor reservado atualmente, ela está informando o valor real e não o valor máximo de projeto descontado o assoreamento. Do contrário ela estaria fornecendo uma informação falsa e inútil, afinal nós precisamos saber quanta água nós temos disponível e não quanta água nós deveríamos ter se a represa tivesse se mantido tal qual quando ela foi inaugurada em 1908. No caso da Billings e da Guarapiranga, o sistema não pertence à SABESP e sim à EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) que tem por objetivo, além do abastecimento público de água e da geração de energia elétrica, o controle de enchentes. É aí que acho que entra esse limite de operação inferior ao máximo do reservatório. Imagine o que ocorreria se as represas estivessem com 100% da capacidade e um evento severo de chuva se precipitasse sobre a bacia. Para não romper a Billings e a Guarapiranga teriam que abrir os vertedouros e canal do Pinheiros não suportaria esse volume adicional de água submergindo boa parte da região da Marginal Pinheiros. A Billings tem como verter a água para o rio Cubatão na Baixada mas a Guarapiranga não. Acho que é por aí. Na prática, além de ser um reservatório para abastecimento público o reservatório da Guarapiranga funciona também como um grande piscinão.
  7. Muchas ganas de conocer Montevideo. Podia voltar a fazer parte do Brasil rssss. Ia ser a nossa capital mais fria e talvez a mais charmosa. Por aqui estão prevendo quatro ou cinco dias seguidos com mínimas de um dígito. Não me recordo de evento semelhante.
  8. Se houver nova incidência de chuvas em volumes importantes o que vai ocorrer é que essa água excedente será vertida, visto que não há possibilidade de o reservatório operar acima da capacidade, sob pena de rompimento da barragem. Aqui na região temos alguns grandes reservatórios de hidrelétricas e o que se observa é que eles começam a verter antes mesmo de alcançar a capacidade máxima de operação, havendo ainda um outro máximo que é o maximo maximorum que é o volume máximo de segurança, valor que, ao que parece eles evitam atingir a todo custo. O que pode ocorrer é que, abertos os vertedouros, podem ocorrer inundações à jusante mas esse aspecto do problema já foi abortado pelo RafaelBHZ.
  9. Tanto essa projeção quanto aquela postada pelo Renan na página anterior mostram um resfriamento maior (18z) para sul de Goiás e Triângulo Mineiro do que para o interior paulista. Nunca tinha reparado nisso. Seria a altitude?
  10. Você tem razão. Veja o caso da Bélgica por exemplo, que não é nada extremo. Fica lá em cima com um clima muito exposto aos (maus) humores do mar-do-norte. O longo inverno deles proporciona incontáveis geadas com diferenças na casa dos 15 graus mas quase nunca neva. Tem geada de 3°C e geada de -12°C mas neve quase nunca. Chove horrores, contudo. Chuva e frio. Eu gosto, mas por meses? Acho que não. No verão, porém, passa dos 30°C com alguma facilidade. Prefiro o nosso clima mesmo, daí quando dá uma geadinha de 2°C eu corro lá e tiro uma foto kkk.
  11. Sem discordar em nada do que você disse eu enfatizaria ainda mais que as diferenças naturais que sempre existiram, eram muito menores no passado. Já li uma porção de livros sobre a história de São Paulo nos quais o aspecto climático é citado de passagem e o que se pode notar desses relatos é que o clima do Planalto de Piratininga (essa porção compreendida entre a Serra do Mar e a Serra da Cantareira) era bem mais uniforme do que é hoje, tanto no que toca a temperaturas quanto a umidade. Apesar dos registros do fatos poder-se-ia dizer tratarem-se de meras impressões pessoais. Alguns fatos registrados, porém, confirmam a tese. Os relatos de geadas severas no chamado Triângulo Original são abundantes. A presença de florestas de Araucárias em toda parte, dando origem até a um dito popular de que "em tempo de pinhão, em SP não se passa fome". A presença de "campos de altitude" naquilo que hoje é o ABC (Não é à toa que o primitivo nome de Santo André era Santo André da Borda do Campo e São Bernardo ainda é do Campo rsss). O epíteto de Terra da Garoa não surgiu porque a garoa era frequente em Marsilac ou no Grajaú (naquela época mais desabitados de que hoje ainda, mas sim pq a garoa era frequente no Brás, Bexiga, Barra Funda... Outra coisa que pouca gente sabe é que a primeira atividade econômica do planalto foi o cultivo de trigo (isso numa época anterior aos melhoramentos genéticos que permitiram a cultura desse cereal em terras um pouco mais quentes). Não sei se há algum livro que trate especificamente desse assunto mas aceito sugestões se porventura houver. Ainda sobre a garoa paulistana uma nota poética. O fenômeno era tão frequente naquela pequenina São Paulo ainda espremida entre o espigão da Paulista (Caaguaçu) e a Várzea do Tietê que não escapou ao olhar atento de um dos poetas de então: Que pó de arroz espiritual empoa o halo dourado e móvel destas urnas, destes lampiões nas solidões noturnas? Que cabeleira prateada voa e se enrosca nas árvores despidas, crucificadas, pelas avenidas? Que agudo lápis, manejado à-toa, risca de branco a descorada tela que por moldura tem minha janela? Que som suave é este que nem soa, mão de sonho que bate na vidraça, como quem quer entrar e depois passa? Que multidão meu silêncio povoa? Que véu de noiva minha face beija e que umidade meu olhar mareja? —A garoa... Afonso Schmidt
  12. Quisera eu poder dizer que essa é uma geada fraca. Aqui ela seria histórica. A maior geada desde 1975 kkk.
  13. Além de bela (acho que eu já disse isso), essa região deve ser ótima para andar de bicicleta. Muitas subidas e descidas e uma infinidade de estradinhas rurais para explorar. Digo o mesmo da região da Mantiqueira que andei esquadrinhando pelo google maps depois das lindas fotos que andaram postando aqui lá do bairro do Charco em Delfim Moreira. Fica do ladinho de Campos do Jordão e também tem muitas estradinhas para lá de interessantes. Haja perna. Tanto numa região quando na outra eu evitaria o meio do ano porque pedalar no frio é doído. E já que estou aqui tagarelando aproveito para informar que o céu segue nublado e as temperaturas agradáveis.
  14. Ao tempo nublado e fresco acrescentou-se a garoa/chuvisco 😍 P.s. Antes que me perguntem: sim eu estava sobre o telhado dando palpite no trabalho do profissional que veio consertar a antena de TV. E aos que nos importamos com árvores, a mangueira, o mamoeiro e os coqueiros/palmeiras denunciam que estamos nos trópicos mas nem uns nem outros são nativos do nosso bioma, bem mais elegante que essa combinação estranha diga-se de passagem.
  15. Ontem o acumulado foi de impressionantes 4mm, bem aquém do que previsto pelos modelos. Pelo menos o dia permaneceu integralmente nublado, escuro mesmo, frio (em torno dos 20°C) e, ao que parece, hoje haverá um repeteco, algo muito raro nestas paragens. Um evento bissexto eu diria 😅
  16. Também gosto dele e me remete à infância quando brincava à sombra deles e ouvia o ruído característico que ele faz mesmo ao mínimo vento.
  17. Já chegou por aqui mas bem fraquinha, exatamente como retratado pela imagem do radar. Não parece que chegará nem a 10mm. A temperatura ronda os 20°C mas há sensação de frio por causa do vento, umidade e ausência de sol. Ótimo, que fique assim rsss. Quanto ao off topic das árvores eu concordo que é difícil igualar a majestade da araucária. Sei que pode soar como provocação mas acho que quem tem ipê não precisa de plátano. Ele é bonito e tal mas será sempre um estrangeiro na nossa paisagem.
  18. Foi exatamente o que observei por aqui hoje pela manhã, 10.2°C. Não veio a primeira marca de um dígito como eu esperava mas passou raspando. Fora da cidade, nas baixadas, certamente se conseguiria registrar valores menores mas o valor acima é aquele a que estão sujeitos uns 95% da população do município, então é o mais representativo.
  19. Aqui rondou os 15. Tenho expectativa de que amanhã teremos o primeiro registro de um dígito no ano.
  20. Não tenho os dados mas acho que Ilha Solteira tem as maiores médias e dentre as cidades médias o título deve ser de Araçatuba mesmo, se bem que a disputa com Ribeirão deve ser parelha. Como eu tinha dito no post anterior, contudo, as diferenças são muito pequenas numa região muito extensa que contém centenas de municípios. Coisa de menos de um grau para lá e para cá.
  21. Que beleza de explicação e já que citou minha cidade acrescentaria, sem por nenhum reparo no que disse, que o Oeste/Noroeste, sendo como você mesmo disse uma grande "planície", com diferenças de altitude pouco relevantes e não havendo outros obstáculos ao avanço das massas de ar polar, acaba por ter um clima um tanto uniforme. Não temos a influência da altitude das cuestas de Botucatu e do Itaqueri, que fazem a diferença no caso de Itirapina. Não temos a influência da maritimidade que caracteriza a faixa leste do estado com uma presença maior de nuvens e índices pluviométricos mais generosos. Os trezentos quilômetros que separam Presidente Prudente de Catanduva ou Jales de Ourinhos, por exemplo, também não são suficientes para gerar grandes diferenças, ainda que as cidades mais ao sul tenham sempre médias um pouquinho menores. Por outro lado, quando as massas polares são mais continentais, a bacia/calha do Paraná é um grande corredor para o avanço delas que sói ser rápido e uniforme também, gerando mínimas um pouco menores que nas outras regiões do estado nessas ocasiões e só nessas hahaha. Mas, como você mesmo pontuou, a continentalidade cobra seu preço e a secura do nosso inverno resulta nesse frio majoritariamente vampiro que tanto me desgosta. Eu abriria mão das nossas geadinhas ocasionais em favor de tardes mais nubladas e frias mas sei que isso só terei mudando de cidade. A secura porém tem seu charme e produz as paisagens mais bonitas no ano na vegetação semidecidual que é característica da nossa região. Pena que eu não tenha os dotes para fotografia do Carlos Campos.
  22. Essas imagens chamam a atenção para um ponto bem pouco explorado de frio no sudeste que é a Serra da Bocaina. Tem um potencial quase tão bom quanto o da Mantiqueira, ainda q numa área bem menor.
  23. Talvez mas a previsibilidade para as datas do evento ainda é baixa. A propósito: esse meteoblue é confiável?
  24. Não entendo muito de clima como os colegas aqui do fórum mas sobre a poluição, para além de não enxergar a correlação que você supõe, é forçoso reconhecer que a poluição é muito menor hoje do que foi nos anos 70 a 90 em São Paulo. Na capital porque hoje os veículos poluem muitíssimo menos e porque houve drástica redução na poluição industrial seja pelos controles mais rígidos seja pela desindustrialização da RMSP. Nos interior a redução foi ainda maior pelo abandono da queima da palha da cana como preparação para a colheita.
  25. O que acontece com Rancharia hein? É só altitude ou tem algo mais envolvido, tipo localização da estação, porque realmente a cidade tem marcas notáveis para o razoavelmente homogêneo oeste paulista.
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