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Brasil Abaixo de Zero

kevin cassol

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Posts posted by kevin cassol

  1. ANÁLISE DETALHADA DA MASSA DE AR POLAR DE 15 JUL 2020 (MÍNIMA ABSOLUTA)

     

    A massa de ar polar que trouxe a mínima de 2020 para Nova Santa Rita e Portão foi de característica muito seca, bloqueada em Santa Catarina, e com relativamente pouco frio em altitude. Porém, trouxe estabilidade total na noite da mínima e ar extremamente seco em altura fez as mínimas despencarem nas baixadas.

     

    Abaixo, temos os mapas com a caracterização da massa polar, e evolução da entrada de ar seco e frio, com seus respectivos valores de temperatura e umidade.

     

    Pressão reduzida ao nível do mar:

    A pressão máxima desta alta polar, segundo modelo ECMWF, foi de 1029 hPa, um valor relativamente baixo. Altas com máximas acima de 1030 hPa são bem comuns, ainda mais se tratando de eventos de mínima do ano. Foi uma alta pequena em tamanho/abrangência, mas que passou perfeitamente no centro do Estado do RS, pegando parte de SC. 

     

    Foi impulsionada por um ciclone (972 hPa) bem afastado do continente, o que fez com que o vento advectivo fosse significativamente fraco na véspera da mínima.

     

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    Temperatura em 850 hPa:

    Essa MP teve um suporte fraco no nível de 850 hPa (1500 m), com valores positivos sobre a região de Porto Alegre. A isoterma de 0°C ficou restrita apenas ao sul gaúcho.

     

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    Temperatura em 925 hPa:

    Esse nível atmosférico é importante para ver o potencial de frio nas regiões abaixo dos 700m de altitude. Na região de Porto Alegre (nível do mar) os valores em 850 e 925 hPa foram praticamente os mesmos. Perceba que é muito mais significativa a parcela de frio raso que em altura nesta MP. Isso implica que mesmo topos na baixitude terão frio forte, porém topos em altitude não. Apenas valores de UR muito baixos na madrugada na região da Serra Gaúcha e Catarinense.

     

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    Vapor de água precipitável:

    Este mapa é importantíssimo para se estimar o potencial de resfriamento noturno por irradiação. Uma vez qu ao carregar um suporte com menos vapor de água dissolvido, o lugar mais seco tem menor calor específico, e com isso, a temperatura diminui mais, para uma dada energia perdida por irradiação. 

     

    A área mais seca se concentrou muito bem nos estados do RS e Serra Catarinense. Favorecendo que as baixadas resfriassem bem, aliadas à estabilidade da mp, dada a posição da Alta Polar, que coincidiu e se alinhou com a zona de secura máxima.

     

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    Temperatura em superfície:

    A isoterma de 0°C atinge todo estado do RS e parte de SC, trazendo geada generalizada, incluindo até mesmo Porto Alegre e adjacências do Guaíba, o que é bastante difícil, devido a dificuldade de se ter ar seco e estabilidade próximo ao lago.

     

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    Umidade Relativa em superfície:

    Esse é o grande responsável pelas diferenças microclimáticas causadas pelo relevo. Topos com UR baixíssimas aliado à temperatura baixa nos Campos de Cima da Serra trouxeram valores de Ponto de Orvalho bizarros. Valores abaixo de -20°C e até -30°C são absurdos até mesmo em montanhas.

     

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    A exemplo disso, o que foi observado na estação do INMET de São Joaquim foi surreal: a estação simplesmente não conseguiu calcular o Ponto de Orvalho. Perceba que a temperatura sequer baixou de 3°C.

     

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    Ponto de Orvalho em superfície:

    Na região de Porto Alegre e vales, o ponto de orvalho se manteve baixo durante a totalidade dos dias 14 e 15/jul, oscilando entre 0°C e 2°C.

     

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    Este foi o grande aliado das baixadas. Nestes pontos, a temperatura não impediu de cair, mesmo com pouco suporte de frio em altura. A estratificação térmica aliada à estabilidade foi forte o suficiente para se registrar -10.0°C na estação da Vista Alegre, em Bom Jardim da Serra. Este foi o primeiro registro válido de -10°C na Região Sul do Brasil, desde 02/ago/1991.

     

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    Imagem do Satélite na noite de 14/jul:

    A área onde predominava secura (vide mapa de vapor d'água precipitável) não teve ocorrência de nevoeiros. A divisão observada da zona é bem definida no litoral de SC, e o início da área úmida coincide com o previsto pelos modelos. A região de Florianópolis foi limítrofe, e o litoral norte de SC já teve interferência da zona de umidade, ficando de fora do auge da MP.

     

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    Condições do tempo observadas em Nova Santa Rita:

    No período de 13 a 15/jul não foi observado nenhuma nuvem no céu. Atmosfera livre de vapor dágua. Durante a tarde dos três dias, foi observado vento fraco de quadrante oeste, que cessou completamente no início da noite de 14/jul.

     

    13/jul - 17:02 - W

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    14/jul - 07:38 - NW

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    14/jul - 12:49 - W

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    14/jul - 18:14 - W

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    15/jul - 07:59 - W

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    15/jul - 17:37 - W

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    Dados observados nas estações de Nova Santa Rita e Portão:

    Após uma sequência de dois dias chuvosos e saturados de umidade, a queda repentina no ponto de orvalho foi bastante aliviadora e confortável na tarde do dia 13/jul. A partir daí, a entrada de ar seco foi ficando cada vez mais intensa, com vento incrivelmente baixo, dada a distância do ciclone do continente.

     

    Estação de Nova Santa Rita/Baixada:

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    Estação de Portão/Topo:

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    Estação de Portão/Vale:

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    Temperatura simultânea nas 3 estações:

    Nova Santa Rita/Baixada

    Portão/Topo

    Portão/Vale 

     

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    Registro de geada em Nova Santa Rita:

    Como previsto, geada cobriu os campos de Nova Santa Rita. Topos baixos e baixadas tiveram forte geada (orvalho sublimado), com intensa cristalização de gelo.

     

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    A saturação do vapor (UR = 100%) na relva começou a ocorrer próximo das 21h com temperatura ainda positiva, e poucas horas depois, já começava a sublimar. A cristalização foi intensa, pois teve mais de 10 horas ininterruptas de formação cristalina. Foi uma combinação perfeita de saturação com temperatura negativa em relva.

     

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    Em 07/jul/2019, apesar da temperatura mínima ter sido mais baixa, a cristalização teve pouco tempo de formação, cerca de 2 horas (das 5h ao amanhecer), pois no início da madrugada ainda tinha um certo vento que impedia a sublimação ocorrer. Com isso os cristais foram menores e os campos não ficaram tão esbranquiçados.

     

    Pode-se notar que em topos altos, a geada não se formou. O escoamento do ar frio do topo para as baixadas implicou em UR < 100% na relva do topo, e consequentemente, em 2 metros. Isto fez com que em nenhum momento a saturação fosse atingida, para que então a sublimação ocorresse.

     

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    Era possível observar geada à sombra em topos baixos, mesmo perto das 09:00.

     

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  2. Local gravíssimo descoberto!!!

     

    Nao apenas mínimas, mas pela continentalidade, poderá também surpreender em eventos de secura extrema, como observado diversas vezes em dez/2019, com valores de UR<10%.

     

    O local ainda é candidato a máximas absolutas, uma vez que é ao nível do mar. Máximas podem atingir os 40°C, conforme projetado as diversas vezes pelos principais modelos no eixo Barra - Tapes.

     

    É um clima extremado, que merece ser monitorado com um equipamento de qualidade. Darei meu apoio com toda certeza!!!

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  3. 15 JULHO 2020

    BELA GEADA NOS CAMPOS DE NOVA SANTA RITA NESTA MANHÃ.
     

    AS 3:00 COM SÉRIAS DIFICULDADES DE DORMIR ENQUANTO ACOMPANHAVA VISTA ALEGRE, E A MINHA ESTAÇÃO, CHEGUEI ACHAR QUE IRIA PERDER GÁS O RESFRIAMENTO, COMO NAS ÚLTIMAS MPS ONDE O SUPORTE EM ALTURA JÁ TINHA IDO PRO SACO.

     

    MAS NÃO DECEPCIONOU, VOLTOU A ESFRIAR BEM A PARTIR DAS 4:00 ATÉ O AMANHECER.

     

    07:45 E A TEMPERATURA MÍNIMA REGISTRADA FOI DE -0.6°C.

     

    ABAIXO, ESCOLHI A FOTOGRAFIA QUE MELHOR REPRESENTA ESTA MANHÃ ESPETACULAR DE ESTABILIDADE E MÍNIMA NEGATIVA.

     

    E MEUS PARABÉNS @Fernando Keiser PELA CONQUISTA DOS -10.0 DA VISTA ALEGRE, TU MERECE!

     

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  4. 25 minutos atrás, Augusto Goelzer disse:

    Moises, entre o dia 14-15 NÃO TEM NENHUMA CONDIÇÃO DE NEVE POR NENHUM MODELO e muito menos semelhança com julho ou agosto 2013.


    Nesse dia/noite terá uma alta na nossa cabeça, com mínimas expressivas e generalizadas pelo RS e algumas partes de SC.
    Penso na possibilidade de que vc esteja utilizando o WINDY que por várias vezes mostra uma precipitação bugada e inexistente... então assim, se vc n tem a mínima capacidade de analisar algo simples como isso, apenas NÃO FAÇA.

     
    *O bug:

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    *Precipitação acumulada 12z terça - 12z quarta.

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    *Água Precipitável 00z quarta:

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    *O tal do cavado (sem semelhança alguma com as nevadas de 2013):

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    Ocorre que o Moisés tá trazendo mais desinformação do que conteúdo. Toda santa mp é relacionada a "18-42-55-75-91-2000-piriri-pororo com alta de 1055 blablabla frio sustentado, e em Lajes tempo bom 13°C". Que por fim, morre sempre na praia.

    Acaba virando um show e rendendo muitos memes. Mas pensa nos visitantes  que estão descobrindo hoje o fórum...

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  5. Em 22/05/2020 em 20:16, Pablo MQL disse:

     

    Sinceramente las 3 me parecen hermosas,aqui en Montevideo tenemos de las tres; pero la mas comun es la araucaria bidwilli, esta por todas partes, sin embargo la autoctona es la angustifolia que se creia extinguida a principios del siglo 20 del noreste del pais; pero que hoy en dia aparentemente se esta regenerando naturalmente en algunos lugares, la mas rara es la araucana, hay en algunos parques, pero a mi me cuesta distinguirla de la araucaria angustifolia, es muy parecida.

     

    Interessante, acabo de aprender uma coisa nova. Já tinha visto esta Bidwilli por aqui em Porto Alegre, e não imaginava que esta fosse uma espécie diferente da araucária que vemos nos aparados da serra (angustifolia).

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  6. 7 horas atrás, Samihr Hermes disse:

    Caraca, esse termômetro é sensível a ponto de sentir a Oscilação na temperatura devido ao seu corpo? 

     

    Não conheço muito esses hardwares, isso é normal? 😮

     

    Sim, é da marca HOBO modelo UX 100-011.

    https://www.onsetcomp.com/products/data-loggers/ux100-011a/

     

    É caro (125 dólares), porém dados são perfeitos e calibrados. Precisão de centésimo de °C e % (temperatura e umidade relativa) com resposta instantânea em tempo real, e com isso se consegue P.O. e demais parâmetros. Há modelos mais simplificados e mais baratos da mesma linha.

     

    Ele está fixado dentro de uma lata, protegido de respingos de chuva intensa, uma vez que não é resistente à água. e a mesma lata também ajuda a absorver as interferências de perda de calor interna por irradiação e ganho de calor de insolação. Os sensores de T/UR são externos, e isso faz com que a ventilação seja preservada, o que é importante para os dados serem reais e livres de interferências. 

     

    Neste abrigo (Estação de NSR/Baixada) tem também a La Crosse junto, reportando no Wunderground (link no rodapé). A precisão dos dados, ou seja, a diferença entre os dois sensores é dentro do mesmo décimo de grau, na casa do centésimo (±0.1°C).

     

    Pra quem gosta de micrometeorologia e análise de microclimas em estações próximas é excelente. Por enquanto conto com este registrador de T/UR, para meu banco de dados. O fabricante também tem mais aparelhagens, como anemômetros, pluviômetros, e outros acessórios e sensores, com o mesmo padrão de qualidade e precisão. Recomendo muito.

     

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  7. 2 horas atrás, Augusto Goelzer disse:

    Uma coisa que vem me intrigado bastante nos últimos tempos aqui no fórum, a todo momento pessoal querendo pintar BH como a capital da "agradabilidade", sendo que em 850m e 20S qualquer dia de sol acima de 23/24C vai te torrar basicamente.

    Ontem dei uma volta pela região serrana de SC, peguei 23C com vento oeste em Rancho Queimado (800m) e geral de bermuda/camiseta, sol realmente quente e o vento trazendo aquele bafo quente e seco de oeste (lembrando q estamos em junho a 27S, imagina agora 27/29C a 20S).

    Gostaria de entender as propriedades especiais/espirituais dessa capital para estar agradável em qualquer condição, ou com "calor ameno" 🤣

     

     

    Agradável é sol abaixo dos 20°C e de preferência com P.O. abaixo de 10°C.

     

    Se eu tivesse 26°C todo santo dia em junho, sob qualquer circunstância geográfica, trocava de hobby.

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  8. 3 minutos atrás, Pablo MQL disse:

    Me olvide de postear las temperaturas extremas durante el dia de ayer en Montevideo (Melilla)

     

    TEMP MÁXIMA
    18.44 a las 14:07:00
    TEMP MÍNIMA
    12.11 a las 20:24:00

     

    El dia de hoy a las 13hrs todavia no se  han superaron los 10°C, ni en la estacion estacion Prado 9,3°C ni en la estacion Melilla 9,8°C.

    Sigue el viento fuerte.

     

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    E nada de tocar no assunto do ponto de orvalho, que está em -6°C agora no Uruguai.

    Ninguém (leigos) sabe trabalhar com P.O. pq não se pratica isso.

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  9. MAIO 2020 NA MINHA REGIÃO DE MONITORAMENTO EM NOVA SANTA RITA E PORTÃO

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    Mês muito bom, para maio, que normalmente é bem chato. Foi dinâmico, melhor que o esperado, massas polares entrando com certa frequência. Evento de calor extremo no dia 11 pode ter sido a máxima absoluta da década em alguns pontos.

     

    Recuperação das chuvas, sendo dois eventos de volume expressivo (dias 12 e 21).

     

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    CHUVA: 153 mm

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  10. Bom dia a todos.

     

    Venho divulgar um grande projeto de monitoramento em um local de pouco conhecimento climático no estado do Rio Grande do Sul que idealizamos, em conjunto com os amigos do BAZ Whastapp e os amigos do De Olho no Clima RS: uma estação meteorológica em área rural, situada no extremo fundo de vale, confinado entre os paredões da serra geral de São Francisco de Paula. Este local é Barra do Ouro, distrito do município de Maquiné, no leste do RS, distante 136 km de Porto Alegre. O distrito possui cerca de 2 000 habitantes e está situado na região norte do município.

     

    Localização de Maquiné no Rio Grande do Sul

    Imagem 01: município de Maquiné (localização)

     

    O objetivo inicial é registrarmos, em eventos pontuais, potenciais temperaturas máximas absolutas do Estado, em ondas de calor fortes em que há adiabático de NW. Nele, há compressão do ar que consequentemente, traz aquecimento extremo do ar. Este fenômeno é observado em estações como Tramandaí/RS, Torres/RS, Criciúma/SC e inclusive Florianópolis.

     

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    Imagem 02: Relevo da borda da Serra Geral relativo a Barra do Ouro.

     

    Abaixo, alguns exemplos de aquecimento adiabático extremos (em ordem crescente de latitude), no qual é o principal parâmetro de embasamento deste projeto:

     

    INMET - Florianópolis/São José/automática (03/jan/2019) - recorde absoluto da estação (+100 anos):

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    Epagri - Criciúma/SC (20 e 25/dez/2012) - recorde absoluto BRASILEIRO de temperatura:

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    INMET - Torres/RS (25/dez/2012) - recorde absoluto histórico da estação (+100 anos)

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    Davis - Xangri-Lá/Malibu Atlântida (30/jan/2019), esta de maior importância, por estar diretamente relacionada com o ar quente que desce pelo vale de Barra do Ouro, e também por ser a mais próxima do local a monitorar:

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    INMET - Tramandaí/RS (30/jan/2019):

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    A conclusão é a seguinte:

    Se estes locais que não estão estrategicamente situados para terem as máximas absolutas, conseguem atingir marcas impressionantes, o que esperar de um vale fechado ao nível do mar praticamente, no pé da borda da serra de (1000 m), protegido do vento, e longe de massas de água? Este é o objetivo do projeto: o desconhecido torna interessante sob esta perspectiva (BAZ INVERTIDO).

     

    Além de eventos de máximas extremas, temos também uma grande área a cobrir com dados meteorológicos:

    - Ventos predominantes;

    - Índices pluviométricos possivelmente extremos, causado por chuvas orográficas na região: aprisionamento dos ventos úmidos que sopram do oceano (monção);

    - Umidades e pontos de orvalho desconhecidos (Davis - Turvo/SC = 30.0°C)

     

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    IMPORTANTE:

    Para tudo isso sair do papel e tornar realidade em nossa comunidade meteorológica, precisamos somarmos esforços para adquirir esta estação. Para isso, estou fazendo uma "vaquinha", com o objetivo de arrecadar fundos e recursos para colocarmos em prática este projeto. 

     

    Você pode participar da Vaquinha Online, acessando o link abaixo e fazendo sua doação, clicando em "Contribuir":

    https://www.vakinha.com.br/vaquinha/estacao-para-maxima-absoluta-do-rs

     

    A estação a ser adquirida dependerá do montante arrecadado, e será comprada com o @fredericowessel, desenvolvedor do site Estações do Brasil e da rede Tempo em Teutônia. 

     

    O projeto é de interesse a todos nós do Brasil Abaixo de Zero, e todos estão convidados a fazer parte desta caminhada, para um dia, conquistarmos nosso objetivo!

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  11. 28 minutos atrás, Wallace Rezende disse:

     

    Esta “estranheza” me parece ter a ver com as consequências da falta de frio em altura.  Colocando de maneira bem seca e resumida: não frio em altura significativo (mesmo levando em conta apenas a história recente, repleta de anos quentes) sobre o Brasil durante este evento, e não houve em nenhum momento de 2020 até agora para ser sincero.

     

    Veja que o Morro da Igreja e São Joaquim/Inmet ainda não negativaram este ano, e num ano “médio’ a primeira negativa nestes locais certamente já teria chegado nesta altura do ano (na verdade, não é nada raro a primeira negativa nos topos mais altos chegar já em abril, ainda que a data média seja em maio mesmo). O que teve de sobra este ano é resfriamento "de baixada" (por perda radiativa), e também em lugares que não são propriamente baixadas e mesmo assim acumulam ar frio à noite (como grandes áreas verdes e planas), e tudo isso por causa de uma maior persistência de tempo estável com ar seco em altura, muito além da climatologia (leste de SC e PR estão experimentando um dos outonos mais secos da história das observações, e está tudo interligado).  O frio advectivo ajuda não só os topos, mas também as áreas muito urbanizadas, suavizando os efeitos das ilhas de calor.

     

    No Sudeste, a bem da verdade, frio em altura forte (digamos zero ou negativo em 850, mas não necessariamente se limitando a isso) quase nunca há mesmo (tirando SP por vezes, e muito raramente pequenas partes de MG e RJ), mas o frequente avanço de sistemas frontais este ano, ainda que pouco intensos, já está sendo suficiente para provocar uma maior persistência de condições atmosféricas que favorecem o resfriamento radiativo noturno, como se observa na madrugada de hoje numa grande área.

     

    O que fez os “gigantes” (baixadas) de SC e do RS “decepcionarem” até agora neste evento (após uma avalanche de mínimas negativas entre abril e maio) foi o excesso de vento causado pela baixa no oceano, que impediu a estabilização do ar nas baixadas (elas se comportaram quase como topos, e como não havia frio em altura forte as mínimas não foram significativas), e uma concentração do ar seco em altura mais ao norte (vide Charco agora).  Nos próximos dias a estabilização será maior nestes locais mais ao sul e, apesar do frio em altura ainda mais fraco que agora, as mínimas cairão mais nas baixadas serranas.

     

    Tomara que o próximo inverno reserve ao menos uma boa advecção de ar frio para o Brasil, pois confesso que estes eventos onde resfria mais por radiação jamais conseguiram me empolgar, e estou achando este outono bem chato no Centro-Sul como um todo pela repetição deste padrão de MPs fracas e frequentes desde mar/abr, apesar de reconhecer a diferença muito grande entre este ano e o excepcionalmente quente outono de 2019.  Ano passado pelo menos estava histórico pelo calor, este ano está “friozinho”, mas muito longe de ser histórico.  Acho que (sacrilégio, se não me expulsarem do BAZ agora não vão mais!) estou quase preferindo 2019.

     

    Depois desse post, pode chavear este tópico e guardar em local seguro.

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  12. INTERFERÊNCIA DE SOLO ÚMIDO VERSUS SOLO SECO NA UMIDADE RELATIVA DO AR

     

    Quando temos solo umedecido, seja por banhados ou por chuvas recentes, há liberação de vapor d'água para a atmosfera (evaporação), e com insolação de verão, o solo quente faz essa evaporação ser ainda mais intensa. Esse fluxo de ar úmido, de Ponto de Orvalho mais elevado, na ausência de vento, é totalmente vertical. Porém, ao ventar, é trazido ar seco natural da atmosfera, livre de vapor. Com isso, a turbulência faz este fluxo de ar úmido se misturar com o ar seco original. Isso é um processo bastante rápido, com microvariações que duram segundos, e requer um datalogger de disparo rápido para perceber esta rápida oscilação. 

     

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    Durante a tarde, quando pára o vento por um instante, a Umidade Relativa e o Ponto de Orvalho começam a subir, mas logo são varridos quando o ar seco sopra, diminuindo a concentração de vapor acumulado sobre o sensor de UR.

     

    Observação com solo úmido

     

    Exemplo de variações de vapor captado pelo sensor da estação de NSR/BAIXADA podem ser vistos no dia 06/nov/2019. Este foi o primeiro dia seco e ensolarado, após mais de 150 mm de chuvas na semana. O terreno ao fundo estava bastante alagadiço, observe que o campo encontrava-se bastante verde:

     

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    Abaixo, o gráfico de Temperatura e Ponto de Orvalho, junto com a Umidade Relativa deste dia:

     

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    Perceba que a vibração no gráfico acontece SOMENTE no período onde há turbulência atmosférica causada pelo aquecimento diurno. Ao entardecer, essa turbulência cessa, o ar estabiliza, e então ocorre o acúmulo de ar frio nas baixadas.

     

    O período de interesse para a análise é quando há as vibrações, portanto, foi extraído o trecho entre as 12:00 e 13:00 do dia 06/nov/2019. O intervalo entre registros é de 10 segundos por leitura, portanto, o número de leituras em 1 hora é de 360 (amostra). Tem-se o seguinte desvio padrão da amostra de dados de Umidade Relativa registrados pelo datalogger:

     

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    Observação com solo seco

     

    Os últimos dias de abril/2020 foram de extrema estiagem e banhados secaram completamente, inclusive algumas áreas alagadas. É o caso da estação de NSR/BAIXADA, que experimentou dias com solo totalmente seco com "morte" da vegetação rasteira neste verão e outono, como mostra a imagem abaixo, em 07/maio/2020.

     

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    Com o gravíssimo volume baixo de chuvas (30 mm em 60 dias), os açudes de Nova Santa Rita reduziram o nível em mais de 1 metro, ou seja, o nível do lençol freático estava muito abaixo do nível do solo. Na imagem abaixo, um açude/barragem em Nova Santa Rita, próximo ao centro,  com nível abaixo do normal, em 21/abr/2020:

     

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    Quando se tem uma considerável profundidade de subsolo seco, mesmo com sol, a emissão de vapores para a atmosfera é mínima e, contudo, predomina a parcela seca do ar. As vibrações minimizam drasticamente, como pôde ser claramente observado no dia 27/mar/2020. A última chuva considerável tinha sido no dia 25/fev/2020, com acumulados insignificantes durante o mês inteiro. No auge da estiagem, o solo estava muito seco. Abaixo o gráfico da Temperatura e Umidade deste dia 27/mar/2020.

     

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    Não existe vibração, pois não existe emissão de vapores com o aquecimento do solo, então, tem-se um valor mais preciso da Umidade Relativa real da atmosfera. Por consequência, mesmo efeito reflete no Ponto de Orvalho. Em praticamente todos os dias durante este período de falta de chuvas, a UR e o PO tiveram este comportamento de baixa vibração.

     

    Considerando o mesmo período entre 12:00 e 13:00 deste dia, o desvio padrão da mesma amostra de dados é bem menor:

     

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    Esta questão é fundamental na instalação de estações em baixadas, com foco em mínimas absolutas. O vapor que levanta durante a madrugada pode interferir e travar a queda da temperatura. O melhor local é o ponto mais a jusante em que se tem solo seco.

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  13. INSTALAÇÃO DA LA CROSSE ONLINE NA ESTAÇÃO DE NOVA SANTA RITA/BAIXADA

     

    Sensor de Temperatura e Umidade vendido pelo mestre @Fernando Keiser no início de abril, da estação de Jardim Bandeira, em São Joaquim, agora está em Nova Santa Rita online!

     

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    O sensor está instalado conforme Normas padronizadas de medição meteorológica, abrigado dentro do mesmo abrigo do atual datalogger, a uma altura de 1,50 m do solo gramado.

     

    Devido à enorme distância do modem, o console teve que ficar fora de casa, na metade do caminho entre o wifi e o abrigo. A distância do console é de cerca de 70 metros do roteador e o sensor está no abrigo a 135 metros do receptor, totalizando 205 metros de distância, o que faz da La Crosse, na minha opinião, um excelente transmissor de sinal. Praticamente no limite da distância, por incrível que pareça não tem ocorrido perdas de sinal/comunicação entre console e sensor, idem para o wifi.

     

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    O console teve que ficar erguido em um mastro de 4 metros de altura para poder ter visada com o abrigo, que está no fundo da baixada. Para poder manter protegido das condições do tempo, foi colocado dentro de uma bolsa impermeável para proteger da chuva, e dentro de uma simples caixa de madeira para proteger da incidência direta de luz solar e superaquecimento. Foi utilizado uma extensão emendada em diversos pedaços, totalizando cerca de 80 metros de cabos, e fixada na cerca de arame farpado, que separa o gado do sítio.

     

    Visada do console até o abrigo, onde está o sensor (135 m):

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    Situação do console erguido e protegido:

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    Extensão para trazer energia elétrica do orquidário até o console:

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    Orquidário onde está a tomada que alimenta o console:

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    A internet costuma cair às vezes, e eventualmente até ficar fora por alguns dias. Nesse caso deixo em casa monitorando até a manutenção da internet realizar o reparo. 

     

    Link direto para consulta de dados:

    https://www.wunderground.com/dashboard/pws/INOVAS2

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  14. 4 horas atrás, Lucas Venturini disse:

    A pergunta que não quer calar: o que acontece com a estação automática do inmet em Curitiba que em todos os eventos de frio há varios anos ela simplesmente sai do ar o dia inteiro...?

    Enfim, a máxima hoje foi praticamente a mesma de ontem, 17° apesar de hoje com sol e ontem bastante nublado

     

    UM DEFEITO CHAMADO PILHA VAGABUNDA

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  15. Agora, Augusto Goelzer disse:

    Uma coisa que é sempre bom parafrasear, se quiserem utilizar esse modelo para fazer um estudo sério, não utilizem estações em baixadas (microclimas), elas distorcem muito para cima a dinâmica térmica diária em relação aos topos (atmosfera mais livre).

     

    Minha estação de PORTÃO/TOPO tem dinâmica de 2.66, enquanto o VALE tem 2.70.

    Normal diária de dinâmica.

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  16. 8 horas atrás, LeoP disse:

     

    Essa metodologia é boa e esclarecedora, mas vejo algumas incoerências. Me parece bem forçado colocar a região de Brasília no mesmo nível de dinâmica do centro do Amazonas ou o triângulo mineiro e BH junto do sul do AM, apenas pra citar dois exemplos. Me parece mais a representação de um padrão de avanço de MP continentais do que as variações em si.

    Até porque a simples variação de minimas pela subsistência nessas áreas que citei já faz uma baita diferença com relação à floresta amazônica. Temos ainda a atuação das MP marítimas que não afetam o norte do país, mas trazem boas variações no leste do SE.

     

    Outra coisa: considera apenas variações de um dia para o outro. Aqui em MG (e creio que a região de Brasília idem), é muito comum a temperatura não cair bruscamente em 24h, mas manter uma tendência de queda por vários dias, o que traz um forte resfriamento no todo. Isso não ocorre no norte do país onde, quase sempre, as pequenas variações são aleatórias para mais ou para menos (a não ser em 1 ou 2 dias de atuação das MP).

     

    Aquele levantamento foi uma brincadeira que fiz com as capitais (assim como o Caco brincava com os graus de subtropicalidade). Não é pra ser levado a sério. 

     

    Falando em dinamismo, a queda será brutal em Nanuque, no nordeste mineiro (divisa com a Bahia):

     

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    Dinâmica térmica, não é sazonalidade anual.

    Se (exemplo) cair ou subir 10°C em 2 dia, ou em 10 dias, o valor final será o mesmo. A questão é quantas vezes sobe ou desce 10°C (em módulo) por mês/ano. E nem sempre a dinâmica da mínima é igual a da máxima. O mapa corresponde ao valor médio entre as duas, e é uma estimativa grosseira, utilizei poucos locais. Claro que se refinado, poderão surgir "pontos fora da curva".

    O método é livre para brincar e descobrir. O tópico dos Resumos Climatológicos é uma boa fonte de dados anuais.

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