Jump to content
Brasil Abaixo de Zero

klinsmannrdesouza

Members
  • Posts

    1184
  • Joined

  • Last visited

  • Days Won

    1

Everything posted by klinsmannrdesouza

  1. É porque em outubro a ASAS recua bastante para o oceano, permitindo os primeiros fluxos de umidade vindos da amazônia atuar sobre o Sudeste e Centro Oeste causando apenas temporais no período diurno, mas só em novembro que as chuvas ficam volumosas a ponto de duras vários dias, e também quando começa a chover nas áreas mais ao sul do semi-árido. Sobre as chuvas abaixo da média nos verões anteriores, no de 2013/2014 houve um empilhamento em todos os níveis atmosféricos da ASAS deste a Bahia até o Rio Grande do Sul entre janeiro e primeira quinzena de fevereiro causando um calor terrível, o bloqueio terminou apenas com um ingresso de um fortíssimo sistema frontal que chegou até o Espírito Santo, curiosamente o Outono de 2014 foi bem antecipado. Em 2014/2015, o bloqueio foi bem mais fraco e afetou mais Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, as chuvas se normalizaram em São Paulo e Rio de Janeiro.
  2. O mês de Novembro está dando um baile em Dezembro e Janeiro no quesito chuvas sobre o sudeste; os canais de umidade estão se formando com maior frequência neste mês e chove até no sertão nordestino, daí quando muda pra Dezembro é uma dificuldade em se formar uma Zcas, estranho este novo padrão de circulação atmosférica.
  3. Caramba, um volume de chuva desses seria difícil de alcançar até mesmo numa ZCAS intensa.
  4. Modelos numéricos sugerem para daqui a alguns dias a entrada de ar polar em toda a Europa chegando até o norte da África, podendo ocorrer neve em muitas áreas do continente, inclusive em localidades menos comum como nas proximidades de Madrid, Lisboa e nas regiões serranas do Marrocos, Argélia e Tunísia.
  5. Novembro há muito tem sido um oásis com temperaturas mais amenas e muita chuva no nosso país, um mês que compensa o calor e a secura terríveis de Outubro.
  6. As massas polares adentram o México através das planícies centrais dos Estados Unidos, ajudado pelas montanhas dos Apalaches, a neve pinta de branco o norte mexicano frequentemente no período frio por esses fatores e pelas grandes altitudes em algumas localidades, as mínimas por vezes são inferiores a zero, é muito parecido com o que ocorre no sul do Brasil.
  7. A circulação da ASAS afeta mais a região Sudeste no outono/inverno porque esta mais próximo do centro da alta pressão quente, por isso muitas vezes o ar polar avança até o sul do Amazonas pelo interior do continente e pelo litoral alcança apenas o estado de São Paulo, com uma pequena contribuição do relevo bastante ondulado da Mantiqueira que funciona como um obstáculo ao avanço das frentes frias, enquanto que nas mesmas latitudes a planície do chaco serve de corredor livre para as massas de ar se movimentarem rapidamente. O maior adento fica por conta da estação chuvosa ser mais marcante nesta porção do país, voltada em diagonal para a amazônia e os rios voadores provenientes da massa equatorial continental traduzida na forma das ZCAS.
  8. Houveram algumas boas massas polares em junho e julho; o que faltou foi um ciclone como este de agora para ter impulsionado o frio sobre o Sudeste.
  9. Junho de 2011 foi espetacular em termos de frio, muitas áreas do país tiveram temperaturas baixas, talvez foi o mais frio em anos.
  10. Que bela frente fria, um típica marítima característica dos meses mais frios do ano.
  11. Ah sim, naquele mês o anticiclone subtropical estava mais ao sul do que o habitual e por isso era reabastecido pelas massas polares oceânicas, garantindo temperaturas mais baixas na metade leste do país até mesmo na região Nordeste.
  12. Foi um trimestre que lembrou muito os invernos dos anos 80, sem picos de calor fora de época com destaque para a onda de frio entre os dias 25-28 de junho que provocou neve com acumulação nos pontos mais elevados de Santa Catarina e geadas generalizadas desde a campanha gaúcha até a região central de Mato Grosso do Sul; a Mantiqueira foi agraciada com frio seco e tendo suporte em altitude, o mirante de Santana cravou em 6 graus a mínima. Aliás, se eu não me engano foi nesse ano que houve uma reportagem a respeito do frio em áreas do Nordeste (14/15 graus, o que pra eles é muito significativo), com os moradores improvisando casacos.
  13. Mas foi um período relativamente bom de maneira geral porque a neve apareceu com maior frequência nos planaltos sulinos tendo acumulação mais significativa em 2010, 2011 e 2013, as massas polares continentais ficaram mais amplas sobre o sudeste ( vários exemplos como Maio de 2007, Abril/Maio 2008, Junho 2009, outono 2010, outono/inverno 2011 e em Maio, Julho e Agosto 2013). Concordo que ficou bem distante do que houve nos anos 70/80 quando verdadeiros outbreaks polares arrefeciam o continente sul-americano; porém conforme você mostrou, as anomalias positivas foram muito mais comportadas se compararmos com os pesadelos 2014 e 2015.
  14. De fato, tivemos um ciclo entre 2007 e 2013 em que os invernos foram mais rigorosos na América do Sul com dois episódios de neve mais significativos em 2010 e 2013, depois entramos numa fase desfavorável a eventos de frio com exceção de 2016. Lembrando que tivemos um ciclo frio entre os anos 40 e 70, um quente entre os anos 80 até metade dos anos 00, e um possível frio a partir de 2007 com a redução da atividade solar.
  15. A última lá nina intensa foi entre 2010 e 2012, antes disso houveram dois episódios, um em 1988/1989 e entre 1998 e 2001. É um facilitador para invernos rigorosos aqui na América do Sul, vide 1988, 1999, 2000 e 2011.
  16. A estação chuvosa no interior Nordestino começa apenas em Novembro no centro-sul do Piauí, todos interior da Bahia e oeste de Pernambuco.
  17. O que aconteceu foi a antecipação da estação chuvosa para o mês de agosto, prolongando em setembro com muita chuva e temos que esperar se outubro também será úmido na maior parte do país; estou achando bem parecido com o que ocorreu em 2009 quando choveu bastante em setembro no centro-sul brasileiro e em outubro choveu até mesmo no interior nordestino, o que de praxe só acontece em novembro, aliás a temporada de calor e chuvas naquele ano teve um início precoce, tanto que nos meses mais chuvosos não houve a ocorrência de ZCAS, dezembro e janeiro foram de muito abafamento com temporais intensos e passageiros.
  18. Houve a ocorrência de algum tornado nesse evento de tempo severo no Uruguai e RS?
  19. Olhando os dados hoje; as chances de ocorrer um el nino são altas, porém este deverá ser bem mais fraco e mais curto do que o último de 2015/2016, o que ajudaria o Sul do país a não permanecer na estiagem e não prejudicaria tanto o Nordeste, mesmo assim somente o fato de as águas do Pacífico Equatorial aquecerem a atmosfera já começa a ser afetada, ainda que sem o nino.
  20. Os mergulhos das anomalias de temperaturas na costa do Pacífico Equatorial para patamares inferiores a +0,5º a partir de agosto acabaram por favorecer o avanço das frentes frias e massas polares sobre o continente sul-americano, além das chuvas incomuns que ainda estão ocorrendo no centro-norte do Brasil; todavia considerar apenas o Pacífico não é aconselhável, uma vez que as anomalias na costa brasileira sob o oceano atlântico também surtem efeitos na dinâmica atmosférica da América do Sul. Pelas atuais análises, a maior probabilidade é da ocorrência de um el niño fraco com breve pico moderado, com o início precoce das chuvas nos trópicos tendo a formação dos canais de umidade um pouco prejudicados, porém tenderão a ocorrer ainda que com menor frequência e um pouco mais ao sul do que o normal. Poderemos ter um análogo da primavera/verão de 2006/2007 e 2009/2010, quando o Nordeste sofreu uma estiagem fora de época sem grandes proporções.
  21. Você tem razão, faltou pelo menos umas duas massas polares amplas nos meses de junho e julho porque maio houve a frente fria da segunda quinzena que foi muito forte, Junho fez muito frio no Sul, MT, MS, oeste de SP e Sul da Amazônia e Julho idem.
  22. Na verdade, pra Goiânia e com menor intensidade em Brasília; os meses mais seco do ano são agosto e setembro, outubro já chove bastante em Goiânia e ocorre algumas pancadas de chuva na capital federal. Toda a área que vai do centro-Sul de Rondônia, 70% da região Centro-Oeste, a metade norte do Sudeste e a parte ocidental/meridional do Nordeste registra as maiores temperaturas máximas em setembro, em condições normais a umidade desce da Amazônia no mês de Outubro sob o Brasil Central, alcança parte do sertão Nordestino em Novembro e em Dezembro a ZCIT se aproxima do litoral norte do Nordeste.
×
×
  • Create New...

Important Information

By using this site, you agree to our Guidelines.