klinsmannrdesouza
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Agosto, em média, é mais frio que maio, porém a radiação solar é mais elevada e é mais propenso a eventos de calor provocado pelos bloqueios atmosféricos. Maio ainda é outono, por isso o frio tende a ser mais brando, apesar das frentes frias avançarem com maior facilidade pelo interior do continente, não é raro que neste mês as massas polares sejam continentais amplas, enquanto agosto possui maior histórico de continentais bloqueadas. Já tivemos muitos meses de maio excelentes em termos de frio: 1979, 1984, 1988, 1990, 1996, 1997, 1999, 2004, 2006, 2007, 2008, 2009, 2011 e 2013. Em alguns anos, é neste mês em que ocorrem as menores temperaturas mínimas do ano na maior parte do país, como foi em 2006, um ano morno em que somente maio se salvou, e 2018, naquela massa polar entre os dias 18 e 22. Também tivemos bons meses de agosto: 1978, 1984, 1991, 1999, 2003, 2010, 2013, 2016 e 2018, 1999 e 2010 com direito a frio intenso.
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Exatamente, a primeira quinzena de julho normalmente registra as menores temperaturas do ano no Brasil como um todo, maio já apresenta uma dinâmica mais próxima do inverno do que no outono, dá pra notar agora que esta anoitecendo bem cedo e amanhecendo mais tarde. Eu excluo agosto e setembro porque estes dois meses destoam muito dos outros três pela maior intensidade dos raios solares e pelos bloqueios secos que impedem as frentes frias de chegarem até o interior, até no Sul agosto já é mais quente.
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No século XX algumas frentes frias conseguiram chegar simultaneamente até o litoral do Alagoas e norte do estado do Amazonas, em 1928 por exemplo numa onda de frio que causou neve em Curitiba com acumulação significativa; na tão comentada onda de frio de 1979 onde o centro da massa polar passou sobre o estado de São Paulo a frente fria chegou até o litoral de Sergipe e a 60 km da linha do Equador; em 1988 no mês de julho uma frente fria chegou até Recife enquanto quase todo o país congelava. Os registros de frentes frias/massas polares que chegam até te a linha do Equador pelo estado do Amazonas é mais frequente do que aquelas que chegam até Pernambuco porque o relevo do interior da América do Sul, do centro da Argentina até a Amazônia é de baixa altitude, daí qualquer sistema frontal de média intensidade consegue chegar até o Acre, para alcançar o litoral do Nordeste sendo continental é necessário um cavado intenso em todos os níveis da atmosfera e um ciclone extratropical na altura do litoral de SC para direcionar o anticiclone frio para norte.
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Sem o Himalaia, as precipitações da monção chuvosa chegariam com muito mais intensidade ao Tibete/Oeste da China, enquanto choveria com maior homogeneidade por toda a Índia, mas sem grandes volumes pluviométricos (superiores a 600 mm num único mês como ocorre frequentemente). Porém, os ventos frios da alta siberiana que se estabelece na Mongólia entre setembro e março chegariam com muito mais força por todo o país, de modo que muitos lugares da Índia registrariam temperaturas mínimas inferiores a 10 graus, e poderia até nevar em Nova Délhi, o que não ocorre.
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A TSM do oceano atlântico potencializa ou suaviza os efeitos do el niño, se estiver acima da média a seca no Nordeste e a chuvarada no Sul/Paraguai/Uruguai são extremadas; caso o contrário, as anomalias forem negativas os efeitos são atenuados. Em 1997 e 1998, apesar da ocorrência do el niño mais intenso que se tem registro, haviam anomalias significativas de temperatura abaixo da média nas águas do litoral gaúcho até a Bahia, como consequência a estiagem no Nordeste foi mais branda e as tempestades no Sul/Paraguai/Uruguai e parte dos estados do MS e SP foram mais fracas; o período frio de 97 (março-agosto) foi caracterizado pela antecipação das massas polares ainda em março, prosseguiu abril, maio e junho com umidade fora de época e baixas temperaturas, inclusive com geadas amplas no centro-sul do Brasil na primeira quinzena de junho, os cavados em médios níveis, baixas pressões no litoral sul brasileiro e as anomalias negativas de temperatura no Atlântico sul facilitaram a expansão dos sistemas frontais até o litoral do Nordeste durante o primeiro semestre de 97. Os efeitos do el niño foram aparecer somente em julho, com bloqueios atmosféricos quentes e secos sobre muitas áreas da América do Sul, bem como grandes acumulados pluviométricos ao sul do paralelo 25S, a primavera foi antecipada para a segunda quinzena de agosto. Porém, a estação chuvosa começou no período normal, em setembro no oeste/sul da Amazômia, Paraná e sul do MS/SP, outubro na maior parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, Novembro na Bahia, sul do Maranhão e Piauí e Dezembro no litoral do Pará e Maranhão. Entre janeiro e abril de 98 ocorreu uma estiagem na maior parte da região Nordeste, ainda sim não foi de grande intensidade. A partir de janeiro de 98 o el niño entrou em rápido declínio, por causa do ressurgimento de uma grande bolha de águas frias no Pacífico Equatorial, em maio daquele ano a atmosfera já estava totalmente neutra.
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O maior problema que estamos tendo é a falta de uma massa polar híbrida, com ciclone no sul e advectando frio para quase todo o país, há uma total anticorrelação entre o Sul/MT e MS/AC, RO e AM e Sudeste/Nordeste, quando o interior da América do Sul congela o Sudeste torra, e quando o Sudeste gela o resto torra. Isso de 2010 pra cá tem sido muito comum. Em tempo, este ano poderia ser um análogo de 1965, mesmo que o outono e inverno daquele ano tenham sido muito quentes, houve pelo menos três grandes ondas de frio, a primeira no final de maio, a segunda, mais ampla e intensa do ano, na primeira quinzena de julho e a terceira em agosto, esta última muito continental e bloqueada, com nevasca no sul e chuvas atípicas em Minas Gerais. Está faltando dinâmica.