klinsmannrdesouza
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Em termos de abrangência a do final de junho de 2011 é uma grande candidata, pois naquele evento nevou bastante nas serras de SC e RS, além de alguns pontos no sul do Paraná; as geadas ocorreram do Chuí até a Serra da Mantiqueira e Zona da Mata Mineira, e também em grande parte de São Paulo e Mato Grosso do Sul, a frente fria chegou até Salvador e Manaus. Depois vem a de julho de 2013, esta foi melhor para o interior da América do Sul porém no Sudeste ela foi até fraca, somente o estado de São Paulo sentiu frio intenso.
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Não, eu quiz dizer a mínima absoluta anual, em Goiânia, normalmente é de 8/9 graus, as mínimas médias de junho e julho ficam por volta dos 15/16 graus. Posso usar também como exemplo Campo Grande MS, onde a menor temperatura em anos normais é de 5 graus, mas a menor média mínima, que ocorre em junho e julho, é de 14 graus. Esta faltando uma massa polar continental típica deste mês para realmente sentirmos frio.
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A Austrália está um pouco mais ao Sul do que o Brasil, o ponto mais ao norte daquele país esta na mesma latitude de Salvador na Bahia, o ponto mais ao sul é a Tasmânia no paralelo 40. Nas mesmas latitudes, as médias de temperatura no inverno são mais baixas na Austrália considerando tanto no litoral como no interior; porém no verão as temperaturas lá são muito mais altas, porque só chove bastante na metade norte australiana (acima do Trópico de Capricórnio).
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As médias térmicas no outono e Inverno na Austrália são baixas pela constância do frio, o país não costuma registrar temperaturas extremas como já houveram aqui na América do Sul nos anos 50, 60 e 70 do século passado. A baixa altitude do relevo permite trocas abruptas das massas de ar, as frentes frias lá chegam até o extremo norte do país. Enquanto aqui, mesmo que ocorram bombas polares, o predomínio é de dias quentes até mesmo em julho, daí temos médias lixosas que só se salva o sul do país.
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Concordo com seu ponto de vista, a intensidade do frio não depende somente da pressão isobarica das massas polares mas do mecanismo que facilita a advecção do frio para as baixas latitudes, em 1979 a alta era ''meia-boca'' em termos de pressão, mas havia um cavado profundo e um ciclone extratropical que a direcionaram para norte, resultado o ar frio continental chegou até a Bahia e a frente fria até Sergipe e norte do Amazonas, bem como a nevasca no Sul e as geadas no Sudeste e MS.
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A grande massa continental da Austrália, com seu baixo relevo, facilita bastante o avanço das massas polares, bem como sua latitude mais ao Sul se comparada com o Brasil, lá chega até o paralelo 40S. Idem para o sul da África, que alcança o paralelo 34S no Cabo da Boa Esperança, as frentes frias chegam até o Sul do Congo todo ano, ainda que não tenha os extremos de temperatura que temos, o frio nestes dos lugares do Hemisfério Sul e muito mais constante do que aqui. É frustrante, após 3/4 dias de frio intenso, o bafo infernal do calor voltar como se estivéssemos no verão, deixando nossas médias mensais coxas.
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Os episódios de el niño/la niña atrapalham ou favorecem o frio no outono/inverno dependendo de sua intensidade, se forem fracos não há muita interferência da circulação atmosférica global e da América do Sul, se forem intensos a dinâmica das massas de ar fica desorganizada. Outro fator, para nós do continente sul-americano são as anomalias de temperatura do oceano atlântico, quando estão positivas a ASAS (bloqueio de uma massa de ar seco e quente) se fortalece, ficando mais a oeste da sua posição climatológica normal; do contrário, havendo anomalias negativas os sistemas frontais alcançam com facilidade o litoral nordestino, mesmo se o Pacífico Equatorial estiver aquecido. Em 1994, apesar do aquecimento ao largo da costa do Peru, as anomalias do Atlântico Sul estavam próximas da normalidade ou até levemente abaixo da média; o outono daquele ano foi muito quente na maior parte do continente sul-americano e com muita chuva no Sul do Brasil. Somente em junho o frio apareceu, primeiro com uma massa de ar frio de moderada intensidade, entre os dias 18 e 22, posteriormente um grande anticiclone frio invadiu nossas paragens acompanhado de um ciclone extratropical no litoral de SC e RS, ocasionando temperaturas baixíssimas até mesmo nas localidades próximas do Equador. O frio prosseguiu com outra alta polar entre os dias 5 e 10 de julho, que em alguns lugares foi até mais intensa do que a anterior, igualmente continental; porém em termos de média o período frio foi muito quente. No ano seguinte, 1995, as anomalias do Atlântico sul estavam muito acima da média, resultando num outono e inverno pífios em termos de frio, apesar de que na mesma época estar se formando uma la niña de fraca intensidade, que durou até janeiro de 1997. 1996 foi excelente para o frio pois tanto o pacífico quanto o atlântico estavam resfriados, o frio, mesmo sem extremos, foi constante de abril à setembro.
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A Cordilheira dos Andes canaliza as massas polares para norte na América do Sul, somado com o baixo relevo do Chaco e a disposição longitudinal das serras no Brasil facilita os ventos frios de chegarem muito próximos da linha do Equador, principalmente na Amazônia. As altas altitudes das montanhas comprimem os anticiclones frios de modo que eles adentram o continente pela Patagônia ou Terra do Fogo.