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Brasil Abaixo de Zero

klinsmannrdesouza

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  1. Sobre essa questão das médias, há duas comparações interessantes de cidades quase na mesma latitude: Belo Horizonte X Campo Grande e Juiz de Fora X Ponta Porã. A capital mineira possui valores relativos menores do que a capital sul-mato-grossense nos meses de maio, junho, julho e agosto, porém a mínima anual em Campo Grande é muito mais baixa do que em Belo Horizonte, enquanto na primeira fica por volta dos 5 graus na segunda fica entre 9/10 na oficial do inmet, isso somado com algumas máximas baixas, ente 13/15 graus com tempo nublado que ocorrem com relativa frequência em CG. Já entre Juiz de Fora e Ponta Porã a diferença é ainda maior porque esta última chega perto de 0 graus no auge do inverno e a primeira fica entre 6/7 graus apesar de que a constância do frio é maior em Juiz de Fora porque recebe as ondas de frio marítimas que são mais frequentes, porém não são intensas como as continentais.
  2. Todo o oeste do Brasil sem massas polares esquenta no padrão verão, isso junto com a baixa umidade fica desconfortável porque a noite até fica fresco depois a temperatura sobe rapidamente, verdadeiro efeito cebola.
  3. Esse bloqueio é típico daqueles que antecedem uma onda de frio intensa, depois dele há grandes chances de vir algo interessante para a América do Sul. Quem sabe uma massa polar ampla, afetando ao mesmo tempo muitas áreas do país? Só temos que aguardar..
  4. Este mês de abril está bem diferente dos dois anos anteriores, tivemos a primeira massa de ar frio significativa da temporada agora e os picos de calor estão mais próximos da normalidade. Tomara que continue assim nos próximos meses, quem sabe não vem algum evento histórico.
  5. Pelo comportamento da atmosfera estamos em padrão La Nina desde julho, considerando aquela onda de frio que é comum em anos de pacífico equatorial resfriado, depois veio agosto e setembro muito secos na maior parte do Brasil (tudo bem, agosto normalmente é o mês mais seco do ano por aqui, mas setembro já começam as primeiras chuvas). Outra característica desse padrão foi o atraso em um mês do início da estação chuvosa nas regiões tropicais da América do Sul, foi em novembro quando deveria ser em outubro, e foi de maneira brusca, porque outubro choveu muito pouco exceto em no Sul, áreas de SP e no MS.
  6. Extraoficialmente a menor temperatura aqui em Campo Grande foi de -3,4C nesta onda de frio de 1975; há outro registro desta vez oficial de -0,9C na onda de frio de agosto de 1978, que também foi extrema. Nós anos normais a mínima anual por estas bandas fica entre 5/6 graus, pode ocorrer geada fraca dependendo da intensidade da massa polar ( a última vez que geou por aqui foi em 2013 ).
  7. Essa onda de frio de 2013 foi a mais forte da década de 2010 para os estados do MS, MT e Amazônia ocidental, ficando empatada com a de 2000 (os valores de mínimas e máximas foram bem parecidos com o primeiro pulso daquele ano, inclusive a configuração sinótica da massa polar foi parecida). Em ambas as ocasiões, Campo Grande registrou temperaturas abaixo dos 5 graus, Cuiabá baixou dos 10 e durante a tarde o frio foi descomunal pois estava aliado ao tempo nublado e vento (as massas polares no Centro-Oeste provocam ventos fortes apenas na chegada, quando se estabiliza a atmosfera fica parada).
  8. A previsão diz que as temperaturas ficarão acima da média mesmo com as massas polares intensas, possivelmente teremos eventos de pré-frontal antes das quedas de temperatura. Não é de todo ruim assim.
  9. O clima AW, tropical com estação seca tem seu limite sul nas cidades de Campo Grande (MS) e Presidente Prudente SP), onde nos meses mais secos os totais pluviométricos são menores que 40 mm. Ao sul dessa região começa o clima subtropical; o noroeste paranaense ainda possui uma redução das chuvas nos meses de inverno porém em menor intensidade e com duração mais curta, dá pra observar que o pico das chuvas no sul do MS e metade do Paraná ocorre na primavera, enquanto no verão o tempo fica mais seco; outra diferença fica nas temperaturas visto que as geadas por ali ocorrem todo ano.
  10. Março é o divisor de águas entre o período quente e frio além da passagem da estação chuvosa para a seca nas áreas da América do Sul acima dos trópicos, deve ser complicado pros modelos numéricos preveem o comportamento das chuvas e temperaturas, assim é normal essas oscilações na previsão a médio prazo. Por hora temos que esperar o desenrolar dos dias.
  11. Boa tarde, aqui na capital do Mato Grosso do Sul o céu está ensolarado numa cor azul intensa, detalhe para a amenidade das temperaturas para a época do ano. Seria um efeito indireto do ar polar no sul do país?
  12. Aqui em Campo Grande houve alagamento em várias ruas, com direito a acúmulos de água até o joelho. A chuva chegou por volta do meio dia e desde então vem ocorrendo em intensidade moderada a forte, porém sem extremos quanto a ventania ou granizo.
  13. Esse período de 2007 a 2013 ocorreu a coincidência de o atlântico sul e pacífico equatorial estarem de normal a abaixo da média, por isso tínhamos boas sequências de frio onde os sistemas frontais chegavam muito próximo à linha do Equador, quase a metade do Brasil registrava temperaturas mínimas abaixo dos 10 graus e a neve ficou mais frequente e acumulou em quantidade razoável em algumas ocasiões. Foi interessante as vezes em que ocorreram tardes muito frias em pleno Brasil central como em maio de 2007 em Brasília (os termômetros chegaram a marcar 14 graus entre as 13/15 hs), os 4/5 graus registrados em Campo Grande no mês de julho 2009 (se houvesse maior suporte em altura, teríamos tido pelo menos uma chuva congelada), a onda de frio de julho 2010 muito intensa para o oeste Brasileiro, fora 2011 e 2013 com outono e inverno gelados. Isso sem falar nos verões mais brandos que tivemos também nessa época, já que os corredores de umidades eram bem mais amplos e duradouros, vide 2009, 2009, 2010 e 2011, além de dezembro de 2013. Depois de 2014 as coisas pioraram em termos de chuva e temperatura, aquele ano junto com 2015 foram os piores, praticamente sem frio e com pouca chuva até no verão, por causa dos dois principais oceanos muito aquecidos.
  14. Entendi o que você quer dizer, em março a circulação atmosférica começa a mudar em relação aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. As maiores precipitações começam a migrar para norte, os raios solares vão se inclinando principalmente abaixo do paralelo 20S e as primeiras massas polares chegam no centro-norte da Argentina, Uruguai, Sul do Brasil e de maneira mais fraca aos Estados do MS e SP. Quanto mais afastado dos trópicos mais nítida é a mudança, enquanto para a maioria isto é pouco perceptível. Nas médias de temperatura, exceto o Sul realmente a diferença é mínima, já que este mês é um divisor de água entre a época quente e a época fria.
  15. Nesse mês de julho 2012 foi registrada geadas de fraca a moderada intensidade em pelo menos 50 por cento dos municípios aqui do MS, em Campo Grande a mínima absoluta foi de 5 graus; pro oeste do Brasil os efeitos do el Nino são mais brandos do que no Sudeste. Em 2013 se não me engano a mínima absoluta em Cuiabá foi de 8 graus, deve ter ocorrido geada nos municípios mais frios e na Chapada dos Guimarães a temperatura deve ter negativado.
  16. O problema é quando o calor absurdo em março e abril não é compensado com frio intenso em maio, junho e julho; se tivemos dois meses muito quentes seguidos de três com ondas de frio amplas e intensas não tem problema, agora fritar no verão e depois no outono e inverno é dose. Alguns anos no passado tiveram um verão ameno seguidos de outono e inverno frios enquanto nós anos recentes (2014 e 2015) simplesmente cozinhamos fora de época.
  17. Em 2019 antes da massa polar de julho houve uma na primeira quinzena de maio que também foi intensa e ampla, inclusive ela que inaugurou a temporada de frio nas áreas acima do paralelo 30S. Concordo com você, a onda de frio de julho foi bem interessante pra quem gosta de frio porque ela foi a mais intensa desde 2016, e por ocorrer no mínimo de radiação solar a sensação de frio ficou por mais tempo no ar. Pra mim ano ruim de frio é aquele em que temos maio, junho e julho sem frio pelo menos intenso e amplo, em abril o frio ainda não chega com muita força no Sudeste e Centro-Oeste e em agosto e setembro a radiação solar já é muito mais intensa do que nos meses anteriores, fora que é nessa época que a ASAS domina toda a circulação atmosférica em cima do Brasil. É mais difícil termos eventos extremos de frio no final do inverno, embora possam ocorrer. Um ano considerado ruim como 2012 não foi totalmente perdido porque tivemos ondas de frio fortes nos meses certos, uma no final de março, outra no final de abril, duas no mês de julho e no final de setembro. Julho teve uma boa constância de frio e uma massa polar bem continental que causou geadas até no sul do estado de Goiás.
  18. 2016 foi bom para muitas áreas do pais, mesmo que não tivemos nenhum frio extremo naquele ano as ondas de frio eram mais constantes e amplas, deixando a sensação de frio por mais tempo. Os maiores destaques naquele ano foram as massas polares do final de abril e primeira quinzena de junho, as mais intensas do outono e inverno, a de junho foi a mais forte do ano para o Sudeste como um todo, já que a cidade de São Paulo em sua totalidade registrou mínimas inferiores a 5 graus, a cidade do Rio teve mínimas menores que 10 graus em 50% de seu território e Belo Horizonte registou 10 graus no local mais quente da cidade (nas regiões menos urbanizadas as mínimas devem ter ficados entre 5/7 graus. 2017 como um todo foi mais fraco em termos de frio que no ano anterior, principalmente por causa de maio e da segunda quinzena de junho, muito quentes para a época e que acabaram por elevar a média mensal final em todo o centro-sul brasileiro. Abril foi mediano, na primeira quinzena de junho uma forte onda de frio resfriou mais da metade do país com destaque para o Centro-Oeste e Norte, julho um pouco abaixo da média por causa da onda de frio marítima que resfriou até mesmo o interior do continente e na metade do mês uma massa polar bem continental causou mínimas bem baixas no oeste da região Sul e nos estados do MT e MS. Depois agosto e setembro foram muito quentes. 2018 Só teve de relevante as ondas de frio de maio e início de setembro, continentais e amplas, chegando até a divisa de Goiás com o Tocantins, o resto foi muito ruim. 2019, foi ainda mais fraco que os anos anteriores, a temporada de frio começou só em maio e no começo de julho aquela massa polar continental conseguiu esfriar ao mesmo tempo todo o Centro-Sul do Brasil.
  19. 2016 foi o último ano que teve frio intenso e amplo no nosso país, depois dele os invernos estão acima da média ( pode ser que 2017 tenha sido menos pior do que 2018 e 2019).
  20. O nosso padrão de inverno mudou depois de 1995, que por sinal foi muito fraco, houve uma pausa em 1996, 1999 e 2000 ( entre eles tivemos 1997 na média e 1998 mais fraco que 1995); 2001, 2002 e 2003 foram um show de horror, poucas massas polares intensas e muitos bloqueios secos. 2004 foi uma exceção pelas chuvas abundantes no centro-norte do Brasil e pela constância de frio intenso entre o final de abril e julho; 2005 e 2006 nem se fala, um ano pior do que o outro. Houve uma mudança entre 2007 e 2013, os períodos de frio na América do Sul ficaram mais intensos e amplos, os verões eram mais comportados e chuvosos na maioria das áreas e a neve pintou de branco as serras sulinas em 2010, 2011 e 2013, até 2012 que foi acima da média teve ondas de frio recentes ( final de março, final de abril, junho para o RS, julho para o país como um todo e final de setembro); infelizmente depois de 2014 desandou tudo, ele e 2015 conseguiram colocar outros anos no bolso e dobrar no quesito calor prolongado.
  21. Depois de 2007 tivemos 2011 e 2013 com Atlântico e Pacífico de normal a abaixo da média. Pode ser que quando o Atlântico está mais frio os bloqueios secos ficam enfraquecidos e afastados para leste, abrindo caminho para as massas polares chegarem até latitudes mais baixas do que o normal pelo interior do continente. Isso também pode explicar a falta de neve em anos de frio intenso e constante, já que as massas polares continentais são secas.
  22. A atmosfera demora alguns meses para mudar o padrão de el nino e la nina, dependendo da intensidade do mesmo; em 1995 e 1998 o Altantico estava mais aquecido do que em 1997, isso contribuiu para que os invernos daqueles dois anos fossem fracos não só no Sudeste mas em muitas áreas da América do Sul.
  23. 1988 foi memorável se tratando de frio, de abril a julho as altas polares atravessavam a América do Sul somente pelo interior do continente, resultado tínhamos as frentes frias chegando até Pernambuco e Manaus, mínimas abaixo dos 5 graus na cidade de São Paulo e geadas amplas até o sul Goiás e todo o estado do MS. Teve também a ocorrência de neve no Parque Nacional do Itatiaia, inclusive tem um vídeo dela no YouTube e chegou a ser noticiada na tv da época.
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