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Brasil Abaixo de Zero

klinsmannrdesouza

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  1. Neste mês fará um ano em que o pacífico equatorial entrou na neutralidade, junto com o arrefecimento do Atlântico Sul do litoral do Sudeste até a Argentina. Coincidentemente foi depois de junho de 2019 que as temperaturas ficaram mais próximas da normalidade na América do Sul, antes disso a atmosfera estava num bizarro padrão de verão, sem uma única onda de frio intensa.
  2. Essa onda de frio de 1892 deve ter sido uma das mais fortes daquele século para o país por ter causado geadas fortes em latitudes muito baixas (em anos normais as geadas nos meses de junho e julho chegam no máximo até o paralelo 20S no interior do continente e 24S pelo litoral); provavelmente muitas vidas foram perdidas e muita vegetação nativa foi ceifada pelo gelo. Só acho estranho não haver relatos de neve no Sul e pontos mais altos do Sudeste, porque pelas reanálises dá pra ter noção de que foi uma massa polar fora do comum com todos os ingredientes para precipitações infernais.
  3. Teve uma época em que o próprio fundador e meteorologista da Climatempo Carlos Magno apresentava a previsão no Jornal Nacional, lá por 1996/1999, depois dele aparecia escrito no canto da tela "CPTEC/INPE" por muitos anos, só agora que referenciam a Climatempo nas suas previsões.
  4. Julho de 75 teve duas mps continentais, uma na primeira semana de moderada intensidade que o centro passou sobre o Sul do estado de SP, foi a mais intensa para o Sudeste; e outra na metade do mês, histórica para a metade oeste do país mas normal em outras regiões. Você deve ter visto essa geada na primeira mp.
  5. Muitos que gostam do frio no Sul, interior paulista, MS, MT, RO, AC e sul do AM preferem as mps continentais porque são elas que trazem a sensação de inverno pra essas regiões. As marítimas são mais frequentes porém o frio que elas provocam é muito suave.
  6. Fico imaginando no passado as massas polares chegando ao Sudeste com o mesmo suporte em altura que chegam no Sul, a Mantiqueira deveria ficar branca de neve algumas vezes e em certos locais as mínimas desceriam a uns -8/-10C.
  7. O frio em altura na maioria das vezes perde suporte do norte do triângulo mineiro em partes pelo relevo mais alto na outra parte do Sudeste e também pela falta de algum mecanismo que impulsione o ar frio de maneira mais homogênea pro resto do país. Nas poucas massas polares em que o frio seco intenso atingiu todo o Sudeste havia ou um enorme cavado profundo na atmosfera ou uma baixa pressão colada no litoral sul.
  8. Seria uma versão democrática da massa polar de julho 2013; desta vez esfriando todo o Sudeste.
  9. Nova York, assim como metade dos EUA e sul do Canadá tem um clima continental, o pico de calor no verão é bem quente podendo chegar a 38/39 graus com facilidade, depois aos poucos as temperaturas vão diminuindo até chegar no fim do ano, que é o oposto com frio extremo e neve farta ( Nova York tem mínimas absolutas entre -9/-10C, enquanto o interior entre o norte do Texas e Manitoba varia entre -10 a -20C). Pra quem gosta de dinâmica atmosférica esse é um bom tipo de clima, porém para os que não apreciam o calor do verão e mudanças extremas no tempo não é confortável nem de longe.
  10. Interessante essas anotações de especialistas sobre o clima do Brasil no final do século XIX; quando a tendência já era de aquecimento após os mínimos solares dos séculos anteriores. Pelas observações, é evidente que as médias térmicas no nosso país eram muito mais baixas do que agora, em especial quando se refere ao clima da região Sudeste como "subtropical" e da região Sul como "temperado doce" e " um dos melhores climas do mundo"; outros fatores que causam espanto é a naturalidade com que é relatada a ocorrência de neve em regiões em que ela não ocorre ou raramente acontece atualmente, como em Ouro Preto e Curitiba. Como nessa notícia menciona anotações de apenas quatro anos seguidos e em poucos lugares, é possível que a neve também ocorresse com frequência na Serra da Mantiqueira e em outros pontos mais elevados do Sudeste, talvez até já tenha nevado na cidade de São Paulo num passado distante.
  11. O próprio ano de 1956 foi caracterizado pelo frio intenso e prolongado no outono e inverno na América do Sul abaixo da linha do Equador; foi uma espécie de ''delay'' atmosférico.
  12. Esse ano até agora se assemelha a 2004 pelas condições de chuva e temperatura, naquele ano o pacífico estava levemente mais frio do que o normal entre janeiro e julho, a estação chuvosa no início foi bem generosa para as áreas tropicais. A partir do final de abril começou um padrão de massas polares fortes e abrangentes, uma atrás da outra, maio foi bem frio em grande parte do país ( em muitos lugares foi o mês de maio mais frio da década); junho também foi gelado, houve uma ocorrência de neve no Parque Nacional do Itatiaia em meados daquele mês durante uma massa polar intensa, inclusive foi noticiado na mídia da época (não chegou a acumular muito, porém foi notada pela maioria das pessoas de lá). De brinde veio julho com um grande anticiclone marítimo, resfriando quase toda a costa leste da América do Sul.
  13. Esse mês de maio está bem parecido com o de 2007, naquele ano também ocorreu uma massa polar continental ampla e intensa entre os dias 6 e 10, depois deu uma trégua e na última semana vieram duas ondas de frio no limite de histórica para o mês.
  14. O limite norte das massas polares, pelo litoral é o estado do Alagoas, em anos mais frios do que o normal as frentes frias conseguem chegar no litoral desse estado provocando chuvas até mesmo em Recife; em anos normais os ventos frios avançam até o litoral norte da Bahia. A diferença no escoamento das massas polares no interior do continente e no oceano é basicamente pelo relevo plano no centro da América do Sul, que forma uma pista livre para os anticiclone polares irradiarem seus ventos até o paralelo 5S. Pelo litoral há o obstáculo da ASAS, o anticiclone quente subtropical que durante está época do ano fica bem próximo do leste do continente sul-americano. Para as massas polares chegarem até o Nordeste do Brasil é preciso que haja uma dinâmica atmosférica especial que afaste o bloqueio seco para o meio do oceano e de espaço para o frio, como por exem um cavado profundo ou um ciclone extratropical associado a frente fria, este deve ficar posicionado na altura do litoral sul brasileiro para funcionar como alavanca, drenando o ar frio pesado para muitas áreas do país e impedindo que o centro polar escoe com maior rapidez para o oceano. Situações assim ocorrem poucas vezes no ano.
  15. Aqueles boletins do tempo eram bons porque explicavam os fenômenos meteorológicos de forma simples para os leigos, foi lá que eu aprendi muitos termos como ZCAS, ciclone, anticiclone, etc. Nas ondas de frio recentes que tivemos era fascinante acompanhar as previsões sinoticas das altas polares invadindo a América do Sul, inclusive era mostrado ao vivo as ocorrências de neve e chuva forte. Poderiam voltar com eles já que possuem muita experiência com o público, diferente dos jornais de tv que só explicam de maneira superficial e apenas para as maiores cidades do país.
  16. O oceano demora mais para esfriar e esquentar do que o continente, nos meses de transição (outono e primavera) é comum a constante nebulosidade entre o litoral do Rio de Janeiro e Santa Catarina, enquanto o interior pega fogo em agosto e setembro a maritimidade na costa diminui os extremos para o calor, do mesmo jeito que impede maior queda nas temperaturas mínimas durante os meses de maio, junho e julho. Cidades no oeste do Brasil podem ter extremos de 5/16C numa semana de forte onda de frio e cinco dias depois registrar máximas acima dos 30 graus; essa variação é difícil de ocorrer próximo ao mar.
  17. Quase todo o interior do país tem o mês de maio mais frio do que agosto e setembro por causa das massas polares continentais que são mais frequentes agora; no final do inverno o ar seco é proveniente da ASAS, aumentando as médias térmicas para picos de 35/40 graus dependendo da região.
  18. A massa de ar frio já chegou na maior parte do Sul, os estados do MS, SP, sul do MT e de MG estão entre a parte seca e a úmida do sistema. O resto do país continua quente.
  19. Pela sua trajetória bem continental, depois de passar pelo Sul, a frente fria passará pelo Centro-Oeste, Sudeste, Norte e também no Nordeste. Isso a torna especial porque são poucos os sistemas frontais continentais que conseguem chegar no Nordeste, a maioria deles chega no máximo até o Amazonas e depois vai para o oceano.
  20. O principal deles começa a entrar no continente a partir do dia 4, a concordância entre o ECMWF e o GFS é que ele será bem amplo, chegando até a Bahia e o Tocantins pelo interior.
  21. Alguém pode postar os mapas do ECMWF e GFS da rodada das 6z , entre os dias 5 e 8? Estão bem interessantes, mas não consigo postar aqui.
  22. Na última rodada, das 6Z, tanto o GFS quando o ECMWF passaram a indicar uma fusão de duas altas polares, uma vindo da Terra do Fogo e outra no Pacífico Sul, acontecendo sobre a patagônia. Enquanto isso vai haver a formação de um ciclone extratropical entre o litoral de São Paulo e o litoral da região Sul; a medida que a massa polar adentra a América do Sul começa a ocorrer uma interação entre a baixa pressão e o anticiclone migratório polar, por isso os ventos frios tranquilamente resfriarão mais de 60% do continente, a frente fria chegará nas 5 regiões brasileiras ao mesmo tempo
  23. Essa próxima massa polar vai subir bastante para o norte e suas isóbaras ficarão na diagonal, por isso o cenário previsto é de frio intenso pra muitas áreas do país. Pelo que eu vi nos modelos, vai haver um cavado sobre o sul do Brasil durante a onda de frio, o que pode causar neve e outras precipitações invernais na região serrana de lá. Ao que parece o maior destaque será a queda de temperatura em vastas áreas que terão sua menor temperatura do ano; a neve por enquanto deve ser de fraca intensidade.
  24. Minhas apostas para a massa polar da semana que vem: Chance de neve nas serras de SC e RS; Geadas amplas no Sul, partes do MS, SP e MG; Mínimas de 6/7 graus nas capitais São Paulo e Campo Grande; Mínimas iguais ou próximas dos 10 graus em Belo Horizonte, Goiânia, Cuiabá e regiões altas da cidade do Rio de Janeiro; Intensa friagem no AC, RO, e sul do AM; Máximas abaixo dos 20 graus em muitas áreas do país; Frente fria chegando no norte de Goiás e parte da Bahia.
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