klinsmannrdesouza

Seguindo essa tendência de frio extremo em muitas áreas do país; poderemos ter também a tendência de tempo severo, inclusive com tornados para os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais e sul do Mato Grosso, essas áreas estão com temperaturas muito acima da média para a época e baixíssima umidade do ar. Uma mudança do tempo nestas proporções com certeza vai ser turbulenta. O tempo severo que ocorreu ontem em Santa Catarina não estava previsto naquela magnitude.

1975?

Obrigado 👍 Então fazendo uma média o frio vai ser intenso no Sul, SP, MS, sul de MG, sul de GO, MT, RO e AC; pro resto do Sudeste será normal com maior destaque para as máximas baixas. Ainda é cedo para afirmar um cenário concreto, porém se o cavado projetado subir mais para o norte vocês de Minas, Rio de Janeiro e Espírito Santo poderão ter mínimas boas.

Tem como você postar as imagens dessas previsões do Centro-Oeste e Sudeste pro favor?

Aqui no MS um sinal que indica mudanças bruscas no tempo é a ventania constante junto com calor intenso para época; pelo visto esse frio insano do GFS tem grandes chances de se confirmar. Pro Sudeste o ideal é o cavado ficar mais ao norte , permitindo maior advecção do ar polar

Em 1975 São Paulo teve 6 graus com chuva no centro da cidade, pode ser que nas regiões mais ao sul tenha ocorrido precipitação invernal. A expessura do frio era maior do que em 2013.

Para Minas Gerais, se o GFS acertar, será semelhante à onda de frio de agosto-1999, com máximas muito baixas e tempo nublado, sem mínimas expressivas. Já para São Paulo, Mato Grosso do Sul e o Sul do país será semelhante a agosto de 1978, quando grande parte do Brasil teve recordes de mínimas absolutas para o mês; inclusive os valores de temperatura em 850 hpa estão uma mistura desses dois eventos.

Esqueci da capital grega, é a mais meridional da Europa e recebe diretamente os ventos quentes e secos provenientes do Saara no verão; só que Lisboa no geral tem um inverno mais brando por causa da Corrente do Golfo, enquanto Atenas sente com mais intensidade as massas polares que atravessam o leste europeu. Lisboa tem um clima bem parecido com Porto Alegre.

As capitais do Leste Europeu tambem possuem amplitudes térmicas gigantescas, por lá é comum variações de -20° (inverno) a 38° (verão). Enquanto nos meses frios a neve se acumula ao ponto de interditar tudo, nos meses quentes as temperaturas são dignas de países tropicais. Pra quem gosta de dinâmica atmosférica é o melhor ligar da Europa. No outro extremo temos Dublin, Londres, Bruxelas e Amsterdam com seus climas oceânicos que suavizam tanto o inverno quanto o verão. Essas cidades raramente registram mínimas inferiores a -5°C, a neve ocorre mais modestamente e no verão raramente ocorrem máximas acima dos 30 graus. A capital mais quente do continente deve ser Lisboa e a mais fria Moscou.

Não, porque para isso acontecer é preciso que a faixa de chuva esteja ligada à Amazonia e com acumulados elevados por no mínimo 3 dias. Os acumulados neste evento serão aproximadamente de 20 a 60mm, ficando concentrados nos Estados do MS, SP, RJ e centro-sul de MG.

Em agosto de 1965 também ocorreram alguns acumulados expressivos para a época no Sudeste, a frente fria daquela onda de frio chegou até na região de Belo Horizonte trazendo chuva por uns dois dias seguidos. Se chover acima de 50 milímetros do Sul passando por MS, SP até o RJ teremos um cenário misto entre 1965 nas chuvas e 1999 nas temperaturas.

A massa polar de agosto-1999 deve ter causado uma tarde bem fria e nublada em muitas áreas do país, vide os valores diurnos de Belo Horizonte e Primavera-MT. Foi a onda de frio mais intensa do ano.

Se a onda de frio prevista para depois do dia 18 se confirmar, provavelmente o mês de setem será bem seco e quente. Nos anos que o pacífico equatorial está mais frio acontece um atraso na estação chuvosa, porém ela ocorre normalmente exceto no Sul.

O que decepcionou este ano foram as temperaturas muito altas em muitas áreas da América do Sul ao norte do paralelo 28S junho e julho; se ao menos permanece ameno que nem agora nao seria ruim.

Não existe clima melhor vs clima pior; existem pessoas que preferem calor ou frio durante boa parte do ano e outras que gostam de variações extremas. O período frio brasileiro é mais extremado do que o sul africano, além disso as médias térmicas entre abril e agosto são menores aqui do que lá nas mesmas latitudes. Porém, pelo que se percebe, as massas polares naquela parte da África são mais frequentes, embora dificilmente ocorra ondas de frio extremas como já ocorreram na América do Sul.

Se isso acontecer, sera um repeteco de agosto-1984, frio intenso em muitas áreas do Brasil com neve farta no Sul e máxima de um dígito em Cuiabá. Talvez isso seja um bom indicador, porque em 1984 o frio também chegou mais cedo, que nem este ano, e junho foi bem fraco (somente julho foi um pouco mais gelado), chegou agosto houve aquela onda de frio histórica. E 1985 houve a predominância do frio em maio, junho e julho, a dinâmica atmosférica foi de acordo com o calendário. Se repetir está dupla 1984-1985, sairemos no lucro.

Injustiça da natureza, esse frio poderia ter vindo em julho quando seu potencial seria bem maior do que agora, teríamos ótimos valores de mínimas e máximas geladas com céu limpo.

Julho foi desperdiçado com calor fora de época e sem nenhuma massa polar intensa; agora não adianta vir algo mais forte porque já estamos nos despedindo do período mais frio do ano.

Este ano foi a maior frustração pra todos os que gostam de frio; começou bem com muita chuva onde deve ser assim em janeiro e fevereiro, passamos por março levemente acima da média, abril e maio dentro da normalidade pra junho e julho serem péssimos, do Rio Grande do Sul para cima o frio foi escasso. Se ao menos os dois meses anteriores tivessem sido na média, daria pra classificar 2020 como mediano, igual foi em 2007, 2008 e 2009; porém estamos em agosto e daqui pra frente as médias térmicas vão subir muito junto com a radiação solar que já é mais intensa do que no auge do inverno.

2012 não foi tão ruim assim quanto 1995, 2002, 2005, 2014 e 2015; porque teve ao menos algumas ondas de frio intensas e amplas, no final de março, final de abril, julho e setembro. Destaque para o final de abril gélido, maio dentro da média e julho com frio amplo porém normal na maior parte do país. O que deixou aquele ano quente foram agosto e outubro. Os outros anos citados foram ruins em todos os meses, sem nenhuma massa polar pra compensar o calor nos meses de maio, junho e julho.

Não acho ruim quando esfria em setembro, a questão é que passar os dois meses mais frios do anos, junho e julho sob calor absurdo para a época e já no fim do inverno aparecer uma massa polar intensa é estranho e desconfortável; porque a radiação solar em setembro é muito mais forte e ardida que nos meses anteriores, diminuindo a sensação de frio durante o dia (que também já é bem mais longo que no core do inverno). Máximas baixas com céu limpo e ventos gelados constantes é um privilégio aos amantes do frio que só maio, junho e julho conseguem proporcionar, até mesmo os eventos de neve farta no Sul antes ocorriam próximo ao solstício de inverno.

De que adianta junho e julho horríveis para o frio e setembro abaixo da média? As massas polares deveriam ter aparecido agora, a sensação térmica seria bem baixa, depois de agosto a luminosidade solar fica bem mais quente.

O Atlântico Sul fervente matou o outono e inverno de 1995, o mais fraco dos anos 90. Porém em 1997 estava abaixo da média, tivemos bons eventos de frio incluindo junho com uma massa polar bem intensa que geou até no interior paulista; isso com o pacífico equatorial sob o el nino mais intenso já registrado.

Nós reclamamos de 2012 que teve calor intenso em agosto e outubro, daí veio esse período pós 2014 e ensinou pra gente o que é bizarrice climática, faz 6 anos que a dinâmica atmosférica só pende para o calor, a exceção foi 2016, fora isso dá vontade de se enfiar num freezer e viver lá por muito tempo.

1990 e 2000 foram anos que agradaram a todos os que gostam do frio, massas polares amplas e intensas, com neve nas serras sulinas e geadas no Sul, SP, MS, MG e região serrana do RJ. 2010 teve frio amplo em abril, maio e junho, julho o maior destaque foi o interior do continente (no Brasil, o Sul, MS, MT, RO, AC e AM se destacaram), fora a neve de agosto que pintou de branco as partes altas do RS e SC após dez anos sem isso acontecer. Se no final deste mês ocorrer uma onda de frio intensa junto com a neve, este ano não será perdido, ficará semelhante a 1965 que teve maio frio, junho quente, julho com frio na metade do mês e agosto gelado com umidade fora de época no Brasil central.