Bruno D

A 12z do Europeu veio com uma solução com uma friagem não tão abrangente, como as últimas rodadas do GFS, mas veio extremo para região Sul e Sudeste. No GFS estendido ainda aponta uma sustentação da advecção polar após a maritimização do pulso, o que garantiria um frio extremo e prolongado para os padrões de Maio no Sudeste. Projeções interessantes. E anima a insistência dos modelos por esse período frio entre 06 e 14/05.

Sim é o de Brasília. São Paulo se encaminha para outra tarde ensolarada, como vem sendo comum neste mês. Temperaturas ao redor de 25°C na cidade. Torcendo pra esse suave veranico não comprometa muito as médias para o mês de Abril, que até aqui estavam excelentes.

O modelo GFS nesta manhã, vem apostando em intensa friagem para os padrões de Maio na tarde do dia 07/05, temperaturas de 16-17°C cobriria vastas áreas do estado do Mato Grosso até Rondônia.

CFS vem prevendo um mês de Maio marcado por erupções de Ar frio no Cone Sul. Com destaque ao período de 06/05 a 12/05, que vêm cada vez mais se consolidando, e talvez marque a virada para uma fase mais invernal de nosso outono. Depois de um mês de Abril a moda antiga ao menos para São Paulo (que deve fechar dentro da média), um mês de Maio abaixo, fecharia com chave de ouro este Outono.

18z do GFS, mantém com força a porrada para o começo de Maio, já mostra a linha de 0°C em 850hpa chegando ao estado do Paraná, e friagem histórica a caminho. Modelo Canadense também veio pirado na rodada das 12z, mostra um erupção polar das mais clássicas, com todos os ingredientes necessários para algo histórico: Anticiclone polar transiente potente e muito bem desenhado, subindo com força desde o sul do continente, e uma área de baixas muito bem pronunciada sobre o atlântico sul. Temperaturas abaixo de 0°C em 850hpa, cobria quase a totalidade da região Sul do País: Espero que continuem deixando a gente sonhar 😁

Com detalhe que essa possível MP atual, vêm aparecendo nas tendências para o começo de Maio já tem uns bons dias. Gostei dos desenhos sinóticos nas rodadas da Tarde, a alta polar sobe rumo a Norte bem do sul do continente, desenho parecido a muitas ondas de frio históricas. (O Ar Frio bruto tende a ser mais preservado em sinóticas como está.). Muitas vezes a alta polar transpõe os andes já na Altura do Centro da Argentina, o que aumenta as chances de tropicalização rápida do ar polar. Por vezes, está sinótica, favorece o forte frio em latitudes baixas no Brasil, mas não ocasiona grandes eventos na Argentina e na Região sul do Brasil. Agora pelo desenho sinótico das últimas rodadas, a MP congelaria a Argentina, e não encontraria problemas em chegar com força ao Brasil.

Ainda é cedo... Mas por está projeção ao menos recordes históricos para o mês de Maio seria possível.

Simm, acabei de editar com a projeção do Europeu. Ainda é muito cedo, mas por essa projeção do Europeu, também seria uma forte invasão continental, talvez não tão ampla como a do GFS, mas que seria a mais intensa em anos para o mês, sendo possível até sonhar com a primeira neve de 2020, nas terras altas do Sul do Brasil.

GFS da 00z devolveu a intensa onda de frio, prevista para o período 06-10 de Maio, por essa última projeção seria uma invasão continental extremamente intensa para Maio, algo que me chama a atenção, é o retorno do ciclone rente a costa do Sul do Brasil/mar del Plata que vem aparecendo nas previsões, e ainda vem se tornando cenário comum desde o final de Março, seria o ensaio de um possível retorno desta sinótica que era bem mais comum até o final dos anos 90? Agora resta esperamos às próximas projeções. A 06z do GFS já está saindo. O modelo Europeu também vêm confirmando a primeira forte invasão polar do ano, já entrando na grade minimamente confiável (200-240h):

Melhor ainda do que a alta mais pra leste pro frio intenso no sudeste, seria a baixa ainda mais pronunciada um pouco mais a Norte e próxima ao continente. Seria o cenário dos sonhos, gerando um gradiente enorme de pressão bem em cima do cone sul do Brasil, e consequentemente drenando muito ar polar pras nossas bandas. Mas esse cenário desta projeção já é muito potente, geraria uma das maiores ondas de frio para Maio em muito tempo, pena que ainda está longe demais.

Em boa parte da região metropolitana de São Paulo é a mesma tônica, chuvas só em grandes sistemas em larga escala, como frente frias. Tempestades convectivas de verão foram raras.

E o misterioso hiato das chuvas de verão (entre a região de Sorocaba-Ibiuna e a porção Oeste-Sudoeste da Grande São Paulo, ataca novamente):

Tem sido comum em dias de chuva como nesta noite, o oeste da RMSP ficar na lacuna entre duas grandes áreas de chuva, e consequentemente registrar pouca chuva... Se pegar o histórico dos radares, nós últimos 2 meses isso é facilmente constatado. A região leste da região metropolitana (O ABC+ a região de Mogi das Cruzes, nós eventos de chuva, tão ficando com esses sistemas quase estacionários, enquanto que os mesmo que passa pelo oeste da região, passam de forma rápida e passageira, ao passo que a região entre Itapetininga e Sorocaba, tbm vem ficando com esses sistemas estacionários ou de locomoção lenta).

Real. Mas diante do padrão atual, é surpreendente a quase certeza, que um frio pauleira, vira pela segunda vez em um mesmo ano... A neve já é um brinde a mais rs

Já começando a me animar, com a relativa estabilidade dos modelos... 12z do Europeu mantém a bomba, isso a menos de 100 horas, da entrada do sistema no continente.

Entendo seu ponto... Acho que adotando a visão numérica, um evento histórico pode ser declarado de acordo com o recorte utilizado. Não creio que algo digno de ser chamado de histórico, seja algo tão seleto ao ponto de apenas caber na palma de uma mão... São muitas variáveis, e o que faz algo ser histórico, é a capacidade de algo ser notável mesmo muito futuramente. Será que temos muitos exemplos de temperaturas sub-7°C no Mirante de Santana no pós 2000? Acho que esse número se tornou tão pequeno neste período atual, que valores abaixo, se tornaram verdadeiramente excepcionais, e portanto históricos... A geada é só um ingrediente a mais, e desta forma acho que devido muito ao padrão atual, essa MP vai ser muito lembrada, por quem gosta de clima/massas polares em São Paulo futuramente, até pela falta de MPs desta envergadura no padrão climático atual.... O que faz de ocorrências assim: Geada na área urbana de São Paulo + Sub 7°C no Mirante + Registros negativos no município, verdadeiramente excepcionais e históricos. __________________ Após um amanhacer de céu limpo, vamos tendo céu majoritariamente nublado, com períodos de névoa úmida/neblina aqui na Zona Sul de São Paulo, o que vem freando uma subida mais acentuada nas temperaturas, no momento: INMET Sesc - 10,9°C CGE Jabaquara - 10,6°C CGE Mboi - 11,5°C

Acho que só pelos registros de Geada, na região do centro expandido da capital, como o parque Villa lobos, já faz desta MP histórica, no pós 2000, se isso aconteceu 2/3 vezes foi muito.

Ainda tou sem entender, porque os modelos vem apostando em tanta nebulosidade para faixa leste do Sul-Sudeste, mesmo com alta absurda dessa passando pelo centro da região sul do Brasil. Teria algum outro fator para isso? Se o centro da alta estivesse sobre o mar, entre sábado e segunda era mais fácil assimilar, mas ela vai tá sobre o sul do Brasil (em trajetória continental) ultrapassando os 1030 hPa, e com a frente já no nordeste do país.

Acho que muito possivelmente as mínimas em São Paulo (Capital), vão ir bem abaixo do que a maioria dos institutos vêm prevendo, principalmente se não houver atuação de MM's no auge da atuação do ar polar. Se não nublar de Sábado para Domingo, acho que até o mirante vai abaixo de 5,5°C, talvez algo entre 4 e 5°C.... Altas polares nessa posição (Paraguai/SC e PR), e com essa pressão absurda, sempre foram associadas a mínimas extremas em São Paulo, em 2016 não foi diferente. Em 2013 se não fosse o bloqueio absurdo em MG, e o consequente frio úmido por essas bandas, acho que até mesmo o mirante beliscaria uma sub 3°C.

00z do GFS saindo com temperaturas ao redor de 0°C em 850hpa na Grande São Paulo, e em arredores da Mantiqueira, com precipitação... Já pensou se dá neve em Campos do Jordão? Tem quase um século que isso não ocorre, imagino....

Como o colega tinha comentado, a dinâmica que gera a entrada de ar frio forte em nosso país, é geralmente essa da formação de uma intensa e abrangente área de baixa pressão no Atlântico Sul, juntamente e no timing certo com a entrada do anticiclone polar migratório (que vêm do pacífico), no continente... Uma área de baixa pressão Configurada no Atlântico Sul, além de compactar a alta e joga-la mais fácil para o norte, em trajetória continental, é o mecanismo mais importante para a drenagem do ar polar... (Ou seja é ela “a área de baixa pressão", juntamente com o gradiente e corredor de ventos, gerados por sua relação com a alta transitória, que gera a advecção de ar frio para latitudes mais baixas (No caso para o Centro do continente/Centro-Sul do Brasil, em caso extremos como bem sabemos, gera o evento da friagem na Amazônia Ocidental)... Outra dinâmica importante, é a relacionada às terras baixas no interior do continente (O chamado poço dos Andes), uma vez que essa configuração baroclinica acontece, o ar polar não encontra grandes dificuldades de rumar a norte, por causa da ampla região de terras baixas, no interior do continente sul americano.

@Caco Pacheco, Sim essa é uma configuração pra invasão polares no Brasil, de preferência quando o anticiclone polar migratório se encontra amplo e intenso, sobre o Pacífico Sul, e sendo direcionado ao continente, sem ser afetado por áreas de baixa pressão no Pacífico (que tendem a enfraquece-lo, ou fazer ele não migrar com tanta força, pra dentro do continente sul americano).... Entretanto, por essa projeção, além de a baixa no Pacífico ser fraca, a baixa no Atlântico é muito ampla e intensificada, com o anticiclone polar já rumando a norte dentro do continente, com um grandiente muito interessante, e alongado, o que é sempre sujestivo a advecções intensas de ar frio sobre o cone-sul. (E observa que tem tbm neve projetada pras Serras Sulinas)

GFS 18Z, sugere que a possível alta polar do começo de julho, após um inicio continental (e de frio extremo), irá se maritimizar e atingir valores excepcionais de pressão no atlântico sul, confirmando esse cenário a advecção de ar frio, além de intensa, sera longa, sobretudo para região sudeste, podendo garantir uma primeira quinzena de julho, com anomalias negativas bem marcadas, no leste do sudeste brasileiro. Sonhar não custa nada 😛

8,9°C na estação CGE de Marcilac (São Paulo) agora, noite de céu limpo, quase sem vento... Não me surpreenderia se essa estação tivesse uma sub 5 de mínima nessa madrugada. Seria interessante saber onde fica essa estação, e se o ponto é acessível de alguma forma. Creio que a ocorrência de geadas não seja algo tão raro neste local.

Talvez seja uma nuance da advecção em 850 hPa, provavelmente em superfície, a previsão é de mais frio para a região de Guarapuava. Mas ocasionalmente em invasões polares continentais, o frio é mais forte no sul do MS e Extremo oeste do PR no início da entrada do ar polar, até mesmo em superfície. Acho que não é o caso dessa futura MP, que terá uma natureza mais de trajetória marítima, pelas projeções.