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Brasil Abaixo de Zero

Flavio Feltrim

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Posts posted by Flavio Feltrim

  1. Conforme dito semana passada, aquela onda Kelvin freou a queda acentuada que a TSM da região 3.4 estava tendo:

    nino34.png

     

    Mas fiquem tranquilos que logo começará a cair novamente (as regiões 1+2 e 3 já desabaram novamente. Como bem lembrou o @marinhonani, se a região 1+2 permanecer negativa assim já terá impacto importante, principalmente no RS. Esse ano estamos tendo boa atividade ciclônica próxima da costa da região sul, quem sabe no core do inverno não teremos uma agradável surpresa!

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  2. 3 horas atrás, Beto Krepsky disse:

    Show de bola. Não conhecia esse termo MADDEN-JULIAN

     

    Conforme eu suspeitava, em relação ao nosso conhecimento de 10/15 anos atrás aqui noBAZ, nosso clima possui muitas outras variáveis alem do ENSO/TSM.

    Beto, caso tenha interesse em acompanhar e entender melhor essa oscilação, entre nesse site: https://www.daculaweather.com/4_mjo_phase_forecast.php 

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  3. Buenas! Passando para dar um oi e atendendo ao pedido do amigo Marinho que disse que sumi 🤣

     

    TSM do Pacífico ladeira abaixo, já estando dentro do patamar de La Niña nas regiões 1+2, 3 e 3.4! Apesar dos equinócios não serem períodos muito confiáveis para a previsão climática do ENOS por serem a transição entre verão e inverno, os parâmetros estão apontando para uma La Niña já iniciando em nosso inverno austral, podendo evoluir para um evento fraco a moderado em dezembro. A previsão ficará mais confiável a partir de julho com o core do inverno.

     

    Apesar da atual estiagem na região Sul, não se configura até o momento uma ligação com o resfriamento já existente no Pacífico pois a teleconexão atual indica neutralidade. Possivelmente a estiagem deve-se a outros fatores que precisam de maior investigação (TSM do Atlântico? Madden-Julian?). By the way...

     

    Termoclina está bem "alta" na costa oeste sul-americana no momento, condizente com o level das águas superficiais do Pacífico Equatorial. A Oscilação Sul vem subindo gradualmente desde final de setembro de 2019 e hoje encontra-se no patamar neutro. Pequena onda Kelvin se propagando no momento que pode frear a atual queda da TSM nos próximos dias, mas nada que possa reverter o quadro que se desenha a longo prazo. Madden-Julian caminhando para as fases 8 e 1, favorável a chuvas no Sul do Brasil na primeira semana de junho segundo GFS e ECMWF. Após as chuvas, talvez pinte um veranico!

     

    Por enquanto é isso! Abração

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  4. 4 horas atrás, Vinicius Lucyrio disse:

    Temos a entrada agora do primeiro pulso da onda de frio, e já são observadas temperaturas abaixo dos 15°C no Mato Grosso do Sul - 13,7°C em Porto Murtinho e 13,6°C em Aral Moreira, mostrando a extrema continentalidade do ar frio.

     

    Aqui no Sudeste, a maior preocupação de geral é: a frente vai trazer chuva suficiente? Tirando a divisa de SP com o PR, o restante do estado deve ter acumulados em 24h na ordem de 10-20 mm. Sul de Minas e Triângulo Mineiro devem ter acumulados geralmente entre 5-10 mm, pontualmente mais que isso. 

     

    Sobre o frio agora, que é o assunto que interessa aos bazianos. 

     

    Sábado: cavado bem amplificado e quase meridional pegando todo o Sul e parte do MS, além de ciclogênese no litoral do RS, com ainda muita chuva na região oclusa da onda frontal (sul do RS), com volumes passando de 100 mm em 24h. Temperatura em queda ao longo do dia no norte pioneiro do Paraná, em São Paulo, centro-nordeste do Mato Grosso do Sul, sudoeste de Goiás, oeste e sul de Minas. Na região Sul, exceto norte pioneiro do PR, temperatura baixa mesmo durante a tarde especialmente nas regiões mais elevadas (obviamente); por conta do vento oeste, deve ocorrer aquecimento adiabático no litoral de SC, PR e SP mesmo em regiões sob condições de céu encoberto. Importante destacar que não são esperadas condições muito secas no sábado.

     

     

    Domingo: anticiclone transiente bem continental com núcleo sobre o sudoeste do Mato Grosso do Sul e cavado ainda ativo empilhado sobre a alta, mas com força reduzida, na manhã de domingo. Ainda deve chover entre o sul do MT, GO, Triângulo e sul de MG, e extremo norte de SP, permanecendo assim durante todo o dia. A chuva nestas áreas deve tornar a tarde de domingo bem fria para os padrões das regiões citadas. O ar não seca tanto na madrugada de domingo em todo o centro-sul do país, exceto em alguns pontos específicos no oeste do MS e sul de SP, mas mesmo assim a temperatura fica baixa podendo bater os menores valores do ano no oeste e sul paulista. À tarde, a temperatura continua mais baixa mesmo na presença de sol, e deve ser amena em todo o estado de SP com máximas entre 17 e 20°C; há ainda efeito do aquecimento adiabático provocado pelo vento oeste na faixa leste de SC, PR e litoral de SP, além do Vale do Paraíba; o ar seca mais ao longo do dia no MS, SP, sul de MG, PR e SC, além do norte do RS, o que impactará na queda de temperatura entre domingo e segunda.

     

     

    Segunda-feira: devo destacar um novo ciclone extratropical que deve, ao longo do dia, se deslocar de sudoeste para nordeste, ficando próximo do litoral do RS até a noite. Deste primeiro pulso, a manhã de segunda-feira será a mais fria em boa parte do Centro-Sul e também no sul da Amazônia. Durante a tarde a temperatura sobe mais, passando dos 20°C na maior parte de SP.

     

     

    Terça-feira: com a ajuda do ciclone, ocorre um novo ingresso de ar frio e seco sobre o Sul e Sudeste do país, que deve alongar o período frio sobre as regiões inclusive adiando o pico do frio, que antes seria na terça-feira mesmo. É possível, inclusive, enxergar este reforço na mancha marrom e cinza no Uruguai e na Argentina na carta de água precipitável acima; na carta abaixo, a mancha mais cinza (menos vapor d'água) denota o estabelecimento do reforço. Com isso, a tarde de terça deve ser um pouco mais fria que a de segunda, e o efeito do aquecimento adiabático é atenuado por conta deste novo ingresso vir de sul/sudoeste e não de oeste. 

     

     

    Quarta-feira: neste dia o "melhor dos mundos" se estabelece sobre a região Sul, e as baixadas de toda a região devem ter mínimas bem baixas em virtude da estabilidade trazida pela nova alta transiente, com um cavado imediatamente a leste e não empilhado. Então: ar frio + estabilidade. Mínimas baixas também em grande parte do Sudeste, com pico no sul de MG, porção sul do MT, GO e até mesmo o DF. Para a cidade de São Paulo, o cenário ideal para mínimas baixas e sem advecção de ar úmido do oceano é até este dia, pois ainda pela manhã o anticiclone começa a maritimizar.

     

    Por vários dias na sequência, após quarta-feira, as madrugadas devem continuar geladas na maior parte do Sudeste.

     

    Gostaria de parabeniza-lo por mais uma ótima análise Vinicius! Aproveito também para dizer que vi seu artigo na RBClima sobre ondas de frio em SP e ficou show!!! Abraço

     

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  5. 23 minutos atrás, klinsmannrdesouza disse:

    O nosso padrão de inverno mudou depois de 1995, que por sinal foi muito fraco, houve uma pausa em 1996, 1999 e 2000 ( entre eles tivemos 1997 na média e 1998 mais fraco que 1995); 2001, 2002 e 2003 foram um show de horror, poucas massas polares intensas e muitos bloqueios secos. 2004 foi uma exceção pelas chuvas abundantes no centro-norte do Brasil e pela constância de frio intenso entre o final de abril e julho; 2005 e 2006 nem se fala, um ano pior do que o outro.

    Houve uma mudança entre 2007 e 2013, os períodos de frio na América do Sul ficaram mais intensos e amplos, os verões eram mais comportados e chuvosos na maioria das áreas e a neve pintou de branco as serras sulinas em 2010, 2011 e 2013, até 2012 que foi acima da média teve ondas de frio recentes ( final de março, final de abril, junho para o RS, julho para o país como um todo e final de setembro); infelizmente depois de 2014  desandou tudo, ele e 2015 conseguiram colocar outros anos no bolso e dobrar no quesito calor prolongado.

     

    2016 não foi ruim, pelo menos não aqui em Curitiba!

  6. Em 03/12/2019 em 12:15, LeoP disse:

    Vendo os colegas discutirem, me pergunto: o que seria o verão climático? Seria o predomínio daqueles dias de sol pela manhã, muito calor e chuva forte à tarde/noite? Bom, penso que essa seja uma das caras da estação, mas nada mais veranil do que um dia chuvoso, não é mesmo? Isso falando de Minas.

     

    Esse excesso de nuvens que estamos observando há quase 20 dias e as chuvas associadas já mostram claramente que o verão está aí, escancarado. Afinal, nosso verão não é ensolarado. E as convecções? Já ocorrem também, embora elas tendem a ficar mais frequentes e mais típicas nas próximas semanas.

     

    Hoje o dia é encoberto na capital, tipico de quando o vento sopra do mar. Tanto é que a chuva que cair será fraca. Região central às 12h, com 24°C:

     

     

    Na realidade o conceito de estação climática (e não astronômica) leva em consideração vários aspectos, o que significa obviamente que em cada lugar as características são distintas. Um exemplo de verão climático bem marcado em Maringá você vê no gráfico abaixo: veja o comportamento da temperatura dentro do quadrado branco, ela é mais estável se comparar com o que está fora dele.

     

    Veja também que durante a primavera, outono e inverno as temperaturas apresentam maior variabilidade e amplitudes. Outra coisa interessante a se observar é que nesse exemplo específico o "verão climático" começou junto com o verão astronômico, logo depois de um evento extremo de chuva de 110 mm no dia 20 de dezembro. O "outono climático" também teve um evento que marcou a transição lá pelo dia 20 de março com uma queda acentuada da temperatura.

     

    O que acontece algumas vezes é que essas mudanças de padrão nem sempre ocorrem na mesma data que a estação astronômica e no caso desse exemplo abaixo o inverno climático começou antecipado no final de maio/início de junho, com mínimas abaixo de 5 graus que costumam ocorrer em Maringá apenas no core do inverno em julho.

     

    Resumindo: em alguns locais a temperatura vai definir, em outros a chuva e em outros ambos, cada caso é um caso e tem muita relação com as mudanças de padrão atmosférico!

     

    image.png.fbbaffa20889bba39e07e2c7dc3c4a57.png

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  7. Parece que o atual Niño Modoki está finalmente se despedindo. Situação atual:

     

    TSM 3.4 = neutralidade (tendência negativa, favorece La Niña)

    Termoclina = neutralidade

    Cloudiness = neutralidade

    IOS = neutralidade (tendência positiva, favorece La Niña)

    IOD = neutralidade (tendência positiva, favorece La Niña)

    TSM sub-superficial = negativa

     

    Alguns modelos apontando neutralidade nos próximos meses:

     

     

    20190514.sstOutlooks_nino34.png

    ecmwf.png

    nino3.4_current.png

    nino34Mon.gif

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  8. Em 28/04/2019 em 20:20, Felipe Pelisari disse:

    Será que os modelos para o inverno estão se baseando no El Nino? Ele está fraco e quase indo embora, eu ainda acredito em um inverno bom, até pelo fato que me nego a aceitar mais um inverno ruim e quente kkkk

    Acredito que os modelos estão superestimando as anomalias! Aposto um pacotinho de jujubas que não será esse apocalipse todo que estão propondo... enfim, aguardemos!

     

    Em tempo: Madden-Julian ainda trará em breve um pulso quente para a TSM do Pacífico, mas mesmo assim o atual El Niño está com dias contados!

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  9. 18 horas atrás, LuluBros disse:

     

    Qual seria o limite de tempo para diferenciar "variabilidade climática" de "mudança climática"? Ou, exemplificando a pergunta em outros termos: a deterioração de dinâmica entre o norte catarinense e MG no pós 2000 daria para enquadrar em qual das duas categorias? 

     Esse é um dos pontos de discórdia: aos olhos de um geólogo, por exemplo, o aquecimento atual é apenas parte da variabilidade climática natural conforme podemos ver no gráfico abaixo. Dependendo do recorte temporal que você fizer (o que pode ser considerado cherry picking), você tem aquecimento ou resfriamento. Se eu pegar os últimos 200 anos, temos um grande aquecimento mas se compararmos com o ápice do interglacial anterior (uns 150 mil anos atrás) estamos mais frios.

     

    Outro detalhe é a velocidade do processo e a causa: hoje o consenso seria de que nunca houve um aquecimento tão significativo em espaço curto de tempo como o atual sem explicação natural, ou seja, a causa seríamos nós!

     

    Enfim, não sei se esse é o tópico para discussão desse tema...

     

     

    Temperature.png

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  10. 1 hora atrás, LuluBros disse:

    Fala Flavio! Parabéns pela sua obra prestes a ser lançada! \o/

     

     

    Obrigado! Rafael e eu fizemos com muita dedicação esse trabalho, é um belo levantamento histórico-jornalístico e climatológico! Soube que outros amigos do BAZ estão lançando publicações também, torço para que surjam sempre novos materiais para enriquecer nossa "biblioteca do frio".

     

    Abraço!

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  11. O atual El Niño Modoki parece estar dando seu último suspiro... aquele grande pacote de águas sub-superficiais quentes que se deslocaram com a onda Kelvin no início de março (gif abaixo) já terminaram de emergir e atrás delas vem águas mais frias. Além disso, o gráfico de anomalia do vento zonal mostra fortes áreas com valores negativos para os próximos dias (ou seja, alísios intensos) em boa parte do Pacífico, favorecendo a derrocada do Niño. Alguns parâmetros como TSM na região 3.4, IOS e termoclina já estão no patamar neutro ou quase!

     

    Já os modelos, esses ainda muito instáveis: uns apontam neutralidade no final do ano, outros neutralidade pró-La Ninã (fraca) e outros chagam a indicar a volta do El Niño. Só teremos mais certeza desse cenário no início de agosto, até lá seguimos observando...

     

     

    u.anom.30.5S-5N.gif

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  12. Em 12/04/2019 em 16:42, klinsmannrdesouza disse:

    Mas não foi a TSM do Atlântico mais aquecida que o normal que causou os grandes bloqueios secos nos verões de 2014 e 2015? Neste ano, as águas dos dois oceanos estão acima da média, porém bem distante do verificado nos anos anteriores, por isso as chuvas no Nordeste estão satisfatórias.

     

    Acredito que o bloqueio atmosférico nesse caso veio antes do aquecimento, ou seja, foi o causador dele. Outra coisa a ser considerada também é o posicionamento da alta ao longo do ano, que pode estar mais próxima do nosso litoral ou mais distante dependendo da época, independente da TSM...

  13. Em 10/04/2019 em 18:31, CloudCb disse:

    O Dipolo Negativo está atuando desde meados de fevereiro no Atlântico Tropical.

     

    Fonte: LAPIS.

     

    Excelente post! Quando o dipolo está negativo, significa que a alta do Atlântico Norte está mais intensa e consequentemente produzindo alísios mais fortes, fazendo com que a ZCIT fique mais ao sul e favorecendo as chuvas em boa parte do NEB. Por outro lado, a ASAS está mais enfraquecida devido a TSM mais quente do Atlântico Sul...

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  14. 12 horas atrás, LuluBros disse:

     

     E por que existe esse delay entre a diminuição da atividade solar e a resposta atmosférica? 

     

    Porque recebemos energia do Sol e não calor. Ela vem em ondas curtas e precisam virar ondas longas (infravermelho) para produzir calor e esse processo não é imediato (embora seja muito rápido).

     

    Por isso,  a hora mais quente do dia não é meio-dia mas sim no meio da tarde... ou a hora mais fria do dia costuma ser quando o sol nasce e não quando ele se põe.

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  15. Em 14/03/2019 em 18:48, JOÃO MARCOS disse:

    E sobre a atividade solar que pouco se fala aqui no fórum? Atualmente passamos por um período de baixa atividade, o que podemos esperar em termos de influência no outono inverno 2019?

     

     

    Justamente devido a calma solar que temos falado pouco do assunto... também porque essa variabilidade do sol interfere pouco (ou quase nada) na escala sazonal, tendo impacto apenas quando persiste por longos períodos (anos/décadas). Resumindo: se esse período de mínima se prolongar conforme tem sido previsto por alguns, começaríamos a sentir lá por 2025!

     

    Ps: inclusive tem um tópico específico para o assunto!

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  16. 18 horas atrás, Renan disse:

    Poxa Flávio, estou com tantas saudades de La Nina...não tem nenhum indicativo para esse ano ? 

     

    Nesse momento não confiaria em nenhuma previsão para final do ano... só a partir de agosto!

     

    5 horas atrás, Caco Pacheco disse:

    Lega análise, Flávio! Valeu!

     

    Gente, alguém sabe do Mafili?

     

     

     

    Gostaria de saber por onde ele anda também!

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  17. 7 horas atrás, Caco Pacheco disse:

    Eu sou bem leigo neste assunto, porém estou com vontade de me aprofundar.

     

    Vou dar meu pitaco, não sei se faz sentido, mas vai lá!

     

    Perceba que as águas mais próximo à América do Sul, por conseguinte ao Brasil, estão mais frias. Então eu entendo que, até o momento, as perspectivas são boas.

     

    Muito interessante este fato que você observa e cita: sobre a "Torneirinha do Panamá".. veja o impacto que ela causa... Impressionante! Que assim continue!

     

    Mas o clima é muito dinâmico, há muitas variáveis que afetam este cenário da SOI. 

     

    Queria muito que o Flávio Feltrim fizesse um comentário sobre o mapa postado e desse uma perspectiva/tendência para o outono/inverno.

     

    Continuamos os "tempos interessantes" que o Mafili adora cometar... não me lembro de ver acoplamento de El Niño tão tardio (não a toa, El Niño tem esse nome porque normalmente se estabelece próximo do natal e não em março como agora).

     

    Enfim... depois de tanto tempo nessa situação de neutralidade positiva "quase El Niño" uma hora acabaria por ocorrer esse acoplamento oceano-atmosférico. Mas tudo isso ocorreu devido aquele grande pacote de águas quentes que comentei na página anterior, gerado por uma forte onda Kelvin associada a oscilação Madden-Julian.

     

    A "torneirinha fria" que sai do Canal do Panamá segue fazendo a parte dela, sendo um bom gatilho para o resfriamento conforme já comentei, inclusive terá papel importante no enfraquecimento desse pacote de água quente que veio e disparou a TSM.

     

    No que eu acredito? Dados que acompanho mostram que esse El Niño fraco não vai durar e nosso inverno será em neutralidade, quiça com tendência de queda na TSM (principalmente 1+2). Os modelos em geral estão se mostrando extremamente voláteis, inclusive emendando esse Niño com um novo no final do ano (ou seria o mesmo?????).

     

    Tempos realmente interessantes...

     

     

     

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  18. 12 horas atrás, klinsmannrdesouza disse:

    O Pacífico está volátil desde o meio do ano passado; este atraso na configuração do el nino está prejudicando as chuvas agora no Sudeste e causando transtornos no RS. Este cenário confuso, mantendo está configuracão de águas quentes/frias poderá permanecer durante o outono.

     

    Concordo, essa situação indefinida não tem sido interessante e deixa tudo muito irregular! Ora o comportamento lembra El Niño, ora neutralidade...

     

    12 horas atrás, klinsmannrdesouza disse:

    As anomalias positivas do Atlântico se intensificaram em dezembro, mesmo que não estejamos oficialmente num el niño, já foi suficiente para aumentar a influência da ASAS sobre o Brasil, no Pacífico as anomalias dão a entender que recentemente estamos num el niño Modoki de média intensidade, na prática ocasiona menos danos do que num el niño clássico. 

     

    Tenho minhas dúvidas até mesmo quanto a estarmos em um Modoki... mas é fato que esse cenário de quase El Niño tem sua influência.

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  19. 15 horas atrás, LuluBros disse:

     

    Uma questão que me intriga desde 2015: é o bloqueio em 500 hPa que começa a gerar TSM mais alta que o normal no Atlântico ou ela é que gera o bloqueio?

    Que existe um feedback positivo fdp entre os dois processos, disso já estou ciente.

    Mas minha dúvida é: o que inicia esse processo maligno?

     

    A atual anomalia positiva da TSM no Atlântico parece ter vindo DEPOIS que começaram esses dias mais quentes, portanto, não parece ser a causadora (ou pelo menos está retroalimentando)... mas preciso analisar com mais profundidade!

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