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Brasil Abaixo de Zero

Flavio Feltrim

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Posts posted by Flavio Feltrim

  1. A partir da semana que vem o El Niño volta a dar uma patinada... a TSM de algumas áreas Niño vai diminuir pelo menos até o início de outubro.

     

    Curioso observar também que a TSM na região 3.4 se mantém "estável" desde o pico alcançado em 28/08 (a quase 1 mês)... o mesmo vale para a região 3 que vem mantendo a tendência de queda desde a mesma data também. Já a região 1+2 está em queda desde 21/07!!!

     

    Se o El Niño não tiver um fortalecimento espressivo no mês de outubro talvez já tenha atingido seu máximo (pelo menos na TSM) e seguirá apenas mantendo esse patamar até o início de 2024.

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  2. Em 17/08/2023 em 15:05, Eclipse POA disse:

     

     

    Oi Flávio, desculpa se essa pergunta já foi respondida por aqui (eu posso ter me passado), mas me surgiu uma dúvida: com essa entrada em território desconhecido, com mares fervendo já, e El Niño podendo fortalecer, vc acha que haveria chance  de um bloqueio Megazord como aquele de Jan e Fev de 2014? Ou o El Niño poderia trazer mais umidade, cobertura de nuvens, e prevenir um bloqueio daqueles? Sou bem leigo e acho que to começando a misturar alguns conceitos hahaha valeu!

     

    Uma coisa que aprendi em climatologia (e com El Niños) é que um evento NUNCA é igual ao outro! E como estamos vendo também, essa situação de oceanos fervendo é algo novo, portanto não temos em nosso histórico um evento ocorrendo nesse tipo de situação. Mas se palpite estiver valendo, o meu é de que não teremos situação parecida com 2014, assim como não acredito em super El Niño...

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  3. Parece que nos próximos dias o El Niño finalmente vai dar uma engrenada! O curioso é que esse evento não tem se configurado muito "profundo", as águas mais aquecidas tem se concentrado bem superficialmente (acima de 150 metros de profundidade), o que poderia impactar na manutenção e fortalecimento.

     

    O mais curioso será observar esse evento no contexto atual de mares fervendo!

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  4. Em 08/08/2023 em 20:22, Moretão disse:

    ocean2.PNG.281195436e4d316dc1e9ca7baeedc00c.PNG

    Essas imagens mostram bem porque o El Niño 2023 está patinando para se consolidar: as áreas referentes à ODP insistem em ficar negativas, diferente de 2015, impactando diretamente na região 3.4.

     

    Outro detalhe: em 2015 o El Niño era do tipo misto, enquanto 2023 está parecendo um clássico canônico, com anomalias mais intensas na região 1+2. Se continuar assim, 2023 terá um Niño moderado a forte, longe do super El Niño que vinha sendo previsto!

     

    Agora, quanto ao contexto global, quanta diferença!!! Oceanos fervendo infelizmente 😭 Aguardando os próximos capítulos...

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  5. Em 20/07/2023 em 00:58, jrmartinisp disse:

    Meu medo é entrar no próximo verão com valores assim, deve gerar muito desprendimento glacial e afinamento do gelo e gerar um efeito dominó. 

     

    Se não me engano, o ano com o menor máximo da história da Antártica foi 1986... como 2023 já bateu o recorde de mínimo teremos que aguardar até setembro para descobrir se vai bater 1986 (tem grande chance)!

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  6. Em 17/07/2023 em 11:43, LucianoD disse:

    nos últimos 4 dias a SOI finalmente voltou a ficar negativa

     

    imagem-2023-07-17-114225195.png

     

    Precisa cair mais e se manter para garantir uma boa teleconexão com a atmosfera, senão o El Niño não se consolida... algumas variáveis ainda mostrando um pequeno enfraquecimento nos próximos dias!

     

    Oceano tá gastando muita energia "pra nada", nessa altura do ano eu já esperava que a região 3.4 estivesse entre 1.5 e 2 graus acima com a subida meteórica que a TSM teve meses atrás!

     

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  7. Em 02/07/2023 em 10:44, jrmartinisp disse:

     

    Muita calma nessa hora! O fato do gelo Antártico ter tido recorde de mínima não implica necessariamente que ele chegará assim no fim do ano. Temos que lembrar que o mínimo de gelo oceânico do polo sul ocorre em março e o máximo em setembro, portanto, existe chance dele recuperar como já ocorreu em anos anteriores, não dá pra ser determinista assim!

     

    Outro detalhe: geralmente os El Niños impactam no gelo polar, mas isso ocorre no mínimo do ano seguinte (março 2024), pois o polo sul já demonstrou que tem alta sensibilidade aos efeitos do Niño, vide o que ocorreu a partir do super evento 2015-16 que mudou totalmente a trajetória da Antártica que vinha em uma crescente.

     

    E lembremos que no mínimo de março esse ano estávamos sob efeito da La Niña ainda, portanto o que vem derretendo drasticamente o gelo do polo sul tem a ver com o aumento da temperatura global dos oceanos!

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  8. O Bureau de Meteorologia da Austrália é muito BoM (desculpem o trocadilho), mas sempre tenderam ao quente e sempre foram os mais extremados. Não me admira eles darem esse leve "recuo" no último boletim... me preocupa mais o fato de nunca corrigirem essas superestimativas do modelo deles, parece que pegam a previsão de TSM da região 1+2 e colocam para a 3.4.

     

    Em tempo: a partir dessa semana a TSM do Pacífico Equatorial subirá bem, principalmente nas regiões 1+2 e 3, que podem influenciar uma subida da região 3.4 também, embora não tão expressiva.

     

    Já na primeira semana de julho existe uma tendência de queda nas regiões 1+2 e 3 que podem influenciar na estabilidade da região 3.4 (que está custando em se manter acima de +1 de anomalia). Continuando assim, esse El Niño será um evento moderado... o que parece certo é que será canônico, não Modoki.

     

    Apenas para reforçar onde ficam as regiões Niño:

     

    Nino.png.b334e0f4ef76c51fe34076de9e2f9e56.png

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  9. Em 19/06/2023 em 07:59, Augusto Göelzer disse:

    É exatamente como o @Flavio Feltrimcomentou. Por isso fazem mapas utilizando a diferença de anomalia instantânea do planeta, além dos mapas clássicos usando alguma normal (81-10/91-20).

     

    Assim podemos observar o quão proporcionalmente intenso pro planeta é este El Niño. 

    cdas-sflux_ssta_relative_global_1.png

     

    Mas claro, mesmo um El Niño fraco, em tempos de aquecimento global, pode significar recordes generalizados e coisas não vistas antes, mas isso não significa que ele afetou tanto proporcionalmente quanto o Super El Niño de 1982-1983 por exemplo... apenas a nossa média normal que está elevada em relação ao passado.

     

    Excelente exemplo @Augusto Göelzer! Essa é a prova de que a mudança climática acentua os extremos!

     

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  10. Em 13/06/2023 em 20:11, Bruno D disse:

    Acho que isso vai ser a questão deste El Nino. Não os patamares exclusivos do pacífico equatorial, mas sim de como as interconexões/o clima da terra como um todo, vai responder ele, sob um padrão de temperaturas oceânicas quentes por todo o globo. 

    Muito bem colocado Bruno! Hoje temos que considerar que uma anomalia de +2 na região 3.4 não significa o mesmo gasto de energia que os mesmos +2 representavam nos El Niños anteriores, pelo simples fato de que hoje a TSM global está mais quente. O que faz a circulação global mudar é o diferencial entre a TSM do Pacífico Equatorial e seu entorno, deslocando as áreas de convergência e divergência da célula de Walker e consequentemente alterando a dinâmica global.

     

    Podemos dizer que as anomalias de hoje, proporcionalmente, são mais intensas que dos eventos anteriores. Ex: com oceanos mais quentes, para uma La Niña conseguir derrubar a TSM para patamares negativos baseados em normais climatológicas passadas (quando as temperaturas eram mais baixas), o esfriamento precisa ser mais intenso hoje do que nos anos 1980. Ou seja: uma área do oceano que hoje está com -2 de TSM (com base na média 1981-2010) precisa "esfriar mais" para ser considerada uma anomalia. Tudo isso demanda grandes perdas e ganhos de energia!

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  11. Em 08/06/2023 em 20:24, Flavio Feltrim disse:

     

    Por enquanto vem se seguindo o script, inclusive acho até que a região 3.4 demorou pra alcançar a casa do +1 de anomalia de TSM. 

     

     

    Dia 10 tá chegando, provavelmente esse aumento observado nas TSM's (regiões 1+2 e 3.4) vai estabilizar novamente (quiçá cair) nos próximos dias! Essa estabilidade/queda vai durar pelo menos até o dia 20 de junho.

     

     

    BINGO!

     

    nino34.png.79a3e14d6e15d28dd73dbc04afc01863.png

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  12. Em 24/05/2023 em 12:09, Flavio Feltrim disse:

     

     

    Sim, era sobre essa queda que eu comentava lá em 12 de abril, que a TSM não seguiria subindo como estava (na região 1+2). Acredito que agora ela vai se estabilizando, subindo e descendo conforme manda o figurino, assim como a região 3.4 também vai se estabilizando até alcançar o patamar entre 1 e 1.5 no final do ano. Mantenho meu palpite de um evento fraco a moderado, com ápice em novembro e não em dezembro como de costume.

     

    Final de julho/início de agosto teremos um horizonte mais confiável...

     

    Por enquanto vem se seguindo o script, inclusive acho até que a região 3.4 demorou pra alcançar a casa do +1 de anomalia de TSM. 

     

    Em 30/05/2023 em 22:26, Flavio Feltrim disse:

     

    Provavelmente a TSM na região 3.4 continuará subindo até a semana que vem, alcançando finalmente o patamar entre +1 e +1.5, para depois estabilizar ou até mesmo cair um pouco a partir do dia 10 de junho.

     

     

     

    Dia 10 tá chegando, provavelmente esse aumento observado nas TSM's (regiões 1+2 e 3.4) vai estabilizar novamente (quiçá cair) nos próximos dias! Essa estabilidade/queda vai durar pelo menos até o dia 20 de junho.

     

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  13. Em 30/05/2023 em 06:05, Caio César disse:

     

    Embora o comportamento mais usual da região 3.4 seja por mudanças mais graduais, é inegável que um aquecimento esteja ocorrendo com mais intensidade nos últimos dias.

     

    crw_ssta_graph_nino34.png.c7d0cd28cfc99ff8a1d57e8472cde561.png

     

    A ver as próximas atualizações, que acredito deve devolver o threshold de El Nino.

     

     

     

    Provavelmente a TSM na região 3.4 continuará subindo até a semana que vem, alcançando finalmente o patamar entre +1 e +1.5, para depois estabilizar ou até mesmo cair um pouco a partir do dia 10 de junho.

     

     

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  14. Em 29/05/2023 em 19:40, Renan disse:


    Flavio, a princípio você descartaria um impacto tão grande deste evento de El Niño quanto foi o evento de 2015 aqui na minha região ? A única coisa que eu tô pedindo a Deus todos os dias é para a gente não ter um verão no ano que vem bizarro como foram os de 2014, 2015 e 2019. Insuportavelmente quentes e secos. 

     

    Difícil dizer o que vai ocorrer em uma região tão específica nesse momento... o que está para ser definido primeiramente é a intensidade e tipo de evento. Quanto ao tipo, parece estar se desenhando um Niño clássico (canônico) e não Modoki.

     

    Quanto à intensidade é o que venho repetindo: teremos mais certeza a partir do final de julho/início de agosto quando o padrão circulatório oceânico de inverno já estará bem estabelecido, embora eu ainda esteja acreditando num evento fraco a moderado (descarto Super El Niño nesse momento).

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