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As médias mensais em Belo Horizonte no inverno são menores do que no MS e Paraguai justamente por causa da ASAS, com seu giro anti-horário deixa as temperaturas amenas por vários dias, só perde pela falta de dinâmica atmosfera, que na planície do Pantanal/Chaco é extrema, em grandes ondas de frio as vezes ocorre das temperaturas caírem mais de 20 graus num único dia.

Não entendo como ocorrem essas bizarrices, em ocasiões que as massas polares sobem até o meio do Brasil as temperaturas ficarem muito altas na Patagônia/centro Argentino.

Justamente pela existência da ASAS no oceano que as massas polares chegam com mais dificuldade a porção centro-norte do Sudeste; a Bahia, Espírito Santo e parte de Minas Gerais são os estados mais influenciados pelas massas de ar seco, a questão chave é que a baixa altitude entre o norte da Argentina e a Amazônia funcionam como um corredor rápido para a circulação dos ventos frios quando são de origem continental, que mesmo rasos e de fraca intensidade como esta ocorrendo agora, alcançam facilmente o estado do Amazonas, enquanto mal passam do estado de São Paulo. Para uma massa polar resfriar todo o Sudeste ela precisa ter suporte em altitude acompanhado de pelo menos um cavado em médios níveis que permita um deslocamento vigoroso do frio, afastando a ASAS para o meio do oceano.

Concordo, elas são continentais em forma arredondada, acrescento na sua lista maio/junho-79, agosto-84, junho-85, março-87, maio/junho-88, aogsto-91, jun/junho-94, junho-96, junho-97, julho-98, agosto-99, julho-00, junho-01, maio/junho-04, maio e set-06, maio-07, abril/maio-08, junho-09, maio-10, maio e junho-11, julho-12, maio e agosto-13, junho-14 e junho-16.

O trajeto que a massa polar percorre ao entrar no continente sul-americano é determinante para a mesma se tornar continental ou marítima. Quando esta vêm do Oceano atlântico sul proveniente das Malvinas e margea o litoral leste até a Bahia, no Brasil, é classificada como marítima; geralmente o frio provocado por massas polares com esta tragetória é de intensidade fraca a moderada, com exceção dos casos em que um cavado amplificado formado pela maior ondulação do jato aparece ao largo do litoral Sul e Sudeste brasileiro, daí os ventos frios são advectados com maior intensidade para o interior, se o centro da massa fria for intenso isobaricamente, pode ocasionar frio intenso. As ocorrências mais pronunciadas de frio extremo ocorrem quando a massa polar é originária do Anticiclone Migratório Polar do oceano Pacífico Sul ou mesmo diretamente da borda oriental da Antártida, aqui o bolsão frio é muito mais intenso do que o normal; ao se aproximar da América do Sul comumente percorre dois caminhos, a Terra do Fogo/Ushuaia ou a região meridional dos Andes. Na porção oriental do nosso continente, há a formação de uma baixa pressão (ciclone extratropical) que, juntamente com um cavado sobre a Argentina, impulsionam os ventos polares para norte, primeiramente afetando o interior do continente e depois declinando as temperaturas nas áreas litorâneas, na medida em que o núcleo da alta polar adentra o continente, ocorre um aumento na sua pressão isobárica, empurrando o sistema frontal para as latitudes tropicais, por vezes ocorrem queda significativa de neve nas regiões ao sul do pararelo 25, na junção de umidade+baixas temperaturas. Neste segundo caso, a trajetória é continental, há casos atípicos quando seu centro passa sobre os estados do PR, MS e SP, assim não há contraste térmico entre o Sudeste e o Centro-Oeste verificado nas continentais normais.

Sim, sua trajetória foi bem continenatal, ela não avançou pelo Sudeste porque faltou algum mecanismo de engrenagem, como um cavado ou ciclone para impulsionar a massa de ar frio mais para o leste, e também pelo bloqueio seco entre o sul da Bahia, norte de Minas e Espírito Santo.

O centro da alta ficou muito a oeste, entre o Paraguai/Norte da Argentina, no Paraná ocorreu um ramo quente que impediu seu avanço sobre o Sudeste. A frente fria chegou até o Acre, caracterizando a primeira friagem do ano, o sistema frontsl formou um arco na diagonal entre São Paulo e o sul da Amazônia.

Pior ainda, não provocam frio intenso e depois viram aqueles bloqueios secos de uma semana, dez dias. O ideal seria que tivesse uma trajetória híbrida, com o centro passando sobre o sul do Brasil e a frente fria chegaria até Minas Gerais sem problema algum.

Falta de espessura da alta, daí o ar frio escoa todo pro oeste do país!

Quando a massa polar não tem suporte em altura, o Sul, MS, MT, RO e AC recebem os ventos frios com toda a intensidade enquanto a maior parte do Sudeste torra devido a maior dificuldade de avançar sobre a região.

Os noticiários estão falando de uma grande enchente em Teresina que causou muitos danos, tem a ver com este núcleo extremo de chuva?

Os modelos numéricos indicam que a frente fria vai chegar até o Acre pelo interior do continente e ficar estacionada sobre parte do estado de São Paulo.

A chuva no Nordeste começa no trimestre SON no oeste da Bahia/ sul do Maranhão e Piauí e se espalha pela região nos trimestres seguintes, chegando ao sertão em DJF, litoral norte em JFM e litoral leste ( Rio Grande do Norte-reconcavo baiano) em FMA. O pico das chuvas na parte oeste/sul/interior ocorre no verão, no setor norte no outono e no leste no inverno.

Abril é um bom mês pra quem gosta de temperaturas amenas ( entre 12 e 25 graus) porque normalmente não precisamos usar ventilador/ar condicionado constantemente e nem colocar muitos casacos. É o primeiro mês do ano em que ocorrem quedas mais significativas na temperatura, as geadas ficam mais amplas no Sul e começam a branquear a Mantiqueira, as frentes frias chegam até Rondônia, centro-sul de Minas Gerais, parte de Goiás e Rio de Janeiro.

Este sistema é o principal causador dos grandes acumulados de chuvas no Sul do Brasil, Paraguai e Norte da Argentina na primavera, além de causar chuvas de granizo e tornados, no Outono geralmente está associado a intensos sistemas frontais que antecipam as ondas de frio.

A Argentina como um todo possui três diferentes climas: Subtropical, com a mesma dinâmica de chuvas e temperaturas que o sul do Brasil, abrange a parte norte; temperado na metade central do território argentino, ao sul de Buenos Aires até a Patagônia, com queda de neve no inverno, precipitações uniformes durante todo o ano e com verão quente e por fim o clima frio, na região da Terra do Fogo, já sendo uma transição para o clima subpolar da Península Antártica, onde o frio predomina durante todo ano juntamente com a neve. A metade norte da Argentina está correlacionada com o Sul do Brasil, ou seja, quando as massas polares continentais possuem rapidez e cincronia com os ciclones extratropicais, seu centro fica sobre esta área irradiado frio pelo interior do continente, nestas situações as anomalias ficam bem negativas entre o Uruguai e o Acre; enquanto a metade sul da Argentina fica sob anomalias positivas de temperatura porque falta frio para aquelas paragens, já que o mesmo fica totalmente depositado ao norte do paralelo 35S. Este parece ser o cenário mais provável de acontecer em abril, alguma onda de frio mais intensa subir o continente até a Amazônia e no restante do mês ocorrerem ondas de frio marítimas.

Ultimamente altas temperaturas são sinônimos de bloqueios atmosféricos, nem chuva trazem mais, é muito pior do que ter frio precoce, porque pelo menos em dias frios a evaporação é menor mesmo com sol. Tomara que as previsões errem.

Março e Abril tecnicamente são os únicos meses que todo o país pode ter dias de conforto térmico, onde as noites são amenas e as manhas e tardes com calor leve, e a inclinação solar é equilibrada, um período excelente para praticar atividades ao ar livre.

É bem assim mesmo, quando é sobre bloqueio a exatidão e impressionante, agora pra frio fica num tira-põe irritante, nem em anos mais promissores pras massas polares eles indicam ondas de frio com antecedência, quem dirá para um ano mediano como este. O jeito é ficar na desconfiança.

Concordo com você; a região entre o Ceará e centro da Bahia em eventos de el nino permanece totalmente dominada pela alta pressão, o que se verifica agora e o oposto disso, inclusive com acumulados de chuva acima da média. É melhor esperar o decorrer dos meses antes de oficializar qualquer fenômeno atmosférico.

Não confie cegamente nas preciso a médio prazo, estão muito voláteis e instáveis, o que é normal para esta época.

Este aquecimento está extremado e interrompido, há curtos períodos em que as anomalias ficam inferiores a +0,5 graus; e o padrão atmosférico não esta de acordo com um el niño porque tem chovido bem em todo o Nordeste, atmosfera completamente instável.

Com este ciclone, o ar frio poderia chegar até a Zona da Mata mineira, já que nesses casos os ventos polares são bem mais amplos mesmo a alta sendo relativamente fraca. Um bom cpmeço de abril.

Desta vez a frente fria poderia ficar mais ao sul, daí o sistema se fortaleceria (claro, longe da costa para evitar danos).

Este período chuvoso começou mais cedo que o normal é esta terminando mais cedo também, estamos num padrão confuso da atmosfera, a circulação está muito indecisa.