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Brasil Abaixo de Zero

Michel do Lago Amaro

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  1. Até porquê o próprio clima subtropical não deixa de ser uma transição entre os climas tropicais e os climas temperados. Sendo assim, a transição entre os climas tropicais e subrtopicais, embora admissível, é a transição da transição! Naturalmente que, com 30ºS de latitude, Porto Alegre terá as características subtropicais mais acentuadas do que Curitiba.
  2. Magistralmente perfeito Coletty! Curitiba não é, de modo algum, menos verde que Porto Alegre, como você muito bem observou! E veja que essas mínimas que você citou (e mesmo a máxima baixíssima de 2010), foram registradas no centro politécnico, que já é uma região bem urbanizada, longe de sê-lo tanto quanto o é o centro, mas ainda assim, muito urbanizada. Isso por si só mostra o potencial de frio da região. E como você falou, se nos últimos anos o extremo sul não sofreu grandes alterações no tocante às temperaturas médias, 2012 FOI A GRANDE EXCEÇÃO! Agosto foi praticamente NULO em termos de frio aqui em Caxias do Sul, e houve cidades no interior gaúcho com anomalias de até 6ºC no mês de agosto (bastante significativa se considerarmos que na maior parte do Estado, a amplitude térmica entre os mês mais frio e o mês mais quente é de cerca de 9ºC). Realmente, em 2012, os bloqueios foram MUITO ao sul. O que normalmente vinha ocorrente entre o Paraná e norte catarinense, nos últimos anos (o que já caracterizando uma mudança de dinâmica), passou a ocorrer entre o sul gaúcho e o Uruguai no último inverno. Mas o meu feeling é que 2013 será um pouco melhor que 2012. Creio que será um ano parecido com 2011 ou 2010...
  3. Só que os governo local e estadual deveriam investir mais na infraestrutura turística dessas cidades. São Joaquim é uma cidade que, com exceção das atrações naturais, não oferece NADA. A região é muito bonita, independentemente de haver neve ou não, ótima para turismo rural, mas é necessário alguma estrutura urbana. Mesmo Lages, dado o tamanho da cidade, é muito carente nesse sentido. Aqui no Rio Grande do Sul, as cidades da serra são muito bonitas, bem estruturadas, há inúmeras atrações como vinícolas, bons restaurantes, etc...mas as cidades dos campos de cima da serra, como Vacaria, Cambará do Sul, Ausentes, Bom Jesus, São Francisco de Paula, localizadas em regiões belíssimas, igualmente deixam MUITO a desejar quanto à estrutura urbana. No Paraná, idem, os campos gerais são lindissimos, mas as cidades, a começar por Ponta Grossa, são verdadeiros fins de mundo (exceção feita a Carambeí e Castro). Assim, perde-se muita divisa, pois poderia haver muito mais turistas em regiões cuja natureza é tão estupendamente bonita!
  4. Curitiba também é repleta de parques e de áreas verdes. Quanto a ser mais dependente de frio "seco", há que se observar que há dois tipos de frio "seco". O frio polar seco, ou seja, queda de temperatura por advecção à noite e sem o aumento excessivo da temperatura durante o dia. E o frio seco já tropicalizado, com significativa queda de temperatura à noite devido à irradiação e forte aquecimento diário, o chamado "frio vampiro". Esse segundo tipo de "frio" tem se tornado muito mais frequente no Paraná e centro-sul, uma vez que os bloqueios estão mais fortes e prolongados. E se houver frente fria no RS, pior, pois o Paraná tende a ficar com aquecimento pré-frontal, e muitas vezes fica mais quente até do quê o Sudeste! Sendo assim, o frio seco que está faltando para o Paraná e para o Sudeste, é o frio de origem POLAR, e de ADVECÇÃO, pois o frio meramente de irradiação até pode trazer mínimas baixas, mas por outro lado, provoca um forte aumento nas temperaturas máximas. Por isso eu creio que embora a urbanização tenha sim uma parte de influência no aquecimento, a questão relacionada à dinâmica climática é muitíssimo mais relevante!
  5. Pela roupa e corte de cabelo da criança eu não acredito que essa foto seja de 1951, pois me parece ser da década de 1980. Além disso, as fotos são colodidas!
  6. Isso mesmo! Tanto que nos breves períodos em que a dinâmica se aproxima do que era no passado, as médias igualmente o fazem! Exemplo o mês de janeiro passado, em que Curitiba fechou com uma compensada de 19,9ºC - exatamente a média da normal 1931-60. Não que a urbanização não influencie, mas, acho que a dinâmica tem sido uma variável incomparavelmente mais importante nesse contexto de mudanças!
  7. Creio que não, pois a dinâmica realmente mudou. O que ocorre é que a partir de 1990, os bloqueios nos meses de inverno se tornaram mais frequentes e duradouros. E a dinâmica não mudou só em Curitiba. Aqui no Rio Grande do Sul, embora não houve mudança significativa nas temperaturas médias, a quantidade de precipitação em forma de neve diminuiu dramaticamente nos últimos anos, pois os ciclones ou estão muito ao sul, ou quando estão mais ao norte, não há frio suficiente, sendo que até o final da década de 1990 eles vinham sincronizados com o ar frio forte. Aí, nevava nas serras e planaltos gaúchos e catarinenses e o ar frio conseguia chegar com força até o Paraná e o centro-sul do País rompendo os bloqueios. Não concordo que fazia mais frio no RS. É só pegar os dados de POA. Tanto que o Bruno criou um tópico "Esfriou em POA nos últimos invernos". Mudou a dinâmica partir das serras do RS para cima; para baixo continua igualzinho. Os ciclones tem se formado mais ao Sul; é vero, por isso não neva mais tanto nas serras. Mais faz tanto frio de pOA para baixo como antes. Para cima (tanto em neve como em frio), as coisa vão piorando PROGRESSIVAMENTE. Pior para Curitiba, pior para Sampa. E eu por acaso disse que fazia mais frio aqui no RS? Leia direito o que escrevi! Quando eu disse que não há frio suficiente, estava me referindo aos momentos em que há ciclone na costa, e isso está bem claro! Na realidade o que eu coloquei, é que o ar frio não tem vindo sincronizado com o ciclone e por isso a dramática diminuição neval nos últimos anos!
  8. Mas aí não dá para comparar com o centrão de Curitiba, tampouco com o Politécnico, que fica em uma área bastante urbanizada não é? Você tem que comparar Cotia com Campo Largo, com a Lamenha Pequena...eu só acho estranha essa sua obsessão de cavar semelhanças entre Curitiba e São Paulo. Digo isso, porquê você fala sobre isso praticamente em TODAS as mensagens que posta...
  9. Pois é... Não é à toa que pessoas com mais de 45 anos (Nas quais eu me incluo :laugh: ) costumam dizer que não faz mais frio em São Paulo. O mesmo dizem os curitibanos com mais de 35 anos (eu com 39)...já aqui na serra gaúcha a conversa é outra...frio faz, mas neve que é bom...
  10. Você tem razão, pois mesmos na normal 1931/1990, os meses de junho e julho em Paranaguá deveriam ter médias muito semelhantes às de 16,9º e 17,1º registradas em 1961/90. Aí, a diferença com São Paulo era bem mais marcante, e ainda deve ser se comparadas a locais como Parelheiros, por exemplo!
  11. Creio que não, pois a dinâmica realmente mudou. O que ocorre é que a partir de 1990, os bloqueios nos meses de inverno se tornaram mais frequentes e duradouros. E a dinâmica não mudou só em Curitiba. Aqui no Rio Grande do Sul, embora não houve mudança significativa nas temperaturas médias, a quantidade de precipitação em forma de neve diminuiu dramaticamente nos últimos anos, pois os ciclones ou estão muito ao sul, ou quando estão mais ao norte, não há frio suficiente, sendo que até o final da década de 1990 eles vinham sincronizados com o ar frio forte. Aí, nevava nas serras e planaltos gaúchos e catarinenses e o ar frio conseguia chegar com força até o Paraná e o centro-sul do País rompendo os bloqueios. Não que a urbanização não tenha influenciado fortemente a mudança climática em Curitiba. Fê-lo, porém, apenas parcialmente. Isto é, nas zonas não urbanizadas de Curitiba, também deve ter ocorrido aquecimento, mas bem menos acentuado do que na ilha urbana. Ou seja, não que se vá encontrar nessas regiões exatamente o mesmo clima do passado, mas ao menos se encontrará um clima semelhante ao clima do passado, mas não igual!
  12. Quanto ao ZCAS, em Curitiba até pode ocorrer, mas é algo bastante raro. Lembro-me disso ter ocorrido em 1995, o verão mais chuvoso de que me lembro, nos 31 anos em de minha vida em Curitiba. Mas geralmente não ocorre. Por outro lado, incursões polares com mínimas sub 15 e máximas sub 20 ocorrem em praticamente todos os verões em Curitiba, e estou me referindo aos meses de janeiro e fevereiro mesmo. Mas a grande bandeira do Caco aqui no fórum é provar que o clima de Curitiba se parece mais com o de POA do que com o de São Paulo. Porquê não sei, mas ao meu ver em vários aspectos Curitiba se parece mais com SP e em outros, com POA, o que não faz com que Ctba deixe de ser subtropical, e SP tropical de altitude. Alguns geógrafos classificam a capital paulista como subtropical, mas eu particularmente acho forçado...na realidade os meses de inverno na capital Paulista, em que pesem os seus 800m de altitude, tem médias muito semelhantes às de Paranaguá, em pleno litoral e só com dois graus de latitude a mais...isso por si já quer dizer muita coisa...
  13. HK tem mais ou menos a latitude do RJ. Já foi registrada a temperatura de 7oC no Rio de Janeiro? Em 1994 chegou a 6 C na capital fluminense!
  14. Eu e a torcida do flamengo adorariam ter esse motivo para ficar "triste"...heheheheheheheheheh Ta certo. :sarcastic: Mas o motivo da minha tristeza é que parece que vai esfriar na cidade justamente quando eu estiver saindo dela. E pra piorar agora está dando neve justamente no inicio da madrugada do dia 2. Não sei de onde vem a previsão do aplicativo do Windows 8, mas é a que mais uso pois dá as menores temperaturas. :laugh: Sim, eu entendo. Quando fui aa Turquia e Italia em 2010, so peguei temperaturas amenas, pois viajei na segunda metade de fevereiro e inicio de marco. Ocorre que no inicio de fevereiro daquele ano, havia feito muito frio nos dois paises e no restante da Europa. Pareçe ate que a minha chegada afugentou o frio :sarcastic:
  15. Eu e a torcida do flamengo adorariam ter esse motivo para ficar "triste"...heheheheheheheheheh
  16. No meu "chutômetro" eu creio que será um inverno menos extremado do que o passado, em que predominaram temperaturas outunais em dezembro, janeiro e fevereiro, para em fevereiro fazer todo o frio que deveria ter feio nos três meses que haviam se passado, e mais um pouco, em uma verdadeira micro-era-glacial! Creio que este ano a Europa terá um inverno de clássico a rigoroso, mas com o frio bem distribuído ao longo de toda a estação. Acho que o mesmo ocorrerá na América do Norte, ao contrário do rirículo inverno que se passou por lá na última temporada. No inverno 94/95 a América do Norte e a Europa tiveram um inverno anormalmente quente, e sem o período de frio muitíssimo intenso que houve na Europa em fevereiro de 2012, apenas com um bom frio e uma boa nevada na costa leste americana no final da estação. Em 1996, ao contrário, o inverno foi rigoroso nessas duas partes do mundo (chegou a -22ºC no Norte da Inglaterra, e nevou bastante em Londres, além da histórica nevada na costa leste norte americana!), mas não anormal.
  17. Recordes Curitiba: INMET: 17/11/1985 - 35,2ºC SIMEPAR: 30/10/2012 - 35ºC ... SURREAL!
  18. É a velha história do frio em altitude. Se a temperatura da superfície estava em -7ºC e mesmo assim, a precipitação caiu líquida, é porque havia uma camada de ar mais quente no caminho entre aquela as nuvens das quais esta última se originara. Quando isso ocorre, geralmente a água da chuva ao cair, acaba por se congelar na própria superfície, gerando uma superfície lisa de gelo sólido e até estalagtites de gelo nas cópas das árvores. Tenho parentes nos EUA que me relataram fatos assim. Da mesma forma, em São Joaquim ocorreu o contrário, ou seja, certa vez, nevou com 7ºC; Isto porque com toda certeza a precipitação se formou em nuvens de desenvolvimento vertical e a temperatura na maior parte das camadas pelas quais a precipitação passou estavamuito baixa. Encontrando uma temperatura mais alta apenas na superfície, não chegou a dar tempo dos flocos de neve se derreterem totalmente ao chegar.
  19. Bem que a Terra poderia esfriar uns quatro ou cinco décimos nos próximos 20 anos...
  20. Mas o café não é forte já em Minas? Eu sempre compro aqueles cafés especiais da Melita, e o meu favorito é o Sul de Minas, tem também o Cerrado que é plantado aí no oeste do estado. Sim, já é forte, mas como o Beto bem explicou, o cultivo do café em Minas Gerais dava-se tradicionalmente nas áreas com altitude menores que 1000 metros, em razão das geadas nessas terras mais altas. Ocorre que nos últimos anos a incidência de geadas têm diminuído muito ali. Em contrapartida, complementando o que o Beto havia postado, eu li em uma revista que o café não pode ter mais de três dias seguidos com máximas superiores a 34ºC na época de sua florada, pois o calor excessivo também lhe aborta os frutos; o artigo ressaltava que tal fenômeno tem se tornado mais frequente nas regiões onde tradicionalmente se cultiva o café. Assim, a linha de terras adequadas ao cultivo do café em Minas Gerais tenderá a subir em altitude se nos próximos anos o clima continuar a se comportar como nos últimos doze anos.
  21. Já existe algum prognóstico de como será o próximo inverno na América do Norte/Europa?
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