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Parece que o amigo não entendeu a linha do meu raciocínio. Falo em variabilidade natural de Circulação Atmosférica. Quando digo que desde o início dos anos 2000 começa haver uma mudança na Circulação e o Inmet considera 10 anos (1991 a 2000) fora desse raciocínio, devo discordar. Gostaria que você apontasse nesses 20 anos que me refiro algum Janeiro chuvoso no Ceará disvinculado de Ondas de Frio extremo em parte do Canadá e dos EUA. Estratosfera e Troposfera interagem. Se por ~ 30 anos ondas planetárias (Rossby) permanecem com deslocamento Zonal temos um Padrão de Circulação. Se por ~ 30 anos esse comportamento passa e ser meridional (aumento de amplitude) muda-se o Padrão de Circulação. Por outro lado, gostaria de saber qual sua opinião para o aumento da pluviometria no mês de Janeiro em parte do Ceará. Trabalhos científicos de reanálise climatica num período de 30 anos me informam que em anos de La Nina as chuvas em parte do Nordeste, principalmente entre março e abril independente das temperaturas do Atlântico Tropical, ocorrem em excesso (até enviei uma tabela extraída de Tese mas a formatação ficou ruim).
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Primeiro equívoco do amigo: são 4 médias trimestrais com desvios de -5. JAS/ASO/SON/OND, faltando portanto NDJ que no final do mês teremos a média. Segundo equívoco: a região do Nino 3.4 impacto mais o Clima dos EUA que o nosso. Estudos Científicos apontam por dados estatísticos que a região do Nino 3 é a que mais impacta o Clima do nosso Continente. Terceiro equívoco: posições mais a Sul da ZCIT envolve aspectos muito mais complexos que simplesmente Dipolo do Atlântico Tropical. Quarto equívoco: El Nino/La Nina são fenômenos oceano-atmosféricos e não só TSM do Pacífico. Tenho passado alguns resultados dos estudos que venho realizando a cerca de 4 anos ao amigo e conterrâneo, todavia em resposta parece que venho fazendo ofensas. Sou categórico em afirmar que a média pluviométrica de Fortaleza nos últimos 20 anos para o mês dê janeiro (2001 a 2020) aumentou bastante em relação a média da Funceme (1981 a 2010). Assim caro amigo, chover em Janeiro o que a Funceme nos mostra é, cientificamente falando, um equívoco. Vou citar o município de Granja novamente: de 1981 a 2010 140mm. De 2001 a 2020 280mm. Vale salientar que entre 2012 e 2017 enfrentamos uma das piores secas que se tem registro no nosso Estado. Abraços !
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Continuo achando que não estamos nem estivemos com La Nina. Um dos pontos que levanto é sobre a Alta da Bolívia. Quando existe o acoplamento Oceano/Atmosfera na formação de La Nina, o Anticiclone durante o Verão é intensificado. Os modelos ao enxergarem La Nina desde outubro, passaram a prever estiagem no Sul e parte do Sudeste no Verão. Chuvas acima da média para o Nordeste. Parece que erraram !
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Pois bem, partindo dessa minha análise, a média pluviométrica da Funceme refere-se a 23 anos de circulação zonal (1981 até 2003) e 7 anos de escoamento meridional (2003 até 2010). Entenda-se, a grosso modo, as oscilações decadais do Pacífico ( fase quente/fase fria). Se meu raciocínio estiver correto e se as previsões de frio extremo para parte dos territórios do Canadá e EUA se concretizem, devemos ter o mês de Fevereiro bastante chuvoso no Norte do Nordeste brasileiro. Lembrando: Teses científicas não são Dogmas, estão sujeitas a princípios falseáveis ! Cabe a nós, simples mortais, observarmos.
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Qual tua análise para esse evento histórico? Parto do princípio que há uma variabilidade natural no clima do planeta. Essa variabilidade se dá pela mudança na circulação atmosférica (~30 anos). A média pluviométrica usada pela Funceme vai de 1981 até 2010 (30 anos). Observando a média do município de Granja, extremo norte, a Funceme me diz que a média para Janeiro é de 140mm. Pois bem, fazendo a média dos últimos 20 anos (de 2001 até 2020) a média fica em volta de 280mm, o dobro. Assim, de 1945 até 1975 no padrão de Circulação Atmosférica do período o escoamento era Meridional. De 1975 até 2005 a predominância era de padrão Zonal. Desde 2003 à Circulação mudou, trazendo mudança no Clima devendo permanecer assim até 2030.
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Frentes frias oriundas do Hemisfério Norte. Dá uma pesquisada como foi o Inverno de 2019 nos EUA (lembrando que o pico por lá se dá entre 15 de janeiro a 15 de fevereiro). Outra coisa interessante: a média de pluviometria da Funceme diz respeito ao período de 81 a 2000. Se tirarmos a média de 2005 a 2020 acredito que vários municípios do Norte do Estado tenham valores mais elevados.
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Muito bom ! Vale também observar a quantidade de água mais quente proveniente do Sul já chegando ao litoral da Bahia. Bem como águas quentes na costa mais a Sul da África vindo em direção ao Nordeste. Lembra da minha informação: região do Nino 3 fria, Atlântico Sul aquecido. Só não gostei desse "pulso de ZCIT". Zona de Convergência mais a Sul somente em março !
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Hoje são 6 os municípios que atingem a média pluviométrica para Janeiro. Devagarinho as coisas vão entrando no normal climatologico aqui no Ceará. Agora a tarde uma chuvinha bem vinda atingindo o Sertão do "Peregrino". Não deu tempo de ajustar meu pluviômetro pet, porém choveu algo em torno de 10mm.
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App da Funceme informando que desde a meia noite Fortaleza vai acumulando 30mm. Chama a atenção a chuva persistente ao Norte do Ceará, observando as animações de Radar, penso que pela manhã com os dados de ontem (Sobral 38mm) e com as precipitações que venho observando hoje, alguns municípios cheguem a média mensal.
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Quando fortes ondas de frio atingem parte do Canadá e dos EUA o escoamento (massas polares e frentes frias ) passa a ser meridional. Essa Circulação polo/equador chega a latitudes baixas atingindo a Costa Norte do Brasil desarticulado a ZCIT. Assim, na visão desse Filósofo, se o Vórtice Polar que hoje atinge a Europa chegar a atingir os EUA na próxima semana, teremos bons episódios de chuvas sobre o Norte do Nordeste já no início de Fevereiro.