Lucas Centurion
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Boa noite!
Domingo vai terminando com muito calor e ventanias ocasionais, típica de pré-frontais. Pela PWS da Usina Cafealcool tivemos Tmín de 13ºC e Tmáx de 35,6ºC.
Sem dúvidas a tarde mais quente desde março, porém ainda sem necessidades de utilizar ar condicionada dada as noites amenas, que deixam os ambientes internos ainda agradáveis.
Pelas projeções do Euro e GFS teremos um primeiro decêndio em setembro mais "civilizado", com alguns dias quente mas nada infernal e duradouro. O mais bacana são os desenhos de chuva pintando, principalmente a partir do dia 07, com a organização de uma baixa entre SC e RS (GFS).
Obs: essas temperaturas tendem a ser um pouco mais baixas, tanto nas Tmín e Tmáx, já que o modelo sempre dá uma jogada acima para o centro-oeste paulista.
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On 8/25/2022 at 10:25 PM, Lucas Centurion said:
Não é nenhum pouco simples! Eu não tenho como provar cientificamente a correlação entre chuvas no sudeste e Amazônia , aliás, nem especialistas em hidrologia, climatologia e afins me parece ter em mãos alguma correlação cabal com todos os tratamentos estatísticos que comprovem isso.
O que sabemos é da relação da cordilheira dos Andes que canalizam os famosos rios voadores para o cone sul, e por esse motivo o sudeste não é um semi-árido com se observa nos demais continente nas regiões dos trópicos. Então existe aí uma variável topográfica muito relevante.
Há de se considerar também a superfície dos oceanos, correntes marítimas, ciclos solares, erupções vulcânicas, composição de gases e aerossóis... enfim, sob essa ótica a variável Amazônia até parece bem pequena né.
A questão é que não dá para ignorar quando você tem por exemplo 10% de todo o território nacional desmatado só entre 1985 e 2019* (aí entra não só a Amazônia, mas o cerrado e caatinga). Só a Amazônia já perdeu 17% de toda sua cobertura, cerca de 40% disso foi desmatado nos últimos 20 anos*. Vamos lembrar também que até a era JK o cerrado ainda estava intacto (anos 60).
Dito isso, não consigo conceber que a floresta alí é uma mera coadjuvante ou mesmo "consequência pura e simples" do nosso clima (como um meteorologista conhecido sugere). Uma floresta daquele tamanho vira também um sistema (reinforcing feedback loop, em geoengenharia), mesmo que o clima tenha feito ela surgir ali. A partir do momento em que ela se consolida, ela também tem o poder de alterar o clima (o que não sabemos ao certo é em quais circunstância).
Em termos macro não sabemos direito, no microclima já tem artigos que mostram redução da nebulosidade, aumento da TºC e redução da UR (artigo que li sobre áreas do norte de MT).
Árvores na fotossíntese emitem água para a atmosfera por meio da evapotranspiração, além de sequestrar o carbono. Para onde vai toda essa água? É perdido na atmosfera? Eu acredito que parte disso volta para o solo aqui mesmo no nosso território.
Se em 20 anos desmatamos quase a metade de tudo que já foi desmatado na Amazônia, cerca de 300.000km2, como pensar que isso não terá efeito no nosso regime de chuvas e na TºC? (pergunta retórica).
Desde 2015 as chuvas deram uma reduzida forte aqui no estado de SP, tem sido raro um ano com 1300mm (que é a nossa climatologia). valores variaram de 650mm à 1100mm ano após ano.
Diferentemente de 1963, que foi excepcional, o que observamos são corredores de umidade curtos, pancadas de chuva que ficam com certa frequência mais de 14 dias em pleno ápice da estação sem dar as caras, ou muito isoladas. As ZCAS que não chegam mais como antes em SP, tivemos uma ZCAS boa em jan de 2016 e 2017, depois só voltou a ocorrer em janeiro desse ano (2022). E não estou falando de ZCOU ou qualquer corredorzinho meia-boca.
Você mora em BH, e aí o clima é muito bem definido. Porém, para áreas de transição com o clima subtropical como SP sofrem muito com qualquer mudança tênue do clima. Uma delas são a redução de MPs continentais e das chuvas oriundas de FF no inverno. Nosso inverno antigamente era indiscutivelmente mais úmido. Para o verão, pouco muda no total pluviométrico, mas aquelas pancadas que eram quase diárias não existem mais. As ZCAS já até comentei, tem sido raro atingir o oeste do estado por exemplo.
Entendo seu ponto e compartilho das suas indagações, mas o clima aqui está irregular, mais quente e mais seco. 1963 foi um ano histórico, mas passou. Agora temos 2014, 2015, 2018, 2019, 2020 e 2021 todos abaixo da média, 2020 aqui choveu 680mm (climatologia da caatinga). Isso os dados da DAEE, INMet e Ciiagro mostram.
Se a Amazônia interfere pouco, muito ou nada nisso, o tempo dirá. Sobre esperar as chuvas voltarem com gosto aqui, faz 7 anos que estou esperando kkkk.
Obs: Ah, e detalhe, essas anomalias de chuva dos últimos anos aliada a recordes absolutos de TºC que duraram várias semanas aqui. Isso em 1963 não existia. Você pega um acumulado anual de 650mm (que foi o de 1963) mas com TºC média de 21ºC, e hoje com uma de 23ºC, dá muita diferença viu.
Jesus amado kkkkkkkkkkkkkk
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On 8/25/2022 at 4:00 PM, LeoP said:
Longe de mim querer desassociar o desmatamento da amazônia com a irregularidade nas chuvas, mas eu não vejo essa correlação tão simples assim. Em 1963, aquela seca histórica de proporções inéditas ocorreu sob uma amazônia intacta ou, no mínimo, bem mais preservada que hoje. E não foi pontual, houve uma supressão das chuvas em escala continental, um bloqueio megazord tomou conta do país o ano inteiro e trouxe recordes de baixos índices pluviométricos que nunca mais foram atingidos em vários locais (em 2014, BH teve o dobro da chuva de 1963).
Falando aqui da RMBH, tivemos um período de muita chuva e enchentes entre 2008 e 2012, quando tivemos muitas ZCAS clássicas (daquelas que produzem chuva fina persistente por muitos dias). De 2014 até 2019, a situação se inverteu e as chuvas foram, em geral, abaixo da média (exceto 2016), com ocorrência de bloqueios fortes em pleno verão e as ZCAS mais descaracterizadas que aquelas que chamamos de clássicas.
Recentemente, de 2020 pra cá, voltamos a entrar em fase muito úmida, com temporadas de chuva intensas e bem configuradas, enchentes e recordes históricos de precipitação. Para se ter uma ideia, nesse ano (2022), todos os reservatórios da RMBH atingiram nível máximo faltando ainda 2 a 3 meses para iniciar o outono climático e, hoje (25/08), já na finaleira da estiagem, o conjunto deles ainda está com 90% da capacidade.
Ou seja, ao menos aqui, essas oscilações parecem ser cíclicas e pouco dependentes da amazônia. Não que a floresta não tenha influência, mas que outros fatores podem, por exemplo, determinar se vai chover 950mm (2014) ou 2300mm (2020), período que a variável "amazônia" não foi alterada de forma significativa. Talvez também seja o caso de vocês e, em breve, voltarão a observar temporadas de chuva mais satisfatórias.
Não é nenhum pouco simples! Eu não tenho como provar cientificamente a correlação entre chuvas no sudeste e Amazônia , aliás, nem especialistas em hidrologia, climatologia e afins me parece ter em mãos alguma correlação cabal com todos os tratamentos estatísticos que comprovem isso.
O que sabemos é da relação da cordilheira dos Andes que canalizam os famosos rios voadores para o cone sul, e por esse motivo o sudeste não é um semi-árido com se observa nos demais continente nas regiões dos trópicos. Então existe aí uma variável topográfica muito relevante.
Há de se considerar também a superfície dos oceanos, correntes marítimas, ciclos solares, erupções vulcânicas, composição de gases e aerossóis... enfim, sob essa ótica a variável Amazônia até parece bem pequena né.
A questão é que não dá para ignorar quando você tem por exemplo 10% de todo o território nacional desmatado só entre 1985 e 2019* (aí entra não só a Amazônia, mas o cerrado e caatinga). Só a Amazônia já perdeu 17% de toda sua cobertura, cerca de 40% disso foi desmatado nos últimos 20 anos*. Vamos lembrar também que até a era JK o cerrado ainda estava intacto (anos 60).
Dito isso, não consigo conceber que a floresta alí é uma mera coadjuvante ou mesmo "consequência pura e simples" do nosso clima (como um meteorologista conhecido sugere). Uma floresta daquele tamanho vira também um sistema (reinforcing feedback loop, em geoengenharia), mesmo que o clima tenha feito ela surgir ali. A partir do momento em que ela se consolida, ela também tem o poder de alterar o clima (o que não sabemos ao certo é em quais circunstância).
Em termos macro não sabemos direito, no microclima já tem artigos que mostram redução da nebulosidade, aumento da TºC e redução da UR (artigo que li sobre áreas do norte de MT).
Árvores na fotossíntese emitem água para a atmosfera por meio da evapotranspiração, além de sequestrar o carbono. Para onde vai toda essa água? É perdido na atmosfera? Eu acredito que parte disso volta para o solo aqui mesmo no nosso território.
Se em 20 anos desmatamos quase a metade de tudo que já foi desmatado na Amazônia, cerca de 300.000km2, como pensar que isso não terá efeito no nosso regime de chuvas e na TºC? (pergunta retórica).
Desde 2015 as chuvas deram uma reduzida forte aqui no estado de SP, tem sido raro um ano com 1300mm (que é a nossa climatologia). valores variaram de 650mm à 1100mm ano após ano.
Diferentemente de 1963, que foi excepcional, o que observamos são corredores de umidade curtos, pancadas de chuva que ficam com certa frequência mais de 14 dias em pleno ápice da estação sem dar as caras, ou muito isoladas. As ZCAS que não chegam mais como antes em SP, tivemos uma ZCAS boa em jan de 2016 e 2017, depois só voltou a ocorrer em janeiro desse ano (2022). E não estou falando de ZCOU ou qualquer corredorzinho meia-boca.
Você mora em BH, e aí o clima é muito bem definido. Porém, para áreas de transição com o clima subtropical como SP sofrem muito com qualquer mudança tênue do clima. Uma delas são a redução de MPs continentais e das chuvas oriundas de FF no inverno. Nosso inverno antigamente era indiscutivelmente mais úmido. Para o verão, pouco muda no total pluviométrico, mas aquelas pancadas que eram quase diárias não existem mais. As ZCAS já até comentei, tem sido raro atingir o oeste do estado por exemplo.
Entendo seu ponto e compartilho das suas indagações, mas o clima aqui está irregular, mais quente e mais seco. 1963 foi um ano histórico, mas passou. Agora temos 2014, 2015, 2018, 2019, 2020 e 2021 todos abaixo da média, 2020 aqui choveu 680mm (climatologia da caatinga). Isso os dados da DAEE, INMet e Ciiagro mostram.
Se a Amazônia interfere pouco, muito ou nada nisso, o tempo dirá. Sobre esperar as chuvas voltarem com gosto aqui, faz 7 anos que estou esperando kkkk.
Obs: Ah, e detalhe, essas anomalias de chuva dos últimos anos aliada a recordes absolutos de TºC que duraram várias semanas aqui. Isso em 1963 não existia. Você pega um acumulado anual de 650mm (que foi o de 1963) mas com TºC média de 21ºC, e hoje com uma de 23ºC, dá muita diferença viu.
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On 8/24/2022 at 5:33 PM, Sopron said:
Eu já joguei a toalha para cá. Pode ate vir uma MP, melhor que nada, mas sinceramente vou acreditando que a cada ano vai ficando mais difícil ter ondas de frio poderosas. Esse miolo de ar seco quente que influencia o tempo aqui no inverno ainda não estás fraco o suficiente para que aconteça quebra de recordes de temperatura mínima aqui na região. Eu vou ter que aguardar o ano que vem ou caso tiver sorte e grana, viajar para algum lugar do estado ou região para curtir o inverno. Se chover bastante estará bom.
Olha, pra falar a verdade, acho difícil repetirmos tão cedo o frio do fim de junho, julho e começo de agosto/2021 (apesar da seca terrível). Foram 8 dias de geadas na maioria dos locais, com mínimas sub-2 em muitas estações de baixada (Borborema, Penápolis, Cafelândia, entre outras).
Aliás, deixo esse registro horário absurdo de Borborema, 20:20 com 5,4ºC na noite do dia 29 de julho/2021. Vai ser difícil isso repetir viu, e quero só ver quando tivermos El Niño kkkk.
A Tmín no dia seguinte (30) foi de -2,8ºC (tabela abaixo). Média diária na casa dos 7ºC... Sim, isso é interior de SP. Agora imagina como era lá na década de 50... Por estarmos tão próximo dos trópicos, qualquer mínima alteração no clima nós aqui tomamos no rabo (me faz lembrar aquela música do Lô Borges e Milton Nascimento "Tudo que Você Podia Ser").
Agora essa circulação da ASAS + a secura e calor que os ventos ganham conforme circulam do mar continente adentro impedem por completo que esses sistemas avancem mais pelo interior. As baixas estão formando e se distanciando muito da costa e formando cavados muito tímidos...
Existe algum indicativo de chuva para o começo de setembro, mas a próxima MP no máximo vai atenuar as máximas altas e dar alguma mínima vampira boa.
E sobre setembro, não é possível que será novamente aquele inferno pelo 4º ano seguido. Faz muito tempo que não temos um setembro acima da média nas chuvas (o último razoável foi 2018, mas com bastante chuva o último foi 2015) e comportado na TºC, já passou da hora do interior de SP deixar essa mandinga.
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Boa tarde!
Índia? China? Não... Manaus!
https://amazoniareal.com.br/fumaca-de-queimadas-encobre-altamira-novo-progresso-e-manaus/
Os inúmeros focos na região de Altamira e Novo Progresso e adjacências no sul e sudeste do Pará tem levado uma enorme quantidade de fuligem e monóxido de Carbono para Manaus e boa parte do estado. Faz cerca de 10 dias que muitos focos surgiram, mas mesmo com os satélites e ferramentas do INPE disponíveis, as autoridades não parecerem se preocupar muito, não é prioridade.
Depois perguntam porque nossa estação chuvosa esta cada vez mais com o cobertor curto. Em vez de rios voadores agora temos cinzas voadoras.
Bacia do rio Tietê (não sei ao certo qual estação é utilizada), mas mostra como tem chovido abaixo da média no geral em SP. Nessa estação desde outubro 2021 choveu 960,6mm, contra uma média de 1334,7mm (isso pq pegou uma ZCAS em janeiro e uma primavera boa em 2021). Se pegasse desde 2020 estariamos cerca de 50% abaixo da média, o que daria um déficit superior a 1000mm.
A média aqui na região de Lins gira entorno de 1300mm anuais, no ano passado uma estação da Usina Lins registrou 651mm (desvio negativo de 50,08%). Agora em 2022 o volume até o momento é de 688mm, ou seja, se não chovesse nada até o fim do ano já teríamos superado 2021.
A razão desses dados e imagens é apenas para constatar que o ser humano não aprende fácil, e todos esses eventos extremos de seca, ondas de calor e tempestades não são por acaso (vide a onda de calor na China agora, na Europa em Julho..). Lamentável.
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Seguimos com aquele friozinho vampiro, mínima de 13,4ºC (PWS Cafealcool), e calorzinho a tarde, ainda que bem comportados pela circulação da alta no oceano. Faz agora 29,4ºC e alguns cumulos no céu, a sensação de calor é pouca devido à baixa UR.
Bem que essa próxima FF poderia trazer chuva, mas pelo visto será maritimizada e devemos ter temperaturas comportadas. O que não é ruim, visto que isso vai atrasando aquela imensa bolha quente do coração do BR.
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Chovendo agora em Bacuriti, distrito de Cafelândia! Que doideira kkk 🌧️🌧️
19,6ºC aqui em casa e faz cerca de 1h q a temperatura fica nessa, não cai. Por mim pode continuar exatamente assim!
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Eis que do fim da tarde pra frente o vento começou a soprar de SW e W e a TºC começou a subir ligeiramente, e como se não bastasse chuviscando agora.
Pelos radares IPMet estão pipocando algumas áreas de chuva na região e faz 20,6ºC aqui agora kkkkk
Entender a dinâmica atmosférica é só para loucos, só para os raros kkk. Seria isso uma espécie de Frente Quente?
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Boa tarde!
A ventania tem sido o grande destaque dessa MP, incessante, e fez da manhã de hoje muito gelada. Agora faz 21ºC aqui em Bacuriti, com máxima de 23,4ºC.
A mínima foi 8,6ºC por volta das 03am (dados da PWS Cafealcool), pela região:
9,5ºC Borborema Ciiagro (hoje coma ventania a mínima nessa baixada foi maior que as de topo)
9,0ºC Promissão Ciiagro
6,8ºC Marília INMet (com rajadas de 12,5m/s ou 45km/h, que gelo)
8,7ºC Lins INMet
O destaque vai para Bauru IPMet, que registrou rajada superior a 60km/h com temperatura na faixa de 8-9ºC. Isso é muito frio!
Mesmo com o aquecimento pela tarde, maior até que o esperado, essa ventania tem deixado o dia bem gelado. No comecinho da manhã a sensação térmica com certeza beirava o 0ºC.
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Acumulados nas últimas 96 horas!
Os valores das estações mostram bem como funcionou o bloqueio, quase um muro dividindo o estado de SP ente SW/W e NE/E. Campo Grande com 184,2mm nessa semana.
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On 8/19/2022 at 3:30 PM, Maicon said:
Ano passado as negativa foram acompanhadas de maximas sub-20. Tivemos maximas de 15, 16, com UR em 10%. Isto que me referia.
Pro leste está bom.
Pra nós, do noroeste, a FF foi bloqueada. Inclusive a anterior foi melhor, com máxima de 17°C com sol, e minimas de 5°C.
Pro noroeste paulista está ruim sim.
O leste ainda sobrou algo da FF. Mas se não fossem as nuvens do ramo maritimo, também seria algo mediano.
Agora acho que ficou claro.
Só a título de comparação, observe acima a postagem do @Rodolfo Alves
Pro extremo leste é a 4°melhor marca em 50 anos! Para às 15hs.
E aí? No noroeste?
Bateu a da semana passada pelo menos?
De fato foi mais frio a FF da semana passada se pegar a média compensada, e de quebra com 20-30mm na região. Dessa vez choveu quase nada.
Em termos de máximas, aqui foi 18,7ºC no dia 10, hoje foi de 19,3ºC. De fato, mais frio mesmo (dados da PWS Cafealcool).
Porém, há nuances nisso aí. Na MP do dia 10, às 19:00 da noite o vento cessou e estabilizou a atmosfera, em compensação hoje a ventania esta muito forte, com rajadas que chegam aos 40km/h fácil. Considerando o a temperatura de 9,6ºC agora, contra algo entorno dos 7,5ºC da anterior para o mesmo horário (meia-noite), a sensação de frio se sobrepõe muita mais na atual MP que a da semana passada nessa noite. A ventania aqui tá insana!
Lógico, se eu pudesse trocar, preferiria a da semana passada, e nem por causa da TºC, mas sim pela chuva que é o que a gente precisa de verdade!
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On 8/18/2022 at 11:28 PM, RafaelBHZ said:
Essa frente está avançando bem pelo interior do país. Contudo, em grande parte de MG, acredito que devido ao relevo, nem sinal dela.
Sobre essa lentidão na frente fria, isto já era previsto ou está mais lenta do que o esperado? Geralmente esse bloqueio ocorre aqui em Minas, é raro ver isso acontecendo em SP, exceto em eventos de ZCAS posicionadas mais ao sul.
Boa noite Rafael, desculpe pela demora em responder.
Pra falar a verdade, isso já era previsto sim. Tanto o Euro, GFS, ICON, CMC, WRF indicavam a FF bloqueada a partir do centro-oeste paulista. Mas daí vem algumas ponderações:
- Inicialmente (de 10 a 7 dias atrás) os modelos botavam uma forte baixa rente a costa, e não na mesma latitude da Terra do Fogo como foi evento, e nesse cenário a chuva seria bem mais generalizada, além do MS (Pantanal), MT, PR, mas tbm em SP, triângulo mineiro e sul de MG. Isso com neve garantida no Sul também. Ao meu ver a projeção perfeita, uma MP a moda 2013. Chegou a projetar chuvarada aqui com 10-12ºC. Imagina kkkk
- Mas a partir do domingo esse cenário virou, e com a baixa agora longe da costa restou o cavado para poder impulsionar esse ar frio. Então a partir daí nenhuma novidade, o desenho dos modelos projetou bem essa mega FF, que levou rajadas para o oeste de MT, GO, partes de MG e até em RN, mas bem bloqueadas em SP (e foi o que obseramos).
- Simultaneamente, a partir de terça notei o fortalecimento da crista oriunda da ASAS nas projeções, firmando de vez o bloqueio a NE de SP e daí a gente viu aquele monstro por mais de 10 horas parado praticamente heheh😒😅.
Curiosidade: aqui tinha hora no meio da tarde de ontem (quinta), já nublado, que vinha vento de NE e a TºC subia. Chegou a abrir o sol... Impensável, se imaginar essa MP com uma alta projetada até então de 1036hPa atravessando o Sul, com linha de 0ºC em 850hPa que outrora chegava ao sul de SP e extremo sudoeste do estado. Bem diferente né.
Por fim, aí já vem do meu achismo, é o fato de que em todas a ultimas MPs a quantidade de chuva foi subestimada, principalmente com as rodadas do Euro. Nesse ano as instabilidades avançaram sempre mais que o previsto, e com isso criei uma falsa idéia de que o mesmo fosse ocorrer com essa mega MP.
O Euro chegou a projetar 14mm em um dia (quando acontece isso aqui, pode esperar que desce água mesmo), e três dias com chance chuva, então a expectativa criada foi alta (o WRF e GFS tbm com boas projeções). Porém, às vésperas do evento, tirou-se boa parte daquilo que já não era muito, no caso do Euro, 50% de 1,5mm.
O WRF e GFS foi pior ainda. O WRF em apenas uma rodada transformou 5,5mm em 0,6mm, o GFS veio com 4 rodas consecutiva diminuindo o alcance da chuva, e logo, da FF. Faltando 24 horas para o evento, é sacanagem.
Agora respondendo sua pergunta de forma clara, SIM, tudo isso foi previsto! Eu que criei expectativas e acreditei que pudesse avançar mais que o projetado. Você a FF chegando em Rondônia e aqui do lado, em Catanduva, com sol. Um tapa na cara! Aqui tivemos 1mm de chuva kkkkk, cidades no oeste do estado tiveram 50-70mm. Campo Grande registrou 184mm para se ter idéia, é um baita acumulado nessa região que costuma ser bem seca.
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Agora segue uma forte sensação de frio, com céu estrelado faz 9,8ºC e muito vento, o que dá uma sensação bem congelante. MAS, eu queria mesmo era que tivesse chovido kkkk. Ok, tá bom, pelo menos aquela bolha quente deu uma sossegada.
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On 8/18/2022 at 10:11 PM, Wagner97 said:
Isso que eu ia comentar, essa frente fria não sai do lugar! Kkkk
De bike eu já teria chego daqui até Catanduva pelo menos nesse intervalo, afrente dela kkkkkk.
Com uma crista dessa ASAS assim e um ciclone quase no polo Sul realmente não teria como ser diferente.
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Noite começa fria em Bacuriti, distrito de Cafelândia, faz 16,5ºC e ventos intermitentes. Ainda sem chuva, apesar de Cafelândia estar chuviscando.
Enquanto o ramo da FF no MT já chegou em Rondônia, aqui em SP faz quase 10 horas que elas está praticamente no mesmo lugar kkkk. Nordeste de SP segue ainda com céu estrelado, poucas nuvens. E a chuva até agora nada kkkkkkk. Uma MP de 1036hPa bloqueada...
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Não sei vocês, mas nunca tinha visto uma diferença tão brutal assim.
São José dos Campos 31ºC
Araçatuba 16,8ºC
O bloqueio é tão forte que a divisão de massas é quase latitudinal, em vez de seguir um ângulo de 45º (NW --> SE) como de costume.
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On 8/18/2022 at 2:25 PM, Renan said:
Lucas, essa é a animação de agora da FF no Sudeste. Interessante observar este bloqueio que você mencionou, mas ao mesmo tempo há um ramo de nuvens dela avançando forte em direção ao sul de Goiás e Triângulo mineiro. Será que essa faixa de nuvens que avança rápido é uma frente de rajada ?
Esse GIF de Olímpia, norte de SP, mostra bem como foi essa frente de rajada! Engraçado que aqui msm não observei isso, apesar da ventania forte.
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On 8/18/2022 at 2:25 PM, Renan said:
Lucas, essa é a animação de agora da FF no Sudeste. Interessante observar este bloqueio que você mencionou, mas ao mesmo tempo há um ramo de nuvens dela avançando forte em direção ao sul de Goiás e Triângulo mineiro. Será que essa faixa de nuvens que avança rápido é uma frente de rajada ?
Sim Renan, essa faixa de nuvens acompanha o deslocamento do ar mais frio e denso empurrado pelo cavado, formando quase um "morning glory". Está acompanhado de MUITO VENTO viu. Isso deve chegar na região de Passos, Poços, triângulo...
Olha essas imagens:
Viradouro, instantes após a passagem dessa faixa de nuvens (nota-se muita poeira)
Morro Agudo, passando nesse momento, observa-se muita poeira e também precipitação fraca.
No radar é possível ver alguma precipitação dessa frente, ao sul de Ribeirão Preto, não se engane, aquilo é eco de fumaça de uma grande queimada.
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De todo modo, é uma bela FF e agora vai pipocando várias Cbs no oeste do MT, que devem atingir Cuiabá. O que é muito bom para atenuar a seca e os incêndios. Para o sul deve ser a MP do ano, uma alta de 1036hPa não é brincadeira!
Abaixo imagens das câmeras no extremo oeste de MT (onde tá pipocando essas Cbs em vermelho do satélite) e região da capital.
Pontes e Lacerda, ventania forte e logo mais deve chover forte.
Cáceres, muito vento e tempo nublado
Várzea Grande (ao lado de Cuiabá). Tempo lá ainda bom, mas já levantando Congestus e Cbs.
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On 8/18/2022 at 9:23 AM, Renan said:
Bom dia a todos. Então hoje começa mais um evento de massa polar bem interessante de se acompanhar. Felizmente, outro evento democrático, será possível acompanharmos excelentes dados invernais em diversas cidades pouco acostumadas com frio intenso. Espero que a minha cidade seja uma das agraciadas com frio mais forte que o previsto!
Então vamos começar o monitoramento ! Começando com esta belíssima e enorme frente fria:
Torcendo muito para que a chuva alcance minha região…ontem, nas proximidades de Ibitipoca, pude presenciar um incêndio florestal de grandes dimensões, ameaçando o parque estadual:
Olha, vou te falar uma coisa Renan, a depender dessa crista aí o que vier do meio do estado de SP para frente (digo leste) é lucro. Essa caca aí está bloqueando a linha de instabilidade da FF faz umas 15 horas, não sai do MS, norte o PR e oeste paulista. Em vista do que já foi previsto, é muito ruim.
E de quebra, o WRF e o EURO sumiram com a chuva aqui em menos de 24 horas do evento, o que é verdadeiramente um pé no saco. Você acompanha rodada por rodada, na hora de bater o pênalti eles tiram tudo. Haja paciência.
Por outro lado, nas TºC acho que pode surpreender sim, apesar daqui ser um tiro mega curto. Amanhã espero máx pela madrugada e uma tarde bem gelada e nublada, se duvidar com uns 13ºC. No sábado, apesar das nuvens, acredito que possamos bater uns 6-7ºC. Se limpar bem aí despenca com gosto. Por esse lado estou otimista.
Uma pena ser tão tiro curto, tão logo a MP maritimiza a ASAS já joga o ar quente de NE de novo, sofrendo forte aquecimento. Para o Sul vai ser a MP do ano, pra cá se tornou algo ordinário.
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EURO transformou tudo em pó kkkk (mas vamos falar a verdade, máxima hoje de 33ºC?? Agora está nublado, ventoso e faz 20,2ºC). Fumou todas o modelo.
WRF também, tirou a mínima de 6ºC para algo entorno de 10ºC e mandou a chuva pra pqp kkkkkk
Sem comentários kkk
Agora faz 20,2ºC, nublado, com muito vento. As chuvas seguem bloqueadas pelo oeste do estado, com imensa dificuldade de avançar.
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Pantanal nesse ano com pouco fogo, em compensação na Amazônia....
Estava olhando imagens de satélite e notei uma pluma que desce da Amazônia até o MS, transportada pelo JBN. Imaginei que pudesse ser até um corredor úmido, mas na verdade se trata de fumaça mesmo oriunda de grandes queimadas no norte do MT, sul do PA e AM.
Engraçado que no próprio cerrado e zonas do agreste (transição da Amazônia para Cerrado e Caatinga) são poucos os focos, daí na floresta úmida da Amazônia que é onde deveria ter menos focos e justamente onde tem mais fogo, principalmente nas áreas desmatadas e bordas.
Depois ainda dizem que os focos podem surgir por bitucas de cigarro, garrafas de vidro, raios..... papinho mais furado e sem vergonha esse viu. Mas não vou entrar em política.
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Tarde vai se encerrando amena com 18,9ºC e permanentemente nublada. Aqui com 1,4mm, em Cafelândia choveu até legal, com 6,4mm.
Variação hoje na PWS Cafealcool:
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On 8/17/2022 at 3:44 PM, Carlos Campos said:
O Sol desta tarde, refletido no continente?! Pensei q só refletisse nos oceanos 🤔
Vivemos numa bola de vidro!!!
Deve ser o tal do "domo" que os terraplanistas tanto falam. kkkk
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On 8/17/2022 at 1:28 PM, Renan said:
É por causa de imprevistos assim que eu acredito muito que essa próxima MP vai nos surpreender positivamente.Eu tbm! Dada a força da MP e a posição do cavado não é possível isso não dar conta de sair do meio oeste paulista. Aqueles mapas MSLP e TºC em 850 mostra um deslocamento abrupto de massa de ar fria. Aliás, deve ter algumas frentes de rajadas intensas.
Aliás, a previsão (euro e WRF) dando 30-31ºC na região hoje e 0mm de chuva kkkkkkkkkk
Realidade: chuva com 19,4ºC
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Dia de contrastes em SP!
Com o avanço dessa 1º FF maior do que o esperado, boa parte do estado começa a tarde com temperaturas sub20 até sub18. Por outro lado, nordeste e extremo norte de SP passando dos 31-32ºC.
Euro e WRF chegaram a prever 31ºC aqui de máx, mas agora seguimos com 19,8ºC kkkkkk. Pelo visto subestimaram feio o avanço do sistema.
Nesse momento chove fraco em Bacuriti, com 1,2mm apenas. Marília, não muito longe daqui, já segue com 24,2mm (previsão era de 0mm pelos modelos até hoje).
No mapa abaixo (acumulado em 48hs) percebe-se com clareza até onde as chuvas conseguiram chegar, e se pegarmos os mapas de chuva, veremos que o avanço das instabilidades se saiu maior que o previsto.
Imagem de satélite
15:10UTC
Região da Alta Mogiana ainda com sol e sob31
Morro Agudo
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On 8/16/2022 at 11:32 PM, Daniel85 said:
Acho um difícil de isso acontecer.
Os modelos não indicam um avanço dessa linha mais para leste. Deverá ficar estacionado nessas áreas. A chance maior será mesmo entre quinta e sexta feira.
Apesar disso, não se pode descartar essa possibilidade, visto que não é tão incomum de as chuvas avançarem mais ao norte/leste daquilo que foi previsto mesmo no curtíssimo prazo (menos de 48 horas antes do evento).
A 12z de hoje do europeu mostra isso no mapa de chuva acumulada até as 22 horas de amanhã.
Nota-se apenas alguma migalha para o leste de SP (que não teria a ver com a linha).
Por aqui estou confiante, no centro-oeste paulista, pelo menos para a próxima FF. GFS e EURO hoje davam sol sem nuvens e chuvas até a divisa com MS e PR somente, mas a realidade está sendo bem diferente.
Claro que quando as projeções botavam a baixa bem rente a costa esses acumulados de 30-40mm eram generalizados pelo estado, exceto nordeste. E o cavado que ficou não é lá essas coisas, apesar da MP ser bem forte.
Mas paciência, pra quem viveu um 2015, 2020 e 2021, esse cenário, ainda que devagar, é anos luz mais animador do que torrar na faixa dos 38-41ºC por mais de 7 semanas, do fim de agosto até começo de outubro (2020), com nadinha de chuva.
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LI majestosa atravessando o MS!! Possivelmente com uma bela shelf cloud.
O radar IPMet de Bauru registrou o eco de uma frente de rajada, oriundo do rápido deslocamento do ar mais frio da FF. Bauru registrou 42,3km/h às 17:30. Por aqui as rajadas foram mais leves, mas mesmo assim formou um belo Cumulo Congestus.
(A linha azul dentro da área desenhada em vermelha é a frente de rajada)
Bauru UNESP
Momento em que a frente de rajada passou por aqui, deixando um rastro de Cumulos Congestus. Esse em especial chegou a formar uma base bem densa e plana, com topo definido. Provavelmente gerou alguma precipitação fraca.
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Monitoramento e Previsão - Brasil/América do Sul - Agosto/2022
in Monitoramento e Previsão - América do Sul
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Você levantou um ponto relevante, que é a nossa percepção negativa alavancada por essas ondas de calor sem precedentes, além da pressão maior nos reservatórios dado o consumo maior de água (civil, indústria, agricultura) e a degradação de solos e rios (assoreamento).
Uma vez o Coutinho fez uma analogia bem simples, que é comparar um careca com um cabeludo. Ao jogar um copo d'água no careca essa água logo sofre um rápido escoamento e logo vai ao chão, enquanto que o cabeludo a água é drenada e acumulada, funcionando como uma reserva hídrica. Com boa parte do Brasil estando careca, não conseguimos uma recarga e reserva hídrica eficientes.
Uma vez olhei as normais de Lins (INMet), Piracicaba (ESALQ), Cafelândia outras estações próximas com histórico bem preservado (DAEE), e o que observamos entre as normais de 1941-70, 1961-90 e 1991-2020 é o discreto aumento da pluviosidade anual, mas algo que tem diminuído, em especial na última década, é o número de dias com chuvas (como mostrado pelo@Aldo).
Abaixo os dados pluviométrico anuais completos de Cafelândia-SP, desde 1938. Tomei a liberdade de substituir alguns poucos dados faltantes nos anos 80, utilizando dados de outras estações de Cafelândia. É possível notar que pela linha de tendência há até um aumento, mas a percepção que tenho no dia a dia é diferente. O coeficiente de determinação R2 sem significância também, mostrando que não há uma tendência clara com essa massa de dados.
Trimestre JUN/JUL/AGO. Vê-se que em valores absolutos não existe uma diminuição das chuvas, o problema tem sido a forma mais concentrada que esse volume tem caído em anos recentes.
É curioso isso, pq vc olha os dados e imagina que minha indagação por exemplo é até frescura ou só uma percepção equivocada, mas na prática, com aumento da TºC, demanda hídrica, supressão da vegetação, assoreamento e as pancada de chuva intensas de curta duração jogam esse suposto aumento pluviométrico para a cucuia, sendo pulverizado e perdido dada a menor drenagem e recarga dessa água que acaba indo para no Atlântico.
Faz 3 anos que esse vermelho não sai de São Paulo, dados da ANA. Pelo que eu entendi eles trabalham com uma metodologia de recarga hídrica, tipo balanço hídrico. Então mesmo se chovesse 200mm agora em agosto, estaríamos ainda em situação de "seca" dado o enorme déficit que temos.
Que chova horrores nessa primavera kkk.