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Brasil Abaixo de Zero

sjmolive

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Posts posted by sjmolive

  1. 1 minuto atrás, Ernani de Paula disse:

    sjmolive,

    quanto a moderna tecnologia do agronegócio, estou ciente desde os anos 2000,afinal leciono geografia e tem esse assunto no ensino básico, onde explico da grande produtividade no agronegócio brasileiro(graças as máquinas modernas e também a poderosa Embrapa e suas sementes altamente produtivas, resistentes a secas, pragas etc, sem ela estaríamos bem atrasados).

     

    Perguntei sobre a evapotranspiração, ser maior ou menor na agricultura de Mato Grosso.

     

    Meu termo/higro, mediu 38,2ºC ás 14 h 30 na sombra da janela para a rua asfaltada e sem árvores(que bafo quente).Aqui na copa/sala, nesse momento 28,0ºC e circulador no chão, ligado no vento médio para atenuar o calor.

    Oi Ernani,

     

    Que bacana você lecionar geografia. 

    É uma de minhas disciplinas prediletas.

     

    Vamos lá:

    A evapotranspiração depende sim do nível tecnológico pois este condiciona o melhor desenvolvimento ou não da lavoura/ pastagem..

    Lavoura bem cuidada cresce mais, produz mais e, claro, evapotranspira mais. Até mais que a floresta em clímax.  Como o padrão tecnológico em MT é mais elevado, sim, há mais evapotranspiração (desenvolvimento da lavoura) nestas condições.

     

    Uma forrageira (capim) bem manejada é uma máquina de retirar água do solo e mandar para a atmosfera. Pois tem o tipo de metabolismo que é extremamente eficiente em condições de alta umidade e alta temperatura.

     

    Mas o que vemos aqui na Zona da Mata e também no interior fluminense, por exemplo, é triste. Exemplo de não cuidado com o solo, baixo padrão tecnológico, plantas com desenvolvimento comprometido e, claro, menor evapotranspiração. Acredito que se você olhar no entorno também de sua cidade, para os morros pelados, vai entender bem o que eu estou dizendo.

     

    Abraços!!!

    • Like 10
  2. 1 hora atrás, jayvillao disse:

     

    Há de se considerar uma hipótese dos incendios alimentarem também? Porque são em larga escala.

    É verdade.

    No Pantanal os focos de incêndio bateram recorde este ano.  É razoável supor que isso deve afetar a condição atmosférica daquele bioma neste momento.

     

    Mas vale lembrar que na Amazônia estamos muito abaixo da média dos anos 2000, por exemplo.

    • Like 4
  3. 2 horas atrás, Ernani de Paula disse:

    Sjmolive,

    você poderia explicar, o que a agricultores de Mato Grosso, fazem de diferente dos agricultores do Rio, Minas e ES, para ter uma evatranspiração acima de 6 mm/dia.

     

    Temperatura subindo rápido aqui no Noroeste do Rio, após o domingo e segunda de máximas comportadas.

    Oi Ernani, boa tarde.

     

    A diferença eu defino em uma palavra:  tecnologia.  Que em MT a propensão a adoção é mais alta que nas regiões que citei. Não por acaso exportam soja, milho, algodão, carne, etc e etc. São competitivos.

     

    O sistema de produção em Mato Grosso mais comum é de alta tecnologia, com plantio direto na palha. Ex: soja na safra e milho na safrinha. Veja mais em: https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/milho/arvore/CONTAG01_72_59200523355.html

     

    Olha que beleza:

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    RJ, ES e MG ( bioma Mata Atlântica) - tirando o café, o padrão tecnológico é mais baixo, com práticas menos sustentáveis. Ex: pecuária extensiva.

    Olha isso.

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    Claro que falo de maneira genérica.

    Há na zona da Mata e  leste de MG, RJ e ES áreas com bom manejo de solo que não sejam café. E nem todo café desta região é lá esta "Brastemp"rsrs.

     

    E também pastagens degradadas em MT. Aliás lá, estas áreas paulatinamente tem sido incorporadas em sistemas mais intensivos em tecnologia e sustentáveis, como o plantio direto que citei acima.

    • Like 9
  4. 2 horas atrás, Felipe Backendorf disse:

     

    Creio que isso seja o dado da estação úmida, na estação seca que é o caso dessa época agora a evapotranspiração é bem baixa.

     

    E no caso de Padre Ricardo Remetter não há nenhuma urbanização envolvida, fica bem longe de qualquer urbanização. Até porque como já muito estudado as áreas urbanizadas impactam muito mais nas mínimas que nas máximas a não ser que hajam bloqueios na ventilação.

    Sim, na seca a evapotranspiração real atinge níveis mínimos. Inclusive nas áreas não antropizadas.

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  5. 13 horas atrás, Augusto Göelzer disse:

    Só pra reascender um pouco a conversa sobre essas ondas de calor... vamos pegar Cuiabá de exemplo:

     

    -De 1961 a 2006 Cuiabá quarentou 8 vezes.
    -De 2007 a 2020 Cuiabá quarentou 124 vezes, sendo 33 em 2020.

     

     

    Contribuindo para o debate, acrescentando um importante fator para a análise: ilha de calor urbana.

    Veja a evolução da população da AM Cuiabá neste período

    1960:  53.000 hab

    1980: 270.000 hab

    2000: 690.000 hab

    2010: 790.000 hab

     

    Outro ponto:

     

    As áreas antropizadas não viraram deserto.

     

    Áreas de culturas anuais e pastagens sob manejo adequado possibilitam evatranspiração acima da floresta em clímax (há estudos de até 6 mm/dia).

     

    O problema são áreas de manejo inadequado, pastagem degradada, por exemplo (menos de 1 mm/ dia). Acredito que aí pode haver quebra do fluxo de umidade ascendente na atmosfera. Há muita área assim pelo Brasil afora mas te garanto que não é em Mato Grosso que predominam,  já viajei muito pelo estado.  MG, ES e RJ ganham de goleada em MT neste quesito.

     

    Tudo isso acima tem validade,  claro, quando predominam movimentos ascendentes na atmosfera

     

    Mas hoje o que temos nesta onda de calor é o movimento descendente, da alta pressão, estou certo?  Se sim, pouco impacto tem o uso de solo desta região nas condições atmosféricas, principalmente a umidade (pode haver algum impacto na temperatura, concordo, mas ainda assim limitado).

     

    Quando escrevo isso lembro-me de Brasília com um lago Paranoá para fornecer umidade e com a umidade baixíssima nesta época do ano. 

     

    Então podemos dizer que esta massa de ar já estava bem aquecida e seca nos altos níveis da atmosfera ao se iniciar o movimento de subsidência. Aí com o aquecimento adiabático houve este extremo de calor na superfície.

     

    Qual a origem disso? Penso que há de se pensar sob quais condições foram geradas/ transportadas as correntes ascendentes em algum lugar do planeta que chegaram bem quentes e secas  e desceram bem em cima de nós.  Ou seja, alguém por aí exportou este calorão para nós através da circulação geral da atmosfera. E este "alguém" está bem longe daqui. E do Cerrado e da Amazônia.

     

    Pessoal, acham que estou viajando? Críticas são bem-vindas, ajudam meu aprendizado e reflexões. Obrigado e bom dia a todos!

     

    Em JF/ Alphaville, temperatura disparando com a advecção de calor. 30,2˚C/ 55% (11h05min).

     

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  6. 3 minutos atrás, ricardosilva disse:

     

    Queria saber no quê esse La Niña (já instaurado há um bom tempo) prestou para nós...inverno quente, primavera infernal, estação chuvosa abaixo da média em boa parte do país. Impressão que dá é que não afeta em nada nosso clima (comparando com El Nino, exceto talvez).

    Acho que ainda vamos sentir os efeitos. Com chuvas mais regulares e temperaturas mais amenas, ao menos aqui no Sudeste nos  próximos meses.

    O La Niña é bem recente, e demora mesmo uns meses para sentirmos o sua influência.

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  7. La Niña agora prevista até o início do outono do ano que vem.

    Que traga boas surpresas nos próximos meses.

     

    Na torcida para os dias que faltam para a mudança do padrão atmosférica aqui na América do Sul.

     

    Aqui no Alphaville/ JF hoje: 18,3˚C/ 27,0˚C - diminuiu a anomalia positiva de temperatura. Hoje tivemos apenas um dia típico de verão.

    Amanhã começa o último round do calorão. Aguenta, coração! 

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  8. 1 hora atrás, Maicon disse:

     

    Não é só onda de calor...

    Por exemplo. 

    Sem mata, a terra fica exposta, e rios e lagos secam completamente. SEM MATAS ENCOSTAS DESLIZAM E PROVOCAM ENORMES TRAGÉDIAS. Por isto que existem APP.

     

    Aqui em José Bonifácio há 10 anos não havia nenhuma proteção. Hoje todos cursos de água tem faixa de floresta de 100 metros de largura. Nos olhas d' água, igual perto de casa, há uma grande área de proteção. As pessoas tomaram consciência por si só. 

    Porque você acha que o Pantanal secou daquele jeito. Secas sempre têm. Mas, se tirar a mata, o solo irá esturricar. Simples assim. Por isto a necessidade de APP.

     

    Por outro lado, toda propriedade tem que, a depender do bioma, proteger uma área de RESERVA LEGAL. Que varia de 20% a 50%, dependendo do bioma. E porque isto? Para proteger a biodiversidade. Para os animais que ali vivem ter o que comer, onde ficar, onde reproduzir. Para que não mora toda o nosso patrimônio genético, pois sem ele perdemos tudo.

     

    ENTÃO, ENTENDA. NÃO É PRESERVAR SÓ PRA NÃO AQUECER. O PROBLEMA NÃO PARA SE TRACANDO DENTRO DE UM QUARTO COM AR CONDICIONADO.

     

    Hoje só se consegue uma safra no centro-oeste e sudeste do país! Já perdemos metade da capacidade de produção.

    Vamos precisar de mais quanto para as pessoas se tocaram!

     

    O problema é muito mais complexo do que o mero aquecimento. Envolve vida. Hoje, a vida animal. Amanhã, certamente a nossa.

    Ou não gera espanto ver pantanal sem água?

     

    Amigo, é possível desmatar e ter bom uso  do solo. E agricultura competitiva e sustentável. Do ponto de vista técnico é perfeitamente possível. Ou seja, é possível retirar a mata sem causar uma tragédia ambiental. Basta fazer da maneira correta, preconizada pelas ciências agrárias.

     

    O problema é o mau uso do solo. Que geralmente se relaciona ao uso incorreto da tecnologia que causa prejuízos econômicos e ambientais. O exemplo mais comum em nosso país são pastagens degradadas em áreas de pecuária extensiva. Mas este mau uso pode se dar em área de lavoura (lavouras tradicionais, muitas vezes em pequenas áreas como milho, feijão para subsistência) ou mesmo de reflorestamento (plantio de árvores "morro abaixo", sem respeitar as curvas do relevo). 

     

    E, como você destacou,  sim,  há de se vedar o uso agrícola em algumas condições especiais, como as margens e nascentes dos cursos d'água. Que tecnicamente é muito mais relevante que simplesmente proibir o desmatamento.

     

    Em geral, o Brasil tem produzido mais em menos área, a cada ano. Incorporando novas tecnologias, muitas relacionadas com maior sustentabilidade.

    Ex: o sistema de plantio direto na palha em que o solo não é revolvido e não fica descoberto. Sempre está protegido por lavoura ou por palhada (daí seu nome). Este sistema é o que predomina no plantio de soja e milho, por exemplo. Evita erosão, perda de água, mantém a estrutura, fertilidade e microrganismos do solo.

    Isso tem permitido o avanço da segunda safra no mesmo ano (a safrinha) - a maior parte do milho produzida no Brasil já vem desta segunda safra, que cresce a cada ano. O Brasil, graças à produção desta segunda safra, se firmou como grande exportador também de milho.

     

     

    Aproveitando...

     

    Acho que precisamos ter uma explicação científica para esta onda de calor excepcional que estamos vivendo.

    Alguém já viu uma explicação realmente plausível para tudo isso? Eu ainda, não.

     

    Ex: A questão da alteração dos biomas é muito complexa - por exemplo, a mata atlântica já estava bem antropizada lá nos anos 70 e nem por isso tivemos algo parecido naquela época, ao menos no domínio da própria mata atlântica. Aliás o plantio de café em extensas áreas do RJ, ES, MG e leste de SP representava uma tragédia ambiental há 60 ou 80 anos atra's. E nem por isso vimos impactos no clima relevantes em função disso.  (Hoje, felizmente, a cafeicultura toma outros rumos, mais sustentáveis.)

     

    Além disso a contribuição da evapotranspiração local para o padrão climático local para mim ainda não está bem explicado. A circulação atmosférica global determina o bioma ou vice-versa? Ou é uma inter-relação entre os dois? Em que proporção e em quais circunstâncias?

     

    Enfim, temos mais dúvidas que certezas.

     

    Eu fico intrigado é que tem gente que jura saber como vai estar o clima do planeta lá no final do século. Mas não consegue prever ou explicar a excepcionalidade que estamos vivendo agora. Tenho a sensação é que sobra torcida, parcialidade e  falta seriedade nas ciências atmosféricas.

     

    Se alguém tiver alguma certeza ou boa explicação, compartilhe, por favor.

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  9. 3 horas atrás, Maicon disse:

     

    ISTO É BULLYING COM QUEM MORA EM GV.

    😅😂

    Eu fui criado em Valadares.

     

    Mas no tempo em que 34˚C/ 35˚C era calor forte por lá... lembro de muitas poucas vezes passar dos 37˚C.

     

    O que era bem característico de lá era o calor noturno - lembro-me de muitas madrugadas acima dos 25˚C no auge do verão, um inferno. Agravado pelos pernilongos e por um tempo em que ar condicionado só se via em agência bancária.

     

    Agora estes 45˚C, que insano!!!

     

    Acho difícil, mas não dá mais para duvidar de nada.

    Vai pintar um clima das arábias em pleno leste mineiro rsrsrs

     

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  10. Boa noite a todos.

    O tempo acaba de virar radicalmente por aqui.

    O vento sopra forte de sul, com rajadas de até 50km/h. Já estamos com apenas 21,4˚C - o que já é um grande refresco: 6 graus mais frio que ontem, neste horário (20h).

    Estamos a alguns décimos da mínima do dia.

    Que venha estes dois próximos dias de alívio do calor!

    Os extremos hoje foram, por enquanto: 21,1˚C/ 32,4˚C

     

     

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  11. Boa noite a todos.

     

    Por aqui o dia foi 21,1˚C / 34,6 ˚C- 26,9˚C

    Ficamos a 0,4˚C da maior máxima já registrada aqui.

    Mas a média estimada diária, 26,9˚C, é recorde - e representa uma anomalia positiva de temperatura de cerca de 8 graus.

    No momento, céu muitas partículas suspensas (poeira, fumaça, etc): 29,4˚C/ 42% (18h15min).

     

     

     

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  12. Agora, Victor Naia disse:

    Aqui em Varginha o calor parece estar mais fraco. Mínima de altos 19.4°C. 

    Até agora, máxima de 32.6°C. Em Coqueiral máxima de 34.4°C até agora. Mínima 14.3°C. A sensação térmica parece estar pior hoje, no entanto.

    Aqui temos a mesma temperatura: 32,6˚C.

    Só que já está dois graus mais quente que ontem neste horário.

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  13. O giro pelo Brasil, máximas das principais unidades da federação.

    Todo mundo acima de 35˚C, exceto DF.

    Insanos 44˚C em MT e MS, 43˚C em SP e aí vai.

     

    RO    Cacoal    36,3
    AM    Autazes    35,4
    PA    Santana do Araguaia    39,2
    TO    Paranã    41,2
    MA    Colinas    39,2
    PI    Bom Jesus    40,6
    CE    Sobral    38,1
    PE    Serra Talhada    35,5
    BA    Ibotirama    39,8
    MG    Campina Verde    41,0
    RJ    Seropédica    37,6
    SP    Itapura    43,1
    PR    Itaipulândia    41,0
    SC    Luzerna    37,3
    RS    Santa Rosa    38,7
    MS    Coxim e A Clara    44,1
    MT    Itiquira    44,8
    GO    Aragarças    41,7
    DF    Brasília    34,7

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