LeoP

Em BH, dia de muito calor e abafamento intenso, mas as nuvens e a chuva leve (começo da manhã) mantiveram as marcas abaixo do que era previsto: Santo Agostinho....... 23,4 / 34,5 C Pampulha.................. 21,0 / 35,9 C Cercadinho................ 19,3 / 33,0 C Como se pode ver, a estação convencional do Santo Agostinho passou longe do recorde histórico e amanhã é o último dia em que isso pode acontecer, embora a possibilidade seja baixa. Como o @sjmolive bem disse, o pico foi mesmo ontem (é normal os modelo errarem o 'timing' do pico mesmo). Caso se confirme, é simplesmente um milagre da natureza a estação oficial de Belo Horizonte passar por essa onda de calor sem bater seu recorde, que continua sendo de 37,4ºC em outubro de 2015. A maior marca da estação nesse evento foi de 36,9C ontem. A partir de sábado, não há mais nenhuma chance de ameaça de recorde e o domingo marca o começo de uma longa sequência de umidade, chuvas com trovoadas e marcas bem mais civilizadas: Amém!

Flopada legal dos modelos para o centro-leste de Minas Gerais. A mesma nebulosidade que frustrou aquela previsão de recordes sucessivos em Belo Horizonte, nesta tarde traz CHUVAS FORTES para parte do leste de Minas onde, pelo mapa que postaram dias atrás, seria o epicentro da bolha quente de hoje (aquele lilás extremo estava bem sobre o Vale do Rio Doce). Lembram daquela previsão de 45ºC de Valadares? Pois é, a máxima lá até agora ficou bem abaixo dos 40 hoje. Grande núcleo de temporais com trovoadas avançou pelo leste de Minas hoje: Ainda há possibilidade de calor extremo amanhã e, no máximo (com menor chance), sábado na região. Como é comum ocorrer no período de transição, toda essa umidade e chuva pegou os modelos de surpresa.

SÃO ROMÃO - MG 43°C!!!

A Metsul, pela grande competência que tem demonstrado, deveria saber e não ignorar o fato de esse recorde em Belo Horizonte ser numa estação de 15 anos de existência, na zona norte da cidade, distante da estação mais antiga de 115 anos, que está na parte mais a sul. Assim como acontece em SP, a zona norte de BH tem clima diferente da zona sul (bem mais sutil que lá em Sampa, mas a diferença existe), de forma que não dá pra correlacionar e falar em recorde histórico. O máximo que poderia ter sido noticiado é um recorde NESTA estação (de 15 anos) e, como sabemos, a convencional ainda nem chegou aos 37C nessa onda de calor. Eu sigo a MetSul nos seus canais de mídia e é a empresa de meteorologia que mais confio atualmente, inclusive uso suas reportagens na divulgação de informação, pela credibilidade e ausência de sensacionalismo. Espero que não entrem nessa onda do clickbait também. Como dito pelo colega @RafaelBHZ, não era previsto, mas Belo Horizonte tem tempo encoberto desde cedo, até mesmo relativamente escuro, e já choveu fraco nesta manhã. Às 8h: Creio que o sol irá aparecer alguma hora e o calor vai dar as caras, mas aquela previsão de novos recordes pode estar sepultada hoje, vamos aguardar. 8h: Pampulha tem 23,2°C, 6ºC a menos que ontem no mesmo horário. Muitas nuvens.

Olha, houve um dia no século passado que a convencional atingiu 36,9C, neste dia poderia ter feito mais na Pampulha, por exemplo. Mas isso é só especulação. Só quero dizer que o recorde lá tem um valor especial, assim como ocorre no Mirante de Santana. Apesar de o SESC e o IAG terem batido a máxima histórica, muitos consideram que Sao Paulo não bateu o recorde por causa do Mirante. Enfim, tem que esperar o valor das 21h ainda. Apesar de não ter chovido por onde passei, a ameaça de chuva baixou bastante a temperatura e aumentou a umidade. Às 20h45, já com céu mais aberto, faz cerca de 25°C com muito vento na Pampulha. Agradável diante do padrão dos ultimos dias.

Deve ser o algoritmo marvado... Apesar de todos esses recordes, a CONVENCIONAL DE SANTO AGOSTINHO, no centro de Belo Horizonte, não superou 2015 e teve máxima de 36,9°C. Dessa forma, o recorde realmente histórico segue inalterado na capital mineira (já que não sabemos como a Pampulha se comportou em outras ondas do passado), porém cada vez mais próximo de ser atingido (aguardar a leitura da noite, mas nos últimos dias não tem mudado a máxima após a 1ª leitura). Santo Agostinho e Mirante podem andar de mãos dadas, resistindo bravamente à onda de calor. Só não entendo o motivo de tamanha diferença entre as 2 estações de BH nesta onda de calor, frequentemente em quase 2ºC (o que não é comum). Máximas em BH hoje: Santo Agostinho......... 36,9 Pampulha.................... 38,4 Cercadinho.................. 35,1

Estamos orçando ventiladores para nossa sala aqui no trabalho (sim, as repartições públicas aqui na RMBH não têm ar condicionado e, muitas vezes, não têm nem ventilador) e todas as unidades acabaram no Carrefour e nas Lojas Americanas. É uma onda de calor momumental, realmente. Sobre os recordes de calor, quando vejo o quanto São Paulo chega (37/38), as baixadas de Curitiba (36/37) e áreas do sul de Minas (passam dos 37 também), fico tranquilo quanto a esses valores na capital. São mais que justos para a estação mais quente (nas máximas) da cidade. Se for pegar a convencional do Santo Agostinho, por exemplo, ficamos atrás (até o momento) da capital paulista e de Orleans, em Curitiba. O Cercadinho nem se fala, mas esta é menos representativa. Pra mim, hoje está sendo o dia mais quente de todos. A sensação está horrível.

Aqui em casa, chuvas rápidas com trovoadas: Isso porque as previsões apontavam chuva mais consistente só a partir de sábado e a mais otimista a partir do dia 8. Bem, hoje é dia 06 e já temos alguma precipitação. Temperatura baixou de 34 pra 27°C aqui em casa.

Há de se pensar também até quando fatores locais conseguem competir com uma grande massa de ar, com espessura em altura e milhares de km de extensão. Aqui em BH, sempre me perguntei o motivo de a estação da Pampulha (localizada dentro de uma unidade de conservação, com mata preservada, e ao lado da Lagoa da Pampulha) registrar umidade menor que a estação central, com avenidas, carros e viadutos, cuja único aporte verde são a arborização urbana, canteiros centrais e alguns jardins residenciais. Chego a conclusão que uma massa de ar de tamanha magnitude ignora qualquer efeito local. Quanto ao lago Paranoá, me arrisco dizer que o efeito sobre a umidade no local é nulo. Vai caminhar na orla da Pampulha esperando um ar mais úmido? O vento vai secar até sua alma. A Josélia Pegorim comentou sobre essa onda de calor, claro que de forma mais superficial para o público leigo, mas dá uma ideia sobre a opinião dela. No vídeo, disse que a causa de tanto calor é o posicionamento da corrente de jato nas últimas semanas, que impede a chegada de ar mais fresco ao centro do Brasil e, assim, a massa quente se fortalece progressivamente. Em anos normais, chega ar mais fresco ao centro-oeste em setembro que, mesmo que fraco, "temperam" a atmosfera a cada frente fria. Se eu achar o vídeo posto aqui. 12:00 em BH: 32,7C no meu termômetro (sob uma varanda do lado de fora). Na estação deve estar mais. Esperando sábado chegar...

Impressionante esses dados de Cuiabá. A estação sempre funcionou no mesmo local? Isso é importante pois uma simples mudança de relevo pode modificar em alguns graus o padrão de temperaturas de um local. No caso de um lugar que se aproxima muito dos 40, uma estação em local que favoreça extremos quentes diurnos vai passar bastante desse valor, enquanto outras não (é o que se verifica na prática, alguns locais de Cuiabá esquentam bem menos, como o aeroporto que custou a quarentar). Aqui em Belo Horizonte, houve um aumento substancial nas mínimas na última normal simplesmente porque a estação convencional da cidade mudou de lugar em 1985 (mas manteve o mesmo código OMM). A normal 61-90 tem 25 anos com dados da estação no local antigo e 5 anos no local atual e o contrário ocorre com a normal 81-10. Alguns chegaram a levantar a hipótese de que um gigantesco aumento de urbanização ao longo da década de 80 (que não ocorreu, a cidade já era bem crescidinha nessa época) poderia ser a causa mas, na verdade, é questão pura e simples de relevo e alguma diferença na urbanização. No BDMEP, é possível ver uma clara mudança de padrão "de uma hora pra outra", evidenciando essa troca. Por isso, as mínimas belorizontinas pós-85 são incomparáveis ao período anterior e, aos mais desavisados, seria culpa do aquecimento global. Outro ponto importante que ilustra como uma mudança de local pode ser fatal para comparações: desde 1961, 80% das máximas sub-17 em BH ocorreram no local atual e isso se verificou na ausência de aquecimento diurno na normal 81-10 em relação a anterior, mesmo com o GW. Analisar clima é algo realmente muito complexo e envolve, além de tudo isso que estamos discutindo, logística de locais de estação... 1:00 : 23ºC

Aqui em Belo Horizonte idem, na última normal o volume anual de chuvas aumentou quase 200mm e o número de dias com precipitação também cresceu um pouco. A insolação teve uma queda expressiva também. Independente de tudo isso, a temperatura subiu. Ou seja, BH está mais quente, mais nublada e mais chuvosa nessa normal. O interessante é que essa normal 81-10 (que vai até 2010, então) já aponta uma tendência mais ensolarada e de pancadas irregulares no começo da primavera, ao mesmo tempo que extende o período chuvoso outono adentro. Ou seja, não é de hoje a redução da frequência das chuvas e aumento da insolação em outubro (105mm) e o contrário em abril (que já está com média de quase 80mm e tem tido "cara" de mês chuvoso, com muitas nuvens etc). Parece que a estação chuvosa está se deslocando um pouco e isso pode ser uma variabilidade natural do clima a médio ou longo prazo, não sabemos. Hoje o dia está mais úmido (ou menos seco) por aqui, muitas nuvens altas e algumas que já lembram primórdios de chuva. Seria o padrão mudando? 32°C agora. Nessa semana, diferente da última, há previsão de nebulosidade na onda de calor, de forma que não dá pra descartar chuva bem isolada e frustração de recordes (que ainda não ocorreram no centro de BH).

Concordo bastante com o que foi dito... Amigos, todo mundo aqui sabe que preservar os biomas é importante também pra fauna/flora e vários outros aspectos (que não vamos adentrar), creio que ninguém ignora isso. Porém, como não poderia deixar de ser, o foco aqui é climático. Se eu levantar a hipótese de que a Amazônia não é a principal causadora das chuvas no Brasil, não significa que apoio o desmatamento, ok? Esclarecido isso, deixo uma opinião: Também acho que tem especulação demais pra respostas de menos e muitas explicações tem furos graves que são frutos justamente do desconhecimento. O que todo mundo aqui sabe é que houve uma mudança geral no padrão de clima no Brasil principalmente após 2012, quase que um botão foi apertado e começaram a surgir bloqueios mais intensos. Isso não tem associação com quantidade de bioma preservado pois, se fosse uma relação de causa-efeito simples, as chuvas deveriam diminuir progressivamente há décadas, o que não acontece (maior seca 1963 x chuvas extremas 2011). Isso não significa que a evapotranspiração das plantas da Amazônia, Cerrado e demais biomas seja insignificante, mas acho que há fatores muito mais importantes que eles. Também é importante não confundir degradação ambiental x clima. A destruição de uma área de APP (mata ciliar, por exemplo) pode diminuir o volume de um rio (ou secar no período de estiagem, caso o mesmo seja menos robusto) ou impactar na qualidade do solo, não porque choveu menos. Da mesma forma, a descobertura de uma encosta pode agravar um processo de erosão, não porque choveu mais. É importante separar os fatores pra não "atacar na fonte errada" e assim, além de não resolver, gerar mais confusão. Ambientalista de verdade separa o que é paixão do que é ciência. Como outros colegas disseram, é importante manter as áreas verdes do país por N motivos e, principalmente, por não sabermos os reais efeitos no clima (=precaução). . . . A previsão continua sendo de calor extremo em Belo Horizonte essa semana, com chance de recordes históricos, porém o pico seria na sexta e não mais sábado, que já seria menos intenso e com pancadas de chuva pondo um fim à onda de calor. A partir de domingo, uma longa de sequência de dias úmidos, com chuva e máximas de 25/26C nos aguarda.

Enquanto concluo meu estágio obrigatório pra morar em Teresina - PI, só consigo me lembrar de quando estive em Bariloche - Argentina: 🙄

Belo Horizonte que o diga! Depois de 930mm e muita inundação em Janeiro, temos tempo extremamente seco agora, com muita fumaça pelo tempo mais prolongado que eu já vi. Da mesma forma, tivemos máximas desde 15°C no final de agosto (absurdo) para 37°C agora (outro absurdo). Ano extremado. . . . Acabou que a convencional do Santo Agostinho ficou nos 36,2C de máxima mesmo, 1,6C a menos que a Pampulha. Assim ficou a variação em BH hoje: Santo Agostinho...... 22,2 / 36,2 Pampulha................. 20,9 / 37,8 Cercadinho............... 20,4 / 35,3 Boa noite a todos.

Convencional do Santo Agostinho, topo totalmente urbanizado no centro de BH, foi "somente" a 36,2C, ficando a mais de 1ºC do recorde histórico. Como a horária das 15h era de 35,3 e a máxima em outros pontos da cidade ocorreu antes das 15h, talvez essa seja o valor da máxima mesmo. Mas a certeza virá somente na leitura da noite. De qualquer forma, um dia histórico e desagradável, regado a muito bafo do dragão. Me espanta, também, o europeu prever máxima de 19ºC pra cá logo que o padrão mudar. A capital vem tendo variações muito bruscas de temperatura desde agosto e isso não deixa de ser interessante. 17:28 - 33,1C no meu termômetro e um céu nada saudável:

Lembrando que a quebra de recorde "histórico" só se aplica pra estação convencional do Santo Agostinho, que tem "história". Primeiro que, diferente do que acontece em São Paulo, ela está muito distante da automática (o que impede maiores comparações) e segundo que a Pampulha tem apenas 15 anos, sem relevância histórica. Esses valores 'em tempo real' do INMET são da Pampulha, que tem marcado 0,5 - 1,0 a mais nas máximas que a convencional. Esclarecido isso, to achando o dia hoje muito opressor, ta me dando dor de cabeça e um certo mal estar. Estamos há dias sem baixar dos 20 e subindo acima de 34, isso é muito desgastante. E pensar que cidades como Palmas e Teresina (e Cuiabá na maior parte do ano) são assim o ano inteiro e com periodos muito piores. Meu termômetro (que fica do lado de fora, mas sob uma varanda) marca 34.8°C as 13h30, com vento quente. Infernal.

Eu não acredito muito em 39C em BH, essas previsões extremas vão se ajustando para algo mais factível, apesar que é difícil falar isso nessa onda de calor. Mas vejam só, mesmo com tanta bizarrice, São Paulo (Mirante) às duras penas se aproxima do recorde histórico e, onde bate (SESC e outras), é por uma diferença de décimos. Idem pra Curitiba, que penou e chegou nos 35,5C. As temperaturas disparam muito rápido pela manhã e achamos que vai ameaçar até o recorde nacional, mas depois se estabilizam e, no final, mesmo com os recordes sendo batidos, é uma "excepcionalidade paulistana", digamos (ou "curitibana"). A previsão mais atual coloca máximas em torno de 37 na semana que vem, o que coloca em cheque tanto os recordes da Pampulha quanto os do Santo Agostinho (quando se trata de recordes, que vem por advecção de ar quente, as duas não variam tanto), mas 39C já acho um exagero (embora não seja impossível também). Mas a sua observação é importante, nos dias dessa possibilidade, há previsão de aumento de nebulosidade, o que não impede o maçarico, mas pode frustrar a maior marca. Enfim, segue em aberto aqui pra capital e pro estado como um todo, mas a chance de recorde essa semana (amanhã) me parece baixa. Em tempo, outras estações de BH não esquentaram tanto assim hoje: Máximas: Santo Agostinho......... 34,7C (também acho essa estação chatinha pra recordes de calor, tanto que é inferior às 3 oficiais de Sampa) Cercadinho.................. 33,8C @Renan respondendo sua pergunta de mais cedo, vejo que sua estação, nessas situações, fica acima do centro de BH e acompanha a Pampulha. Não acho que vai quarentar aí nem aqui. A única coisa que quero escutar agora são as trovoadas de Outubro, que devem chegar a partir da metade da semana que vem.

INMET atualizou: CURITIBA TEM 33,8C ÀS 10H DA MANHÃ. Faltam cerca de 5 horas potenciais de aquecimento e a capital está a 1,5C do recorde absoluto.

Outra coisa que me deixa perplexo? Sabe aquelas imagens de filmes apocalípticos, do fim do mundo, em que a Terra se torna inabitável, com céu vermelho de poluição, etc...? Partindo da ideia de piora progressiva desse quadro que estamos (tem piorado progressivamente nos últimos 10 anos), com nosso céu ficando cada vez mais opaco, alaranjado e com ocasos cada vez em tons vermelhos mais intensos, como se vê nesta foto e nas que o @Carlos Campos postou há pouco. Será que nosso céu vai ficar com aquele tom de filmes de fim de mundo no futuro (sem necessariamente ser o fim do mundo), será que chegaremos nesse ponto? Enquanto isso, um dia inédito pra mim, principalmente quanto às temperaturas matutinas em Sampa e Curita. Curitiba/auto INMET: 32,3°C às 9h da manhã! Não me lembro de ter visto essa temperatura nesse horário nem aqui em BH. Completamente fora de contexto. . . . . Com tamanha intensidade do ar quente, um verdadeiro bafo demoníaco (HAHAHAHA), uma hora sobra pra Minas Gerais.

Em BH, apesar do dia muito quente, a temperatura segue subindo um pouco menos que dias atrás e hoje variou entre 22 e 34C. Depois daquele inesperado pico de segunda-feira, não voltou a aquecer da mesma forma e a máxima dessa onda de calor segue em 36,5C no Santo Agostinho, 0,9C abaixo do recorde absoluto. Para o europeu, não haverá quebra do recorde histórico essa semana. Ainda existe possibilidade na semana que vem, antes das chuvas acabarem de vez com essa palhaçada por tempo indeterminado e talvez só daqui 1 ano voltaremos a registrar valores semelhantes (caso haja nova onda de calor histórica). 17:50, 29ºC.

Sim, mais pelas temperaturas do que pela chuva. Todo meteorologista que escuto falar disso diz que, na região sudeste, El niño e La Niña têm pouca influência nas chuvas. Já tivemos grandes enchentes em ambas as condições (apesar disso, percebo uma pequena correlação para aumento de chuvas com La Niña, mas isso é impressão pessoal). Nas temperaturas é inegável como a la niña tende a resfriar a atmosfera. Na primavera-verão de 2011/2012 (La Niña forte), Belo Horizonte vivenciou chuvas constantes e torrenciais, com grandes inundações em dezembro e janeiro (comparável a de janeiro desse ano). E tudo isso foi acompanhado de temperaturas abaixo da média em todos os meses (exceto março, que ficou dentro da média). Para se ter uma ideia, a partir do começo da estação chuvosa (03/10 daquele ano), a maior temperatura foi de 33C somente no dia 02/03 de 2012! Outro dado interessante daquele verão (que não existiu, na verdade), foi que entre 30/10 e 13/01 do ano seguinte, 75 dias corridos, choveu cerca de 1300mm e a temperatura passou dos 30C apenas 3 vezes. Em dezembro, a insolação foi baixíssima, algo como 80h.

VAMO FALAR DE COISA BOA? Accuweather mudou completamente sua previsão e indica uma solução de MUITA CHUVA e temperaturas agradáveis para boa parte de outubro, botando um fim definitivo à onda de calor, fumaça, incêndios florestais e baixa UR. Previsão para Belo Horizonte - MG: Os volumes eu não sei, mas a frequência da chuva está acima da média para o período, indicando os primeiros corredores de umidade ainda na 1ª quinzena. E reparem, também, nas temperaturas máximas, que podem ficar entre 24 e 27ºC em toda a segunda quinzena do mês. Uma mudança radical no padrão atmosférico! Algumas previsões apontam chuva antes do dia 10, ou seja, daqui 1 semaninha. Apesar de todo esse terror, no final outubro pode ser bem comportado em sua maior parte. A acompanhar... 13:30: entre 35 e 33ºC com poucas nuvens.

Mas isso é climatológico mesmo, não? Esse calorão pós inverno e pré-monções é típico de áreas tropicais do Brasil central, então é esperado que o RS não enfrente altas temperaturas agora, especialmente a metade sul do estado. Como o maçarico pós inverno está em intensa expansão, é possível que outras áreas do Rio Grande do Sul tenham um expressivo incremento de calor já em setembro/outubro nos próximos anos, assim como temos observado no sudeste há vários anos (não era assim) e, mais recentemente, em grande parte do próprio Sul (inclusive penetrando no estado gaúcho pelo noroeste, não sei até quando isso é normal). Áreas de grandes latitudes do RS têm calor forte a partir de dezembro, como o @Eclipse comenta dos caloraços em PoA próximo às festas de fim de ano, como bem deve ser mesmo um local com estações bem definidas. Nesse período, estará chovendo com abundância no centro do Brasil e teremos a situação inversa, de boa parte do RS (antes que gere polêmica, sabemos que há locais no estado que são mais amenos no verão, por isso "boa parte") torrar enquanto a metade sul do sudeste e centro-oeste têm temperaturas mais civilizadas (favorecidas pelas constantes chuvas). Belo Horizonte já torra com temperaturas em torno de 33ºC no final da manhã.

Em BH, até que não esquentou tanto assim (para o padrão do dia). A convencional do Santo Agostinho, na área central, referencial histórico, sequer chegou nos 35C. Máximas pelas oficiais: INMET Santo Agostinho...... 34,8 INMET Pampulha................. 35,5 INMET Cercadinho............... 33,5 O europeu praticamente sepultou a chance de recorde histórico na capital mineira essa semana (a conferir, pois tá tudo muito doido), mas mantém essa possibilidade na semana que vem, com a continuidade desta condição, simplesmente inacreditável a sequência de dias extremos. Sobre os termômetros de rua, ainda bem que eles foram todos tirados das ruas de BH. Não servem pra nada aquilo, marcam tudo errado (para mais) com dinheiro público. São 19:00 e faz 29ºC em BH. A noite tá me lembrando quando estive em Palmas - TO, tá tudo muito morno mesmo noite adentro, não há refresco algum. E essas mínimas muito elevadas vão minando nossa energia. Só mesmo um ar condicionado (inexistente tanto aqui em casa quanto no meu trabalho) para salvar nesses casos.

Como eu falei, esse acréscimo de dinâmica seria interessante SE viesse acompanhado de uma contrapartida no seu outro extremo, no frio. O que acontece é que, após um dos invernos mais fracos da história, temos recordes absolutos de calor sendo renovados pela 3ª vez em uma década e, assim, acompanhar o clima vai ficando cada vez mais desinteressante e previsível. Ao menos as chuvas continuam comparecendo com extremos interessantes, como tivemos no último verão. Acredito muito em intensos temporais nas próximas semanas no sudeste e novas inundações no verão. Agora, Belo Horizonte tem tarde escaldante. Dá pra ver no semblante das pessoas o quanto esse calor tem afetado o vigor físico dos trabalhadores, todos com cara mais fechada. 16:00: entre 34ºC na Pampulha e 30ºC nos bairros mais serranos.