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Brasil Abaixo de Zero

klinsmannrdesouza

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  1. O clima Tropical, com estações úmida e seca definidas igualmente durante o ano (pico chuvoso entre novembro a fevereiro, transição para a seca nos meses de março a abril, pico seco entre maio e agosto, transição para as chuvas em setembro e outubro) vai desde a latitude 10S até o paralelo 20S; na sua forma típica; onde os picos de calor acontecem em agosto, setembro e começo de outubro, depois as temperaturas ficam mais amenas com o gradual aumento da precipitação. A vegetação no interior é caracterizada pelo cerrado, com árvores de casca grossa e mais retorcida adaptadas a estiagem e rápido brotamento com as primeiras chuvas; no litoral desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro temos a Mata Atlântica, floresta tropical densa e com folhas perenes, indicando maior umidade e temperaturas mais altas em boa parte do ano. Ao sul de 20S começa a haver uma transição para o clima subtropical; o período seco fica mais curto pela maior frequência das frentes frias que causam chuvas frontais, os resfriamentos se tornam mais consistentes e frequentes, inclusive com o aparecimento das geadas e as temperaturas mais altas não ficam restritas somente a agosto-setembro-comeco de outubro. Um exemplo deste clima ''sanduiche'', são as capitais São Paulo e Campo Grande; as características de tropicalidade do clima como chuvas concentradas na primavera/verão e tempo mais seco no outono/inverno ainda são presentes, porém durante a passagem das frentes frias mais intensas do ano é comum volumes de chuva acima dos 20 mm nessa região de mudança (entre maio e agosto, as áreas ao norte do paralelo 20S dificilmente registram chuvas mais constantes). O clima subtropical, entre o sul do MS, SP até o norte do RS, por si só, é uma mistura do tropical com o temperado; ele já não é quente pelos resfriamentos intensos na época do frio e pela melhor distribuição das chuvas durante o ano; e também não é temperado, pois o inverno não e tão frio e a neve não ocorre de maneira ampla por 3/4 meses seguidos. A vegetação é meio ambígua, em ainda lugares há a configuração de mata tropical, em outros há a ocorrência de árvores que não tem folhas no inverno, nas áreas acima de 600 metros há a araucária, pinheiro que resiste mais ao frio. O Paraná e Santa Catarinaora sofrem com a massa de ar seco do Brasil central ora com as tempestades e inundações de primavera.
  2. PR, SP, centro-sul do MS nas bordas da alta quente e seca, talvez por isso esteja ocorrendo esses núcleos de chuva isolados (bom em partes pra aliviar o calor), porém chuvas rápidas não refrescam por muito tempo.
  3. Na contrapartida, tomara que tenhamos muita chuva da segunda quinzena de outubro até janeiro, e recordes de frio no ano que vem (a onda de frio de agosto não foi intensa pra fazer frente com o calor que estamos tendo).
  4. Essa onda de calor poderá ficar mais ao norte, de modo que ocorram chuvas em parte de SP, MS e sul de MG, com o Paraná tendo tempestades típicas da primavera. Os modelos numéricos estão mais instáveis tanto pela pandemia quanto pela situação do pacífico equatorial; por isso estão prevendo essa fornalha indiana por aqui.
  5. Isso poderia causar um ou outro tornado isolado, a atmosfera em muitos lugares está muito quente e seca; junte este fator com instabilidades esparsas e o estrago aparece.
  6. O lado positivo é que houve uma mudança na circulação atmosférica, saindo da secura absoluta do final do inverno para as primeiras chuvas isoladas típicas de setembro, principalmente em São Paulo, Mato Grosso do Sul, sul de Minas, Rio de janeiro e sul do MT. Possivelmente em outubro as chuvas fiquem bem mais amplas, com vários dias nublados no centro-norte do Brasil; como estamos em la nina e ficaremos por um bom tempo, temos a chance de um bom período chuvoso.
  7. Como estamos em la nina as chuvas devem ser volumosas no centro-norte do país, abaixo do trópico de Capricórnio infelizmente o cenário é de precipitações irregulares.
  8. Agosto tem frio constante apenas no sul do país e no leste de SP, RJ e Zona da Mata mineira, no resto há um aquecimento significativo se comparado com os meses anteriores e começa a primavera seca nas áreas ao norte do paralelo 20S. Setembro, apesar de ainda ocorrer algumas ondas de frio amplas, é primavera pura acima do Trópico de Capricórnio, sendo o mês mais quente do ano no Nordeste, grande parte do Sudeste e Centro-Oeste, porém as chuvas começam a dar as caras no sul da Amazônia e no Mato Grosso do Sul São Paulo e sul de Minas, estes lugares podem ser poupados deste calor absurdo que faz agora.
  9. 2020 está lembrando um pouco o ano de 2007; principalmente o período de janeiro a maio que foi muito semelhante com direito a antecipação do frio invernal um mês antes do início do inverno astronômico. A diferença fica por conta dos meses de junho e julho, que em 2007 foram mais gelados, principalmente julho-07 que teve duas ondas de frio intensas, duas continentais sendo uma mais restrita ao interior do continente e outra bem ampla, sendo esta a mais intensa daquele ano. A semelhança também ocorre pela mudança de padrão do pacífico para anomalias negativas a partir de março, este fator causa um aumento da secura nos meses de agosto e setembro do centro do Paraná para norte, atrasando em um mês o início do período chuvoso. Se continuar essa tendência, podemos esperar recordes de calor no Brasil tropical durante este mês, e a mudança significativa no padrão atmosférico somente em outubro, a começar pelo centro-norte do Paraná, São Paulo, centro-sul do Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais, noroeste do Mato Grosso e Amazônia. No restante das áreas, as precipitações correm o risco de aparecer somente em novembro; porém o ponto positivo da manutenção do cenário de La niña é a chance de novembro, dezembro e janeiro serem bem chuvosos nas regiões que hoje sofrem com a seca.
  10. A onda de frio deste mês poderia ter vindo em julho, seu potencial de frio e amplitude teria sido maior com possibilidade real de temperaturas históricas pelo menos numa parte do país. Mas já que não veio, setembro pode ter o retorno das chuvas no Mato Grosso do Sul, São Paulo, sul de Minas Gerais e oeste/sul do Mato Grosso.
  11. As chuvas voltam a acontecer no Sul da Amazônia em agosto, e no Sul do Brasil também há um aumento considerável nos índices de precipitação. Reflexo do ápice da ASAS sobre o Brasil central e interior nordestino, essa área agora costuma registrar máximas entre 35-39 graus. Em setembro normalmente acontece o retorno das chuvas no oeste do MT, centro-sul do MS e SP além do Sul de Minas Gerais. Nesta área o acumulado mensal supera os 50mm, o centro-sul brasileiro após o paralelo 20S no início da primavera é influenciado pelas tempestades que se formam no Paraguai e Argentina
  12. Em anos de pacífico equatorial resfriado ou la niña; os meses de agosto e setembro costumam ser quentes e secos em todo o país, foi assim em 2007, 2010, 2011, 2017 e 2019. A insolação nesse período já é muito intensa, o que facilita esses extremos de calor até mesmo no Sul do Brasil; na região entre o sul do Pará, interior nordestino, grande parte do centro-oeste e Sudeste setembro registra as maiores temperaturas máximas do ano. O ponto positivo é que se manter essa dinâmica de neutralidade negativa/la niña outubro, novembro e dezembro poderão ser chuvosos nas áreas ao norte do Paraná.
  13. Da última vez que tivemos setembro abaixo da média, 2018, o verão foi terrivel, melhor esse mês acima da média do que outubro, novembro e dezembro.
  14. A de agosto-1978 em termos de intensidade, espessura em camadas e amplitude do frio foi bem parecida com agosto-1984; para a região Sudeste e no MS a de 1978 foi mais intensa, Campo Grande e Belo Horizonte registraram as menores mínimas para agosto naquele evento, no resto do país e da América do Sul as duas foram cópias uma da outra. Um fato curioso é que a ocorrência de neve em 1984 foi melhor detalhada (Possivelmente por ter nevado em Porto Alegre com acumulação, e a capital gaúcha já era uma metrópole), enquanto no episódio anterior não houve tantos detalhes, porém o empilhamento do frio em todas as camadas foi favorável a ocorrência de precipitação invernal da Argentina até a Serra da Mantiqueira. Não duvido que tenha nevado em Curitiba nesses dois anos sem acumulação. Em 78 as geadas foram amplas, atingindo áreas não muito comuns como o entorno de Belo Horizonte; porque na área central da capital mineira fez 7 graus, plausível das temperaturas terem chegado a uns 2/3 nas áreas sem urbanização, ou seja, compatíveis com geada fraca.
  15. Um ano bom para quem gosta de frio e que não é muito falado foi 1978; na virada de maio para junho fez muito frio na América do Sul abaixo da linha do Equador, depois em agosto uma massa polar resfriou quase todo o Brasil de uma só vez. Para o Sudeste é nela que temos os registros de menores mínimas para o mês de agosto. Será que a massa polar de agosto-1978 foi mais intensa que a de 1984 como um todo? Para Belo Horizonte a mínima no primeiro evento foi mais baixa, de 7 graus, mas os registros de neve são maiores em 84.
  16. Havia um pouco de inversão térmica em julho-2009, por isso não teve precipitação invernal aqui em Campo Grande. Nas ondas de frio de 1955, 1975, 1978 e 1979 sem dúvidas nevou no Sul do MS (o jornal Correio do Estado tem uma reportagem datada de 18/07/1975, que relata com fatos comprovados que nevou em Ponta Porã, e as geadas atingiram todo o sul do MT, foi antes da divisão). Há um relato de neve em Bandeirantes, município ao norte de Campo Grande também em 1975. Nos anos 1970 há registros de mínimas abaixo de zero na capital sul-mato-grossense e inferiores a -4° no Sul do estado; estranhamente para Campo Grande consta apenas uma mínima de -0,8° na onda de frio de agosto 1978.
  17. Pro Sul agosto ainda é um mês de frio intenso, principalmente no RS; no resto do país é um mes muito mais quente que julho, mesmo que ocorra algum evento de frio intenso será mais fraco do que no solstício de inverno.Os eventos mais amplos de neve tem mais chances de ocorrerem em julho. No oeste do Brasil, do interior de São Paulo ate o Amazonas o frio que faz em agosto é muito mais suavizado, fora que nessa parte os picos de calor acima dos 35 começam a aparecer.
  18. No passado recente o único ano que pode entrar na categoria mais ampla de histórico no frio e 2011; as massas polares foram constantes do final de abril até junho, pausou um pouco em julho e agosto foi gelado. Nesse ano houve queda de neve com acumulação numa área relativamente significativa, deu pra ver este fato durante o dia, na capital São Paulo quase toda a cidade ficou sub-5, o frio em espessura atravessou a Mantiqueira chegando até Ouro Preto MG, bem como Goiânia e Brasília também tiveram queda nas temperaturas. No fator amplitude das massas polares e duração do frio, 2011 ganha de 2013, principalmente no Sudeste; já no Sul, MT, MS e região Norte 2013 foi melhor nos extremos de temperatura e logicamente nas áreas em que nevou.
  19. Para o Sul a massa polar de julho-2013 foi mais intensa; SP, MS, MT, RO e AC estão registrando valores muito parecidos, e para Minas Gerais está sendo mais intensa. Concordo contigo, cada massa polar forte tem seus méritos, esta merece consideração por ser já na segunda quinzena de agosto.
  20. Um dos problemas no Brasil é que o frio na sua intensidade máxima ocorre com tempo seco, mesmo que haja frio em todas as camadas atmosféricas sem nuvens não é possível neve. Por exemplo, agora nesta tarde está mais frio do que ontem no Sul e em parte de SP, teoricamente daria pra precipitar sleet e neve, porém a atmosfera está seca.
  21. Este evento de neve só vai perder mesmo pra 2013; visto que nos anos seguintes as precipitações invernais foram escassas, inclusive 2016 que teve frio constante .
  22. Para ocorrer qualquer precipitação invernal a temperatura próxima ao solo precisa estar abaixo dos 8 graus, o frio precisa ser intenso em todas as camadas da atmosfera até chegar na superfície. Além disso, é preciso que haja nuvens de precipitação e alta umidade do ar, isso geralmente ocorre quando a massa de ar frio está junto de um cavado ou ciclone extratropical, que naturalmente instabilizam a atmosfera. A medida que o anticiclone polar avança para latitudes mais baixas, o potencial de frio do mesmo vai diminuindo porque os ventos frios se misturam com o ar local, nas regiões subtropicais, temperadas e polares no outono e inverno a radiação solar é muito inclinada, aumentando a capacidade do resfriamento; enquanto que nos trópicos a radiação é mais intensa ao longo do ano, reduzindo o potencial de resfriamento. Ocorre que no Brasil o ar frio já chega até nós enfraquecido, diferente do Uruguai e da Argentina que estão em latitudes mais elevadas, onde a atmosfera fica extremamente gelada em todas as camadas, facilitando a ocorrência de neve até mesmo com temperaturas acima de zero graus. A chuva congelada, o sleet e o graupel são precipitações invernais mais fáceis de ocorrer, porque não há o congelamento suficiente para formarem flocos; acontecem geralmente quando as temperaturas estão positivas, até uns 6/7 graus quando há espessura fria. Já a neve necessita de mais frio em altitude, uma vez que os flocos são maiores e mais densos, a faita térmica tem de estar inferior a 5C, pra acumular tem de estar muito próximo ou abaixo de 0. Se a atmosfera estiver muito fria, porém seca, não ocorrera neve e seus derivados, pois não há nuvens e umidade para precipitações, alguns no Brasil registram temperaturas dignas de precipitações nivosas, porém não havia simplesmente umidade.
  23. Do norte do Paraná pra cima de janeiro a maio a dinâmica atmosférica foi normal, veio junho e julho e estragaram a normalidade com a falta de frio intenso e calor prolongado. Do centro paranaense para sul janeiro, fevereiro e março foram bem secos e quentes; abril e maio a chuva retornou e o frio também foi normal, junho e julho foram mais amenos em relação ao restante das áreas.
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