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Brasil Abaixo de Zero

klinsmannrdesouza

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  1. 2015 foi bom apenas pro RS e partes de SC, do Paraná pro norte foi um show de horrores, calor absurdo fora de época e massas polares bem fracas, a mais intensa no Brasil como um todo foi no começo de setembro.. Já 2017 foi bem melhor porque ocorreram ondas de frio intensas e amplas (final de abril, primeira quinzena de junho e julho), apesar de ter sido acima da média no RS e SC em geral superou 2015 em termos de frio, principalmente no Sudeste, Centro-Oeste e sul da Amazônia.
  2. Antes eu discordava um pouco de você, porém agora vejo que tens razão, nós nao tivemos frio intenso típico dos meses mais frios e agora já vem o calor por cima. Tudo bem que não estamos em latitudes mais elevadas, tipo 40/50, mas numa situação normal as serras sulinas registram -7/-8C, a Mantiqueira -3/-4, o resto da região Sul entre -3 e 2C, sul de SP/MS chega a quase zero, centro-norte do MS, SP, centro-sul de MG e GO, além da região serrana do RJ vão abaixo dos 10 graus, ES, MT, RO, AC e oeste/sul da Bahia abaixo dos 15, sul do AM abaixo dos 20.
  3. Em agosto os raios solares no Hemisfério Sul começam a ficar mais ardidos porque a inclinação deles também diminuí, sinalizando o começo do final do inverno, isso naturalmente já favorece maiores períodos de aquecimento e a limitação das massas polares em atingir baixas latitudes. Digamos que não compensa ter junho e julho muito quentes e agosto ser frio, 2003 que alguns julgam ter sido bom de frio na verdade foi um desastre em boa parte do inverno, só foi aparecer frio intenso nós finalmente.
  4. Este ano começou prometendo ser diferente dos anteriores, daí veio junho e desandou legal, isso que o pacífico equatorial está neutro com viés negativo e o Atlântico Sul está próximo da normalidade, o que tecnicamente é um cenário favorável ao frio. Se acabar julho e não houver alguma massa polar ampla, já dá pra chorar de raiva, porque agosto começa o veranico seco que se estende por setembro, antecedendo as chuvas de outubro.
  5. Julho de 2017 foi frio para os padrões locais na região Sudeste, parte do Nordeste e Goiás/DF devido ao anticiclone marítimo polar jogar ventos gelados na metade leste do Brasil, depois em meados do mês houve uma onda de frio bem intensa que provocou mínimas quase extremas no Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre e Rondônia mas que não foi nada de mais para São Paulo e Santa Catarina/Rio Grande do Sul. Cuiabá, Campo Grande e talvez Rio Branco registraram recordes mínimos de mais de quatro anos.
  6. Nos anos 1980 só 82 foi fraco em termos de frio, 80, 83, 86, 87 medianos e 81, 84, 85, 88/89 com frio bem intenso. Houve uma ocorrência de el nino entre meados de 1982 até o final de 1983, seguido de uma resfriamento em 1984/85, com um novo menino em 1986/87 e por fim uma la Nina em 1988/89. Mesmo com o pacífico equatorial aquecido em alguns anos, o oceano Atlântico na costa do Brasil sempre ficava de normal a abaixo da média naquela década, por isso que os invernos eram razoavelmente frios até com el nino, vide 1983 que teve algumas massas polares robustas entre maio e julho.
  7. Isso e uma mistura de pacífico neutro mais a pandemia que reduziu o número de meteorologistas trabalhando nas análises de previsão.
  8. Esse ''desandou de vez'' depende da região também, porque depois do final de junho o frio, ainda que não seja extremo, voltou no Sul, parte do interior de SP, MS, sul/oeste do MT, além do AC e RO, no resto está ruim o cenário, ainda que não no nível de 2019. Parece que há uma barreira para o frio no meio do estado de São Paulo, pois o ar frio chega bem até Presidente Prudente, depois dali vai diminuindo a intensidade até não sobrar nada significativo pra Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. As massas polares estão entrando na diagonal, sem nada para democratizar o frio fica este disparate nas temperaturas, como estamos vendo nessa semana em que todo o MS está gelado e o Sudeste mais quente que o normal.
  9. Estamos tendo massas polares de forte intensidade, porém esta faltando mecanismos que impulsionem as mesmas para baixas latitudes, daí entram os cavados e ciclones extratropicais. Como as baixas pressões se formam antecipadamente e se afastam para longe da consta antes do ingresso dos anticiclones frios há uma maior facilidade destes irem para fora do continente em poucos dias, enfraquecendo os sistemas frontais e ajudando na permanência dos bloqueios quentes e secos sobre o Brasil Central. Se houver a sincronia entre ciclone e massa polar haverá maior espalhamento dos ventos frios e a ASAS ficará afastada da América do Sul, do contrário este cenário de frio represado no Chaco vai permanecer. Falta apenas uns ajustes mínimos para termos um evento de resfriamento típico e de neve ampla.
  10. Os modelos de previsão estão muito instáveis, este frio de hoje no Sul e MS veio ''do nada'', a queda de temperatura foi bem mais intensa do que o esperado. O jeito é acompanhar sem expectativas.
  11. 2020 não está sendo o ano dos sonhos se tratando de climatologia, porém até agora já foi melhor do que 2019 pelo verão chuvoso no centro-norte do Brasil e pelos meses de abril/maio dentro da média, que é o gradual resfriamento pelas massas polares cada vez mais intensas. Por enquanto somente junho foi ruim, se comparado com o ano passado onde de janeiro a abril o padrão foi de verão total, a primeira massa polar mais ampla só foi aparecer em maio, julho foi o único mês de frio intenso porque depois o maçarico foi acendido em agosto e setembro.
  12. 2008 não foi ruim, somente julho foi acima da média o resto dos meses foram normais, foi um ano generoso em termos de chuva pra muitas áreas do país e com frio mediano; 2012 o que estragou foram agosto e outubro, extremamente secos e quentes, fora isso até que tivemos ondas de frio moderada/forte intensidade, julho foi o mês mais frio do ano com dois eventos de frio amplo, um no começo e outro na metade do mês (este foi o mais intenso pro Sudeste). Agora depois de 2013 concordo que a dinâmica atmosférica desandou bastante, primeiro pela falta de chuvas na primavera/verão depois a falta de frio no outono/inverno, pra completar o Atlântico na costa sul-americana tem apresentado desvios de temperatura cada vez mais altos, ajudando a formar bloqueios secos sobre o continente. 2014 e 2015 que o digam, conseguiram ser piores do que outros anos quentes, traumatizaram até quem gosta do calor.
  13. Pela cor branca opaca e o modo como caem no chão tenho 95 por cento de certeza que é neve, ainda mais analisando o frio intenso presente em todas as camadas da atmosfera.
  14. Esse giro fica mais evidente quando atravessa pela fila de postes da iluminação, que chegam a estourar e emitir clarões de luz, típico de tornados que passam por linhas de alta tensão.
  15. O problema é se a ASAS durar mais de uma semana e faltar uma massa polar intensa o suficiente pra devolvê-la no meio do oceano Atlântico.
  16. 1965 nem tanto pois foi bloqueado na metade do Sudeste, 2013 idem; o melhor para todos é um evento semelhante a 1984 ou 1988, que provocaram neve nas serras do Sul do país e frio seco e amplo nas demais regiões. Esses dois anos foram interessantes para quem gosta de frio porque as massas polares eram completas, vinham com um pacote cavado+ciclone extratropical+neve ampla+frio amplo e seco+geadas+mínimas muito baixas.
  17. Falando nisso, este ano está um pouco parecido com 1965 na dinâmica das massas de ar. O outono daquele ano foi normal com algumas ondas de frio intensa principalmente em maio, junho foi muito quente em quase todo o país, que depois foi compensado por julho normal e agosto pintando de branco as serras sulinas. O frio mais significativo de 65 ocorreu na metade do mês de julho em grande parte da América do Sul, porém foi sem neve, que só deu as caras na outra massa polar do mês seguinte. Esta última teve maior destaque pela precipitação invernal intensa e ampla, em termos de mínima não foi lá essas coisas.
  18. Bom dia Não existe na meteorologia esse termo Ciclone-Bomba, a mídia colocou este nome nele por causa do seu tamanho e da força dos ventos provocados por ele. Uma pitada de sensacionalismo e um jeito diferente de alertar as pessoas.
  19. Você acesso aos radares do Mato Grosso do Sul? Por aqui aparentemente as rajadas não chegaram ao patamar de outros locais.
  20. Aqui no Brasil a maioria dos tornados ocorrem em regiões rurais ou cidades pequenas, o que dificulta a visualização dos mesmos e a emissão de alertas, nos EUA o Corredor dos Tornados é muito mais povoado (há inclusive algumas metrópoles que são atingidas pelos tornados). A quantidade de radares no território brasileiro é pouca para obter mais informações.
  21. Essa baixa pressão pode trazer tempo severo sobre os estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo? Quando o tempo muda no Paraná geralmente influencia nas áreas mais ao norte
  22. Na segunda massa polar de julho 2000 o geopotencial ficou muito baixo sobre o centro-sul do Brasil, os subtropical e polar ondularam até o sul do estado de SP, impulsionando o anticiclone frio para as baixas latitudes. Apesar de ter apenas 1022/1025 hpa (valor comum para uma alta polar, todo ano temos dessas), a engrenagem atmosférica junto com a maior permanência do seu centro sobre o continente favoreceu um resfriamento intenso sobre o Sudeste. A cidade de São Paulo registrou mínima de 4 graus no centro da cidade, a capital Rio de Janeiro 7 graus nas partes elevadas e Belo Horizonte também ficou nesse valor. A de junho 2016 foi parecida, porém menos intensa como um todo.
  23. Foi neste evento que ocorreu o tornado F3 em Indaiatuba SP, na época tido como o segundo mais intenso já registrado no Brasil. Pra ter acontecido esses acumulados elevados de precipitação mais o tornado toda essa região deveria estar muito quente para o mês de maio e chegou uma frente fria, este choque de massas de ar ocasionou tudo isso num único dia. Alguém tem imagens de satélite deste dia?
  24. Sem os Andes e as regiões serranas do Sul e Sudeste o aquecimento na primavera e verão seriam muito maiores nessas áreas, porém a dinâmica da troca de massas de ar também seria intensa. Basta compararmos os estados de Minas Gerais e São Paulo com o Mato Grosso do Sul e Paraguai, estes últimos esquentam muito na época de valor mas podem registrar temperaturas baixíssimas para suas latitudes. É uma via de dois lados, os picos de calor seriam mais prolongados e as medias mensais mais elevadas, enquanto no outono e inverno o frio se espalharia mais sobre o Sudeste.
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