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Brasil Abaixo de Zero

Flavio Feltrim

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Posts posted by Flavio Feltrim

  1. Passamos do momento mais propício ao fortalecimento do El Niño e ele não veio, embora esse longo período de "quase El Niño" tenha impactado de alguma forma, quase como um Modoki.

     

    Quanto ao Atlântico Sul, segue a bizarra "anaconda infernal" 🤣

     

    Resta saber se ficaremos nessa neutralidade "positiva" para então de fato vir um Niño 2019-20 ou se mergulharemos em TSM negativa e daremos boas-vindas a La Niña!

     

    Ps: fiquem de olho as águas frias que surgem na região do canal do Panamá, essa área costuma disparar processos!

     

     

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  2. Em 13/12/2018 em 18:59, J_Vicente disse:

    Alguém tem aquela gráfico com as previsões de longo prazo para TSM no Pacífico Equatorial? Se este parto do El Niño demorar mais um pouco pode ser que ele chegue em cheio no nosso Outono-Inverno? Ou vamos estar com a tendência invertida na próxima estação fria? 

    Tem vários:

     

    http://www.bom.gov.au/climate/enso/#tabs=Outlooks

    https://iri.columbia.edu/our-expertise/climate/forecasts/enso/current/

    http://www.cpc.ncep.noaa.gov/products/CFSv2/imagesInd3/nino34Mon.gif

    https://gmao.gsfc.nasa.gov/products/climateforecasts/geos5/S2S_2/plots/nino3.4_current.png

     

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  3. Em 13/12/2018 em 17:00, Caco Pacheco disse:

    Flávio, sua opinião/predição....

     

    Teremos, no verão, El Niño, "Pseudo El Niño" (Neutralidade pró Niño) ou Neutralidade (0,00)?

     

    E as consequências no clima, aqui no Brasil, serão sentidas a partir de quando de acordo com esta relação? Pois sabe-se que as "consequências" são sentidas após o estabelecimento da condição propriamente dita...

     

    Abs!

     

     

     

    Se continuar como está, teremos neutralidade "pró-Niño" como você disse. Nenhum instituto oficial declarou que temos El Niño ainda, estamos no limite entre neutralidade e Niño fraco. Existem vários índices para confirmar um El Niño:

     

    - Southern Oscillation Index (SOI): precisa estar negativa (abaixo de -8) para El Niño mas está +7 nesse momento;

    - Cloudiness: nebulosidade no Pacífico baseada na ROL (radiação de ondas longas) sobre a região da linha internacional da data: precisa estar negativa para o Niño também, mas está positiva;

    - Temperatura da superfície do mar na região 3.4 do Pacífico: precisa estar acima de 0,8ºC  e se manter por um longo período, mas está 0,56ºC e tem oscilado muito;

    - Termoclina: a linha de temperatura de sub-superfície do Pacífico costuma ficar "reta" durante os Niños mas ainda está inclinada em direção a América do Sul;

    - Os índices ONI (Oscillation Niño Index) e MEI (Multivariate ENSO index): ambos ainda estão en neutralidade segundo boletins recentes;

    - Indicadores de institutos importantes ainda estão com status "El Niño watch" ou "El Niño alert", ou seja, com probabilidade de 70 a 90% de chance de El Niño mas oficialmente ainda não estabelecido.

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  4. Segue o parto e conforme previsto, queda significativa da TSM em todas as regiões do Pacífico, sendo mais acentuada justamente na mais importante delas, a 3.4!

     

    Mas claro que o menino não se entregará fácil... observem no gráfico de anomalia do vento zonal que sempre o processo se inicia no Índico entre 60 e 90º leste (conforme o Coutinho já reforçou). Primeiro aparece uma mancha de anomalia nessa área e ela vai se deslocando para leste, carregado esses "pacotes" de água quente através das Kelvin waves. O conjunto dessas manchas de anomalis positiva representa o deslocamento da oscilação de Madden-Julian.

     

    Vejam na primeira seta preta as manchas avermelhadas que causaram o aquecimento do início de dezembro e a segunda seta com as manchas azuis (círculo azul) que trouxeram a atual queda na TSM.

     

    Apenas reforçando: quando as anomalias são negativas (tons azuis) significa que o vento zonal sopra de leste para oeste; quando são positivas (tons vermelhos) significa que os ventos zonais enfraqueceram ou inverteram (enfraquecendo os alísios também).

     

     

    E vejam agora o tamanho da anomalia positiva no círculo vermelho que possivelmente vai trazer novo aquecimento da TSM até o final do mês. Novela sem fim...

     

     

     

     

     

     

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  5. Segue o "trabalho de parto" do Niño: reparem na figura as áreas circuladas em vermelho e em azul. A área em vermelho explica o atual aquecimento da região 3.4 devido a anomalia do vento zonal que gera ondas Kelvin e favorece o carregamento de pacotes de água quente para a América do Sul. 

     

    Na sequência (círculo azul) é a previsão do vento zonal para os próximos dias, que se confirmar pode favorecer a estabilização/esfriamento das águas do Pacífico Equatorial. isso não eliminaria um provável El Niño, mas enfraqueceria bastante a possibilidade. 

     

     

     

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  6. Vários índices ainda persistem na condição de neutralidade, apenas a TSM está levemente acima da média:

     

    - o ONI está em 0.4

    - o Cloudiness está positivo (para El Niño precisa estar negativo)

    - a SOI está positiva (para El Niño precisa estar negativo)

     

    Resumo da ópera: teleconexão ainda não se estabeleceu, talvez por isso alguns institutos ainda não anunciaram oficialmente o El Niño!

     

     

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  7. 7 horas atrás, Renan disse:

     

    No entanto as loucuras verificadas em 2015 e 2016 estão descartadas, correto ?

     

    Loucura seria um super El Niño? Se for isso acredito que NÃO teremos... como falei meses atrás, se houver El Niño acredito que será fraco (talvez Modoki) de acordo com dados que acompanho. Apesar do recente aquecimento, ainda aposto em neutralidade positiva e meados do ano que vem caminharmos para uma Niña. Seguimos acompanhando!

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  8. A região 3.4 também deu um salto (inclusive não me lembro de ver tamanho salto em curto espaço de tempo). De qualquer forma, tudo isso está ocorrendo devido ao grande número de tufões no Pacífico, que interferem diretamente nos ventos zonais, gerando ondas Kelvin que são favoráveis ao deslocamentos de pacotes de água quente da Indonésia para o centro do Pacífico. Mas da mesma forma que teve esse enorme salto deverá ocorrer um tombo nos próximos dias, reequilibrando a trajetória da TSM... ainda aposto que se tivermos El Niño será fraco (Modoki?) ou será uma neutralidade positiva....

     

     

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  9. 12 horas atrás, Felipe Backendorf disse:

     

    Pra mim a estação do Simepar de Curitiba já deu provas o suficiente que não é confiável. Aquece loucamente em alguns dias de sol, mas de noite ou em dias nublados sempre destoa para o frio. Isso que está no mesmo local da convencional e da automática do INMET, ou seja, diferenças que não fazem sentido algum já que a automática e convencional marcam praticamente igual.

     

    Não esqueça do fato de que a estação automática do INMET sempre fica misteriosamente offline quando a temperatura baixa de 7ºC, portanto nos restam apenas os dados da convencional e do Simepar para registro. Lembrando do evento do dia 09 de junho esse ano quando a maioria das estações da cidade ficaram próximas de zero mas o Inmet divulgou que a mínima do dia foi 7,4.

     

    Eles alegam que a bateria deve estar fraca e quando esfria a estação fica off, mas esse problema já é antigo e eles não resolveram quando estiveram aqui no final de 2015 para calibrar os equipamentos... aí eu pergunto: podemos confiar na do INMET também?

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  10. O Ártico está sendo “devorado” pelo oceano Atlântico

    Uma pesquisa sobre uma das partes oceânicas com o maior aumento de temperatura registrado permitiu verificar a redução da superfície das águas árticas, que podem se converter em parte do oceano Atlântico.

    Sigrid Lind, cientista do Instituto de Pesquisa Marinha de Tromso, na Noruega, afirmou que no norte do Mar de Barents, “o foco do aquecimento do Ártico” – ao norte da Escandinávia e a leste do arquipélago Svalbard –, foi registrado um rápido aumento da temperatura desde 2000.

    Esse problema se agravou devido ao fato de o oceano Atlântico começar a ganhar terreno, transformando as características da água. Antes, no norte do Mar de Barents, havia gelo marinho flutuante que, quando derretia, mantinha a água fria à superfície e contribuída para que a mais quente, originária do Atlântico, permanecesse por baixo.

     

    Mais info: https://ciberia.com.br/oceano-atlantico-devora-artico-41395

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  11. 6 minutos atrás, Gamboa disse:

    bloqueios?

    o abril está quente aqui no RS. Creio que fará mais frio esse ano. Claro, comparado com 2017, qualquer coisa que fizer será "frio", nada parecido com 2016, por exemplo.

    Sempre caímos na mesma tecla: estudos sobre a influencia do aquecimento do Atlantico sul no clima do Cone Sul. Invernos ruins aqui, são os bons no sudeste. Não vejo sudestinos reclamand0 de 2017.

    Sou antigo, aboli o whats do BAZ. Ainda prefiro o escrito permanente, o que fica, o que é tal feito livro.

    Lá, estava virando, para mim, um desabafo e uma psicanálise para alguns

    Concordo e digo mais: mal começou o OUTONO e tem gente já decretando o fim do inverno! Haja paciência...

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  12. Em 02/04/2018 em 06:22, LuluBros disse:

    Curioso... eu achava que esses ventos zonais mais fracos agissem no sentido de enfraquecer a ASAS ao favorecer (em tese) o avanço do ar polar para latitudes mais baixas.

    Falando em ventos zonais... embora tenha ocorrido um aumento significativo da TSM do Pacífico devido a uma onda Kelvin dias atrás, a situação atual e prevista para os próximos dias mostra que a TSM vai dar uma estacionada no patamar neutro, ficando estável por enquanto.

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  13. 9 horas atrás, Lucas Venturini disse:

    O INMET divulgou os dados consolidados das estações convencionais referente a 2017: (Algumas cidades)
     

    Maringá - PR: 23º (+ 0,8º)

    Londrina - PR: 22,2º (+ 0,6º)

    Como podem ver todo mundo teve anomalia positiva, e isso porque é em comparação com a normal climatologia 1981-2010 que é a mais recente. A anomalia em Bagé é surreal, outra coisa que surpreende é a diferença significativa entre Maringá e Londrina que são cidades irmãs e estão na mesma latitude e altitude e apenas 79km em linha reta uma diferença de quase 01º realmente chama atenção.

    Apesar da proximidade, as duas apresentam características bem distintas que permitem a Londrina ser um pouco mais fria: a altitude média da região de Londrina é um pouco mais elevada que em Maringá; a posição mais a leste permite um contato maior de Londrina com a circulação marítima e com as massas polares que estacionam no oceano. Fora isso, o contexto local onde a estação está instalada também é fundamental.

    Maringá se destaca no frio durante a entrada das altas polares, apresentando mínimas mais baixas que Londrina no início das ondas de frio...

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  14. 33 minutos atrás, CloudCb disse:

    Flávio, o que significa aquele 2d no sertão nordestino (mais precisamente no sertão da PB e do PE)? Não há na legenda. 

    É uma área de transição com características mistas (entre os climas 2 e 3), mas por um erro ficou de fora da legenda. Uma é na região de Caicó-RN e a outra na região de Belém de São Francisco-PE. Classificar o clima é algo muito complexo, quanto mais "zoom" você dá em uma área, novas características aparecem e alteram a classificação...

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