Flavio Feltrim

Flávio, eu postei estes gráficos com a intenção de demonstra que expressões como a ONU diz, cientistas dizem, acabam doendo aos ouvidos. Na verdade é um conjunto de modelos numéricos. Para a região 30S 32S 50W 52W Até que o modelo não foi tão ruim (aparentemente compatível com São Joaquim)....mas ele só '''''acerta''''''' para cima. 2014.4166 0.585510 junho 2014.5000 0.494598 julho 2014.5834 0.439911 agosto A anomalia negativa que você referiu felizmente é o distante janeiro de 2017. Ainda bem que janeiro, né. Já que reclamam tanto do verão. Abraços...olho nas formigas (onde elas estavam até ontem?). Sim, é aquilo que comentei contigo no tópico de ENSO... os modelos sempre tendem ao aquecimento. E todos sabem que a ONU é fortemente movido por interesses político-econômicos (vide o EUA passar por cima para atacar o Iraque e ninguém fazer nada). Quanto às formigas, possivelmente estavam quietinhas na parte sub-superficial dos formigueiros, mas por algum motivo resolveram sair e trabalhar, pois ergueram "cumes". Enfim... abraço!

Artigo recente dizendo que 95 a 100% de certeza que mais da metade do aumento de temperatura no período 1951-2010 é culpa das emissões antropogênicas de GEE: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2212096314000163 Boa leitura!

Tempos interessantes mesmo... os dados são mensais? Em caso afirmativo, que ano e mês é aquele após 2015 com valor baixo destacado? Não sei se nos próximos dias teremos muita chuva ou frio, mas os formigueiros estão a mil aqui em Curitiba. De ontem para hoje apareceram muitos nos gramados... é algo que observo rotineiramente pois passeio com o cachorro duas vezes ao dia aqui pelo bairro, e normalmente ocorrem nessas situações.

A matéria do Fantástico é relevante ao ressaltar a importância de não desmatar a Amazônia. Agora, atribuir a seca atual do Sudeste a isso é apelação! Quer dizer que se voltar a chover normalmente no próximo ano significa que foi porque reflorestaram novamente? O Coutinho muito bem lembrou do padrão de escoamento de umidade, que foi diferente mas faz parte da variabilidade interanual, nada mais que isso (ver na figura abaixo, infelizmente não sei o autor): Quanto a tal previsão do tempo em 2050, não vi valores tão absurdos assim para máximas em 08 de junho, perfeitamente possível fazer 22 em Curitiba em junho e 37 em Cuiabá. Essa previsão do futuro tá bem mais light que uma que vi na Conferência de Mudanças Climáticas de 2007 em São Paulo que participei, lá tinha valores acima de 40, 45 para Rio de Janeiro, Teresina e uns 35 para Curitiba...

Os trechos acima são da sua fala, minha crítica foi encima dos trechos que destaquei em negrito. O tom foi de desdem/deboche sobre a questão de ser científico para ser mais bonito. Eu faço ciência, se outros não fazem não sei... só não generalize! Quanto a desconhecer estudos feitos sobre o frio usando MI você não é obrigado a saber se não for da área, conforme citei na outra mensagem, só não precisa desmerecer a importância na existência das estações em locais frios. E não se preocupe, estou calmo e numa boa, sem ressentimentos.

Capaz Carlos! Para nossa sorte temos gente muito melhor aqui (a turma que era BAZ premium é um dos exemplos)... minha mania de professor não me deixa quieto e me sinto na obrigação de compartilhar o pouquinho que eu sei! Espero que os artigos ajudem a esclarecer a existência dos estudos e a importância do monitoramento :good:

Em relação a parte que me interessa, pois fui um dos que falou da importância científica do estudo do frio (e senti que debochou de quem teve essa opinião), pergunto a você Moretão: és formado na área ou pesquisador? Me parece que não, pois se fosse da área (meteorologia, climatologia, geografia e afins) saberia que para fazer um estudo desse tipo é melhor e mais confiável ter uma série um pouco maior, portanto PNI ainda não tem esse banco de dados e não nos possibilita fazer um estudo mais aprofundado. Você também demonstra não ser da área por desconhecer uma infinidade de estudos sobre o frio que existem no país, inclusive usando dados do MI, Inmet e outros. Alguns exemplos: Trabalho do Ambrizzi sobre ondas de frio na América do Sul (com dados do Morro da Igreja) http://www.cbmet.com/cbm-files/12-2ab4cc58374c98b193f31a720d6f0416.pdf Onda de frio em São Paulo http://www.scielo.br/pdf/rbmet/v22n2/a09v22n2 Um clássico da meteorologia do frio no Brasil - a tese do Pezza orientada pelo Ambrizzi: ftp://www.iag.usp.br/private/adm/katia/teses/aca/d_alexandre_b_pezza.pdf Um estudo envolvendo dados da estação de Bom Jesus-RS: http://www.scielo.br/pdf/rbmet/v27n1/a10v27n1 Estudo das ocorrências de neve em São Joaquim http://www.cbmet.com/cbm-files/14-6ee79c7088572883d03e81a00ee2529e.pdf E aqui um achado: a dissertação do Rodolfo, colega que chamávamos de "abominável homem das neves" porque foi um dos poucos geógrafos a estudar o frio e a neve no Brasil, em 1997: http://pt.slideshare.net/Miojex360/a-ocorrencia-de-neve-em-planaltos-subtropicais Caso você seja da área, agradeço que compartilhe conosco suas ideias de estudos para uma estação que tem um pouco mais de um ano de funcionamento... Ps: Alan Hoffmann, aproveite esses artigos para o TCC, acho que não havia lhe passado!

Alguém pode confirmar essa informação de que a estação foi instalada na baixada do arroio que divide os 2 municípios? Se foi, tenho que concordar com o PH: a temperatura registrada vale tanto para esse ponto dos municípios de Soledade como também de FX. Veja bem, eu disse municípios e não as cidades (área urbana) de Soledade e FX. A temperatura não deve ter grande variação entre o lado esquerdo e direito do mesmo arroio...

Perfeito Vinicius, assino embaixo... tudo é uma questão de escala! E para que me entendam de uma vez: APOIO a caçada aos locais mais frios do Brasil para fins científico/turísticos, podem contar comigo! Apenas não apoio (mas respeito) disputas entre laranjas e bananas, só isso! Vou tentar enriquecer a discussão para que não seja o "tópico mais inútil" conforme o VitorVM alega. Na teoria seria o ideal o uso do marco zero, mas na prática é complicado porque cada cidade tem um padrão de crescimento a partir do marco: tem cidade que cresce em volta (como Curitiba) e outras se afastam do maro zero, virando aqueles bairros antigos com pouca verticalização, ruas estreitas e calmas. Existem fatores e escalas distintas influenciando nos dados das estações que devem ser considerados: Escala microclimática - uso do solo e seu albedo consequente (gramado, parque, asfalto, terra nua, concreto, edifícios, arborização). Segundo o Oke, tudo aquilo que se encontra abaixo da copa das árvores e telhados (canopy layer); Escala topoclimática - tudo que está acima dos telhados e copas de árvores até a camada limite urbana (urban boundary layer), além do relevo que pode ser plano ou ter vertentes voltadas para diferentes direções. Relevos com vertentes predominantemente voltadas para norte/noroeste costumam apresentar temperaturas mais elevadas. Acima da camada limite urbana temos a circulação regional predominante, gerada pelas massas de ar que atuam no momento. Nessa altura, que depende do tamanho da cidade e da altura máxima dos edifícios, o vento não sofre tanto o efeito da rugosidade urbana. Algumas imagens interessantes sobre o assunto: Perfil padrão da ilha de calor Circulação urbana Sky view factor e circualção microclimática

Primeiramente, agradeço a moderação por ter movido meu comentário para o tópico correto, desculpem por tê-lo postado no monitoramento. Segundo, agradeço a opinião de todos que comentaram meu post, inclusive os que não concordaram comigo. Terceiro: como eu disse, foi apenas um desabafo devido ao excesso de rixas e picuinhas nessa disputa de qual lugar é mais frio, que considero desnecessárias e tiram o mérito científico das estações. Concordo com todos comentários que disseram que "a estação é particular e coloco onde eu quiser", desde que o dinheiro tenha saído somente do seu bolso, assino embaixo. Volto a dizer que sou favorável a essa "caça" aos pontos mais frios do país, inclusive contribuí financeiramente para isso, porque vejo algo positivo em monitorar locais remotos para mostrar que desconhecemos nosso clima e necessitamos de melhores investimentos. O exemplo dado pelo Carlos Dias foi excelente em relação ao Posto Marcão/Resende-RJ e representa bem porque as picuinhas me incomodaram: dizer que aquele ponto é representativo de Resende implica em dizer que Resende tem o ponto mais frio do país, não que é a cidade mais fria do país. Simples assim. Infelizmente, tanto Inmet (Ministério da Agricultura) quanto Inpe (Ministério de Ciência e Tecnologia) já sinalizaram que a tendência natural é a diminuição da instalação das automáticas e a desativação das convencionais. Isso acontece por dois motivos: diminuição de gastos e aumento da resolução espaço-temporal dos satélites. Diferente dos membros do fórum que buscam os locais mais frios para instalar as estações, o Inmet usa como critério questões burocráticas,de segurança e até didáticas, não saíram procurando o lugar mais frio ou quente da cidade para monitorar, nem se preocuparam com topos ou baixadas. Grande parte das oficiais que conheço estão dentro do campus de universidades, unindo o útil ao agradável. Enfim, não vou me prolongar mais e nem quero polemizar além do que já se foi. Voltemos ao conteúdo, abraços sem ressentimentos!

As vezes me incomoda um pouco ver essa discussão toda sobre onde é mais frio, baixadas cuiudas, lugares habitados ou inabitados, etc... Minha opinião sobre tudo isso: acho super válido instalar as estações nos pontos mais altos, mas discordo em utilizá-los como representantes oficiais de região X ou Y. Explico: de que interessa registrar dados de locais sem pessoas VIVENDO senão para pesquisa? Digo isso porque bases militares são locais de TRABALHO, independente se os milicos dormem algumas noites ali. Esses dados representam uma área tão minúscula! Como o Carlos Dias citou, uns 80% devem ser fora da área urbana Seja uma cidade ou um distrito rural, a importância de se medir temperatura começa acima de tudo para se conhecer o clima de um local onde as pessoas vivem ou dependam dele: precisa ter a padaria que o Mafili bem citou, precisa ter casas, comércio, pessoas dependendo do local para viver, plantar, etc. E acho perda de tempo quem fica criticando que o Inmet divulgou temperatura X na sua cidade "mas na minha automática da baixada fez -Y" e desmerecer os dados oficiais só porque são "topinhos". Encarem a realidade, amamos o frio mas vivemos num país de clima predominantemente tropical! Os dados gerados pelo Inmet representam muito mais a realidade urbana que uma estação isolada no meio do nada no alto de uma montanha. Ou alguém acharia correto, por exemplo, usar os dados de uma estação no alto do Pico Marumbi, no meio da mata Atlântica, para representar e gerar previsão para Curitiba! Estações que geram previsão para uma cidade devem gerar valores esperados pelas pessoas dessa cidade, que estão vivendo no meio do trânsito, do asfalto e da ilha de calor, portanto não vejo problema na contaminação dos dados. Se lá no alto do Marcão ou Morro da Igreja só existe um local de trabalho (radar, base militar, etc) então a existência de uma estação, para mim, tem apenas valor científico e turístico, num esforço em demonstrar que valores meteorológicos extremos podem ocorrer em regiões conhecidas por apresentarem clima oposto (frio extremo do Itatiaia versus Rio 40 graus). Outro detalhe: ficar comparando uma estação que está 700 metros mais alta que a outra não entra na minha cabeça (PNI versus MI por exemplo). Ahhh Flavio, mas MI está mais ao sul! Sim, está! Então comparem estações na mesma latitude e mesmo altitude! Comparar bananas e laranjas em um ranking e ficar torcendo no GP JeanCharlier não faz o menor sentido! Desculpem o desabafo, mas fica a impressão que se instalou estações o mais alto que se podia só para dizer que um lugar é mais frio que outro, tirando todo mérito científico que isso pode ter! Paraná não teve nenhuma estação no ranking das médias? Será mesmo??? É possível, não temos estações acima de 1200 metros (a mais alta do Estado deve ser a de Inácio Martins).

Bah!!! Show de bola!!! MDF a todo vapor!!!

Tem essa aqui próxima:

Tem que colocar uma na área urbana para ter um parâmetro William! Alguma previsão de instalação?

Não se deixe enganar pelas cores e pela escala do gráfico meu nobre Caio! Não é tão grave quanto parece... E concordo com os amigos Vinicius e Mafili, o inverno só acaba em setembro...

Temperaturas em Curitiba nos últimos 4 dias: Montanha-russa! Fonte: Simepar

Exato Renan! Numa mapa dessa escala, locais mais frios como PNI ou mais quentes como Rio Claro, por exemplo, são apenas um ponto, pois são áreas pouco representativas. Tudo vai depender do tamanho do pixel (vulgo resolução espacial).

:good: Meu trabalho podia adotar esse sistema das 12h - 16h ao invés das 8h :sarcastic: Com certeza já devem ter postado isso por aqui, mas.. http://www.fernandohrosa.com.br/br/P/visualizando-o-clima-de-curitiba-e-porto-alegre-no-r/ Bem interessante a análise!! Interessante esse site Alan! Pode tentar essa análise em seu TCC!

Europeu mantém na sua 12Z este mesmo frio com 0/-1C sobre São Joaquim e levemente mais forte na serra do RS. Isso seria o frio com suporte mais intenso do ano até agora nesta região. Entretanto, o GFS 12Z vê algo bastante diferente. Ele concorda com a aproximação de uma MP, mas ela passa bem mais longe e o resultado disso seriam temperaturas até 6 a 7 graus mais elevadas do que o Europeu aponta! Ponto pró Europeu: a manutenção desta chegada da MP em diversas rodadas. Pró GFS: tem acertado constantemente todos os raspões polares que vieram este ano, seria apenas mais um deles o da semana que vem. E aí? Sugiro dar uma olhada no campo de 500 hpa para obter a resposta sobre qual dos dois tende a estar certo...A verdade é que todas as MPs quando passaram os ANdes tiveram seu status atualizado para Raspão Polar pelos modelos. Sugiro também que olhe a Madden-Julian para saber onde a chuva vai, consequentemente é ela que vai "limitar" o avanço da polar na retaguarda, principalmente se o bloqueio no Pacífico "travar" no modo frio...

Hedsgpa Concordo que existem alguns problemas na coleta, mas você não pode esquecer dos efeitos da ilha de calor urbana! A estação do Inmet fica no Centro Politécnico da UFPR e está instalada dentro dos padrões. Não se pode comparar os dados gerados ali com o de estações de baixadas porque é óbvio que os microclimas vão se sobrepor. No Politécnico na verdade temos 3 estações oficiais: convencional e automática do Inmet e automática do Simepar, todas no mesmo local! Outra fator a ser considerado é se os dados foram tratados, pois se não em engano os dados da automática do Inmet disponibilizados online são brutos! Enfim, uma série de fatores precisam ser considerados... :good:

Aviões em cruzeiro são bons indicadores de umidade em altos níveis caro Fred! E dependendo do vento lá encima os rastros podem se alargar, cobrindo uma boa área! Pena que uma turma conspiracionista atribue isso aos tais "chemtrails", o que nada tem a ver! Em Curitiba agora 12,1 pelo Simepar, com umidade caindo rapidamente, estando na casa dos 70% agora mas com boa chance de valores baixos durante a tarde. Usem filtro solar e Hidratem-se, não é só no verão que precisa beber água!

Flávio.....a resposta foi música aos ouvidos. Demanda-se muito tempo para ficar juntando esses caquinhos. Abraços E como demanda! Esses "caquinhos" mesmo eu comecei a juntar faz uns 4 anos! Mas dá para brincar bastante com esse gráfico para ver detalhes que as vezes passam despercebidos: O mesmo ocorre quando verificamos a temperatura em baixa troposfera sob a região polar ártica, que vinha caindo desde 1979 mas dá um salto a partir de 1996: Quanto a música aos ouvidos, no momento isso me soa um Bolero de Ravel: começo baixinho e vai aumentando e ficando intenso! :hi:

Artur, alguns pensam que os oceanos se comportam de forma separada no que diz respeito às grandes oscilações. Assim PDO em fase negativa [positiva] tem sua influência. Assim AMO em fase negativa [positiva] tem sua influência. Essa escola de pensamento cre que quando ambas estão em fase o efeito é multiplicado. Neste caso aguardaremos um resfriamento para os próximos 5/10 anos. Eitcha ...coisa enrolada. É o que venho comentando a tempos! Arrisco a dizer inclusive que o decréscimo do gelo no Ártico tem forte relação com a AMO, pois desde que esse índice ficou positivo em 1996 o gelo ártico desabou! Vejam como o último pico do Ártico foi em 1996 e depois disso... E como bem salientou o Mafili, daqui 5/10 anos a AMO negativa novamente e teremos AMO e PDO em fase negativa. Soma-se a isso nosso Sol por dois ciclos seguidos em baixa atividade (ciclo atual e o próximo)... a década de 2020 será emocionante em se tratando de frio!

LAAAAA NINAAAAAAAAAAA :rofl: :rofl: :rofl: :rofl: Sob o ponto de vista do erro de todos modelos dinâmicos e estatísticos é risível sim. Sob o ponto das causas do erros é uma situação sofrível e perplexa. Temos muito ainda para aprender. Abraços Assino embaixo caro Mafili! É interessante observar também a tendência de aquecimento de todos modelos no início do ano, que para agosto davam TSM em padrões positivos de Niño e agora apresentam outra realidade bem distinta. O que imaginar então da modelagem para 2100? Sem mais...

Ou seja...a altitude que comanda a festa...vide a Bolivia que está pouco se lixando com a latitude... Boa Carlos, eu não teria sido mais preciso!!! Aqui na capitar 24,9 °C e 45% de umidade! Tarde bela e agradável que termina :good: