Flavio Feltrim

Será???

Estava ontem mesmo vendo esses gráficos Anderson! Dá para ver que pelo menos até o momento o atual Niño está longe do evento de 97/98. Vamos ver quão mais forte ficará nos próximos dias depois desse boost nos westerlies... Essa subida na SOI a partir de abril no gráfico de 98 é o que espero para setembro/outubro esse ano.

Apesar da bela frente de rajada, passou sem grandes volumes de chuva aqui em Curitiba. Agora aqui temos 14.6°C segundo Simepar:

Curitiba agora, foto que tirei daqui de casa:

Aproveitando, segue um review interessante sobre ENSO: http://www.aoml.noaa.gov/phod/docs/ENSO_Revision.pdf

Sem dúvida vai dar um boost no El Niño esse westerly, vai de encontro com o que falei dias atrás sobre o aumento que ocorreria na TSM, principalmente nos Niños 1+2 e 3. Depois disso, não existe no horizonte nenhum outro alimentador para o Niño a caminho, o que favoreceria o mergulho da TSM pós julho pois muita energia está sendo gasta nesse processo atual. O patamar atual em comparação com o Niños anteriores nos permite ver que no momento estamos numa situação entre o Niño 2010 e o 97-98:

Quanto mais ciclones atuando na área, mais vão resfriar a água (e aquecer a atmosfera)...

Bom dia moçada! Aceitar um inverno sem muito frio deveria ser o normal e não o contrário: não esqueçam da latitude e clima que predominam na terra brasilis! Aqui em Curitiba agora temos 6.5°C segundo o Simepar e vindo de carro para o trabalho tive impressão de ver geada fraca nas baixadas!

ATENÇÃO GALERA DE CURITIBA e região metropolitana:fui procurado por uma jornalista da RPC (afiliada Rede Globo) para fazer uma reportagem com amantes do clima, principalmente caçadores de tempestades da região. Eles querem fazer algo para a primavera, querem conversar com quem gosta de fotografar e filmar as tempestades, quem tem estação meteorológica e site sobre o assunto. Assim, gostaria de convocar a turma da capital paranaense para pensarmos nessa possibilidade, não lembro todo mundo de Curitiba que está aqui mas peço que me ajudem a chamar: Carlos Campos, Nazar, J_Vicente, Rodrigo Sguario, etc. O que acham? Seria uma boa oportunidade de divulgação do fórum também! Mandem MP!!!

Sabe esses dois membros do ensemble japonês que mostram o evento mais fraco (linhas inferiores)? É neles que acredito: TSM sobe até o final de julho (principalmente Niño 1+2) e depois mergulha...

É provável que essa Kelvin vá sim adicionar mais calor, principalmente nas regiões 1+2 e 3 nos próximos dias, mas após essa explosão de energia acredito em uma queda expressiva da TSM nos mesmos locais. Enfim, ainda prefiro aguardar o término de julho...

Como havia conversado antes com o Mafili e Anderson, a região que chamo de "Niño 5" (piscina quente) deveria estar com a TSM mais fria para auxiliar na inversão dos alísios e levar as águas quentes para o meio do Pacífico, porém, se você observar a evolução da TSM nessa área nos últimos meses verá que o ápice de frio foi na altura de 20 de março e de lá para cá tem se aquecido. Outro detalhe é a grande área de as águas subsuperficiais frias que estão caminhando na direção da América do Sul, podendo emergir e diminuir as anomalias positivas que dominam a região equatorial... o tempo dirá

Sinceramente? Acho que chegou ao limite e até dezembro estará fraco ou teremos um neutro masculino. Mas como venho dizendo, prefiro aguardar julho acabar...

Sim! Esse é outro detalhe a ser comparado, as imagens podem render uma boa discussão

Montagem interessante que fiz para efeito comparativo. Destaquei algumas áreas pela semelhança, mas vale observar também outros detalhes como a diferença de gelo nos polos (parece maior em 2015). Bom para observar também a questão da piscina quente do Pacífico (minha amável região Niño 5). Na imagem de 1997 o gelo é representado pela cor laranja e em 2015 pela cor branca. E sim, tive o trabalho de recortar a imagem de 1997 para ficar parecida com a de 2015. Enjoy:

Olhando para certas regiões do Pacífico dá para notar que ainda é necessário que essas áreas resfriem bem mais para forçar uma diminuição considerável dos trade winds... vamos acompanhando. Exato Anderson! Essa área eu gosto de chamar de Niño 5 (área entre o norte da Austrália e Indonésia). Outro detalhe importante: o vagão de águas frias em subsuperfície (até 150 metros de profundidade) continua esfriando e caminhando lentamente na direção do bolsão quente da América do Sul. Acredito que ao final de julho as coisas podem ficar interessantes!

Ainda prefiro esperar o fim de julho para acreditar na possibilidade...

Mínimas de hoje até o momento no Paraná (até o momento porque alguns locais tiveram mínima após o horário habitual):

Nebulosidade frustando uma queda maior nos termômetros aqui em Curitiba. No momento temos 7.8°C com muita nebulosidade segundo Simepar, mas o vento que na madrugada toda soprou de leste está virando para sudeste, o que pode aumentar a advecção e manter a temperatura baixa durante o dia todo. Pelo visto não será a menor mínima do ano, mas com certeza a menor máxima!

Minha suspeita: a maioria das automáticas que conheço instala o sensor de temperatura entre 1,80m e 2 metros de altura, enquanto as convencionais estão com termômetros na casa dos 1,5 metros. Pode parecer pouco, mas em dias de domínio de ar polar com vento calmo, a cada 10 cm que você se aproxima do solo a temperatura cai consideravelmente! Por isso a mínima da convencional é menor nesse caso! O INMET COLOCA AS DUAS NA MESMA ALTURA, FOI ERRO MESMO, A DE S.JOAQUIM, NEM SE FALA!! E JÁ FAZ TEMPO QUE ALTERARAM A ALTURA DA CONVENCIONAL, AGORA É 1,70. E NÃO DARIA UMA DIFERENÇA TÃO GRANDE DEVIDO A 30 CM! É PURO E SIMPLESMENTE ERRO. Aqui no Politécnico em Curitiba, a automática do Simepar e a convencional do Inmet ficam lado a lado. Os termômetros do Inmet estão a 1,5m e o sensor do Simepar a 2 metros (eu tenho 1,80m e o sensor está mais alto que eu). Olha, ainda acredito que esses centímetros podem fazer a diferença sim, pois é possível termos 5 graus positivos no abrigo e zero na relva, uma diferença de 5 graus em uma distância tão pequena não pode ser desprezada...

Minha suspeita: a maioria das automáticas que conheço instala o sensor de temperatura entre 1,80m e 2 metros de altura, enquanto as convencionais estão com termômetros na casa dos 1,5 metros. Pode parecer pouco, mas em dias de domínio de ar polar com vento calmo, a cada 10 cm que você se aproxima do solo a temperatura cai consideravelmente! Por isso a mínima da convencional é menor nesse caso!

Assino embaixo J_Vicente! A mínima oficial em Curitiba hoje foi 0,6 Os dados oficiais de temperatura para Curitiba na realidade são muitos, pois temos várias estações medindo temperatura: temos Simepar e Inmet no Centro Politécnico, temos os dois aeroportos (Bacacheri e Afonso Pena) e as estações do IAP (a maioria mede poluição mais algumas medem temperatura também). Normalmente me balizo pelos dados de 3: Simepar, Inmet e Bacacheri para Curitiba, pois o Afonso Pena fica em São José dos Pinhais. E o mais interessante: as automáticas do Simepar e Inmet estão uma ao lado da outra!

Para ajudar:

Mínimas do Paraná segundo Simepar:

Núcleos de tempestade avançando pelo oeste do Paraná segundo radar do Simepar: