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Assino embaixo em sua análise Caio! Começo a ficar preocupado com a questão agrícola em muitas áreas do Brasil. O preço de vários alimentos já está inflacionado por problemas de quebra de safra, portanto talvez seja prudente quando forem ao mercado comprar um pacote a mais de café, feijão (que já está caro) e hortifrutis nas proximidades do evento.
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Mais especificamente se o índice estabilizar no patamar negativo ou começar a subir lentamente! De forma simplificada, a AAO é um índice que mede a movimentação dos ventos de oeste (westerlies) entre o polo e os trópicos, no nível de 700 hPa. As vezes os ventos são mais intensos dos trópicos para os polos; nesse caso estão alimentando o crescimento do gelo na Antártica levando ar quente para lá (ar mais quente e úmido sobre os polos = mais precipitação de neve e formação de gelo). Isso é quando a AAO está positiva. Quando a AAO negativa os ventos passam a soprar do polo para os trópicos; é quando abre a porta da geladeira. Diminui a produção de gelo nos polos e favorece a saída de massas polares para os trópicos. Resumindo: AAO positiva favorece o aumento do gelo na Antártica, AAO negativa favorece a saída de ar polar em direção aos trópicos. Aí é só ter circulação favorável (ciclones) no círculo polar para puxar ar frio na direção dos trópicos... Complementando, quanto mais baixo ( menor altitude ) é aferida o valor de pressão 700 mb entre os trópicos e o polo, mais negativo é o índice AAO, modificando os pesos na "gangorra barométrica " e causando as anomalias na movimentação dos ventos de oeste na referida altitude, como o Flavio Feltrim falou. Muitíssimo bem lembrado Danilo, obrigado! Não é fácil simplificar e sempre corremos o risco de generalizar ou faltar detalhes importantes!
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Mais especificamente se o índice estabilizar no patamar negativo ou começar a subir lentamente! De forma simplificada, a AAO é um índice que mede a movimentação dos ventos de oeste (westerlies) entre o polo e os trópicos, no nível de 700 hPa. As vezes os ventos são mais intensos dos trópicos para os polos; nesse caso estão alimentando o crescimento do gelo na Antártica levando ar quente para lá (ar mais quente e úmido sobre os polos = mais precipitação de neve e formação de gelo). Isso é quando a AAO está positiva. Quando a AAO negativa os ventos passam a soprar do polo para os trópicos; é quando abre a porta da geladeira. Diminui a produção de gelo nos polos e favorece a saída de massas polares para os trópicos. Resumindo: AAO positiva favorece o aumento do gelo na Antártica, AAO negativa favorece a saída de ar polar em direção aos trópicos. Aí é só ter circulação favorável (ciclones) no círculo polar para puxar ar frio na direção dos trópicos...
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Por enquanto ainda pouca ou nenhuma resposta do padrão da AAO. A esperança continua... A AAO ainda está em queda e a resposta só começa a vir quando ela para de cair (estabilizar). Enquanto estiver caindo ou subindo indica transição entre padrões, portanto, se ela estabilizar nesse patamar bem baixo é que teremos a resposta! Vejam bem esse gráfico: a AAO está em queda desde 15 de junho!!!! Não é o fato de estar negativa que favorece o frio apenas... não a toa, muitos aqui acham que o frio forte só foi até aquele evento do dia 12-13/06 e de lá para cá tivemos frio "normal"!
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Análise de Performance de Modelos
Flavio Feltrim replied to Rodolfo Alves's topic in Ciências Naturais
A julgar por essas imagens, o CFS foi ótimo com as temperaturas (tirando um equívoco na Argentina em abril). Para a chuva, foi melhorando ao longo do ano mas ainda sim não foi ruim! Parabéns pelo levantamento Rodolfo! -
Como o Marcos já relatou, houve a junção entre as Américas Central e do Sul através do istmo do Panamá, devido ao movimento tectônico das placas que compõem a região. Antes disso, havia uma comunicação entre as águas do Atlântico e Pacífico nessa área e segundo registros paleoclimáticos, os Niños teriam começado apenas após essa junção, interrompendo o fluxo de correntes oceânicas no local. No livro "El tiempo y el clima" de Javier Martin-Vide ele relata com mais detalhes o assunto: http://www.casadellibro.com/libro-el-tiempo-y-el-clima/9788449700804/912382
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Sim, Flávio. A titulo de acompanhamento, estou apenas mencionando as condições atuais de algumas variáveis que são relacionadas com o fenômeno ENSO, que serão atualizadas ao longo de dias, para acompanhar o "andar da carruagem", e traçar algo realmente conclusivo, mas apareceu o Mafili e tirou uma da minha cara...rs. Deixei para ele completar a frase, logo acima. Outro detalhe: é interessante os erros que cometem, e é de empresa grande, quando tentam sequenciar a ordem de resposta oceano-atmosfera ou vice-versa. Algumas teorias caem por terra, quando são observadas as práticas, principalmente na região do atlântico. Danilo, acho que entendi diferente o comentário do Mafili... penso que assim como eu, ele apenas confirmou/complementou as informações que você destacou. Como ele costuma ser sucinto (ou curto e grosso, como queiram), acaba sendo mal interpretado.
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O acoplamento oceano-atmosfera sempre teve um delay de alguns dias nessa região do Pacífico. No nosso caso (Brasil), dependendo da área (sul, sudeste, nordeste, etc) o delay varia de 1 a 3 meses. Resumindo: essa queda para acentuada da TSM em 3.4 vai começar a ter reflexos por aqui após 15 de agosto...
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Exato Coutinho!!! Desenho sinótico previsto para o dia 16/07, percebam que o que se apresenta ao sul do Chile é uma forte baixa e não uma alta (seta vermelha): Já do lado do Atlântico, ao invés de uma grande baixa teremos uma grande alta, responsável pelo ar frio que a baixa ao norte impulsionará. Comparada ao dois eventos de frio anteriores, é como se tudo tivesse se deslocado para leste, como a MJO!
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Valeu Rodolfo! Tive que preparar isso para usar em aula no mês passado, pois os alunos perguntavam porque o padrão de circulação estava tão propício ao frio naqueles dias e essa foi uma das explicações que mostrei. Aí essa semana resolvi observar a circulação atual para comparar e lembrei desse material. Mas deixei claro também que existem inúmeros outros fatores, como por exemplo a ondulação dos jatos e AAO negativa...
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Na figura que postei acima dias atrás, destacava a anomalia de pressão em 500 hPa entre América do Sul e Antártica, próxima da costa do Chile, como uma das responsáveis pelos bons e constantes eventos de frio que tivemos no final de abril e meados de junho. Essa alta, sincronizada com uma baixa no Atlântico, impulsionava ar polar direto para o sul do Brasil. Na figura abaixo, vejam o desenho sinótico parecido nos dois eventos e a área de alta indicada com a seta vermelha, coincidente com a anomalia de pressão em 500 hPa que destaquei com o quadro verde na figura anterior: A imagem de cima para o dia 28/04 e a de baixo para 11/06, pouco antes dos eventos de frio! A situação sinótica atual não tem sido favorável a frio constante como nesses dois eventos anteriores porque estamos sem essa anomalia de alta pressão no sul do Chile, favorecendo apenas os eventos fortes e curtos...
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Tempos interessantes mesmo... os dados são mensais? Em caso afirmativo, que ano e mês é aquele após 2015 com valor baixo destacado? Mensagem de 04 setembro de 2014. Pois é, Flávio. A resposta foi janeiro de 2017. Apenas recordando..... Bela lembrança! A tendência parece caminhar para esse desfecho de -0,7... veremos!
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Exato. Os Ensembles (GEFS, EPS, GEPS) trabalham com médias ponderadas, e mostram o quão confiável está a saída do operacional determínistico (GFS-ECMWF-CMC). Se uma saída do determínistico está em desacordo com o Ensemble, indica que a saída do determínistico não apresenta confiabilidade em tese. Sempre é interessante bater os dados dos dois tipos de modelos, para a atestar a instabilidade dos modelos. Perfeita explicação! A saída do determinístico que destoa do ensemble é o que chamamos de outlier...