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Brasil Abaixo de Zero

Vinicius Lucyrio

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Everything posted by Vinicius Lucyrio

  1. O problema não é a transição em si, mas o quanto você repete isso. É cansativo. Você pode participar normalmente sem repetir a mesma coisa 500 vezes.
  2. Caco, faz 1 mês que você está falando em transição verão-outono, uma hora ele virá, calma, todos já entenderam.
  3. Vou repetir: o que define as nossas estações climáticas é o regime de chuvas. Não necessariamente temos 4, lembre-se a parte seca da primavera. Quando me sobrar tempo, eu faço um estudo sobre isso.
  4. Concordo. Em janeiro tivemos características de primavera plena, com calor seco e chuvas irregulares. A característica marcante do verão no Sudeste é justamente uma maior nebulosidade associada a umidade que chega da Amazônia (coisa que vem acontecendo), abafamento mas com calor menos extremo que na primavera e chuvas relativamente regulares. Se formos pensar por essa lógica de que, só porque as temperaturas baixaram um pouco a "transição para o outono" começou, o que dizer de 2012? Foi outono em janeiro e o verão começou em fevereiro? E 2013? Não teve verão? --- Em Itajubá, mais uma manhã de céu nublado e faz 19,6°C. A mínima foi de 18,7°C e deve chover mais tarde.
  5. Mas no INMET a máxima foi de 33,9°C na automática e 35,2°C na convencional... Jaguarão teve 34,8°C, Dom Pedrito 34,3°C, São Gabriel 34,2°C e Livramento 33,8°C.
  6. Pelos volumes previstos, o risco de mantém para Itajubá, Piranguinho, Olegário Maciel, Santa Rita do Sapucaí e em menor escala Pouso Alegre. ECMWF dá 90-100mm em 24h para o dia 16, e altos volumes também para cidades mais pra cima da serra.
  7. Só em alguns dias, Victor. A sensação de incômodo é maior mesmo sob o sol, pois na sombra é quase sempre bem agradável. O sol a 850 metros de altitude judia muito. Sobre as diferenças entre Itajubá e Matão, sem dúvidas. O calor em Matão é muito mais presente em qualquer época do ano, e sempre mais intenso. No inverno, o sol começa a baixar e a temperatura já despenca. É bem comum ter quedas de 10/12°C em menos de 2 horas próximo do pôr do sol, e as noites são mais frias em Itajubá do que em Matão - não tanto pelos extremos, que são parecidos, mas pelo tempo em que a temperatura permanece baixa. Só que da mesma forma que a temperatura cai absurdamente ao anoitecer, a temperatura sobe muito rápido entre as 7 e as 9 da manhã. A estação da Unifei fica no campus, no setor oeste, e é baixada. As mínimas devem ser prejudicadas pelo lago que fica próximo à estação.
  8. Creio que o que deverá impedir a baixa de tropicalizar, caso venha a acontecer, é o cisalhamento muito alto, sem falar que ela estará mergulhada em ar mais frio (apesar da sopa do Atlântico). Vamos acompanhando.
  9. Itajubá-MG (Unifei) em Janeiro/2019 - 4ª maior média de máximas desde a instalação da estação em abril de 2010; - 4ª maior média de mínimas; - em termos de máxima, só não supera 2015 (aquele foi alienígena, com 8 marcas acima de 34°C e 4 acima de 35°C seguidas) - em termos de média compensada, o 2º mais quente da série atrás apenas de quem? Isso mesmo, janeiro de 2015.
  10. Matão-SP em Janeiro de 2019 - 3º mês mais quente, considerando a média simples, desde o início dos meus registros em 2008 (26,8°C) - 5ª mais alta média de máximas - maior média de mínimas de toda a série - 2 dias figuraram entre os 10 mais quentes da série em janeiro, considerando as máximas:
  11. Entre a noite de terça (12) e a noite de quarta (13), o litoral paulista e fluminense podem ter problemas com a chuva intensa potencializada por alguns fatores: água superficial do oceano muito quente, avanço de sistema frontal e orografia. Pelo modelo ECMWF, a atenção maior fica para o litoral norte de SP e sul do RJ durante a manhã e a tarde do dia 13. Em apenas 24h, pode chover entre 100 e 200mm nessas regiões. Entre a tarde e a noite, a chuva forte pode atingir a RMRJ. Alguns dias a frente, a atenção se volta ao interior de SP e sul de MG, que com a formação da ZCAS podem ter acumulados expressivos em poucos dias, especialmente entre os dias 14 e 17. Com um olhar mais atento à bacia do Rio Sapucaí, em especial o Alto Sapucaí, algumas rodadas sugerem a chance de extravasamento do rio devido a altos acumulados nas cabeceiras do Sapucaí e afluentes, o que pode colocar cidades do alto e médio Sapucaí em situação ruim.
  12. Máximas de ontem nas estações do Ciiagro: 41,1°C Iepê 40,3°C General Salgado 40,3°C Promissão 40,1°C Indiaporã 40,1°C Santa Salete 40,0°C Aparecida d'Oeste 40,0°C Colômbia 40,0°C Nhandeara 40,0°C Tupã 39,7°C Nova Granada 39,7°C Valparaíso 39,4°C Ourinhos 39,3°C Ipaussu 39,1°C Cardoso 39,1°C Palmital 39,0°C Estrela d'Oeste 38,9°C Barretos 38,9°C Guaraci 38,8°C Herculândia 38,8°C Igarapava 38,7°C Andradina 38,7°C Jales 38,7°C Piratininga 38,6°C São Simão
  13. Interior de São Paulo hoje: 40,7°C Iepê (Ciiagro) - medida instantânea, a confirmar 39,8°C Ourinhos 38,9°C Votuporanga 38,8°C Valparaíso 38,6°C Barretos 38,3°C José Bonifácio 38,1°C Dracena 37,9°C Rancharia 37,6°C Barra Bonita 37,5°C Ariranha 37,2°C Pradópolis 37,0°C Bauru 37,0°C Ibitinga 37,0°C Registro 37,0°C São Miguel Arcanjo 36,9°C Piracicaba 36,7°C Bebedouro 36,7°C Presidente Prudente 36,6°C Ituverava 36,4°C Sorocaba 36,1°C Itapeva 36,1°C Marília 35,9°C Cachoeira Paulista 35,6°C Casa Branca 35,6°C Taubaté 35,4°C Avaré 34,4°C São Carlos Capital e RMSP: 36,3°C São Paulo (IAG/Usp) 35,9°C Barueri 35,6°C São Paulo (Mirante de Satanás Santana) 34,0°C São Paulo (SESC Interlagos)
  14. Eu diria que há boas chances de quebrar esta marca já no dia 01/02. No dia 02/02, pelos dados de hoje, eu daria como praticamente certa a quebra do recorde.
  15. Até ontem: Uruguaiana: 677,2mm Quaraí: 568,8mm Alegrete: 504,8mm Santana do Livramento: 454,0mm Só pra citar algumas. Metade sul, em especial o oeste do RS, estão com máximas abaixo da média sim mas é devido à maior cobertura de nuvens, e da chuva excessiva, que é consequência da circulação anticiclônica predominante sobre o Sudeste, parte do Paraná, SC e MS, numa época em que chega muita umidade da Amazônia. O centro-sul está tendo um janeiro histórico por diversos aspectos. Se isso não for histórico, eu não sei mais o que é.
  16. Janeiro de 2019 está literalmente I N S U P O R T Á V E L aqui no centro-norte de São Paulo. As noites estão muito mais abafadas que o normal para a época - normal é estar 23/24°C por volta de 21:00, e amanhecer com 19/20°C, mas chega 21:00 e ainda tem feito 29/30°C, e amanhece com 21/22°C, mas com a temperatura acima dos 25°C na maior parte da madrugada. Ontem foi um dia tórrido: variação de 22,2°C a 37,0°C aqui em casa. As médias parciais estão em 20,5°C/33,3°C, com anomalias de +1,8/+3,5 em relação às médias de 2008-2018. Pela projeção que fiz, deve terminar em 20,5°C/33,9°C, e janeiro ganharia um lugar especial no pódio dos meses mais quentes que já registrei: Entre amanhã e sábado, a alta em 500mb responsável pela maior parte do calor advectado para SP se afasta para oeste e se desagrega, ao mesmo tempo em que um cavado no mesmo nível ganha protagonismo. A temperatura deve ficar mais amena e o tempo instável, mas o alívio será curto pois um novo anticiclone em 500mb se aproxima a partir de domingo, se estabelecendo sobre o continente entre o sul de GO e região Sul, então quase todo o Centro-Sul do país estará sob sua influência. O resultado: um novo pico de calor, mais intenso que o atual em grandes áreas. As rodagens de hoje e ontem do modelo ECMWF sugerem máximas em torno de 38/40°C no norte e oeste de São Paulo nos dias, 30, 31/01 e 01/02. Deve passar de 37°C em uma região bem ampla. Vamos acompanhando.
  17. Fiz um estudo, somente a título de curiosidade, sobre as médias anuais simples da estação do IAG, em São Paulo capital. Consegui detectar um aquecimento iniciando a partir de 1957-1958. O método que utilizei para esta detecção, a priori, foi por olho mesmo, olhando o gráfico abaixo: Calculei as médias móveis em intervalos de 15 anos (escolhi este intervalo arbitrariamente), a partir de 1947, e então calculei a diferença entre a média móvel de 15 anos de um ano X pela mesma média do ano X-1. Além da diferença simples, calculei a diferença "acumulada". Cheguei no gráfico abaixo: "Mas por que você não calculou a diferença ano a ano e depois a diferença acumulada?" Os dados de um ano para o outro estão sujeitos a oscilações de alta frequência, o que atrapalha uma análise de longo prazo. Então, é preferível passar um filtro para minimizar essas oscilações. Os dados estão todos ali, só estão agrupados pois a variação interanual, neste caso, não é o foco. Se tirarmos qualquer efeito do aquecimento (causado tanto pela urbanização quanto pelo desequilíbrio do efeito estufa), teríamos o seguinte: Os anos mais frios seriam: 1933: 17,8°C 1968: 18,0°C 2004: 18,1°C 1962: 18,1°C 1951: 18,2°C 1943: 18,2°C 1964: 18,3°C 2008: 18,3°C 1942: 18,3°C 1956: 18,4°C E os mais quentes: 1961: 20,1°C 2002: 20,0°C 1940: 19,9°C 1959: 19,9°C 2015: 19,8°C 1977: 19,8°C 1984: 19,6°C 1963: 19,6°C 2014: 19,6°C 1958: 19,6°C
  18. Infelizmente... ao menos a parte das temperaturas acima da média estava certa. A atmosfera é caótica demais!
  19. Matão-SP (Vila Pereira/Casa) em 2018 Considerando apenas a minha série de dados, desde 2008: - Março teve a maior média de mínimas desde o início da série. Passou os 19,3°C de 2014; - Junho também teve a maior média de mínimas desde o início da série, passando os 12,9°C de 2013; - Agosto, em compensação, teve a segunda menor média de mínimas, atrás dos 10,3°C de 2013; - Maio teve a segunda maior média de máximas, praticamente empatado (atrás por centésimos apenas) com 2014; - Junho a mesma coisa; - Julho teve a maior média de máximas disparado, destruindo a marca anterior de 27,0°C em 2016; - Agosto teve a segunda menor média de máximas, atrás apenas de 2009 que teve 25,9°C; - Dezembro teve a maior média de máximas também, passando os 31,6°C de 2016; - Mínima absoluta da série em maio: 2,9°C. A anterior era 4,8°C em 2016; - Mínima absoluta da série em dezembro: 11,5°C. A anterior era 12,8°C em 2011; - Maior mínima em junho: 18,2°C. A maior anterior era 17,4°C em 2016; - Máxima absoluta em dezembro: 38,1°C. A anterior era 37,8°C em 2012. Itajubá-MG (Unifei)
  20. Realmente chocante o recorde de calor em Florianópolis, com uma baita folga! A tendência é de que a alta em 500mb, que hoje encontra-se sobre o estado de SP, com influências desde o Centro-Oeste até o Sul, perca sua força nos próximos dias, o que traz condições de maior umidade para parte do Sudeste. Esse alívio não deve durar muito, uma vez que um novo sistema de alta em 500 estará ganhando força a partir do dia 6, invadindo o continente pelo leste no dia 7 e ampliando sua influência nos dias 8, 9 e 10. Dias 8 e 9 o calor deve ser bastante intenso, até mais do que o apontado pelos dados brutos dos modelos, em SP, MG e RJ. Em virtude de sua circulação, haverá advecção de ar muito quente para a região Sul já no dia 7, e espera-se calor muito forte e potencial perigo para exposição prolongada no período da tarde, especialmente no litoral sul de SC; apesar do destaque ser o litoral sul de SC, todo o estado, grande parte do RS e PR devem sofrer com as altas temperaturas. Não somente as tardes, mas as noites também podem ser bastante desagradáveis. Para o dia 10, o modelo ECMWF chega a apontar temperaturas acima de 27°C no nível de 850mb sobre áreas de planalto no Sul, condizente com temperaturas que podem beirar ou mesmo passar de 30°C mesmo no INMET de São Joaquim. Neste mesmo dia, aquecimento rápido e intenso logo pela manhã, e temperaturas que podem chegar a 42°C (ou passar) na região de Criciúma, Urussanga e Tubarão. RM de Porto Alegre também está inclusa.
  21. Quanto a janeiro, os modelos NMME, CFS e CanSIPS apontam uma tendência de temperaturas dentro a acima da média em especial na faixa leste e litorânea do Sudeste e também no sertão do Nordeste, muito devido à anomalias positivas nas águas do Atlântico próximas a costa. Ao mesmo tempo, espera-se chuvas acima da média em todo o Sul, MS e SP, e sul de MG. Em quase todo o estado de MG, norte do RJ, ES e porções de GO e TO, chuvas dentro a abaixo da média. Pelas anomalias de T850 apontadas pelos modelos, o ingresso de ar quente e úmido da Amazônia será predominante e pode haver formação de ZCOU ou ZCAS pouco mais ao sul do que o normal ao longo do mês, além de alguns episódios de calor mais intenso principalmente no litoral desde SC até RJ. Em fevereiro, anomalia positiva de Z500 (altura geopotencial do nível de 500mb) sugere a presença de anticiclone neste nível sendo condição predominante, até um pouco mais forte que o normal. Como impacto, as chuvas seriam mais por convecção livre e isoladas, não necessariamente fracas e escassas, mas que tornaria o regime de chuvas do mês irregular. As anomalias apontas, em geral, são negativas no Sudeste (principalmente sul de MG e RJ). Pela atuação mais proeminente da ASAS, os alísios se fortalecem e por isso a ZCIT fica mais intensa, com chuvas acima da média no norte do Nordeste. Em relação às temperaturas, mesmo perfil de janeiro quase sem alterações. Em março, provável que tenha temperaturas dentro do normal na maior parte do país, com episódios de calor mais intensos na faixa litorânea. A chuva tende a ser acima da média na maior parte do Sul e em SP, em especial no sul e oeste do RS que pode ter anomalias importantes. Na faixa litorânea norte do Nordeste, pode chover mais que o normal, e o contrário ocorre no interior, e se acende um alerta por apontar-se anomalias negativas durante a quadra chuvosa (os modelos sugerem continuidade nesta tendência para abril e maio). Na Amazônia, tendência a chuvas abaixo da média na maior parte da região.
  22. Com a tendência de continuidade do aquecimento, toda e qualquer notícia de que o ano seguinte deve ser o mais quente da história tem viés de alarmar a população, uma vez que é quase óbvio. Eu já fui completamente descrente da teoria do aquecimento global, mas a explicação física do fenômeno é tão simples que me convenci que estava errado. Só que há uma coisa que poucas pessoas sabem: o aquecimento na superfície é diferencial, então algumas regiões aquecem muito mais que outras, e algumas podem até ter resfriamento. A questão é que quando se integra todas as anomalias a tendência é positiva.
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