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Brasil Abaixo de Zero

Especialistas dizem que tornados são comuns no Brasil


Luis Calebe Paglioza
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Estudos Climáticos - 05/01/2005 - 02:29:09

Especialistas dizem que tornados são comuns no Brasil

 

Tribuna da Imprensa

 

Até recentemente toda criança brasileira aprendia na escola que o Brasil era livre de terremotos, furacões e tornados. A realidade, no entanto, não é assim. Se os furacões são raríssimos - só se tem notícia de um e ainda assim há controvérsias -, o mesmo não ocorre com os outros dois fenômenos. Todos os anos o Brasil é sacudido por milhares de pequenos terremotos e atingido por tornados de todos os tamanhos. Os que atingiram Criciúma, em Santa Catarina, na segunda-feira são apenas mais dois exemplos.

 

Um tornado é uma coluna de ar girando violentamente a partir de uma nuvem de tempestade (cúmulo-nimbo) e vista como um funil escuro. Ele se forma em regiões quentes e úmidas, como o centro-sul do Brasil no verão.

 

"Numa escala local, é o mais destrutivo de todos os fenômenos atmosféricos", explica a meteorologista Ana Maria Gomes Held, do Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet), da Universidade Estadual Paulista (Unesp). "Seu vórtice, com algumas centenas de metros de diâmetro, gira normalmente no sentido horário no Hemisfério Sul, com velocidades entre 160 e 480 quilômetros por hora".

 

Divisão

 

Apesar de serem comuns no Brasil, é inegável que há a impressão na população de que eles são raros e só começaram a ocorrer com mais freqüência recentemente. Os especialistas, no entanto, se dividem quanto a essa questão. Para alguns, os tornados sempre foram de fato comuns no Brasil, apenas não eram, e ainda não são, muito vistos.

 

É o caso do doutor em meteorologia Reinaldo Haas, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). "No Brasil, as nuvens estão muito próximas do solo, o que dificulta a visão de longe dos tornados", diz. "Por isso, muitos não são vistos. Nos EUA, ao contrário, as nuvens na região onde eles ocorrem são mais altas, o que facilita a observação do fenômeno".

 

A coordenadora-geral do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), Maria Assunção da Silva, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), também acha que os tornados estão apenas sendo mais vistos - e não aumentando de número. Mas a explicação dela para esse fato é diferente da de Haas.

 

"Na medida em que vai aumentando a população e diminuindo os espaços vazios do Brasil, os tornados passam a ser mais vistos", diz. "Os mesmos motivos os levam a atingir com mais freqüência áreas habitadas, o que faz com que eles sejam mais noticiados".

 

Para Ana Maria, da Unesp, no entanto, a freqüência dos tornados no Brasil, não só em Santa Catarina, está aumentando, embora ainda não haja explicação para isso. Ela cita alguns casos registrados pelo IPMet da Unesp. "Um deles ocorreu em 30 de setembro de 1991, na região de Itu", conta. "Depois, veio outro, em 14 de maio de 1994, que causou grandes danos em Ribeirão Preto".

 

Não foram os únicos. Um dos mais intensos ocorreu em 25 de maio de 2004, em Palmital, próximo de Assis. "Por volta de 14 horas, um tornado provocou o deslocamento de um ônibus com mais de 50 trabalhadores que cortavam cana na área, causando 2 mortes e ferindo os demais", diz Ana Maria.

 

"No mesmo dia, em torno de 17 horas observou-se um outro tornado, próximo de Lençóis Paulista, na região de Bauru, que resultou em grande destruição aos canaviais da região".

 

Temporais

 

O agrometeorologista Hilton Silveira Pinto, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é outro que diz que o número de tornados está de fato aumentando no Brasil. Ele não tem número específicos sobre o fenômeno, mas vem acompanhando desde 1985 a ocorrência de temporais no Estado de São Paulo, dos quais podem surgir tornados.

 

Segundo seus registros, a média de temporais vem crescendo. "Entre 1985 e 1992, era de 12 a 14 por mês, entre dezembro e fevereiro", conta. "Hoje essa média é de 15 a 17".

 

Ele atribui esse crescimento ao aumento da temperatura, principalmente nas cidades. "A urbanização aumenta a poluição, que por sua vez eleva a temperatura em até 3 ou 4 graus", explica. "Com o calor aumenta o número de tempestades e, por conseqüência, de tornados".

 

Fonte: http://agenciact.mct.gov.br/index.php?action=/content/view&cod_objeto=22758

 

sds

 

___________________________________

 

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FATO INTERESSANTE, AQUI EM JOINVILLE OCORREU UM TORNADO EM 2003 , EU NAO SABIA ATE ESSE ANO, MAS MEU PROF DE CLIMATOLOGIA VIU ,E OCORREU BEM NA UNIVERSIDADE UNIVVILLE ,VENTOS FORTE, NA SEMANA RETRASADA UMA TEMPESTADE DE GRANIZO ATINGIU JOINVILLE ,COM FORTE INTENSIDADE , UMAS DAS AMIORES DOS ULTIMOS ANOS , MUITAS CASAS FICARAM COM O TETO QUEBRADO ,O PREFEITO ATE DECLAROU ESTADO DE EMERGENCIA EM JOINVILLE . OUTRAS CIDADES DA R.M. DE JOINVILLE TB FORAM ATINGIDAS

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