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Brasil Abaixo de Zero

loepa

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Everything posted by loepa

  1. Depois de dias muito agradáveis em Conservatória, estou de volta à minha casa, tenho um pequeno resumo meteorológico dos dias que passei por lá, levei um termômetro com sensor interno/exerno e medi máximas e mínimas em todos os dias, só colocarei dos dias inteiros (sábado, domingo e segunda), sábado: mínima de 15 graus e máxima de 19 graus, domingo: mínima de 15 graus é máxima de 23 graus, segunda: mínima de 16 graus e máxima de 22 graus. Temperaturas medidas no sensor sempre à sombra e bem protegido, aqui em casa só uso o interno pois não há bom local para exposição externa. As condições atmosféricas foram essas: céu encoberto com momentos de garoa por toda a tarde/noite de sexta-feira (com rajadas de vento à tarde), céu encoberto com momentos de garoa por todo o sábado e chuvisco à noite, céu encoberto a nublado no domingo (à noite, por duas horas, limpou tudo e apareceu uma bela lua, mas depois fechou denovo), céu encoberto, passando a nublado e depois a parcialmente encoberto na segunda, céu parcialmente claro a parcialmente nublado hoje (até o começo da tarde). A região é muito bonita, tranquila, e tem um clima excelente, bem diferente aqui do Rio de Janeiro onde o homem destruiu completamente o clima original da cidade. Vou tentar colocar fotos aqui, tirei mais de 50 (faz mais ou menos 15 anos que fui lá pela última vez), mas não garanto nada. Na cidade do Rio "a" frente fria de abril pelo visto levou pau de janeiro nas máximas (vergonhoso), a abertura no tempo salvou as mínimas que mesmo assim foram modestíssimas (em 2006 já havia descido mais que este ano até o fim de abril), as chuvas foram insuficientes, no Inmet a média é de 137 mm e só choveu pouco mais de 40 mm em abril, um índice desastroso, mas nada surpreendente, pois desde que a Georio surgiu em 1997 NENHUM mês de abril alcançou a média histórica de 137 mm NO local do Inmet (que não tem encosta, este ano em geral nem encostas chegaram neste nível), não surpreende porque o índice ficou dentro da média errática registrada nos meses de abril mais recentes (após 1996), dentre todos os meses do ano abril foi o que sofreu maior queda de chuva entre 1961-1990 e os dias de hoje, era o segundo mês mais chuvoso do ano, neste ano está o segundo mais seco até agora.
  2. Já estou em Conservatória, saí do Rio no começo da tarde e peguei uma pancada moderada na Dutra entre SJM e Nova Iguaçu, depois só garoa, aqui em Conservatória garoa e para desde que cheguei à tarde sem molhar embaixo das árvores (deve ter sido de 2 a 5 mm), e faz um friozinho que não sinto a mauito tempo, 17 graus no termometro que eu trouxe, ventou à tarde. No Rio pelos dados da estação do Maracanã perto de casa choveu um pouco mais mas mesmo assim bem pouco, eu tambem não acreditava nas previsões de chuvarada, pelo que vi rapidamente na Georio choveu mais nas encostas, foi a típica frente de abril como eu esperava, quase sem atividade chuvosa no interior.
  3. Aqui no Rio amanhece nublado depois de ventar ontem a noite e fazer calor durante o dia de ontem, daqui a pouco vou para Conservatória e quando voltar falo como ficou o tempo por lá, a mais recente previsão da UFRJ não dá nenhuma chuva para lá, só um pouco fraca entre segunda e terça, de qualquer jeito se chover será muito pouco mesmo, a temperatura promete promete ficar muito agradável, até mais!
  4. A diferença entre ontem e hoje é a seguinte: ontem havia algumas nuvens baixas e nenhuma alta, hoje há poucas nuvens altas e nenhuma baixa, a temperatura hoje subiu mais do que ontem, a estação Vila Militar está sem funcionar, as estações Maracanã e Lagoa superaram a máxima de ontem, e até Niterói foi acima de 34 graus, a dúvida agora fica se teremos já as primeiras pancadas amanhã ou na sexta. Apesar dos vexame das temperaturas desta primeira frente (que pode levar surra até de janeiro), certamente outras mais fortes virão depois, espero que este inverno não repita o ano passado com ausência de "frio" em julho e agosto. Como eu já falei, vou para Conservatória na sexta, para lá espero um pouco de chuva fraca no dia da chegada e talvez no sábado e depois nublado com aberturas e fresco, esta será minha segunda vez na cidade, a primeira foi quando eu era criança e nem me lembro o ano mas foi no verão, ficou na memória que no dia da viagem caiu uma tempestade aqui no Rio, o ônibus que me levou só saiu no final da noite (era para ser começo da noite) e chegamos lá na alta madrugada, o trânsito estava péssimo e havia bairros sem luz aqui na cidade do Rio e na Baixada Fluminense.
  5. O feriado foi bem "xoxo" aqui, sábado e domingo foram dias feios, cheios de muitas nuvens/névoa mas sem chuva na maior parte da cidade, só ontem tivemos um sol decente, mas hoje entramos de cabeça no chamado pré-frontal, contrastando com toda a instabilidade que dominou por vários dias e trouxe até chuvas isoladas (embora sem provocar chuva no meu bairro onde não chove desde o dia 9), hoje o ar está seco e por isso há muito poucas nuvens no céu agora no meio/final da tarde e a temperatura subiu mais em relação aos últimos dias com níveis de verão (mas a sensação não está muito alta, parece menor do que a real temperatura), máximas até agora de 33,5 graus na Vila Militar, 34,8 graus no Maracanã, 33,2 graus na Lagoa Rodrigo de Freitas (INMET), em poucos dias de operação deu para ver que a estação da Lagoa é bem menos amena que a de Niterói, talvez porque existe uma barreira de prédios entre a lagoa e o mar, em passagens pela ZS já vi uma vez dando em média 35 nos relógios da lagoa e 28 nos da Vieira Souto. Sobre esta frente fria uma coisa é certa: ela vai chegar, mas tudo mais ainda é incerto, no tocante à chuva já vi este tipo de frente, primeira do outono, passar desde praticamente seca e só com queda de temperatura (2001 eu me lembro porque ela chegou logo depois da minha mudança de endereço) até com bastante umidade e volumes grandes de chuva nas encostas mas somente moderados na maior parte da cidade (2006, acho que todos lembram bem e foi em abril mesmo), mas a última vez que uma frente destas de outono trouxe volumes grandes e generalizados acho que foi em 1990 (alguns recordes de abril são daquele ano), quanto à temperatura, estou sem expectativa alguma, em janeiro deste ano houve 1 dia com máxima entre 22 e 23 graus na maior parte da cidade, esta frente, numa expectativa OTIMISTA, irá igualar esta marca, e, acho que todos concordam comigo, IGUALAR O "FRIO" DE JANEIRO NO FINAL DE ABRIL É MEDÍOCRE E PATÉTICO. As mínimas só serão menores que as de janeiro/fevereiro (18 a 20 ao nível do mar numa de fevereiro) se abrir um pouco o tempo depois da frente, caso contrário poderia até ser mais fraco, resumindo: em termos de temperatura, espero um vexame.
  6. Hoje eu estive em Botafogo, onde presenciei uma tarde típica do outono carioca, ao 12:00 ainda havia um certo abafamento no ar (pouco), mas ao longo da tarde os ventos do mar formaram muitas nuvens bem baixas e inofensivas e a temperatura caiu um pouco com forte sensação de frescor nas rajadas de vento, agora aqui no meu bairro na zona norte há mais nuvens médias e umas altas que parecem "coladas" no céu, por não aparentarem ter profundidade. Muito interessante o Breno ter colocado o resultado da saída de um modelo, no sentido de nos provar que ainda vai demorar muito tempo para que possamos confiar neles, esta previsão de 20 dias seguidos de chuva em maio é insana, nossa atmosfera não suportaria tal condição nessa época (e talvez nem no verão), as temperaturas baixas prolongadas também são duvidosas, até agora só podemos confiar bem na frente fria do dia 27 que vem sendo prevista de forma consistente por todos os modelos que olhei, vou para Conservatória, no centro-sul do estado, no dia previsto para sua chegada (27/04), mas como a cidade fica bem para dentro, afastada das cadeias costeiras, a chuva deve ser fraca e durar pouco lá, como tipicamente acontece com boa parte das frentes de abril de provocar mais chuva nas baixadas litorâneas e menos chuva após a primeira grande barreira orográfica, conveniente lembrar a frente fria de abril de 2006 (dia 17 tb se não me engano), na encosta de Teresópolis na serra dos Órgãos choveu mais de 200 mm, no centro entre 70 e 80 mm, e no distrito interno de Bom Sucesso entre 5 e 10 mm, todas no município de Teresópolis. Isto se reflete dentro da própria cidade, no caso de 2006 mais de 200 mm no Sumaré e mal 20 mm em Irajá devido ao nosso intrincado relevo. Se eu estivesse indo para Angra ficaria preocupado. Acrescento que tal fenômeno decorre do fato que de abril até a primavera boa parte das chuvas é frontal, provocada por advecção de umidade do mar (gerando nuvens pouco profundas que são facilmente bloqueadas pelas serras mais altas e descarregam muita umidade na linha de serras litorâneas), entre janeiro e março ocorrem mais chuvas por convecção, nuvens profundas que facilmente passam por estas barreiras e geram até mais chuva no interior como em janeiro de 2007 (700 mm em Cordeiro bem longe das encostas e menos de 90 mm nas praias cariocas), a atuação da Zacas igualmente gera nuvens maiores. Hoje, na mais nova estação automática do Inmet (Lagoa Rodrigo de Freitas), a máxima ficou na faixa dos 27 graus.
  7. Concordo, também tenho esta impressão, mas na verdade as máximas caíram bem mais do que as mínimas entre o final do verão e agora, com isso nossas casas ficam mais frescas e temos a impressão de maior alteração nas mínimas, segundo dados do SBGL a mínima só caiu em média 1 grau entre o verão e agora e as máximas de 2 a 4 graus, até porque este verão foi fraco em noites quentes, a maior mínima foi de apenas 26 graus e a média da mínima ficou em torno de 22 a 23 graus nos 3 meses (JFM), nada muito abaixo da média, mas abaixo dos 2 anos anteriores que tiveram no mínimo um mês com média superior a 23 graus e mínima mais alta de 28 graus. Estes dados se referem ao Galeão, dentro da ilha de calor de certos bairros a média será maior e em outras áreas (Afonsos), menor. Ao Rodolfo: que ano foi mais chuvoso aqui na cidade, 1982 ou 1983?
  8. Faz algum tempo que acompanho as temperaturas no sul do Brasil, percebi que durante o verão não raramente algumas praias do sul registram máximas mais baixas que a serra, um caso específico é Santa Marta, onde tem o farol, reconheço que os dados são esporádicos e nem sei a fonte deles, mas nunca vi passar de 30 graus lá; então pergunto ao Ronaldo, conhecedor do clima local: é possível passar de 30 graus no Cabo de Santa Marta? Existe registro de tal? É correto dizer que é mais raro fazer 30 graus lá do que em SJ (sabendo que em ambas é muito raro)? Aqui no RJ a diferença entre praia e cidade pode ser enorme, num fim de tarde de verão com mar frio e brisa pode estar 24 graus no Arpoador e 36 em Bangu, mas aqui sempre tem alguns dias no ano que chega a 30 graus na praia, embora sejam bem menos frequentes que no resto da cidade, mesmo não existindo dados na parte litorânea da cidade é possível estimar com segurança até pelas minhas visitas.
  9. Tempo parcialmente nublado agora no Rio, ontem à noite eu vi vários relâmpagos ao longe, o Inmet registrou chuva (mas pouca coisa) em Xerém, Arraial do Cabo e Macaé entre ontem e hoje, o tempo tem sido instável durante esta semana na cidade e estado, mas aqui no meu bairro contra todas as expectativas não cai um pingo de chuva desde o dia 9 de abril, mais de 10 dias, isto me causa surpresa pois as chances de chover foram várias neste período, no final do mês o tempo vai mudar para valer, mas acredito que antes disso vai ter uma chuvinha isolada, até cairia bem um bom bloqueio atmosférico, mas a época mais favorável para bloqueios vai de julho a setembro e entre o meio e o final do verão, poucas vezes fora deste período. Não me entendam mal, eu adoro tempestades (e lamento a perda de intensidade das mesmas nos últimos anos, apesar de beneficiar os moradores de áreas de risco, eles não deveriam estar lá, e um dia quando uma violenta vier pode ser bem pior porque a população já desacostumou e muita gente desconhece os riscos de uma chuva extrema), mas também gosto de um bom bloqueio bem seco, só não gosto de tempo normal, para mim qualquer anomalia vale a pena: calor, frio, chuva, seca... pode mandar.
  10. Hoje a madrugada foi toda com momentos entre céu nublado e parcialmente nublado, no começo da manhã o sol aparecia entre nuvens e segue assim até agora, não houve nenhum sinal de chuva aqui na região do Maracanã e Aldeia Campista, mas como eu vi uns carros molhados passando no começo do dia deve ter chovido um pouco não muito longe (como Grajaú), a temperatura estava amena no começo do dia e agora está um ventinho, tenho a impressão que aqui é mais fresco que na estação do Inmet do Maracanã pois normalmente sinto menos do que marca lá, meu bairro é uma região com muitas casas e alguns prédios isolados. Maracanã: mín 24,4 e máx 30,8 até agora, 0 mm chuva. Se tiver novidade ainda hoje eu volto, acho difícil.
  11. Noite está agradável, vi virga no começo da tarde de hoje mas depois abriu, deve ficar instável nos próximos dias, o Rio de Janeiro tem uma característica interessante de menor definição entre estação seca e chuvosa, a estação seca aqui é "menos seca" e a estação chuvosa é "menos chuvosa" que no interior, no inverno as frentes frias passam pelo mar e deixam um pouco de chuva aqui (mas depende do ano, em 2004 julho foi bom mas ano passado julho e agosto foram um fracasso além de quentes), no verão todo aquele excesso de chuva que as vezes tem no interior é bem mais raro raro aqui, tanto que desde 1997 só uma vez a cidade toda passou de 200 mm em um mês (janeiro de 2003). Rodolfo, você tem dados pluviométricos do Rocha desde quando até quando? Uma vez vc falou que não era contínuo e que não tinha os anos de 82 e 83, mas a poucos dias vc citou 83 que foi um ano chuvoso com mais de 2000 mm :?: Vc dispõe de registros da maior chuva em 24 horas e mensal?
  12. Eu entendo o que o Inmet fez, no caso específico de Bangu a estação não foi simplesmente fechada como aconteceu com outras, antes disso ela foi destruída por vândalos e depois o Inmet resolveu fechar, o Inmet hoje escolhe instalar suas estações em áreas consideradas mais seguras para mininimzar os prejuízos e a descontinuidade dos dados, uma zona militar é menos sujieta a ação de arruaceiros do que as outras, como o estado não fornece segurança não há nada mais que se possa fazer, infelizmente muitas vezes é a qualidade dos dados que sai perdendo neste processo, como no caso a PÉSSIMA localização da estação central (Praça Mauá), que por estar dentro do próprio prédio do Inmet tem uma enorme vantagem em segurança. Estou esperando uma atmosfera mais condizente com o outono, a temperatura não é mais de verão (ontem mesmo fez 19,9 graus de mínima na Vila Militar e as máximas tambem não estão altas), mas ainda há um certo abafamento na atmosfera que ainda é de verão, toda esta instabilidade sem nenhuma frente fria não é o que se espera para a época, hoje as nuvens pipocaram muito cedo. Espero ansiosamente pelos dias frescos, ensolaradaos e estáveis, que só devem chegar em maio, após a primeira frente fria típica de outono do ano.
  13. Poxa, sei que já disseram, mas chove bastante aí na sua cidade, creio que no sul/sudeste do Brasil a quantidade de chuva no litoral está intimamente ligada à proximidade com as montanhas litorâneas, de SC até o sul do RJ elas ficam bem próximas do mar na maior parte das vezes, e as chuvas são abundantes, aqui na cidade do Rio de Janeiro as serras são mais fragmentadas deixando a chuva ireegular e criando algumas zonas de "sombra de chuva" onde gerlamente chove menos de 1000 mm por ano, e ao norte daqui na Região dos Lagos as serras se afastam muito do mar, lá temos o trecho litorâneo mais seco do sudeste e um dos mais secos do Brasil onde costuma chover entre 700 e 800 mm por ano mas já chegou a chover menos de 400 mm nos piores anos.
  14. A frente fria passou pelo mar sem maior influência no continente, apenas aumentou a umidade ontem e hoje comparado com anteontem, segundo o Inmet choveu bem fraco na Vila Militar (3 mm em 2 horas), mas foi bem isolado, e a temperatura caiu para 23 graus no meio da tarde por lá, aqui perto do Maracanã, onde não choveu nem ameaçou, a temperatura caiu menos, para 26 a 27 graus também na estação do Inmet, a tarde termina com poucas nuvens e sem chance de chuva na cidade, não teremos influência de sistemas significativos nos práximos 7 dias, mas o tempo não vai ficar firme porque haverá bastante umidade com chance de chuva isolada e geralmente fraca em algumas tardes mas não em todas. Oficialmente falando a chuva do Engenho de Dentro pode ter sido a maior, pois a estação era do Inmet, no caso de Irajá não era, mas considero o dado de Irajá confiável, embora sem efeito oficial. Antigamente o Inmet tinha em seu site uma relação de todas as estações (ativas e fechadas), existiam várias estações na cidade do Rio como Penha, Pão de Açucar, Engenho de Dentro e outras, mas depois da mudança no site esta relação de estações foi excluída. Mas em média o site melhorou, as novas estações automáticas abrem a possibilidade de ver dados em tempo real, algo que nunca existiu no Inmet.
  15. Todo carioca já aprendeu que não adianta nada olhar para o tempo na cidade de São Paulo e tentar prever como vai ficar aqui, mas existe uma correlação bem mais forte entre nossos eventos e os eventos do LITORAL do estado de São Paulo, muitas vezes olhando para o tempo nesta porção do estado de SP, mais precisamente no litoral NORTE, temos uma prévia do que chegará aqui, alguns dos nossos maiores eventos de chuva começaram lá, dois exemplos são 1971 e 1996, em AMBOS há registros GENERALIZADOS de chuva entre 150 e 400 mm em 24 horas por toda a região entre Caraguatatuba (SP) e Angra dos Reis (RJ) pouco antes de começar aqui, mas como sabemos, apesar da grande semelhança entre os eventos de 1971 e 1996 até chegar na cidade do Rio de Janeiro, tudo mudou depois, pois em 1971 os danos se concentraram nos subúrbios, e em 1996 nas zonas sul e oeste. Até em eventos muito menores noto esta relação (claro que não é uma regra mas as vezes vale), em Caraguatatuba a maior chuva deste verão foi no dia 11 de fevereiro, a mesma que logo depois seria a maior deste seco verão aqui no Rio também.
  16. A enchente que afetou Jacarepaguá e grande parte da zona oeste e também a sul (a Lagoa Rodrigo de Freitas teve um de seus maiores transbordamentos) foi em 1996, em fevereiro, foi o último evento de grande gravidade na cidade e a última vez que foi decretado estado de EMERGÊNCIA pela prefeitura (1998 houve Alerta Máximo, um degrau abaixo, e 1988 Calamidade Pública, em degrau acima, e depois de 98 nada além de alerta comum), 1996 foi bem abrangente mas concentrado mesmo nestas encostas com algumas exceções como Bangu, em Ubatuba (SP) choveu mais 300 mm, aqui na cidade em Bangu choveu 188 mm na estação do Inmet em 24 horas (no caso de Bangu não fica na vertente sul), mas os danos no Parque da Tijuca e Jacarepaguá foram impressionantes, o que sugere que pode ter chovido muito mais do que registraram os poucos pluviômetros em pontos isolados, acho que foi parecido com o de 1971, com chuva extrema numa área limitada (só que outra área), há relatos de chuva de 123 mm por hora e de fato a destruição na Floresta da Tijuca foi sem precedentes como a completa destruição do Açude da Solidão por uma avalanche de lama, neste caso de 1996 choveu bem menos na zona norte, no Maracanã na hora que o Rio transbordou só chovia fraco e não havia chovido forte, foi bizarro, tudo pela carga que caiu na nascente. Em Bangu foi a segunda maior chuva da história, sendo superada somente pelos 246 mm em 26 fev 1971.
  17. Aparentemente a frente fria está sofrendo um bloqueio sobre o litoral paulista, choveu mais de 100 mm em Iguape na tarde hoje, mas deve nos alcançar com menos chuva, o céu está com poucas nuvens agora, que tal uma boa notícia: li reclamações aqui que o Inmet só faz fechar estações no Rio, pois desde hoje está disponível para consulta em tempo real (de hora em hora) no site do Inmet os dados das mais novas estações automáticas do Inmet (são duas) na cidade do Rio de Janeiro, Maracanã e Vila Militar, a chegada destas estações é muito bem vinda. As 20 horas estava 25 graus na Vila Militar e 27 no Maracanã, aqui perto.
  18. Realmente, sempre ouvimos como referência dos grandes temporais no Rio sobre as chuvas de 1966 e 1988 (e em terceiro 1967), mas 1971 nada, acredito mesmo que na época deve sim ter repercutido bastante, como não poderia deixar de ser em um evento tão extremo, li uma mensagem antiga do Breno dizendo não ter achado matéria sobre a chuva de 1998, mas na época a divulgação foi enorme, saiu um caderno inteiro sobre a chuva chamado "cidade submersa" com mais de 4 páginas inteiras, acho que no JB, mas em todos os jornais foi grande o destaque, olha que nem foi das maiores (aqui foi feio, a maior que lembro bem, mas as pré-1990 foram muito piores, falam horrores de 1988 e 1966, mas eu era muito pequeno em 88 ), sei que a repercussão das chuvas de janeiro de 1998 foi muito maior do que a de janeiro de 2006 (2006 não chegou aos pés de 1998 mesmo aqui, foram horas seguidas de chuva forte em 1998 e no dia anterior já havia chovido forte), mas mesmo assim hoje a chuva de 1998 caiu no esquecimento.
  19. Novamente agradeço agora o Breno e ao Rafael dos Santos, a frente fria está entrando, o vento mudou e já está um pouco mais fresco, acho que abril vai ser um mês de frentes frias, igual ao ano passado quando a maior parte dos dias tinha influência de frente fria ou de circulação de umidade, acho que as chuvas não serão intensas mas ficarão mais frequentes. Agora, Rafael dos Santos, que mensagem você apagou :?: Eu não vi.
  20. Agradeço pela disponibilidade de me fornecer os dados, muito obrigado mesmo (também a saudação do Rafael), mas ainda me intriga muito que o episódio de 71, sendo tão mais intenso, não tenha entrado para história da cidade, sei que em 88 o maior problema foi o excesso de chuva ao longo do mês, mas parece que não houve um evento de extrema intensidade em pouco tempo. Hoje o tempo mudou por aqui, o ar ameno dos últimos dias deu lugar a um mais seco e quente, um evidente efeito do pré-frontal, a nitidez do céu está ótima e dá para ver a serra de Teresópolis com uma definição muito boa e pouco comum.
  21. Só umas últimas palavras, acho que já terminei de ler o fórum todo desde outubro de 2006, concordo que nem 1% das chuvas aqui são "de verão", falo da minha região, já que outras regiões segundo o Breno pode ser mais frequente como ele de fato mostrou, mas aqui as chuvas "de verão" não repondem nem por 50 mm da chuva anual, agora fiquei numa dúvida, para mim a pancada de jan 2006 (dia 27) só ocorreu porque havia chegado uma frente fria, não foi chuva de verão, chuva de verão não é tão organizada. Tambem concordo com as reclamações (unânimes) sobre a péssima qualidade das previsões para o Rio no verão principalmente, é uma falta de respeito com nossa inteligênica falar em acerto de 80% (me engana que eu gosto) quantas vezes neste verão não tivemos previsão de "temporais", nem chegou perto de cair, se somarmos toda a chuva de jan/fev/mar e compararmos com a soma do que foi previsto 1 DIA antes pelos principais centros, vamos ver que as previsões multiplicaram por mais de 3 a chuva, por elas já teríamos perto de 800 milímetros no ano. A realidade é: tem bairro que não chegou a 200 mm (S.Crist) e no máximo não muito acima de 400 mm somando 3 meses e meio! Os maiores erros foram em janeiro, quando insistiam com altos volumes na capital mas eles só chegavam nas serras e no norte.
  22. Depois de toda esta apresentação, deixa eu falar um pouco tempo, né? Os últimos dias foram particularmente agradáveis aqui, acho que entramos de cabeça no outono (mas ainda sem ar polar e friozinho que chega só no fim de abril/maio), hoje por exemplo o sol foi forte mas não senti calor por causa do vento e as noites estão muito agradáveis, só na segunda caiu uma pancada um pouco mais forte mas mesmo assim foi muito pouco, nem 10 mm na estação mais próxima, mas tenho a impressão que abril não vai chegar na média de chuva que é 137 mm (a segunda maior do ano o que não entendo), mais deve chegar perto. Andei lendo mais do fórum e vi algumas informações sobre a chuva de 88, a de 1971 eu pude ver no Simej que choveu quase 340 mm em Irajá, foi mesmo só em 6 horas?? Fantástico para o local (até no Sumaré seria, desde 1997 não aconteceu). Me expliquem porque em 1971 não aconteceu uma tragédia se choveu tanto assim. Pelomenos nunca li nada sobre uma "enchente de 71". Impressionante mesmo, imaginem, desde 1997 a maior chuva MENSAL (31 DIAS) em Irajá foi 285 mm em dez 2001, mas em fev de 71 choveu MAIS DE 300 MM EM 6 HORAS!!!!! :!:
  23. Uma boa noite para todos, já faz uns dias que descobri esta comunidade e hoje efetivei meu cadastro: sou morador da região da Aldeia Campista, sub-bairro próximo ao Maracanã, e é claro que andei lendo boa parte da "conversa" que rolou aqui nos últimos meses, gostei muito do perfil dos participantes e da troca de informação, e me impressionei com a quantidade de dados do Rodolfo, é louvável manter uma observação pessoal por tanto tempo numa cidade onde, se quisermos saber dados de eventos de chuva na era pré-Georio, sofremos para conseguir alguma coisa e muitas vezes não chegamos a lugar algum. O verão seco foi um dos temas que dominou os comentários aqui, e de fato este verão teve muitas peculiaridades, em janeiro as temperaturas estiveram amenas na maior parte dos dias e mesmo quando fez calor passou muito longe dos recordes, mas o fato mais surpreendente foi a chuva, aqui na capital a chuva parecia aquela que cai de julho a setembro, só que muito mais frequente, choveu tantas vezes mas tão fraco que nem assim chegamos na média, mas na Região Serrana, Norte Fluminense e até na seca Região dos Lagos as chuvas bateram recordes, em Cordeiro foram quase 700 mm na estação do Inmet, um valor excepcional e que talvez seja o recorde absoluto, só nos primeiros 5 dias já choveu mais de 320 mm, em Nova Friburgo os deslizamentos foram generalizados e as perdas grandes, também notável foi Campos dos Goytacazes, cidade relativamente seca, sem influência orográfica, ultrapassar a marca de 400 mm mensais de chuva resultando na pior cheia desde 1966 na cidade, e até Arraial do Cabo (automática) com 200 mm não deixa de ser incomum já que a média mensal não chega a 100 mm mesmo durante estação chuvosa desta cidade normalmente a mais seca do estado, no sul Resende (Inmet) também passou de 400 mm, muito estranho em janeiro tanta chuva ao redor e só chuvinha aqui, não acham? Seria a temperatura da água do mar a causa? Pode ser, porque no começo do mês entrei (e saí NA HORA) no mar mais gelado da minha vida no dia 7 de jan, mas espero saber a opinião de vocês. Em fevereiro (quase) tudo mudou, o excesso de chuvas no interior virou pó e choveu pouco ou dentro do normal na maior parte do estado, apesar disso a capital teve o que considero a única CHUVA de verdade do ano entre os dias 11 e 12, mas que só foi suficiente para que o mês chegasse na média, que por sua vez não é nada elevada em torno de 100 mm, a temperatura média de fevereiro ficou dentro do esperado para o mês mais quente do ano, mas novamente sem marcas excessivamente elevadas, apesar de alguns dias amenos antes do carnaval quando se iniciou a "grande estiagem", março chegou árido, com chuva abaixo da média em todo o estado e temperatura acima da média superando inclusive fevereiro que normalmente é o mês mais quente, conclusão: na capital o verão foi seco, défcit de chuva muito grande somando jan/fev/mar (90% culpa de mar), no interior a seca começou em fevereiro mas choveu tanto em janeiro que o verão terminou acima da média em muitas cidades, aqui na capital a temperatura do verão acabou dentro da média (1 mês abaixo, outro dentro e o terceiro acima), uma ausência notável neste verão foram as mínimas elevadas, não tivemos nenhuma mínima acima de 26 graus nos aeroportos, quando é normal ter pelomenos 1 dia com mínima entre 27 e 29 graus, vamos ver este outono como se comporta, ano passado choveu bem no outono apesar de ter sido irregular (não na cidade toda). Desde já gostaria de solicitar alguns dados, caso seja possível, por parte do Rodolfo, desejo saber se ele tem dados referentes aos grandes eventos de tempestade históricos em 1966 e 1988 na cidade do Rio de Janeiro, já procurei muito, mas não achei quase nada (só sei que em fev de 1988 choveu em torno de 470 mm no centro, uma região onde volumes de tal magnitude são extremamente raros por não haver barreira orográfica), eu também gostaria de saber se tem dados dos meses de inverno entre 1993 e 1995, pois neste período lembro de uma raríssima tempestade de inverno com alagamentos e tudo, mas nunca achei nada sobre o volume de chuva neste evento. Me responda se pode me fornecer os dados aqui mesmo, caso contrário eu entro em contato por e-mail. Agradeço desde já.
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