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Brasil Abaixo de Zero

zeocit

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  1. Um outro avanço significativo ao entendimento do assunto, e não somente o confronto de egos transfigurado em confronto de idéias, seria começarmos a explicar os dados, gráficos, equações, argumentos etc. que expomos. (Tenho o leve pressentimento que, pelo menos às vezes, sequer se sabe realmente o que está se postando). Assim talvez finalmente possamos nos libertar da tirania dos ciclos, que acometam até mesmo o humor e as discussões bazistas.

     

    abs

  2. Eu também acho que o Luiz não respondeu a nenhuma de minhas colocações, respondendo apenas ao significado literal dos termos como se os argumentos fossem elementos isolados entre si. Também acho que é a lógica intelectualista que opera por trás destas respostas, que consiste em um jogo de palavras com o intuito de demonstrar a erudição do gênio criador. Uma das formas de não assassinar o sentido real do texto, aquele produzido pela síntese de todos os seus elementos, é não responder a seus fragmentos, já que, como nos ensina o manual de filosofia básica, "o todo não é a mera soma das partes".

     

    A maneira mais clara e explícita de se fazer entender é explicitar o sentido do que se quer dizer através de enunciados lógicos. (Não que eu seja um grande lógico, muito pelo contrário, nunca me arrisquei e não pretendo me arriscar visitando o núcleo de lógica do departamento de matemática).

     

    O que quero dizer é muito simples.

     

    Um: O clima de Curitiba aqueceu.

    Isso é uma premissa. Porém, é uma premissa baseada em experiência concreta, isto é, não se trata de postulado filosófico. Na verdade, seria até mesmo lícito afirmar que, muito mais do que mera premissa, trata-se de uma evidência, um axioma, um fato inexorável e indiscutível baseado pela observação e pela estatística.

    Escólio: Essa premissa pode ser observada em qualquer registro climatológico da cidade, seja qual for o referencial (estação).

    Escólio 2: Esta premissa não trata do que ocorre "abaixo" de Curitiba. Isso pois este discursante não se interessa tanto pelo que ocorre "abaixo" de Curitiba.

    Escólio 3: Poderíamos, com base nas observações, ampliar a primeira premissa para uma certa região em torno de ctba, até mesmo todo o leste do Paraná ou várias regiões do Paraná - como têm observado o grande César Duquiniano e o falecido (no BAZ, claro) Alex, que observaram o mesmo padrão de aquecimento nas estações do SIMEPAR.

     

    Dois: Isto não se deve exclusivamente à urbanização.

    Também é uma premissa baseada em experiência concreta. Alguém com um grande conhecimento técnico sobre urbanização, de preferência um meteorologista, poderia fazer um estudo sistemático e rigoroso sobre o aquecimento de Curitiba, confirmando ou refutando esta premissa, e de preferência explicando o fenômeno do aquecimento, enunciado em "Um" (Mas talvez seria pedir demais para a invejável ciência tupiniquim.)

     

    Três. Não se pode explicar, ainda, este fenômeno com base em nenhuma teoria de macroescala.

    Escólio: Como não tenho conhecimento técnico em meteorologia, poderia fazer uma definição amadora de "macroescala" a partir de uma definição exclusivamente empírica (insuficiente), e até mesmo subjetiva (perceptível): teoria de macroescala seriam as teorias de alcance global que buscam (ou pretendem) produzir previsões de alcance global.

     

    A partir desta terceira premissa e de seu escólio, define-se estas teorias como ciclos ou aquecimento global, que, aliás, mais me parecem mitologias ou verdadeiros sistemas de valores feitos ideologia política.

     

    Minha total descrença para com as "grandes teorias", sobretudo quando se baseiam mais em modelos teóricos do que em observação empírica, se dá pelo tal "caos", que eu preferiria dizer "princípio da incerteza" que torna bastante discutível qualquer teoria que pretenda explicar tudo o que ocorre num sistema com alguns trilhoes de trilhoes... de partículas. Como não sou físico ou meteorologista, preciso entender tal tentativa através de uma analogia para meu campo de especialidade, as ciências sociais: nenhuma teoria, por mais sofisticada que seja, é capaz de explicar a razão das interações de 6.8 bilhão de seres humanos. Para tanto, é melhor produzir recortes analíticos e explicar partes delimitadas deste imenso sistema. As "grandes teorias" sempre tem lacunas significativas que as impedem de explicar com rigor e acuidade os fenômenos particulares, isolados, "microscópicos", isto em qualquer campo do conhecimento.

     

    abraços anti-intelectualistas

  3. Pô, a minha assinatura sumiu. Meu blog não é assim tão nefasto, pessoal. E eu não tenho dinheiro ou disposição para divulgá-lo ativamente por aí... é útil e agradável usar as assinaturas, e-mails etc. pra isso. São aqueles bons princípios de difusão e de troca que constituem a razão de ser da Internet - e da economia em geral, sem isso cada patoca seria um mundo isolado (e sem graça; olhe que o BAZ já é "isolado demais").

     

    De volta à assinatura; aqueles que fazem mau uso dela que sejam punidos e execrados pelas autoridades competentes e sintam todo o rigor da Lei.

     

    abraços jurídicos

  4. Em Curitiba parece mais típica infiltração marítima do que frente fria. Não choveu, não houve aquela típica situação pré-frontal e não houve queda brusca na temperatura. Eu até achei que a frente só tinha empurrado o bloqueio permitindo o saudoso vento E entrar em ação... e as condições são precisamente essas.

     

    Mas na verdade eu estava com saudades de tempo oceânico. A falta de sol faz um bem ao espírito deste homo sapiens. Faz 12 graus agora, com sensação típica de infiltração marítima de outubro, o que é bom - em outubro (poderia ser tempo úmido e 8 graus).

  5. O BAZ segue a lógica dos ciclos até na falta de cumulatividade de conhecimento das discussões: elas sempre se repetem, com os mesmos argumentos, ciclicamente, sem fim... Até as idas e vindas do cacella.

     

    Sustentar um argumento de plena normalidade para o caso dos (azarados) moradores paranaenses é submeter-se a um sério dilema, ou melhor, a uma espécie de purgatório auto-induzido... então todos os anos e invernos que tivemos até agora (PR) são nada mais que a "normalidade", então não há motivo para "reclamações", porém, deve-se acatar sem concessões o argumento de que não há inverno no Paraná, ou, pelo menos, que há invernicos, já que é normal o período de inverno climático ser dominado por 40-50 dias de bloqueios (e talvez isso seja otimista para 2002 e 2005). Ao mesmo tempo, então como reclamar de 2005 ou 2006?

     

    O dilema poderia ser descrito da seguinte maneira:

     

    Primeiro argumento

     

    Premissa 1) o clima não mudou e está como sempre foi

    Premissa 2) as anomalias registradas são efeito de médias

    2.1) Mau feitas (falha de registros, estações, anotadores, posição etc.)

    2.2) Que "não representam a realidade" (seja por serem "parciais" seja porque na baixada do Sr. Schmitz faz frio, o que prova que não aqueceu.)

    Premissa 3) os invernos atuais (digamos, após 2000) estão dentro da normalidade.

    Conclusão: não há inverno, tal como se imaginava, no Paraná.

     

    Problema: essa coerência lógica não é bem prática... na verdade, se este bloqueio "de duas semanas" tornar-se o típico bloqueio dos junhos pós-2000, a lógica, na prática, vai ser a seguinte:

     

    Segundo argumento

     

    Premissa 1) o clima não mudou e está como sempre foi

    Premissa 2) idem

    2.1) idem

    2.2) idem

    Conclusão (3) O inverno atual está horrível, não teve inverno, que horror, deus nos salve;

     

    Precisamos de um postulado ad hoc p/ dar um sentido à lamúria:

     

    3.1) Na verdade, tudo está como sempre foi, porém trata-se de um ciclo quente (?) - e que irá se reverter - (dizem os técnicos da NASA com o tal mínimo solar*), de modo que teremos o "velho clima de volta" (?) em algum lugar do futuro (que, espera-se, seja 2007, assim como esperou-se em 2003, 2004, 2005 e 2006).

     

    * O mínimo solar, que deveria ocorrer entre 2004 e 2007, foi prorrogado para 2025...**

    ** Espero que todos os bazistas estejam vivos para verificar ou refutar a tese...

     

    No ano passado, para os paranaenses, até parecia que os ciclos haviam sumido, já que a lamúria foi total... mas eu diria que está tudo normal, é apenas a expectativa pelo frio ideal que "cega a percepção". A vida dos conservadores é muito difícil...

     

    Particularmente, acho mais simples, e certamente menos estressante, colocar como premissa (1) o seguinte: o clima mudou. O padrão apresentado entre 1995-2006 e 2001-2006 é diferente do que se verificou no século XX. Vão ver que, magicamente, os postulados vão bater com os fatos. O cérebro vai derreter menos, e o corpo vai produzir menos radicais livres. Para nós, pobres paranaenses, é claro. Daí, é só não atribuir uma razão ao aquecimento - isto é, esquecer os ciclos e o AQUECIMENTO GLOBAL, e a lógica estará perfeita, irrefutável, indiscutível. Deixem os nasistas (da NASA, digo) quebrarem a cabeça pra ver se é ciclo ou aquecimento global, ou tudo junto, isso não é coisa pra leigo (nós). Seria interessante, aliás, destruir sem concessões a obscura analogia que confunde aquecimento com aquecimento global (e o resto, em anexo: conspirações globais para destruir a civilização judaico-cristã e o clima do Sul etc. etc. etc.).

     

    Por fim, é sempre bom lembrar pela enésima vez que há uma diferença significativa entre os climas de CURITIBA (25.4ºS), SAO JOAQUIM (28.?ºS), PORTO ALEGRE (30ºS) e derivados. Ou seja: o que é normal pra um é acima da média pra outro que é abaixo da média pra outro, que por sua vez vira ciclo pra um (onde está tudo normal) que vira aquecimento global pro outro (onde virou normal fazer +4 por 1/3 do ano) etc. Vocês estão comparando alho com bugalho.

     

    Além disso, SC não é só paralelo 27 ou 28... o médio vale do Itajaí passa pelo mesmíssimo aquecim... ciclo natural que Curitiba. Apesar de ser inconveniente, é claro, mostrar uma SC com mínimas absolutas anuais na casa dos 6 graus.

     

    Quanto à Curitiba: Lofti, maio e setembro foram os anos que menos aqueceram após 1995. Os que mais aqueceram foram junho, abril, agosto, e daí o verão. A primavera foi o período que menos aqueceu. O "outono" (março/abril) não existe mais, e o verão geralmente extende-se até fins de abril. Após 2000, anda consolidando-se um novo padrão em Ctba, de média anual de 18 graus, ao contrário de 1995-2000 quando a média estava na casa dos 17.5. Aliás, população de Ctba em 1990: 1.2 milhão. Em 2000: 1.6 milhão. Em 2005: 1.7 milhão.

     

    abraços profanos

  6. Estas MPs continentas de intensidade moderada a forte invariavelmente tornam-se bloqueios caso a circulação atmosférica não vire p/ a infiltração marítima ou caso não haja reforço de ar frio e seco. Os longos períodos de frio sempre são MPs de trajetória continental articuladas a infiltração oceânica. Mas daí sacrificam-se as mínimas, em prol de máximas na casa dos 16 graus com alta umidade e vento. A falta de ventos é produto direto desta estabilidade atmosférica que produz as mínimas baixas. Particularmente prefiro situações mais oceânicas.

     

    Esse estado das coisas é mais comum, atualmente, na primavera e em setembro, quando eventualmente faz menos calor do que no próprio outono-inverno.

     

    Tal é o dilema de quem gosta de mínimas baixas em ctba, pois é necessário abrir mão das máximas, de condições que aumentem a sensação e necessariamente implicar alguns bloqueios.

  7. Sílvio, verdade seja dita, o que se diz sobre a década de sessenta no BAZ (de que foi "tórrida", que teve os períodos mais ou tão quentes quanto agora etc.) pode realmente valer para SJ e região, RS etc. que é o principal referencial daqueles que defendem essa proposição. Até pode ser, pois "eles" (de 27ºS e além) não sofreram variações significativas nas médias. Normal que seus extremos se distribuam de maneira parcialmente uniforme até aqui. (Mesmo assim, são visíveis certas alterações climatológicas, sobretudo quanto ao regime de nivosidade).

     

    A nossa realidade é diferente. Aqui a década de sessenta é incomparável ao período atual. Nenhum de nossos recordes de "calor" (de anomalias positivas) é de sessenta, e as médias são muito diferentes.

     

    O problema é meramente de referencial. Trata-se apenas da tendência de confundir os referenciais (o que é normal quando o que está em jogo é um valor simbólico além do mero evento concreto), de tomar a realidade particular como a realidade universal; tomar essa ou aquela região como "o Sul" etc., nesse caso, através dessas afirmações sobre condição climatológica do "Sul do Brasil", acaba-se impondo uma realidade externa à ctba ou mesmo ao Paraná, como se se conhecesse de fato a situação desses locais. (Como exemplo desse processo, é só reparar as divergências entre os julgamentos sobre os anos passados dos curitibanos, do Luiz etc. e dos habitantes do RS e de regiões mais meridionais de SC).

     

    abraços

  8. Zeocit,

     

    Não caia no erro de tomar 1962 como regra para a década de 60. O ano seguinte, 1963, foi tórrido. Foram meses de calor. Palmas torrou a 38,8ºC, Orleans, 44,6ºC (se não me engano, estes valores ocorreram em ondas de calor distintas). O final do inverno terminou com neve em Setembro em Curitiba. Porém o ano em sua maior parte foi quente.

     

    Em 1965, o ano da grande nevasca no PR, teve inverno fraco e cheio de bloqueios.

     

    O final da década de 50 foi simplesmente tórrido. Da normal 31-60 de Palmas, boa parte dos recordes máximos são do período 1957-1959.

     

    A minha afirmação é totalmente relativa ao efeito do discurso dominante corrente no BAZ sobre a década de sessenta, principalmente pois esta é a década predileta para se utilizar como evidência anti-aquecimento (seja global ou não). Se nesse ano fez muito frio, então a década de sessenta não foi como tinha sido anunciado ou como parecia ter sido anunciado. Se bem me lembro parece que chegou a se dizer que não fez negativa em ctba durante toda a década (!). Parece, contudo, que os extremos de calor foram acompanhados por eventos extremos de frio. Isso para a realidade joaquinense e das regiões próximas, daí a razão de minha observação.

     

    No caso curitibano, a década de 60 foi mais fria e menos quente do que o período pós-95 em todos os sentidos.

     

    abraços

  9.  

    -3,0º C em plena RMC no mês de maio! E a previsão do SIMEPAR tendo aumentado o frio de um para zero grau para amanhã (se é assim, não costa nada chegar a -0,1º C pelo menos hehehe)! Obrigado Duquia pelas boas notícias!

    E na super stars paranaenses do frio (Distrito de Horizonte, Palmas e Inácio Martins), que valores então não serão registrados?

    Finalmente uma massa fria decente! Acho que esta onda polar tem potrencial para ser a melhor, desde que eu postei no BAZ pela primeira vez em maio de 2003!

     

    Michel,

     

    O frio para maio dessa massa de ar polar, em Curitiba, realmente deverá bater os extremos de maio de 2004 e de 2006, mesmo que não bata nas médias (talvez média das mínimas). Apesar disso, não é de forma alguma a MP mais forte considerando todo o período desde 2003, pelo menos até agora. Em junho de 2004 o aero chegou a marcar -2 e negativou em pleno centro (fez -0.4 graus em meu apto, isso com termômetro a cinco metros do solo).

     

    De todo modo, é uma massa excepcional para maio, mesmo para Curitiba. O grau de extremidade do frio certamente não atingiu no PR o mesmo grau que está atingindo no RS e parte predominante de SC, porém a fronteira está oscilando aqui dentro. Estamos bem em cima do "border line" e alguns efeitos signicativos dessa massa atingiram o PR, mesmo Ctba, de modo que é uma das massas polares mais fortes dos últimos anos, mesmo considerando o inverno inteiro. Falta acompanhar a variação à noite. Até aqui, trata-se apenas de expectativa, já que as temperaturas à tarde não forma excepcionais (timing, nosso velho problema, além da posição periférica que neutraliza os efeitos da alta polar; dificilmente marcamos máximas baixíssimas com sol) tal como no RS e parte de SC.

     

    Numa dessas, se as estrelas se alinharem, atingimos a menor marca desde 2000 em pleno maio (poderia assima tingir o estatuto de massa histórica aqui, mesmo que eu duvide que seja na mesma proporção que no RS e parte de SC).

  10.  

    Segundo o Ronaldo em 1962 nós tivemos 6 meses de frio direto, 79 foi parecido assim como 87, 88, 90 e 99.

     

    Caio

     

    Bom saber que a década de 60 não foi quente como já foi dito, hehehe. Por aqui, maio deverá fechar próximo à média. O mês superou minhas expectativas, assim como esse frio do final do mês. Não havia visto nenhum modelo há quase 1 semana, pois estive fora. Fui pego pela MP de surpresa, qdo percebi que a temp. não estava subindo e a mecânica estava típica de MP (temp caiu demais de manhã e foi limpando, anunciando invasão polar). Isso é relativamente raro, pelo menos dessa forma, não tivemos nenhum aquecimento, nenhuma pré-frontal (de tipo tradicional).

     

    Tomara que seja o melhor inverno, tanto climático como o de calendário, desde 2000 (já está na hora).

  11.  

    Para o Vicente nada presta. Ele é um complexado de ter nascido em Porto Alegre e no Brasil. Leva na carteira os nomes de cidade, estado e país que abomina.

     

    Mas mesmo os mais hereges têm seus apreciadores. Particularmente me considero mais um "complexado", apesar de ter a certeza de que o extremo oposto, isto é, aqueles que fazem do local de origem o melhor dos mundos, também procede com severos rituais de mistificação de si próprio e da terra amada (i.e.: a terra em que se nasceu), para produzir este melhor dos mundos. Isto também é uma questão de posicionamento social, já que essas espécies de bairrismo são mais freqüentes nas classes altas, na verdade, todo processo de mistificação, valorização, produção de mundos perfeitos etc. é mais provável para as posições mais libertas dos constrangimentos objetivos das classes economicamente mais baixas (daí o otimismo de alguns, mesmo com esses países terceiro-mundistas). Com efeito, se eu discorresse sobre certos elementos e propriedades do país do futuro (nele incluindo o paralelo 28 a 31ºS), certamente a realidade objetiva iria clamar pelos rituais de expurgação e de mistificação mais absurdos sucedidos pela espécie humana, já que a coisa aqui é "feia". Mas abordarei as questões em meu blog. Fica o apoio ao Vicente.

     

    abraços

  12. Durante o pico dessa MP, quinta-feira, à tarde, SP teve céu encoberto a parcialmente nublado, com aberturas de sol. Mas não ficou céu claro. Dificilmente SP tem a típica situação de invasão polar tal como no Sul, porém a cobertura de nuvens segurou um pouco a máxima.

     

    Já em ctba o INMET tende(ia) a aumentar a máxima (às vezes em até 1 grau) e diminuir a mínima (às vezes tb em até 1 grau), em relação à estação do SIMEPAR, a uns 5m de distância. Particularmente confio mais na do SIMEPAR, pois vi as estações e suas condições pessoalmente.

  13. Olá. Estive ausente por problemas fisiológicos e por ter viajado a SP. Quanto a essa invasão polar em particular, a meu ver a coisa correu como esperava, para ctba e região, e SP. Uma massa de ar polar de forte intensidade, típica do inverno climático, que poderia ocorrer em qualquer época do ano.

     

    Mas também falhei pois considerei como provável a possibilidade de ocorrer o tipo do "frio mais forte do ano", que, p/ ctba, implicaria em mínimas de 0 grau e máxima por volta de 10, com sol, com TºC na casa de 4 graus às 9:00, 7 ou 8 ao meio dia, 10 ou 11 graus às 16:00, 7 graus às 19:00 e abaixo de 5 graus a partir das 21:00, estabilizando na casa de 1 grau após a meia-noite, com vento moderado e sol. Isso não ocorreu, de modo que mantém-se a característica probabilística dos modelos, que variam a intensidade do frio em função d'um espectro que vai do "histórico" ao "acima da média", sendo que os bazistas, por sua inclinação natural ao frio, pesarem mais as possibilidades de frio intenso, já que é o que desejam (e o que desejamos) que se realize. Em simples termos, vem saída histórica, vem sem frio, vem com frio, vem com muito frio, sem frio, e "na última hora" temos normalmente o padrão, o provável, isto é, frio dentro dos padrões. É claro, caso contrário os eventos históricos não seriam históricos. É verdade que está na hora deles ocorrerem, porém não foi desta vez.

     

    abraços

     

    PS.: É verdade que não saí analisando o que ocorreu em todos os cantos, mas, parece-me que os critérios de "historicidade" devem permanecer rigorosos, caso contrário qualquer evento polar de forte intensidade ganhará o status de evento histórico, banalizando o termo.

  14. A intensidade dessa MP para ctba, pelo menos a partir dos dados que andei vendo, parece ser típica das MPs mais fortes do ano, seja qual for o mês. Se ela se confirmar tal como os modelos estão prevendo (quero dizer: os confiáveis), seria uma das MPs, em maio mais fortes em alguns anos. Seria uma massa fora do normal para maio, mas nada de excepcional. É até comum fazer entre 0 a 2ºC nesse mês, em ctba, o que é incomum é a máxima ficar abaixo de 11 ou 12 graus, com sol. Se oscilar entre 1-9 ou 2-10 já será a típica MP "mais forte do ano" (da era pós-95, claro), e fora do comum para maio.

     

    Se a mecânica pós-2001 se repetir, vai nublar no pico da MP, i.e., madrugada de quinta, e vamos ter uma mínima de uns 3 graus com maxima de uns 11, e daí adicionaremos mais uma "comum massa polar de forte intensidade" ao nosso farto rol de fracassos polares.

     

    abs

  15. Pessoal, pessoal, mesmo se os modelos insistissem nessas temps, pra cá, eu duvidaria. P/ fazer abaixo de -2 aqui, em maio, aí o negócio começa a ter de ser histórico. Será que os modelos pegaram as massas históricas até aqui? E não foi rodada isolada? Caso afirmativo, então a situação teria de ser análoga.

     

    Quero ver o padrão dentro de 5 dias. Pelo Global está pintando um frio intenso de julho, tipo 0-12 graus. Mas aqui dificilmente não nubla no ápice da MP. Mas vamos ver se vai entrar no rol das massas mais fortes em alguns anos.

     

    abs

  16. Aqui pra essas bandas o Global é bom pra tendência, mas nunca pra definir intensidade de nada. P/ a intensidade das previsões o ETA é sempre melhor e é normal acertar com menos de 5 dias.

     

    Quanto às saídas históricas, normal ter saídas históricas, afinal esses malucos olham umas 50 rodadas antes do frio se concretizar. Como são modelos probabilísticos, chance de coisa histórica sempre tem. Mas é exatamente pela chance ser baixa que quase nunca essas saídas realmente se confirmam (1), e por isso mesmo são históricas.

     

    (1) Exceto quando lançamos mão daquelas estratégias básicas de usar referências nada ortodoxas como a cerca velha, o Reginaldo, o Fritz ou um intervalo de tempo tal como "o dia 15 mais frio dos últimos 5 anos" e coisa do tipo.

     

    Até aqui parece-me uma típica massa de forte intensidade para o período mais frio do ano, mas não tenho tempo e disposição p/ ver a situação de cada cidade (daí, fico no bairrismo).

     

    abs

  17. Não dá pra ser tão radical, Michel. Um ou outro bloqueio nós vamos ter nesse ano, temos que aceitar isso de forma muito natural, faz parte da nossa latitude. Não é o fim do mundo, nem o fim do inverno. Tem casos que quando é previsto que o inverno será o samba do crioulo-doido isso deve ser visto como o lugar comum.(...)

     

    Caio, mas "samba do crioulo doido", só aí em parte de SC e no RS. Aqui no PR nós não estamos com alternância alguma, ou só se for aquela pontual, para depois retornar a um padrão muito bem definido. Estamos com um predomínio brutal de períodos acima da média (principalmente bloqueios e veranicos) entre verdadeiros invernicos. Desde 2000, na verdade, os períodos sob veranico ou bloqueio superam o período sob influência polar (e daí anomalias constantes e consistentes de até +4). Se a lógica do clima estivesse "alternada", então a gente teria meses com médias de -3, -4, -2 etc. Não é o que acontece. Ora, os gostos variam, no entanto, o fato é que estamos trocando dois meses de anomalias acima de +5 por 1/2 semanas. Aqui, claro. Se estivesse se alternando, em Curitiba, então já teríamos tido uns 5 julhos de 2000 a partir de 2001.

     

    abs

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