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Brasil Abaixo de Zero

Mauro Dornelles

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  1. linha-violeta-observada-por-entusiastas-de-auroras-boreais-deixou-cientistas-intrigados-1493122976489_615x300.jpg

     

     

    Um grupo de cientistas amadores fãs de auroras boreais descobriu um novo fenômeno atmosférico nos céus do norte do Canadá.

    Eric Donovan, professor da Universidade de Calgary, identificou a coluna de luz violeta em uma série de fotos compartilhadas no Facebook. A princípio, foi definido como um arco de prótons. Mas Donovan descartou a hipótese ao avaliar que não seria possível ver isso a olho nu.

    Diante do mistério, Donovan e seus colegas recorreram a um conjunto de satélites da Agência Espacial Europeia (ESA na sigla em inglês) que estuda o campo magnético da Terra para obter mais informações.

    Assim, descobriram que a coluna de luz é uma corrente de gás que flui em grande velocidade nas partes mais elevadas da atmosfera terrestre.

     

    Uma luz chamada Steve

     

    Cientistas analisaram o fenômeno usando satélites localizados a uma altitude de 300 km e notaram que o ar dentro da coluna era 3.000ºC mais quente e circulava a uma velocidade 600 vezes maior do que o ar do entorno.

    Pouco se sabe, além disso, sobre a enorme linha de luz violeta. Acredita-se que não seja uma aurora boreal, porque não resulta da característica interação de partículas solares com o campo magnético da Terra.

    O novo fenômeno foi batizado de "Steve", em referência à animação Os Sem-Floresta (2006), em que os personagens usam esse nome para falar de uma criatura que nunca tinham visto antes.

    "É um fenômeno natural lindo, observado primeiro por cientistas amadores e que despertou o interesse de cientistas profissionais", destaca Roger Haagmans, pesquisador da ESA.

    "No final das contas, é bastante comum, mas que ainda não o havíamos notado. Isso só foi possível graças a uma soma de esforços."

     

    Fonte: https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/bbc/2017/04/25/o-fenomeno-da-coluna-de-luz-violeta-flagrado-pela-1-vez-nos-ceus-do-canada.htm

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  2. Um estudo divulgado segunda-feira (24/10) na revista Nature solucionou um mistério que há mais de uma década intrigava os cientistas: a origem dos aerossóis atmosféricos que alimentam as nuvens da região amazônica em condições livres de poluição.

     

    Essas partículas microscópicas suspensas no ar desempenham um papel fundamental para o clima, pois dão origem aos chamados núcleos de condensação de nuvens – partículas sobre as quais o vapor d’água presente na atmosfera se condensa para formar as gotas de nuvens e a chuva, explicaram os autores.

     

    De acordo com novos resultados da pesquisa, conduzida com apoio da FAPESP no âmbito da campanha científica Green Ocean Amazon Experiment (GoAmazon), as partículas precursoras dos núcleos de condensação de nuvens são formadas na alta atmosfera e transportadas para perto da superfície pelas nuvens e pela chuva.

     

    “Há pelo menos 15 anos temos tentado medir no solo a formação de novas partículas de aerossóis na Amazônia e o resultado era sempre zero. As novas partículas nanométricas simplesmente não apareciam na Amazônia. As medições eram feitas em solo ou com aviões voando até no máximo 3 mil metros de altura. Mas a resposta, na verdade, estava ainda muito mais no alto”, contou Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e coautor do artigo.

     

    Segundo Artaxo, que coordena o Projeto Temático “GoAmazon: interação da pluma urbana de Manaus com emissões biogênicas da Floresta Amazônica”, a floresta naturalmente emite gases conhecidos como compostos orgânicos voláteis (VOCs, na sigla em inglês) – entre eles terpenos e isoprenos –, que são carregados pela convecção nas nuvens para a alta atmosfera, podendo chegar a 15 mil metros de altitude, onde a temperatura gira em torno de 55°C negativos.

     

    “Com o frio, os gases voláteis se condensam e formam partículas inicialmente muito pequenas – entre 1 e 5 nanômetros. Essas nanopartículas adsorvem gases e se chocam umas com as outras, rapidamente coagulam e crescem até alcançar um tamanho em que podem atuar como núcleo de condensação de nuvens – em geral acima de 50 a 70 nanômetros”, explicou Artaxo.

     

    Em altitudes elevadas, acrescentou o pesquisador, o processo de coagulação das partículas é facilitado pela baixa pressão atmosférica, baixas temperaturas e pelo grande número de partículas presentes.

     

    “Até que, em uma determinada hora, uma dessas gigantescas nuvens convectivas gera uma forte corrente de ar com ventos descendentes e, ao precipitar, traz essas partículas para perto da superfície”, continuou Artaxo.

     

    Achado surpreendente

     

    Parte das medições apresentadas no artigo foi feita em março de 2014 – período de chuva na Amazônia – por um avião de pesquisa capaz de voar até 6 mil metros de altura. A aeronave, conhecida como Gulfstream-1, pertence ao Pacific Northwest National Laboratory (PNNL), dos Estados Unidos.

     

    Outro conjunto de dados foi obtido entre março e maio de 2014 no laboratório operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) – chamado Torre Alta de Observação da Amazônia (ATTO, na sigla em inglês), que tem 320 metros de altura e está situado na Reserva Biológica de Uatumã, uma área de floresta distante 160 quilômetros a nordeste de Manaus, onde a poluição urbana dificilmente chega.

     

    Medições de aerossóis complementares foram feitas em um conjunto de torres situado cerca de 55 quilômetros ao norte de Manaus, conhecido como ZF2. E também na cidade de Manacapuru, a cerca de 100 quilômetros a oeste de Manaus, onde está instalada a infraestrutura do Atmospheric Radiation Measurement (ARM) Facility – um conjunto móvel de equipamentos terrestres e aéreos desenvolvido para estudos climáticos, pertencente ao Departamento de Energia dos Estados Unidos.

     

    “Para nossa surpresa, observamos que a concentração de material particulado aumentava com a altitude – quando o esperado seria uma quantidade maior próximo da superfície. Encontramos uma quantidade muito grande de aerossóis nesse limite de voo de 6 mil metros do Gulfstream-1”, contou Luiz Augusto Toledo Machado, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e coautor do artigo.

     

    A observação inicial se confirmou quando, no âmbito do projeto Acridicon-Chuva, coordenado por Machado e apoiado pela FAPESP, foram feitas novas medições com uma aeronave de pesquisa alemã capaz de voar até 16 mil metros de altitude. O avião denominado Halo (High Altitude and Long Range Research Aircraft) é administrado por um consórcio de pesquisa que inclui o Centro Alemão de Aeronáutica (DLR), o Instituto Max Planck (MPI) e a Associação de Pesquisa da Alemanha (DFG).

     

    “Notamos que, em regiões poluídas, havia uma quantidade extremamente grande de material particulado próximo da superfície, o que não acontecia nas regiões livres de poluição. Mas, em altitudes elevadas, encontrávamos grande concentração de partículas independentemente do grau de poluição. Agora, este trabalho mostra que a chuva traz essas nanopartículas para perto da superfície, onde formam novas populações de material particulado que atuam como núcleo de condensação de nuvens”, disse Machado.

     

    Como pontuou o pesquisador do Inpe, já se sabia que a chuva limpa a atmosfera, mas não se conhecia o mecanismo pelo qual os aerossóis eram repostos.

     

    “O interessante foi ter apreendido que, ao mesmo tempo que a chuva remove os aerossóis, ela traz, em suas correntes descendentes, os embriões [as nanopartículas] que, após crescerem, vão recompor a concentração de aerossóis.”

     

    Segundo Artaxo, a observação foi surpreendente porque quando se ultrapassa a camada limite planetária – altitudes superiores a 2,5 mil metros – ocorre uma inversão de temperatura que costuma inibir a movimentação vertical de partículas. “Mas não levávamos em conta o papel das nuvens convectivas como transportadoras dos gases emitidos pela floresta”, disse.

     

    Os estudos feitos no âmbito do experimento GoAmazon, acrescentou o pesquisador, estão demonstrando que os VOCs oriundos das plantas fazem parte de um mecanismo fundamental para a produção de aerossóis em áreas continentais.

     

    “Os VOCs emitidos pela floresta e as nuvens fazem uma dinâmica muito peculiar e produzem enormes quantidades de partículas em altas altitudes, onde se acreditava que elas não existiriam. É a biologia da floresta atuando junto com as nuvens para manter o ecossistema amazônico em funcionamento”, ressalta Artaxo.

     

    Esses gases, segundo o pesquisador, são jogados para a alta atmosfera, onde a velocidade do vento é muito grande, e são redistribuídos pelo planeta de forma muito eficiente.

     

    No caso da Amazônia, parte é transportada para os Andes, parte para o sul do Brasil e parte afeta a própria região da floresta tropical. “Estamos atualmente realizando trabalhos de modelagem para precisar as regiões afetadas pelas emissões de VOCs da Amazônia e transportadas pela circulação atmosférica”, contou o professor da USP.

     

    Como era até agora desconhecido, esse mecanismo de produção de aerossóis não está contemplado em nenhum modelo climático. “É um conhecimento que terá de ser incluído, pois ajudará a tornar as simulações de chuva mais precisas”, afirmou Machado.

     

    O pesquisador do Inpe ressaltou ainda que a descoberta só foi possível graças aos aviões de pesquisa que estiveram em Manaus por meio das parcerias firmadas no âmbito do experimento GoAmazon, uma campanha internacional do Departamento de Energia dos Estados Unidos conduzida em parceria.

     

    “O Brasil ainda não tem uma aeronave laboratório desse porte, o que seria fundamental para o avanço de pesquisas atmosféricas”, disse.

     

    Além do Acridicon-Chuva, coordenado por Machado, e do Projeto Temático coordenado por Artaxo, conta ainda com apoio da FAPESP o projeto “Pesquisa colaborativa Brasil-EUA: modificações causadas pela poluição antrópica na química da atmosfera e na microfísica de partículas da floresta tropical durante as campanhas intensivas do GoAmazon”, coordenado por Henrique de Melo Jorge Barbosa, pesquisador do IF-USP.

     

    O artigo Amazon boundary layer aerosol concentration sustained by vertical transport during rainfall pode ser lido em http://www.nature.com/nature/journal/vaop/ncurrent/full/nature19819.html.

     

    Fonte: http://exame.abril.com.br/ciencia/estudo-soluciona-intrigante-misterio-de-nuvens-amazonicas

  3. Marcos

    teve geada nas proximidades do aeroporto e na zona leste. Noutras, não sei.mas, nessas áreas, passei em torno de 7h30 e havia geada ao longo a Av Sertório, em frente ao Broubon Shopping. Havia geada no Jardim Planato. Deve ter ocorrido nos arredores da cidade.

    Ontem, levantei cedo e...nada de geada! Já, hoje, foi diferente.

    Estranho as previsões do Inmet, coloca um bom aquecimento para essa semana, coloca quarta de 8 a 23 e quinta de 6 a 24. Já a somar coloca uma previsão com temperaturas bem abaixo.

    Sinceramente, fico abismado de ver as discrepâncias entre uma e outra previsão.

    O Inmet parece ser " ccalorento", e a " Somar", moderada.

    Quais são os modelos que estes institutos tomam como parâmetro?

    Imagina eu, pobre e ignorante mortal em meteorologia,,..tá louco!

    Pelos dados daqui de casa o Germânia devia estar em +-1,5°/2,0° e uma geada fraca. O parque não é tão plano, fora uma faixa dele.

     

    Sobre as previsões, totalmente de acordo. O INMET é um tanto conservador para o frio, mas não confio muito nas previsões. Confesso que não acompanho a Somar. Das grandes empresas privadas só sei da Climatempo, que a RBS utiliza para as previsões. Mas é melhor não falar da Climatempo. Deixa assim...

     

    A pouco eu tinha 12,0°. Vou aos 15°/16°. Bom para esquentar um pouco a casa. Tive 12,7° no local onde está a estação. Brrr!!

     

     

     

     

     

    Geada hoje, cedo, na Plínio, rótula do Sup. Carrefour às 7h30min.

     

     

     

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  4. E toma-lhe trovoada em Porto Alegre.

    Erraram feio!

    Aqui faz 23 graus com trovoadas e garoa esparsa, e são Leopoldo 10 Km ao sul com chuva mais forte.

     

    Um breve Offtopic:

     

    MetSul foi para o jornal admitir que errou e pediu desculpas aos leitores, sinal de grandeza, demais que erraram, como sempre, ó: ASSOBIO.gif

     

    E seguem as monções no RS, chuva forte.

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