rodolfo

Paulo Honrique, a foto da neve em Soledade em ano não identificado devem referir-se a 55 ou 57, pois em ambos as expessuras foram muito altas. As fotos são lindas.

Tenho um livro chamado Araucarilândia onde existem duas fotos (se não me engano duas) da nevada de 1928 nesta cidade. São muito boas. O autor chega a falar em "paisagem nórdica" na descrição da paisagem.

A seqüência de cidades mais frias sobre o SE ocorre devido a secura do ar. As massas de ar subsidentes são secas, não comportam valores elevados de umidade relativa. Desta forma, há perda de calor por radiação para o espaço, já que o vapor d'água é um gás estufa.

A palavra correta é eixo e não eicho como saído ainteriomente. Imperdoável.

Há um boqueio sobre a região Sudeste. Ele ocorre como resultado do deslocamento do vórtice ciclônico para o sul. A sua posição mais freqüente se dá sobre o NE. Durante o verão pode oscilar em latitude, o que fortalece em superfície o Anticiclone do Atlântico Sul. Essa situação de subsidência impede a formação de nuvens do tipo CB. O bloqueio é reforçado pela posição e velocidade do jato subtropical. Como está muito rápico, formando uma pequena inflexão para o sul, ao largo do litoral do SE, provoca um movimento anticiclonal da camada de ar, que se propaga verticalmente até a superfície. O rompimento do bloqueio deve ocorrer quando a velocidade do jato diminuir, fazendo com que seu eicho ondule, provocando movimento ciclonal em altitude, liberando o caminho para o avanço das frentes em superfície. A situação de bloqueio impede o avanço dos sistemas frontais, mantendo o ambiente seco com sol e calor sobre o SE. Aqui no Rio, as temperaturas estão acima de 38ºC.

O tempo continua claro, sem nuvens e com muito calor. Até onde a vista alcança esta situação permanece. Nâo há chuva nem nas serras. Pelo jeito, este quadro não deve se alterar nos próximos dias, já que o jato subtropical está muito rápido, formando uma inflexão para o sul o que gera um movimento anticiclonal ao norte, sobre a região sudeste. Não há previsão de chuva até sábado.

Céu azul e muito sol em todo o estado do Rio de Janeiro. Sem chance de chuva. O vórtice ciclônico, que provoca seca no NE se deslocou para o litoral fluminense e agora é responsável pela estiagem e calor nos últimos 10 dias. No mês de fevereiro só houve registro de chuva em 3 dias. Embora tendo sido chuvas apreciáveis a irregularidade temporal acaba por gerar déficit hídrico no solo. As previsões de aproximação da frente fria falharam e ela deve permanecer sobre o sul do país enquanto o bloqueio do vórtice ciclônico se mantiver. A sua posição mais ao sul possibilita a ocorrência de chuvas no sertão do Nordeste, já que permite a entrada da ZCIT. EM Ouricuri, sertão de Pernambuco, houve queda de 98 mm na segunda feira. Este tipo de tempo sobre o estado do Rio de Janeiro impede a ocorrência de chuvas convectivas, que volto a insistir, contribui com muito pouco do total pluviométrico.

O dia amanheceu parcialmente nublado, com nuvens do t ipo estratos cúmulus. Há previsão de chuvas apenas para amanhã, segundo o simerj, georio e inpe. Já fazem 8 dias que não chove na cidade do Rio de Janeiro.

A semana foi com tempo ensolarado, mas sem calor. Na 3ª feira a madrugada foi bastante fresca e com orvalho no Rocha. Hoje o dia está claro e acredito que a temperatura tende a subir com a aproximação da frente fria, que deve ingressar hoje no RS. No Jornal do Brasil há matéria com a previsão do tempo para o carnaval e diz que 2ª feira chove com a chegada de "fraca" frente fria.

Hoje, dia amanheceu claro, mas logo começou a ficar parcialmente nublado e agora já está nublado, mas com nuvens do tipo altos estratos. No Maciço da Tijuca, já se observa nuvens baixas, do tipo estratos, principalmente no setor leste. O calor ainda está muito forte. A previsão é de chuva forte para hoje a tarde. Segundo o INPE e climatempo há um "forte" cavado em médios e altos níveis da troposfera, associado a uma "frente subtropical" que se aproximam do estado do Rio, devendo provocar chuva em todo o estado. Espero que acertem, não aguento mais este calor !

Há alguém que queira me ajudar a plantar árvores da mata atlântica em uma pequena área da Serra do Engenho Novo, em Vila Isabel ? Já plantei pau-brasil, jequitibá, jatobá, pau-ferro, ipê, entre outras. Quem quiser se envolver, mande mensagem para marcarmos um encontro. Estou fazendo tudo sozinho, contando apenas com a ajuda de uma amigão de São Paulo.

Sol forte e calor em todo o estado. Hoje não deve chover novamente. Mas amanhã, segundo previsões (cptec, simerj) a chuva volta, com risco de temporais. Estou na torcida.

Volto ao tema. Mesmo com o calor de ontem, que em São Cristóvão passou dos 39C, não choveu no estado do Rio. Somente em Resende houve alguma precipitação, provavelmente ainda associada às instabilidades atuantes em São Paulo. Penso que este tipo de chuva participa com muito pouco do total anual em nosso estado. Nâo há baixa pressão permanente por aqui, como ocorre na Amazônia, por exemplo. Muito ao contrário, estmos aqui na borda oeste do Anticiclone do Atlântico Sul. Desta forma, para que chova no Rio de Janeiro, é necessário a ação de algum sistema atmosférico extra-regional, como frentes ou zacas, por exemplo. Acredito que a revisão disto deve contribuir para melhorar as previsões no estado do Rio de Janeiro.

Será que o deslocamento do VCAN do nordeste para a nossa latitude vai provocar algum tipo de bloqueio aqui no estado do Rio ? É o que parece acontecer. Tanto assim que as chuvas chegaram a São Paulo, pararam por lá e a previsão é que a ZACAS recue para o sul. Se isto se confirmar, é preparar o espírito para vários dias, talvez semanas, de sol e calor insuportáveis, pelo menos para quem não gosta de calor, como eu.

Alexandre, fico feliz e honrado com sua observação, mas tenho certeza que todas as elaborações que fazemos aqui são fruto de reflexões coletivas, resultado de debates inteligentes e honestos. Acho que todos nós marcamos pontos aqui.

O dia amanheceu com névoa úmida e sol forte. A temperatura está bastante elevada, deve passar dos 35 graus C. Há previsão de chuva na forma de pancadas para hoje em todas as regiões do estado. O SIMERJ diz "que chega uma frente fria amanhã pelo mar, o que deve provocar a intensificação das chuvas".

O dia amnheceu claro, sem nuvens e com névoa úmida. A temperatura ainda está agradável, mas tende a subir com o passar das horas e a manutenção do sol. A pressão atmosférica está estável desde sábado, com 1012 hPa.

Choveu moderadamente entre 1 e 2 horas da madrugada, acumulando um total de 11 mm no Rocha. O calor continua forte. O dia amanheceu com o céu encoberto com nuvens do tipo altos estratos. A previsão é de chuva forte para hoje. O final de semana foi muito quente, com sol e praias lotadas. Houve apenas ameaça de chuva durante a tarde de ontem, dia 28. Deve ter chovido mais forte na Baixada Fluminense.

Os municípios em que mais choveu até agora no estado do Rio foram: Cantagalo - 460 mm Itaocara - 414 mm Santo Antonio de Pádua - 405 mm Resende - 321 mm Valença - 317 mm Onde menos choveu foi: Maricá - 75 mm Saquarema - 154 mm Angra dos Reis - 120 mm Choveu muito na metado norte do estado e pouco na metade sul, onde se encontra a capital.

Apenas chuviscou no Rocha ontem a noite, 0,1 mm. Hoje o tempo amanheceu claro, com sol e calor. A previsão diz que nova zacas volta a se formar entre domingo e segunda feira, com a volta das chuvas.

Eventos extremos possuem um período em que podem voltar a ocorrer. Existe estatística para avaliar a recorrência destes valores. Funciona mais ou menos assim: valores menores, a recorrência é freqüênte, diminuindo na medida em que se tornam maiores. Assim sendo, um extremo como aquele de 71 deve levar 30 anos ou mais para voltar a acontecer. Existem fórmulas para calcurar isso. Valores maiores, mais raros. Como aqui no Brasil não temos um longo período de observação, não temos também a menor idéia de qual valor máximo é possível ocorrer em, digamos, 100 anos. Estudos de dados do séc. XIX indicam que os maiores temporais de então na cidade do Rio de Janeiro apresentavam registros que se aproximam dos atuais. Pode ocorrer também valores elevados se repetirem dois anos seguidos e depois desaparecerem das estatísticas. Foi interessante, que a cidade sofreu com fortes temporais e aguaceiros em 66, 67 e 71. Depois cessou e voltou em 88, no entanto, com valores bem inferiores aos registrados nos anos citados.

Rodrigo, não tenho msn. No entanto, tenho e-mail: rodolfo_de@uol.com.br.

O autor deste livro foi meu orientador no mestrado e doutorado na USP. É muito boml. Quanto a 88, para quem não sabe, em 20 dias caíram 960 mm na Capela Mayrink, Floresta da Tijuca. No Rocha, onde tenho um pluviômetro, foram 540 mm em 20 dias. Em 96, as chuvas se concentraram nas vertentes sul dos maciços. Assim, enquanto em Jacarepaguá houve um acúmulo de 180 mm em 24 horas, no Rocha, apenas 50 mm. Os epsódios de 88 foram muito mais graves, pois a duração foi bem maior. Mas nada comparado aos 320 mm caídos em 6 horas em fevereiro de 71, nos bairros suburbanos de Benfica, Engenho de Dentro, entre outros. É provável que estejamos no período de recorrência deste valores extremos e, mais uma vez, não estaremos preparados.

Não podemos saber ainda como será o mês de fevereiro no Rio de Janeiro. Vai depender do ritmo climático. No entanto, quero fazer uma provocação: será mesmo que existe "chuva de verão" aqui no Rio ? Me parece que este tipo de chuva participa com muito pouco do total pluviométrico da cidade e região metropolitana. Para que ela ocorra é necessário calor, umidade e instabilidade atmosférica, o que permite a subida do ar quente. Aqui na cidade falta o último. Quando os dias ficam claro é em razão da ação do Anticiclone do Atlântico Sul, massa de ar estável que impede a convecção. Na verdade é uma massa de ar que provoca subsidência. Assim sendo, não ocorre chuva. Vejam que os dias mais quentes são também secos. Assim, pode ocorrer mais de 40C e não chove. Para que a chuva chegue é necessário a ação de frente fria. Sem elas, nada feito. O que acham disso ? Concordam ? É apenas uma hipótese baseada em observações empíricas.

Voltou a chover na cidade do Rio de Janeiro. Os valores atingiram cifras de até pouco mais de 8 mm. No Rocha, foram 4 mm. Agora pela manhã voltou a chover fraco. O calor aumentou e a umidade também. As nuvens são do tipo altos estratos.